terça-feira, 12 de março de 2019

Missa Qliphótica


1. O ritual é iniciado de forma tradicional através da ativação dos quatro pentagramas, a vela do altar é acesa e o incenso queimado.


Os participantes tomam suas posições à frente ou em torno do altar e iniciam uma meditação Marciana-Saturnina.


Durante essa meditação energética que abrirá as mentes dos participantes e irá colocá-los corretamente em sincronia mental, usa-se a fórmula “Satanatas” como um mantra.


Esse mantra deve ser entoado por todos os participantes, enquanto seus olhos estão focados no fogo central do ritual ou na vela do altar.


2. Quando o Magista Sacerdote sentir que construiu uma suficiente energia em torno do espaço ritual, ele profere:

“Salve Satanás!”


Todos os participantes, em seguida, erguem a sua mão esquerda fazendo o sinal do tridente e exclamam:

“Salve Satanás!”


Então o Magista Sacerdote começa a recitar “A Oração Maligna” que é a seguinte:


“Todo-Poderoso Satanás, Pai dos malignos deuses anticósmicos, cumpra as orações do teu servo fiel nesta noite sombria e maligna!
Anuncie tua presença negra e não nascida entre nós, que somos teus sanguinários filhos e filhas, e preencha-nos com tua maldade infernal que irá guiar-nos para a suprema vitória, que conquistaremos em teu nome!
Deus dos Deuses, ó todo-poderoso Satanás, dai-nos poder e força para sermos como um mar revolto em rebelião, para acertarmos os inimigos com o eterno e devastador ódio da negra tempestade!
Deixe-nos tornar um com o teu Caos, o teu vazio e a tua escuridão, e mostre-nos que tu és o Príncipe do Caos, aquele sempre fiel aos teus eleitos guerreiros!
Ó Mestre Satanás, vingador do Caos Primordial e Destruidor da ordem cósmica, nós que temos dedicado nossas vidas e almas imortais para em teu nome lutarmos contra o Demiurgo e sua imunda criação, pedimos tuas bênçãos sombrias!

Ó todo-poderoso Pai, ó Maligno Satanás, veja agora o interior de teus filhos das trevas e dai-nos o teu poder, de modo que, em teu nome, abriremos os portais para o reino dos deuses e deusas anticósmicos!
Dê-nos as chaves para os portões trancados do inferno, guiando-nos através dos tortuosos labirintos da loucura!
Ó todo-poderoso Rei, mostre-nos o caminho para o conhecimento libertador e ilumine nossas vidas com tua maligna Luz Negra!
Dai-nos a sabedoria e a força necessária para girar as chaves e abrir os sete portões, dando acesso às nossas negras almas para o teu reino sombrio!
Senhor Satanás, permita agora que todo o império de demônios do abismo negro preencha nossas mentes e permita que sejamos possuídos pelo mal, de modo que possamos canalizar as correntes de energias caóticas que deverão torturar a alma do mundo para, finalmente, trazer o eterno Aeon da Morte! Todo-poderoso Satanás, abra os portões para as dimensões anticósmicas, abra os sete portões e deixe os negros oceanos do eterno Caos inundar nossas almas e elevar-nos em teu nome aos Malignos Deuses Orgulhosos!
Satanas Liftoach Shaari Olahm-ha Kliffot!” (3x)


3. Quando a oração for recitada, O Magista Sacerdote profere claramente:


“Exaltado seja nosso Senhor Satanás, pois teu poder é igual a tua ira; eterna, sem fim!”


Todos os participantes vibram juntos com uma poderosa voz:


“Athah Gibor Leohlam Satan!” (11x)


4. Quando terminar de vibrar o A.G.L.S, o Magista Sacerdote volta-se para o altar e com o punhal traça um pentagrama negro na sua frente enquanto exclama:


“Chasek, a porta da escuridão, em nome de Satanás, agora está aberta!”


Todos os participantes exclamam:


“Nós somos um com a Escuridão, Salve Satanás!”
O Magista Sacerdote traça um pentagrama negro na sua frente enquanto exclama:
“Bohu, a porta do Vazio, em nome de Satanás, agora está aberta!”


Todos os participantes exclamam:


“Nós somos um com o Vazio, Salve Satanás!”


O Magista Sacerdote traça o terceiro pentagrama negro no astral e exclama:



“Tohu, a porta do Caos, em nome de Satanás, agora está aberta!”


Todos os participantes exclamam:


“Nós somos um com o Caos, Salve Satanás!”


5. O Magista Sacerdote com o punhal traça uma cruz invertida diante do altar e exclama:


“Que a Árvore da Morte nos dê o verdadeiro fruto do conhecimento e para sempre escureça nossas almas com a Chama Negra do Dragão de Sete Cabeças!”


6. Todos os participantes apontam seus punhais em direção ao Magista Sacerdote e vibram onze vezes:

“Liftoach Kliffot!”


Depois o Magista Sacerdote traça um pentagrama em seu próprio corpo, tocando com a ponta do punhal na virilha, no ombro esquerdo, no peito direito, no peito esquerdo, no ombro direito e, fechando, tocando novamente na virilha. Uma vez que o Magista Sacerdote terminar ele exclama:

Liftoach Shaari Gehinnom!”


7. O Magista Sacerdote recita a primeira parte da “invocação”, que é a seguinte:


“Nós somos as chaves que, em nome de Satanás, abrirão os portões fechados das escuras dimensões!
Nós somos os guardiões dos mistérios do Caos e para sempre manteremos a Chama Negra viva!
Caminhamos através do tortuoso labirinto, cujas trilhas brotam correntes de força anticósmica para, em nome de Leviathan, afogar a alma do mundo!
No Caos do Dragão adormecido somos Harba Di Ashmodi, cujo toda existência é dedicada a servir a escuridão dos Deuses Imortais!
Gehinnom Tzelmoth Shaarimoth Barshacheth Titahion Abaddon Tehom! Nós proferimos as Palavras de Poder e, como o todo-poderoso Dragão da Morte, transformaremos nosso ódio em garras de Dragão Negro que, em nome do Caos primordial, dilacerará a criação imunda do Demiurgo!
Em nome do nosso pai Satanás e das bênçãos da nossa mãe Lilith, as forças das chamas queimam dentro de nós!
Sinta os ventos da morte, pois estamos orgulhosos em servir o inferno, e estamos possuídos pelo mal de Satanás e prontos para derramar a água vermelha da vida e, em nome da nossa mãe Lilith, canalizaremos a força Qliphótica dos deuses, desta forma, cumprindo nossos mais sinistros sonhos!”



8. Dois dos participantes, pré-selecionados, carregam a vitima que será mantida na frente do altar, enquanto o Magista Sacerdote começa a recitar a segunda parte da invocação:


“Em nome do Imperador Satanás e, em nome da Senhora Imperatriz Lilith, os governantes de Sitra Ahra, que hoje chamamos os Deuses e Deusas Olahm-Ha Kliffot, para que possamos ofertar diante do Altar Negro!
Vamos agora abrir os sete portões e preencher nossas veias com o sangue maligno do Dragão do Caos! Dai-nos força e poder para que possamos ser capazes de lutar contra a tirania cósmica e eleva-nos como os eleitos guerreiros da escuridão!
Estejam conosco agora, Ó poderosos príncipes do Caos e deixem tua eterna escuridão violar e destruir a luz que o Demiurgo criou em nossas almas! Estejam conosco agora Nahemoth, Gamaliel, Samael, A‟arab Zaraq, Thagirion, Golachab, Gha‟aghshe‟blah, Satariel, Ghagiel e Thaumiel, e aceitem este sacrifício que nós lhes oferecemos em nome de Satanás!
Estejam conosco agora, Ó Legiões das Trevas e, em nome de Satanás preencham nossas almas com a força Qliphótica e as energias anticósmicas dos demoníacos reinos!
Estejam conosco agora, Ó Vingadores do Caos primordial e aceitem esta simplória vitima!”


9. O Magista Sacerdote corta a garganta da vitima e recolhe seu sangue em uma tigela enquanto profere:


“Deixe o dragão cego agora sentir o cheiro do sangue derramado e novamente ressuscitar!
Deixe o dragão cego Tanin‟iver reabrir os olhos e levantar-se em toda a sua glória eternamente para fora do abismo negro do esquecimento!
Tanin‟iver Liftoach Nia!”


Todos os participantes exclamam:

“Tanin‟iver Liftoach Nia!”


10. O Magista Sacerdote mistura parte do sangue da vítima com o vinho na taça, enquanto exclama:


“As Bênçãos de Satanás darão poder ao forte!

A Ira de Lilith destruirá o fraco!
Salve Satanás! Salve Lilith!”


Todos os participantes erguem a mão esquerda e mostrando o sinal dos chifres exclamam:


“Salve Satanás! Salve Lilith!” (7x)


11. Um dos participantes selecionado com antecedência pelo Magista Sacerdote passa o resto do sangue residual que permanece na tigela em sua face, enquanto o Magista Sacerdote e os outros participantes vibram com vigor a seguinte fórmula Qliphótica:


“Tohu Tehom Theli Than Leviathan Tanin‟iver Taninsam!” (11x)


12. O Magista Sacerdote fica diante do altar e recita a “Invocação das Doze Qliphot Secundárias”, que é a seguinte:


“Em nome do todo-poderoso Satanás e do terrível Moloch, e os Gêmeos de Deus da Qlipha Thaumiel, invocamos Bairiron!
Bairiron Liftoach Kliffot!”


Todos os participantes exclamam:


“Bairiron Liftoach Kliffot!”
“Em nome do Senhor das Moscas Beelzebuth, e a Qlipha do Estorvador Ghagiel, invocamos Shelhabiron!
Shelhabiron Liftoach Kliffot!”


Todos os participantes exclamam:


“Shelhabiron Liftoach Kliffot!”
“Em nome do Sádico Príncipe Lucifuge, e a Qlipha do Ocultador Satariel, invocamos Nachashiron!
Nachashiron Liftoach Kliffot!”


Todos os participantes exclamam:


“Nachashiron Liftoach Kliffot!”
“Em nome do Sanguinário Senhor das Trevas Astaroth e a Qlipha do Assassino Gha‟aghshe‟blah, invocamos Tzelladimiron!
Tzelladimiron Liftoach Kliffot!”


Todos os participantes exclamam:


“Tzelladimiron Liftoach Kliffot!”

“Em nome do Rei da Vingança Asmodeus e a Qlipha do Incendiário Golachab, invocamos Obiriron!
Obiriron Liftoach Kliffot!”


Todos os participantes exclamam:


“Obiriron Liftoach Kliffot!”
“Em nome do Orgulhoso Belfegor e pela demoníaca Qlipha do Litigiador Thagirion, invocamos Behemiron!
Behemiron Liftoach Kliffot!”


Todos os participantes exclamam:


“Behemiron Liftoach Kliffot!”
“Em nome do Sábio Baal e a Qlipha dos Corvos da Morte A‟arab Zaraq, invocamos Schechiriron!
Schechiriron Liftoach Kliffot!”
Todos os participantes exclamam:
“Schechiriron Liftoach Kliffot!”


“Em nome do Senhor Sombrio da transformação e da alquimia negra Adramelech, e a Qlipha do Veneno de Deus Samael, invocamos Necheshethiron!
Necheshethiron Liftoach Kliffot!”
Todos os participantes exclamam:
“Necheshethiron Liftoach Kliffot!”


“Em nome da Mãe Demoníaca e Senhora do Inferno Lilith e a Qlipha do Obsceno Gamaliel, invocamos Nashimiron!
Nashimiron Liftoach Kliffot!”
Todos os participantes exclamam:
“Nashimiron Liftoach Kliffot!”


“Em nome da Demoníaca Princesa Ctônica Naamah, a terrestre e mais jovem Lilith da Qlipha Nahemoth, invocamos Adimiron, Tzephariron e Dagdagiron!
Adimiron Liftoach Kliffot!
Tzephariron Liftoach Kliffot!
Dagdagiron Liftoach Kliffot!”



Todos os participantes exclamam:


“Adimiron Liftoach Kliffot!
Tzephariron Liftoach Kliffot!
Dagdagiron Liftoach Kliffot!”


13. O Magista Sacerdote diante do altar ergue o punhal em sua mão esquerda e exclama:

“Salve Naamah!”


Todos os participantes erguem seus punhais e exclamam:

“Salve Naamah!”


O Magista Sacerdote exclama:

“Salve Lilith!”


Todos os participantes exclamam:

“Salve Lilith!”


O Magista Sacerdote exclama:

“Salve Adramelech!”


Todos os participantes exclamam:

Salve Adramelech!”


O Magista Sacerdote exclama:

“Salve Baal!”


Todos os participantes exclamam:

“Salve Baal!”


O Magista Sacerdote exclama:

“Salve Belfegor!”


Todos os participantes exclamam:

“Salve Belfegor!”


O Magista Sacerdote exclama:

“Salve Asmodeus!”


Todos os participantes exclamam:

“Salve Asmodeus!”


O Magista Sacerdote exclama:

“Salve Astaroth!”


Todos os participantes exclamam:

“Salve Astaroth!”


O Magista Sacerdote exclama:

“Salve Lucifuge!”


Todos os participantes exclamam:

“Salve Lucifuge!”


O Magista Sacerdote exclama:

“Salve Beelzebuth!”


Todos os participantes exclamam:

“Salve Beelzebuth!”


O Magista Sacerdote exclama:

“Salve Moloch!”


Todos os participantes exclamam:

“Salve Moloch!”


O Magista Sacerdote exclama:

“Salve Satanás!”


Todos os participantes exclamam:

“Salve Satanás!”


O Magista Sacerdote exclama:

“Vocamus Chaos!”


Todos os participantes exclamam:

“Salve o Caos!”


14. O Magista Sacerdote se ajoelha diante a taça depositada no altar, ergue o punhal com ambas as mãos e exclama:


“Zazas Zazas Nasatanada Zazas!
Em nome de Choronzon agora os portões do abismo estão abertos e a corrente de energia anticósmica flui livremente! Salve Satanás!”


Todos os participantes exclamam:


“Salve Satanás!” (3x)

O Magista Sacerdote mergulha a ponta do punhal na taça e profere com uma voz poderosa:

“Harba Di Satan, dê-nos força!”


Os outros participantes ficam em pé formando um semicírculo ao redor do Magista Sacerdote e começam a Missa vibrando a fórmula “Satanatas!” enquanto apontam seus punhais em direção ao Magista Sacerdote e em seguida, visualizam com intensidade a Chama Negra que flui a partir da ponta do punhal para o corpo e a mente do Magista Sacerdote. Esta Chama Negra é a energia Qliphótica acumulada e incitada durante o ritual, e agora é a responsabilidade do Magista Sacerdote canalizar essas energias e, através da visualização, sugar a chama para sua própria mente e corpo e, em seguida, usar o punhal e canalizar a Chama Negra do Caos na taça e preencher o vinho do ritual com as poderosas bênçãos da força anticósmica!


15. Quando o Magista Sacerdote sente que a taça e o seu conteúdo foram preenchidos com bastante energia anticósmica incitada, ele exclama:


“Nós que servimos ao Caos, e que em nome de Satanás, preenchemos agora nossas taças com Sangue de Dragão, vamos agora devorar o sangue negro, na esperança que nós mesmos seremos consumidos pelo Dragão!
Salve Satanás! Salve o Caos!”


Todos os participantes exclamam:


“Salve Satanás! Salve o Caos!”


16. O Magista Sacerdote deixa a taça circular entre os outros participantes, que após beberem o “Sangue de Dragão”, irão exclamar:

“Salve o Caos!”


O Magista Sacerdote deverá ser o último a beber o conteúdo restante na taça de uma só vez e exclamar:

“Salve o Caos!”


Todos os participantes agora estão preenchidos com as poderosas energias anticósmicas e devem agora iniciar uma meditação conjunta, onde com o poder de sua concentração, visualização e força de vontade, reforçada pelas bênçãos de Satanás, deverão direcionar as escuras energias e bênçãos que agora livremente são capazes de abençoar talismãs, ativar selos demoníacos ou dirigir loucuras para destruir seus inimigos ou a Ordem!


17. O Ritual é finalizado de maneira tradicional.

Útero de Tiamat


A escuridão eterna é governada pelo deus desconhecido. O universo estava em estado de ilegalidade e caos ilimitado. Este é o ventre acausal. Neste oceano de caos reinou muitos tipos de seres espirituais acausais. Esses seres são sem forma e se estendem pela eternidade, não vinculados pelas leis. Entre eles, havia um que se chamava Sophia.
Sophia ficou paranoica e temia que ela tivesse caído do deus desconhecido. Ela temia que ela fosse destruída. Foi por esse medo que ela criou o Demiurgo.
Tudo é possível no caos, mesmo na formação da ordem cósmica. O Demiurgo assim construiu a existência causal, um mundo físico através de dez emanações chamadas Sephiroth, ou a Árvore da Vida. No mundo causal, tudo foi trazido sob ordem cósmica. Este estado não natural foi governado pela roda do karma, ou causa e efeito.
O Demiurgo precisava de escravos para louvá-lo e ver a sua criação. Para conseguir isso, ele roubou as faíscas do universo sem lei, espíritos e as aprisionou em argila. O primeiro que criou foi o Adam sem espírito. Ele foi moldado da sujeira e o Demiurgo curvou a vida para ele. Ele serviu o Demiurgo no Jardim do Éden, mas acabou por reclamar ao Demiurgo por estar sozinho.
O Demiurgo então criou uma fêmea do mesmo solo chamada Lilith. Lilith sentiu isso porque ela nasceu do mesmo solo que Adam que ela era igual a ele. Adam sentiu que ela deveria ser submissa a ele porque ele foi criado primeiro. Lilith o deixou, para além do Mar Vermelho para se acasalar com demônios e ter filhos de demônios.
Mais uma vez, Adam estava sozinho. Ele implorou ao Demiurgo que lhe desse uma companhia adequada. Naquela noite, enquanto Adam dormia, o Demiurgo tirou uma costela e, desta costela, criou Eva. Como ela veio de Adão, ela não seria tão dissidente quanto Lilith e se submeteria a Adão.
Sophia viu o que se tornou de sua criação, viu o tirano que o Demiurgo havia se tornado. Ela viu que ele trabalhava contra tudo o que era natural e sem lei. Ela ficou consternada com essa blasfêmia. Ela assumiu a forma de Lilith e entrou em Sitra Ahra.
Quando a Árvore da Vida foi construída, como um processo de causa e efeito, uma Árvore da Morte foi construída ao lado dela. Este lado da sombra imitava a existência causal na ilegalidade. Esse caos foi chamado Sitra Ahra. Seu único propósito é destruir a criação, liberar as faíscas roubadas e retornar a um estado natural de caos cósmico.
Sitra Achra é governada por Satanás, também chamado Lúcifer, o Portador da Luz. Ele segura o conhecimento da verdade e Sophia, sob o nome de Lilith, tornou-se sua noiva. Juntos, eles possuem a gnose, ou o conhecimento.
Satanás-Lilith descobriu um caminho para o Jardim do Éden. Neste jardim cresceu uma grande árvore em que suas raízes chegaram a Sitra Ahra. Os dois deuses tomaram a forma de uma serpente e entraram no jardim.
Satanás-Lilith tentou Eva a comer a fruta da árvore negra, a do conhecimento. Eva comeu da árvore seguida de Adão. Adão viu apenas sua própria nudez e ficou envergonhado, enquanto o universo se abriu até Eva. Ela viu tudo e entendeu a mecânica do universo. Ela conseguiu a gnose.
Lilith hipnotizou Adão até que ele adormeceu. Enquanto Adão dormia Satanás -Lilith seduziu a bela Eva e usou seu útero para plantar sua semente.
No dia seguinte Eve acordou e estava com uma criança. O Demiurgo descobriu o que aconteceu quando Adão confessou sobre comer da árvore proibida. O Demiurgo ficou furioso e forçou os dois a beberem do rio do esquecimento. Os dois foram expulsos do Jardim do Éden e banidos para a Terra. O homem teria que passar os dias de sua vida trabalhando pelo suor de sua sobrancelha enquanto a mulher devia suportar o parto doloroso.
A semente em Eva cresceu em dois fetos, o filho e filha de Satanás-Lilith. Quando as crianças nasceram, eram lindas, ao contrário de seus pais, tinham um espírito. Os nomes eram Qayin e Luluwa. As duas crianças se apaixonaram um pouquinho, desconhecendo seu sangue caótico. Eles foram nascidos pelo fogo.
Adão e Eva tiveram dois filhos juntos. Este conjunto de gêmeos eram feios e vazios do espírito que o Qayin e Luluwa tinham. Eles eram nascidos pelo barro e os nomes eram Abel e Aklia.
À medida que as crianças cresciam e se tornavam adultos, Qayin e Luluwa aprenderam a arte da feitiçaria. Eles eram trabalhadores árduos, ao contrário de seus irmãos preguiçosos. Qayin e Luluwa desenvolveram um amor um para o outro que era tão forte que decidiram se casar.
Abel desejava ter Luluwa como sua esposa por causa de sua beleza. Ele foi ao pai e pediu para se casar com sua meia-irmã. Adão não sabia o que fazer para que ele, sendo a ovelha que ele é, consultou o Demiurgo.
O Demiurgo olhou para Adão, Qayin e Able. Ele viu o amor de Qayin e Luluwa um pelo outro, mas o descartou. Ele decidiu que, para resolver isso, tinha que haver um sacrifício feito em sua homenagem. Quem o honrar com o maior sacrifício ganharia a mão de Luluwa em casamento.
Qayin havia rejeitado o demiurgo por sua linhagem real. Ele juntou algumas bagas e as queimou. O Demiurgo rejeitou a oferta e a fumaça caiu no chão. Abel, que amou seu criador, sacrificou a primeira de suas ovelhas, queimando a gordura sobre o altar. O cheiro era agradável para o Demiurgo e ele aceitou o sacrifício quando a fumaça subiu ao céu. O Demiurgo se decidiu, Abel se casaria com Luluwa.
Qayin ficou dominado pela ira. Seu sangue gritou para vingança. Ele convidou seu irmão Abel para um campo e o matou, enterrando seu corpo. Este foi o primeiro assassinato, mas também o primeiro ato de amor. Ambos, o sangue dos gêmeos do fogo queimou quando o homicídio o despertou. Eles descobriram a gnose e entenderam tudo. Eles seriam amaldiçoados para sempre pelo Demiurgo, no entanto, eles serviriam de ponte para Sitra Ahra. Sua descendência seria dura e carregaria a chama negra.
Assim, a humanidade se dividiu em dois tipos. Haviam os Nascidos do Barro, não iluminados e sem espírito que naturalmente elogiava seu criador e os Nascidos do Fogo, que eram naturalmente dissidentes e sem lei. Hoje, esses dois tipos de seres ainda existem.

Ritual do Pentagrama


1. O Magista se volta diante do altar, que está localizado na parte sul do espaço ritual e toca a testa com o punhal que ele segura na mão direita, em seguida exclama:

“Azerate!”


2. O Magista direciona a ponta do punhal para o seu peito/coração e exclama:

“Lúcifer!”


3. O Magista direciona a ponta do punhal para sua virilha e exclama:

“Belial!”


4. O Magista direciona a ponta do punhal para seu ombro esquerdo e exclama:

“Beelzebuth!”


5. Finalmente o Magista direciona a ponta do punhal tocando seu ombro direito, e exclama:

“Leviathan!”


6. O Magista cruza os braços e exclama:

“Salve o Caos!”


7. O Magista respira fundo e depois expira todo o ar enquanto exclama a palavra de poder:

“Chaosatanas!”


8. O Magista traça um pentagrama de invocação no ar perante o altar, visualizando-o na cor vermelha que representa o fogo, enquanto exclama:

“Lúcifer!”


9. Então, o Magista se volta perante o trono de Beelzebuth, que está localizado no leste, traçando no ar um pentagrama de invocação amarelo, que representa o ar, enquanto exclama:

“Beelzebuth!”


10. O Magista se volta perante o trono de Belial, que está localizado no norte, e traça no ar um pentagrama de invocação preto, que representa terra, enquanto exclama:

“Belial!”


11. O Magista se volta perante o trono de Leviathan, localizado no oeste, e traça no ar um pentagrama de invocação azul, que representa a água, enquanto exclama:

“Leviathan!”


12. Finalmente, o Magista se volta novamente para o altar, e com os olhos fechados visualiza claramente os quatro pentagramas queimando ao seu redor. Ao mesmo tempo, ele exclama:

“Diante de mim está Lúcifer!
À minha esquerda, Beelzebuth!
Atrás de mim está Belial!
E à minha direita, Leviathan!
Ao meu redor queimam os quatro pentagramas, simbolizando os Quatro Tronos Negros!”


Em seguida, o Magista traça um pentagrama de invocação negro, que representa o espírito e exclama:


“E na minha alma queima a eterna chama do Caos!
Os poderes das trevas estão ao meu lado!
Salve o Caos!”


13. O Magista abre os olhos e toca a testa com o punhal e exclama:

“Salve Azerate!”


Então, ele toca com a ponta do punhal no peito/coração e exclama:

“Salve Lúcifer!”


Em seguida, o Magista toca com a ponta do punhal na virilha e exclama:

“Salve Belial!”


Após isto, o Magista direciona a ponta do punhal para o ombro esquerdo e exclama:

“Salve Beelzebuth!”


Em seguida, o Magista direciona o punhal para o ombro direito e exclama:

“Salve Leviathan!”


O Magista cruza os braços e exclama:

“Salve o Caos!”


O Magista respira fundo e depois expira todo o ar enquanto exclama a palavra de poder:

“Chaosatanas!”


Agora o ritual principal pode começar!

Ritual de Abertura


0. Este ritual começa após finalizar o tradicional “Ritual do Pentagrama”.

1. Encarando o altar, o Magista ergue o punhal ritual à sua frente e recita o seguinte:

“Lúcifer, Beelzebuth, Belial, Leviathan, sul, leste, norte e oeste, invoco-vos!
Vós que governam as maçanetas dos portões das trevas, voltem teus olhos para nós, que trilhamos no caminho do Dragão Negro!
Ó inimigos anticósmicos da criação, ó deuses do Caos Colérico, estejam conosco, para que as nossas Chamas internas do Caos possam ser conectadas e unidas com as legiões do mal, desta forma imbuindo a essência dos nossos sentidos com os Deuses Sombrios!
Abra as portas sombrias que levam aos deuses vorazes, e deixe-nos conhecer a presença dos poderosos senhores das trevas!
Dê-nos tuas bênçãos escuras e preencha nossas almas com as sinistras energias do eterno Caos!
Deixe a Chama Negra do Caos ascender dentro de nós e devorar todas as nossas forçadas fraquezas humanas, e deixe-a crescer até nos tornarmos os eleitos mensageiros do Aeon das Trevas!
Guie-nos em nossa luta contra todos os nossos inimigos indignos e conceda-nos o poder, a fim de destruir todas as ilusões do demiurgo!
Ó majestades dos Quatro Tronos Negros, estejam conosco, com nós que servimos a ira da espada cega, e nos cinco pentagramas flamejantes deixe teus poderes serem incorporados nesta poderosa noite!”

2. Ainda encarando o altar, o Magista desenha um novo pentagrama, na cor vermelha, representando o fogo, que lentamente se torna negro e o Magista recita o seguinte:

“Lylusay Tateros Volt Sids Lucifer!
Do sul, e em nome de Lúcifer, invocamos ao demônio da Chama Negra que tudo consome! Levante-se das flamejantes profundezas escuras do fogo do inferno, e deixe tua chama anticósmica queimar novos buracos nas barreiras do Cosmos!
Esteja conosco, ó tu flamejante demônio do Caos destruidor, e com tua fúria destrua os grilhões cósmicos que nos mantém encarcerados nesta criação imunda do demiurgo!
Traga-nos a libertação, a sabedoria e a Gnose do Caos, e com teu abençoado fogo ilumine o nosso caminho através dos tortuosos labirintos!
Em nome de Lúcifer, esteja conosco, fortaleça a nossa Chama Negra interna e conecte-a com a Eterna Chama Negra! Em nome de Lúcifer, esteja conosco, ó vós os Deuses Sombrios, e abra os nossos portões internos! Salve Lúcifer!”

3. O Magista vira-se para o trono de Beelzebuth (leste), traça um pentagrama de invocação na cor amarela, que lentamente se torna negro e o Magista recita o seguinte:

“Vibarlal Dendas Tnasod Beelzebuth!
Do leste e em nome de Beelzebuth invocamos ao demônio das revolucionárias tempestades anticósmicas! Deixe teus ventos soprarem o mar do vazio com tuas asas negras malignas, e deixe a sombra perpétua da morte cair sobre a luz da criação! Esteja conosco, pois somos aqueles que possuem o sangue do Caos. Deixe os ventos de poder e vitória soprar em nossa direção e aprofunde-nos nos mais ocultos mistérios do oceano do vazio!
Preencha nossas almas com as energias da torre de Nihilifer e destrua todos os escravos da luz que ousam ficar no nosso caminho! Vamos ascender no vento negro da morte e elevar-nos ao edificante trono!
Em nome de Beelzebuth, esteja conosco, ó Deuses Sombrios, e guie-nos à suprema vitória que tanto aguardamos! Em nome de Beelzebuth, esteja conosco, ó vós que residem fora das barreiras e abram todas as portas estelares!
Salve Beelzebuth!”

4. O Magista vira-se ao trono de Belial (norte), traça um novo pentagrama de invocação na cor preta e recita o seguinte:

“Agilleath Tiddehmos Tlyfos Belial!
Do Norte e em nome de Belial, invocamos o demônio amorfo da terra negra! Entre pelos subterrâneos portões da eterna escuridão e deixe a tua ira anticósmica abalar todo o Cosmos!
Esteja conosco, nós que estamos sempre em pé diante do trono de Belial, aquele que porta a morte, a crueldade e que nos fortalece com tua eterna escuridão de ódio, e reforça nossos poderes demoníacos de guerra!
Vamos, em nome de Mortifer, canalizar as tuas satânicas correntes de energias que destroem tudo e qualquer pessoa que tentar impedir a nossa jornada ao longo do Caminho Sombrio; O Caminho da Mão Esquerda!
Em nome de Belial, esteja conosco, ó sanguinários e antigos deuses, que por incontáveis Aeons anseiam pelo Dia da ira! Faça-nos um com a tua anticósmica corrente de energia que lentamente envenena e mata todo o Cosmos!
Em nome de Belial, esteja conosco, ó Deuses Sombrios da guerra e da morte, abra todas as portas ctónicas!
Salve Belial!”

5. O Magista encara o trono de Leviathan (Oeste), traça um novo pentagrama de invocação azul, que lentamente se torna negro, e recita o seguinte:

“Dessurpur Kajp Gidupp Leviathan!
Do oeste, e em nome de Leviathan, nós invocamos ao demônio das terríveis tempestades do Oceano do Caos! Emerja do fundo da abismal escuridão sem fundo, ó enrolado inominável deus, deixe o mar flamejante do Caos afogar e para sempre extinguir as criaturas que foram criadas pelo demiurgo na chama da vida cósmica! Emerja agora do teu escuro sonho e torne-se um com as chamas negras que queimam nas profundidades de nossas almas!
Vamos, em nome de Chaosifer, agora nos tornarmos um com o dragão do Caos Colérico e preencher nossas veias com o sangue do Dragão Negro que extingue a luz, e que torna imortal e diviniza a Chama Negra interna do Caos!
Em nome de Leviathan, esteja conosco, ó terrível deus-dragão e, por meio das nossas almas, traga a invasão anticósmica!
Em nome de Leviathan, esteja conosco, ó tu que reina nas negras profundezas e eterna escuridão do Caos Colérico. Agora abra as portas sombrias das artes das trevas!
Salve Leviathan!”

6. O Magista encara o trono de Lúcifer (Sul), direciona o punhal para a testa e exclama:

“Vedar-gal Tiekals Somdus Azerate!”

Ele toca o coração e exclama:

“Lylusay Tateros Volt Sids Lucifer!”

Ele toca a virilha e exclama:

“Agilleath Tiddehmos Tlyfos Belial!”

Ele toca o ombro esquerdo e exclama:

Vibarlal Dendas Tnasod Beelzebuth!”

Ele toca seu ombro direito e exclama:

“Dessurpur Kajp Gidupp Leviathan!”

Ele cruza os braços e exclama:

“Salve o Caos!”

Em seguida, ele respira fundo e começa a recitar a palavra de poder:

“Chaosatanas!”

7. Ainda encarando o trono de Lúcifer, o Magista fica diante do Pentagrama Quebrado e o ativa recitando o seguinte:

“As portas dos quatro pontos cardeais estão abertas para as dimensões do Caos, e em nome de Lúcifer, Beelzebuth, Belial e Leviathan, possuímos agora a bênção dos Deuses Sombrios!”
As portadoras e desenvolvedoras forças demoníacas anticósmicas estão agora nos quatro tronos negros, e as energias da luz cósmica são expulsas deste espaço ritual!
Os Quatro Tronos foram erguidos, e na presença dos Deuses Sombrios, estamos prontos para começar nossos ritos negros!
A nossa vontade é a lei, e a nossa lei é o Caos! Salve Satanás!”

8. Agora o Magista pode começar qualquer ritual após este principal ritual.

Ritual de Auto-Iniciação Luciferiano


Introdução

A iniciação é um ritual presente em quase todas as religiões do mundo, sejam elas representantes do Velho ou do Novo Aeon. Ela pode estar presente de forma explícita ou não; ser executada logo nos primeiros anos de vida do indivíduo (e assim este ser iniciado independente de sua vontade) ou quando este desejar tê-la; ser realizada através de um ritual hermético ou cerimonial.
O primeiro propósito da iniciação é colocar o indivíduo em contato com a egrégora da respectiva filosofia que ele está adentrando. Este passo cumpre-se em todas as iniciações, sejam elas voluntárias ou não. Porém o real objetivo da iniciação só é atingido com a escolha voluntária do iniciado: quando ele assume um compromisso consigo mesmo de vivenciar aquela filosofia. Para isso ele deve de livre vontade aceitá-la, pois nada que é imposto é vivido em sua plenitude. Quando utilizo a palavra "aceitar" não me refiro simplesmente ao ato banal de seguir dogmas pré-estabelecidos por outrem. Ao contrário: é de suma importância que ele descubra dentro de si qual sua verdade, mesmo que inicial, para assim aceitá-la e dedicar-se a aprimorá-la cada vez mais, até que possa descobrir sua verdadeira Vontade.
Sendo assim a iniciação pode ocorrer mesmo sem a realização de um ritual, já que é a aceitação de uma verdade e compromisso consigo mesmo para atingir determinada meta. A realização do ritual, porém, é um modo a mais de afirmar este compromisso.
Todos sabemos que é muito mais fácil trabalhar com elementos reais do que apenas mentalmente. Ao executar um ritual, estaremos envolvendo elementos físicos como símbolos, cores, palavras que refletirão em nossa mente, facilitando então alcançarmos nosso objetivo através de uma maior concentração, envolvimento... Mergulharemos mais profundamente dentro de nós mesmos e do próprio Cosmos, em todas as suas manifestações.
O ritual que forneço a seguir é uma sugestão de um auto-ritual de iniciação Luciferiana. Seria interessante o leitor mudar o que achar necessário para se adaptar à sua própria filosofia, caso deseje realizá-lo.

Ritual
Preparação do Templo

Deve ser traçado um círculo na cor verde grande o suficiente para que dentro dele possa ser  montado o altar. Ele não pode atrapalhar os movimentos durante a execução do ritual.
O altar deve situar-se ao leste, e acima deste devem estar os seguintes materiais: três pequenas fontes dispostas como vértices de um triângulo eqüilátero, uma vela negra disposta ao centro, uma adaga, um cálice contendo vinho tinto, uma corda representando o açoite (caso não possua um), um recipiente contendo óleo de oliva, outro contendo sal e uma imagem de Serpente ou Dragão.
Ao redor do círculo, em seu lado externo, devem ser acesas 11 velas vermelhas, distribuídas de forma eqüidistantes. Dentro do círculo devem ser colocados, nos pontos cardinais: trigos (ao norte), uma vela (ao sul), incenso (ao leste) e um recipiente com água (ao oeste).
Outros materiais necessários
Uma rosa vermelha, uma coroa confeccionada com folhas de louro, vestes nas cores branca e dourada. Estas vestes, compostas por um robe branco adornado de dourado, devem ser colocadas dobradas perto do altar.

O Ritual

Este ritual exige um local em que a/o aspirante tenha completa privacidade.
Ele/a deve estar  nu/a no centro do círculo com os braços abertos em forma de cruz. Na mão esquerda encontra-se a rosa vermelha. Em sua cabeça deve estar a coroa. Nesta posição deve se manter durante alguns minutos enquanto visualiza uma corrente contínua de luz descendo sobre sua cabeça, passando para seu corpo e este distribuindo-a para todo o círculo, que se preenche de luz enquanto fora dele há apenas trevas. Quando sentir o círculo saturado por esta luz deve então dirigir-se ao altar e dizer, depositando a rosa:

“A ti, oh bela ASTAPHE, ofereço-te esta rosa escarlate, da cor de teu amado. Que sua luz ilumine e guie meus caminhos tanto nesta noite ainda mergulhada em trevas como na aurora que está a ser  anunciada.”

A seguir deve, em sentido anti-horário, posicionar-se ao Norte.
Após traçar o pentagrama de invocação da terra, mantrar o nome Zimimay.
Ao Oeste deve-se traçar o pentagrama de invocação da água e mantrar o nome Corson.
Ao Sul deve-se traçar o pentagrama de invocação do fogo e mantrar Gaap. Ao Leste traçar o pentagrama de invocação do ar e mantrar Amaymon. Retornar ao centro do círculo na posição inicial e proclamar:

“A Vós convoquei, oh Grandes Reis, para que assistam-me em minha revelação a vós. Que meu grito ecoe por todo o CHAOS. Que todo ser do Cosmos saiba quem sou. Sou um(a) filho(a) de Deuses, possuindo a divindade em mim. À mim as estrelas brilham, à mim os ventos cantam, à mim as flores enfeitam os caminhos. Pois Eu sou aquele(a) que é filho(a) de Lúcifer, cuja essência encontra-se em toda a criação. Nele foi meu princípio, nele será meu fim. Minha Vontade é voltar a Ti, oh Pai, e aqui selo meu compromisso contigo. Pai ilumina-me com teu conhecimento; Mãe banha-me com Teu sangue. À Vós adoro pois encontrei-os em mim mesmo(a).
Assistam o renascimento da Estrela da Manhã, sob o signo de fogo da estrela de cinco pontas! À mim toda a criação curva-se em respeito, louvor e devoção”.
Dirija-se ao altar. Pegue um pouco do sal e coloque na fonte superior. Pegue mais um pouco e jogue sobre a chama que se encontra ao centro e diga:
“Que a constância do Sal se reflita em meus pensamentos”.
Pegue a adaga e coloque-a sobre o lado direito do peito, de maneira simbólica, dizendo:
“Que o sangue que preenche o cálice seja o mais puro e divino”.
Devolva ao altar. Pegue no açoite e diga:
“Que meu corpo lembre-se que na severidade também se encontra o amor”.
Devolva ao altar. Pegue a taça e diga:
“Que o entendimento traga a harmonia”.
Beba e então devolva ao altar. Vista as roupas que estão ao lado do altar. Por fim pegue o frasco com óleo e passe um pouco sobre a cabeça, dizendo:
“Por minha Vontade consagro-me à Grande Obra, e assumo o lugar que tenho nela por direito.  A partir deste momento não apenas mais recebo luz, mas a emano de mim mesmo (a). Conheçam-me por quem sou, lembrem-se de meu nome: ......................... (diga o nome que deseja assumir).

Agradeça e dê a ordem de partida a todos os seres presentes, em especial aos quatro grandes Reis.

Apague a vela do altar e em seguida as que estão ao redor do círculo.

Autoiniciação Luciferiana


O seguinte ritual tem o propósito de abrir os portões da escuridão interna, levando-a à Acausais dimensões (ou seja, onde não há tempo espacial e limites).


0. O seguinte deverá ser proferido:


“Em nome de Lúcifer, eu acendo a Chama Negra e invoco os Deuses Sombrios!”


Em seguida, acenda a vela do altar.


1. O ritual começa tradicionalmente com a ativação dos quatro pentagramas dos quatro tronos negros.
Em seguida, olhe atentamente para a chama da vela, e concentre-se na Chama Negra interna “que inflama frio e calor”, desta forma pense nas razões pelas quais você deseja abrir os portões internos escondidos dentro da sua Chama Negra/espírito.


2. Proclame:

“Ad Majorem Azerate Gloriam!”


Em seguida, corte o dedo médio da sua mão esquerda e com seu sangue desenhe o “Sigilo Acausal” em um pedaço de papel pré-perfumado e purificado/consagrado.
No verso do papel, desenhe o sigilo da Chama Negra, e em seguida, escreva o seu nome mágicko.
E com o sangue restante projete o seu “Terceiro Olho”/Olho de Abbadon e diga:


“Os olhos de Tanin‟iver estão abertos!
Tanin‟iver Liftoach Nia!”


Queime o incenso em honra aos Deuses Sombrios, em seguida, coloque o papel com o sigilo sobre o incenso e recite o seguinte:


“A minha verdadeira vontade é a de nesta noite abrir os esquecidos portões que levam até às escuras dimensões do Caos!
A minha verdadeira vontade é a de que, em nome dos inomináveis deuses, os portões flamejantes internos abram-se para além das limitações do Cosmos!

Em minha própria vontade e consciência, eu piso à frente para a loucura; o altar do conhecimento libertador, de modo que nesta noite possa girar a chave dos portões trancados das trevas!
Eu cuspo no deus fraco e nas massas de cegos que trilham o Caminho da Mão Direita, e fortaleço os laços que, em todas as minhas vidas me mantiveram ligado com a externa e Eterna Chama que é Lúcifer!
Eu escolho, em nome de Lúcifer, entrar no caminho da escuridão do desconhecido, para assim poder encontrar a minha luz interna e autocriação!
O adormecido Dragão Negro é a minha maior meta, para que possa despertar esse poder imortal e divino que por séculos esteve descansando nas profundezas sem fundo do meu espírito!
Portanto, esta noite eu quebro os grilhões demiúrgicos que mantêm o dragão encarcerado, aguardando poderosamente com minha Chama Negra interna o despertar do adormecido Dragão, e, assim, o meu despertar do sonho que é a minha vida!
Em nome dos Deuses Sombrios, e pela vontade do Caos Colérico!”


3. Queime o sigilo na vela preta do altar e visualize a fumaça se tornar sinistras imagens demoníacas.
Tente inalar o que puder desta fumaça.
Em seguida, diga o seguinte:


“Assim como meu sangue queima no fogo, a minha alma é consumida pela Chama Negra!
Assim como a minha força vital tornou-se uma com o fogo, o meu espírito irá também se tornar um com os Deuses Sombrios!
Minha jornada através do caminho sinistro é o que agora me levará à liberdade eterna em meio ao Caos!
A minha vontade é a lei, e a minha lei é o Caos!
Salve Lúcifer! (7x)”


4. Medite sobre a viva escuridão que está dentro de você, e saiba que suas portas internas para o “Reino dos Deuses Sombrios” estão agora abertas.


5. Conclua o ritual da forma tradicional e exclame:


“Salve Lúcifer! Salve Beelzebuth!
Salve Belial! Salve Leviathan!
Salve o Caos!”

Jacques Bergier - Melquisedeque

  Melquisedeque aparece pela primeira vez no livro Gênese, na Bíblia. Lá está escrito: “E Melquisedeque, rei de Salem, trouxe pão e vinho. E...