segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Gnose:Assuras, Lei do Karma e Julgamento Final


Falaremos em torno de três temas que se integram: Assuras, lei e julgamento. Com esses temas temos um propósito definido; estamos acompanhando o desenvolvimento dos acontecimentos atuais pelo mundo, quer sejam visíveis ou não.

Assim, aqueles que optaram por seguir as orientações que passamos através desse canal, poderão obter uma orientação ou um auxílio direto em cima daquilo que está ocorrendo neste momento, aqui e agora, quer disso tenham consciência ou não.

O que [quem] são os Assuras? Há muita literatura disponível sobre os Assuras; alguns autores dizem que os Assuras são os Semi-Deuses.

Há que se entender, exatamente, o que significa ser um Semi-Deus, onde estão, o que fazem, o que podem fazer a nosso favor ou contra…

Temos abordado por aqui, ao longo deste ano 2007, muitos temas buddhistas; falamos muito dos Buddhas; dissemos que os Buddhas são os instrutores da humanidade. De fato o são, mas é preciso entender o que é a humanidade, senão ficaremos repetindo idéias sem o devido conhecimento ou consciência.

Os Buddhas são os instrutores da humanidade! Isso equivale a dizer que os Buddhas são os professores do jardim de infância da via iniciática. 

Sim, a humanidade é o jardim de infância . Ela é crua, leiga e ignora totalmente os temas transcendentes e transcendentais.

Obviamente que, ainda assim, a humanidade precisa de orientação segura, de bons ensinamentos, e é justamente aí que entram os Buddhas. De nada adianta mandar professores catedráticos, pós-graduados ou com pós-doutoramento a ensinar matérias complexas no jardim de infância… Matérias complexas são ensinadas em privado, a pequenos e restritos grupos…

É claro que, no nosso caso aqui na Terra, de tempos em tempos, o próprio Cristo se humaniza em algum iniciado que tenha reunido em si as condições necessárias para expressá-lo. Então, o próprio Cristo cósmico se expressa, se manifesta e transmite sua doutrina, uma parte externa para o público e uma parte iniciática para círculos fechados.

A doutrina dada por um Irmão Maior, a doutrina passada por um Avatar, por um Cristificado, é superior; vem complementar os ensinamentos dados pelos Veneráveis Buddhas. Numa conferência anterior ilustramos bem acerca dos ensinamentos dos Buddhas e também acerca do ensinamento do Cristo.

Muitas vezes enfatizamos aqui que ninguém se cristifica sem primeiro se budificar. Antes de alguém alcançar as Altas Iniciações, obrigatoriamente precisa:

1) despertar sua consciência;

2) depois precisa se santificar;

3) depois nasce o Buddha íntimo;

4) se ele prossegue nesse caminho, haverá um momento em que se torna um Adepto ou um Irmão Maior;

5) se ele ainda prosseguir neste caminho, poderá encarnar o seu Cristo íntimo. Assim, resumidamente, é o Caminho.

Lembramos isso porque é justamente nesse contexto, neste cenário, que queremos introduzir a idéia dos Assuras. Os Assuras são – como dissemos – Semi-Deuses. 

Semi-Deuses significa que são meio Deuses, meio humanos. Esta é uma perfeita explicação para aqueles que estão no meio do caminho, entre o estágio humano e o estágio divino.

Talvez seja surpreendente afirmar agora, aqui nesta aula, nesta reunião, que os Buddhas são os Semi-Deuses, que são os Assuras. Eles estão, exatamente, no meio desse caminho. Falta muito para encarnarem a divindade interior, mas também estão bem longe do estágio comum da humanidade: tornaram-se Buddhas.

O grau de Buddha equivale a esquecer a humanidade, a esquecer a vida humana, mas não significa entrar no reino superior, onde vivem os Deuses; eles ficam exatamente no plano intermediário. Por isso podemos afirmar, sem receio de equívocos, que eles são os mesmos Assuras ou Semi-Deuses.

Com isso, acredito que facilita para muitos, ao lerem e estudarem a literatura esotérica disponível, ao tomarem conhecimento das realizações, dos atos, dos comportamentos dos Assuras, entender melhor a respeito.

Também, não podemos esquecer de certas advertências que fez o Mestre Samael, e que também já foram motivo de intervenções nossas, aqui neste canal, de que no Nirvana existem muitos Buddhas que tentam e até mesmo querem impedir o avanço do iniciado.

Muitas vezes o iniciado precisa sacar da sua espada e pôr esses Buddhas a correr… Eles não fazem isso por maldade; eles fazem isso justamente por reconhecer o sofrimento e a dor que esperam aqueles que se lançam no caminho reto. É por isso que, então, em algumas obras do Mestre Samael, encontramos comentários, textos, parágrafos, em que ele fala, adverte e avisa sobre o perigo dos chamados Deuses Tentadores do Nirvana. 

Esses Deuses tentadores do Nirvana nada mais são do que os Assuras, os Buddhas, os Semi-Deuses . Já não são mais humanos, mas também não encarnaram ainda, plenamente, a divindade, e decidiram permanecer neste estágio intermediário; como ali são infinitamente felizes, todo caminhante que passa por essas regiões, é assediado por esses Semi-Deuses, e muitos são aqueles que acabam seduzidos por seus discursos…

Aqui mesmo, na história recente da Igreja Gnóstica do Brasil, tivemos dois casos concretos de estudantes nossos que alcançaram à quarta iniciação maior, e por mais avisos e alertas que tenham recebido, acabaram caindo na conversa, no discurso dos Assuras, dos Buddhas tentadores, e se bandearam para a outra ala do Nirvana.

Os Assuras não são os Buddhas gnósticos; os Buddhas gnósticos não assediam o caminhante para fazê-lo cessar sua busca ou para tentar, atrair e manter o caminhante preso no Nirvana. Pelo contrário, eles sabem que há uma via reta, e respeitam a decisão do caminhante…

Porém, há uma certa ala do Nirvana – por assim dizer – em que estão esses Deuses tentadores, esses Semi-Deuses, como estamos dizendo aqui hoje, nesta noite, que efetivamente assediam o estudante; se o estudante não estiver atento, acabará se desviando do caminho e ficando aprisionado à ilusão do Nirvana.

Muitos poderão se surpreender com esta revelação; acreditam que no Nirvana não existe o fascínio, que não é uma ilusão… Sim, meus amigos, existem as ilusões do mundo de Sansara e também existem as ilusões do Nirvana ou do mundo astral, onde vivem os nirvanis.

Esses Semi-Deuses amam a vida que têm no Nirvana; como já dissemos, é uma vida feliz, não há dor, nem sofrimento ou amargura, nem remotamente, como estamos acostumados a enfrentar aqui em nosso mundo. Porém, tudo isso não passa de uma nova classe de ilusão.

A Gnose ensina que a única realidade é nosso Pai , nosso próprio Ser. Se quisermos nos estabelecer definitivamente naGrande Realidade temos que encarnar em nós as partes superiores de nosso próprio Ser.

Nas entrelinhas dos livros do Mestre Samael percebemos que o Mestre insistiu muito na questão de “o reino dos céus se toma por assalto”. 

Bem verdade que o Mestre Samael não detalhou, não explicou, não deu, nem forneceu todos os detalhes do que ocorre no processo iniciático. Mas dentre tantos detalhes que não foram detalhados em seus livros, estão esses que estamos abordando aqui hoje à noite.

São muitos os caminhantes, os iniciados que, em vidas anteriores, que em épocas remotas da humanidade, alcançaram já uma, duas, três, quatro vezes – e até cinco vezes – esses estágios de quarta ou parte da quinta iniciação de mistérios maiores; não seguiram adiante porque sempre foram seduzidos pela ilusão do Nirvana ou pela conversa dos Semi-Deuses, que decidiram fazer do Nirvana o seu próprio mundo, onde se acomodaram…

Como dizíamos há pouco, tivemos o caso concreto de dois estudantes nossos que conseguiram alcançar esse grau de quarta maior e caíram seduzidos pelas ilusões do Nirvana, e ali se acomodaram. Aí surgiu algo bem interessante… Como esta decisão foi tomada pela vontade pessoal dos estudantes, sem consultar a vontade de seus Pais internos, houve um conflito…

Nós, aqui na Escola Gnóstica, ensinamos que neste caminho temos que aprender a fazer a vontade de nosso Pai, tanto no céu quanto na Terra; temos que encarnar de tal maneira isso que até a nossa forma de olhar deve ser a mesma forma de olhar de nosso Pai; o mesmo para a forma de andar, que deve ser a de nosso Pai; a mesma forma de nos portarmos socialmente, à mesa ou em qualquer parte seja exatamente a mesma forma de nosso Pai; idem para o nosso falar, o nosso agir, nossas atitudes, nossa conduta, tudo deve ser uma réplica perfeita da maneira de ser de nosso próprio Pai.

Então estaremos seguros de estarmos efetivamente cumprindo a vontade de nosso Pai. O que tem ocorrido até hoje na prática é que os estudantes de Gnose, trabalhando sobre si, conseguiram conquistar alguns graus iniciáticos; como não recebem boa e adequada instrução, acabam achando que aquilo que lemos nos livros é tudo que existe sobre Iniciação.

Não é! Há muitos detalhes que não foram realmente expostos; nem havia necessidade disso porque tudo que era essencial para o caminho esotérico, para o caminho iniciático, o Mestre Samael nos passou. Não estamos aqui fazendo nenhum reparo, no sentido de, como alguns podem estar pensando até, querer consertar a obra do Mestre Samael; não se trata disso.

Estamos aqui tão só colocando em palavras, expressando em voz alta, algumas conclusões ou percepções que temos como muito importantes, e que passa despercebido para boa parte do estudantado gnóstico.

Ao falarmos assim, partimos do pressuposto que todo estudante, que está se lançando neste caminho agora, que está começando, ou até já começou este caminho, possa ter uma referência a mais, talvez num nível de maior compreensão, num nível mais comum, acerca desta jornada iniciática, e assim possa definir melhor sua estratégia de caminhada.

Podemos perfeitamente escolher o despertar da consciência ou o trabalhar para a santificação. A santificação é o equivalente ao terceiro grau de fogo, que são os Arhats do Buddhismo, denominação oriental que equivale ao grau deSanto no cristianismo.

É evidente que um santo possui muitas e grandes virtudes, mas ainda não é perfeito; falta-lhe muito. Mesmo como santo virtuoso ainda está sujeito a muitos erros e equívocos. Há muita maldade no santo e muita bondade no perverso, advertia o Mestre Samael.

Mas é preferível trilhar o caminho da santidade que nenhum… Este caminho da santidade é a base, o fundamento para tudo que vem depois. Portanto nada é perdido. O que não podemos perder de vista é a perspectiva da jornada, do caminho iniciático como um todo. Isso é tão importante que o Mestre Samael, a pedido dos anjos do santo sepulcro, escreveu um livro chamado “As Três Montanhas”, onde desenha o mapa, o esquema de como é o caminho iniciático. Aqui, hoje, fazemos tão só alguns complementos acerca deste mesmo esquema.

Primeiro despertar a consciência, trilhar o caminho da santidade, que significa eliminar defeitos, despertar as virtudes. Depois passamos pela estação dos Buddhas, que é o estado intermediário. Muita gente desce nessa estação. Por incrível que pareça, esta estação é muito perigosa, justamente pelas tentações nirvânicas que se apresentam aí.

Muitos caem ou tropeçam nessas alturas, porque um Buddha, por grandes virtudes que tenha, por muita sabedoria que tenha, continua ainda ignorando mais da metade de toda a jornada iniciática, e é muito fácil perder os graus duramente conquistados.

É mais fácil perder os graus búdicos duramente conquistados que seguir adiante. A senda do fio da navalha – dizia o Mestre Samael – está cheia de perigos por dentro, por fora, por cima, por baixo e por todas as partes; os piores e maiores perigos não são esses que se manifestam concretamente; são as sutilezas do caminho…

Por exemplo, conhecemos estudantes que, ao chegarem a estas alturas do seu caminho, da sua jornada, acabaram deixando formar em si, isso que, aqui entre nós, podemos denominar de “soberba búdica”; passaram a acreditar que sabiam tudo, que sabiam muito; passaram, inclusive, a dizer que o Mestre Samael havia se equivocado, como se eles, meros e simples Arhats, recém concluída a terceira iniciação maior, pudessem saber mais do que alguém que percorreu toda uma segunda montanha, não só neste Manvantara, mas que conhece este caminho desde Manvantaras anteriores…

Isso para nós, modestamente, se configura como soberba, e esta soberba foi o que precipitou Lúcifer do estado de Serafim, onde se encontrava um dia, na eternidade.

O estudante de Gnose também, na sua respectiva escala, acaba tropeçando nessas sutilezas. É por aí que tem havido e ocorrido a queda de muitos que duramente lutaram para alcançar o grau de Arhats e até mesmo o grau de Buddha. E caíram… Ou perderam todos seus graus…

Quem conhece um pouquinho da história da Gnose contemporânea reconhece nestas palavras alguns nomes que fizeram parte da trajetória recente da Gnose no mundo inteiro. Houve discípulos do Mestre Samael que alcançaram determinados graus e que acharam que já haviam concluído e compreendido tudo; então, escorregaram na própria soberba… Ou ignorância…

A pior coisa que pode acontecer a um de nós é acreditar que já sabe tudo; é acreditar que sabe mais do que aquele que nos ensinou; que sabe mais do que aquele que nos trouxe até onde estamos aqui e agora. Se alguém alcançou ou alcança, dentro da Gnose, o grau de Arahat ou de Buddha, isso é devido à doutrina, às obras e aos ensinamentos do Mestre Samael. 

Como pode depois, então, ter esse atrevimento de chegar a dizer e a afirmar e a propagar por aí inverdades como a que o Mestre Samael se equivocou? É claro que isso tem conseqüências, e as conseqüências desse delito de ingratidão, é simples: a perda dos seus graus.

Isso que estou falando é fato concreto, isso nos consta, sabemos o que estamos falando, conhecemos os personagens envolvidos. Falo do passado e também falo de uma história bem mais recente, aqui mesmo no Brasil.

Por isso devemos definitivamente aprender o que diz esta frase: “Sede humildes para alcançar a sabedoria e depois de alcançá-la sedes mais humildes ainda para não virdes a perdê-la”. 

As maiores ameaças que o iniciado tem na sua jornada estão representadas justamente pelos Deuses tentadores do Nirvana, pelos Buddhas do Nirvana, pelos Assuras, pelos Semi-Deuses.

Isso é algo que devemos meditar e refletir muito; temos que cumprir a vontade de nosso Pai. Se nosso Pai determinar, se nossa Mãe Divina determinar “eu quero que meu filho alcance o grau de Buddha”, aí está tudo certo; é uma ordem superior; faz parte de um plano.

Mas se nosso Pai tem outros planos e não temos o hábito de consultar ou de fazer sua vontade, ou a vontade de nossa Mãe, ao decidirmos nos acomodar num oásis de paz no nirvana, caímos; é muito fácil cair; basta não fazer nada; a entropia nos atrai novamente a este mundo, a este Sansara.

Esta é a realidade dos Assuras: de um lado, realmente eles cumprem esse papel importante que é instruir a humanidade; mas, de outro lado, acabam se tornando uma grande ameaça para aqueles que escolheram ou buscam o caminho reto.

Repito: Muitas vezes é preciso, de espada na mão, abrir caminho no Nirvana para alcançar as altas esferas dos reinos divinos. 

Pois bem! Dito isso, perguntamos: o que tem a ver tudo isso com a Lei do Karma e com os Julgamentos Finais?

Nas últimas aulas temos falado dos julgamentos que ocorrem a cada dia 18. Fomos já devidamente notificados que dia 18 de agosto haverá novo julgamento, e assim seguirá até o fim deste ano. De onde vem esse número 18?

O número 18 vem da soma 5 + 13: cinco da lei, treze da morte ou da renovação ou da colheita. Como tudo é manejado sob números, tomando como base os números, o 18 é o resultado do 5 e do 13. Por sua vez o treze também não é aleatório; o 13 é resultado do 5 + 8: cinco da lei, e oito da justiça. O treze é um número cabalístico que possui muitos significados: um deles é colheita; outro é renovação; outro é mudança.

A figura arquetipal, desenhada na carta treze, é a de uma caveira, símbolo do anjo da morte roçando o trigo com sua gadanha; significa que há uma ação de colheita; que o fruto está maduro. 

O cinco da lei, mais o treze da colheita, dá o dezoito. É nesse dia 18 de agosto que teremos a ação de um novo julgamento já a partir do primeiro minuto do dia 18 de agosto.

Esse julgamento abrangerá pessoas, países, estados, políticos, governantes, estudantes de gnose, líderes mundiais da economia, da política, da religião, etc.

Colocado isso, queremos novamente reforçar a idéia recorrente, sempre presente neste ano, que é a de irmos ao Tribunal da Lei para negociar nossas dívidas, nosso karma. É indispensável que façamos isso! Sem isso não temos praticamente nenhuma chance de resgate, porque quando vamos a julgamento, já é tarde para fazer qualquer tipo de negociação.

Sobre isso já vínhamos falando desde janeiro, desde as primeiras conferências deste ano 2007, porque foi nesse sentido que recebemos orientações precisas acerca do curso dos acontecimentos deste ano e também dos anos vindouros, até 2012.

É importante acordarmos, despertarmos para esta realidade dos julgamentos, das grandes transformações que estão em curso na humanidade e que se tornarão mais e mais visíveis proximamente.

Algumas vezes mencionamos aqui que até o ano 2010 muita coisa já seria visível ou teria ocorrido; sempre sugerimos que prestássemos atenção aos acontecimentos sociais, aos fenômenos sociais, às eleições, às decisões tomadas nos grandes fóruns mundiais porque aí poderíamos ver então essa face invisível, a manifestação dessas decisões invisíveis.

Neste momento, por exemplo, nestes dias, na China, temos uma população do Brasil inteira desabrigada pelas enchentes, pelos acontecimentos naturais que ocorreram por ali. Mas isso, dizemos, são acontecimentos menores; são preâmbulos das grandes tragédias, transformações sociais, geográficas e climatológicas que iremos assistir de ora em diante.

No que se refere à questão pessoal e individual, do trabalho de cada um de nós, não temos mais nada a acrescentar, além do que foi dito nas aulas anteriores. Podemos apenas reforçar que busquem o Tribunal da Lei, façam suas negociações, suas composições e aproveitem cada momento, cada dia que temos para trabalhar sobre si. Isso significa então que temos que intensificar e ampliar nossas práticas esotéricas para nos tornamos dignos e merecedores de uma ajuda especial da lei divina.

Além das negociações diretas com a lei divina temos que orar muito, apelar à nossa Divina Mãe; afinal é Ela que elimina, que trata de nossos defeitos; é Ela que vem em auxílio nosso para eliminar os defeitos.

Não há eliminação de defeitos sem a intervenção da Mãe Divina. Muitas vezes temos dito aqui – e vamos repetir hoje mais uma vez – que não adianta repetir mecanicamente: “Mãe elimina esse defeito” se não fizemos o dever de casa, ou seja: se não nos demos ao trabalho de analisar, estudar e compreender o defeito, a Mãe Divina não elimina esse defeito.

É um trabalho integrado: de nós é exigido essa parte; é o dever de casa. Além disso temos que tratar de viver a conduta reta, expressar a conduta reta durante o dia.

Sobre conduta reta há várias classes ou aulas que já demos e apresentamos aqui. Isso tem sido um tema recorrente aqui já desde o ano 2006; até mesmo alguma coisa falamos no ano 2005, quando iniciamos esse trabalho aqui, através deste canal.

Então, resumindo, para que não sejamos alcançados prematuramente por esses julgamentos, temos que tomar a iniciativa de negociar nossas dívidas.

Fazendo isso, teremos oportunidade de trabalhar, de lutar pelo resgate, pela salvação de nossa alma. Do contrário, se formos alcançados por um desses julgamentos cíclicos que estão ocorrendo mensalmente, já não haverá mais como fazer nenhum apelo depois.

Até aqui nossas palavras desta noite; colocamos essas idéias, e agora, então, ficamos à disposição para ampliar e, inclusive, se for o caso, tecer algumas considerações sobre os temas anteriores aqui apresentados.

Perguntas

P: O que aconteceu com os estudantes da Escola Gnóstica que se deixaram enganar com as tentações do Nirvana?
R: Perderam todos os seus graus…

P: A renegociação é necessária se estamos cumprindo o acordo? 
R: Sempre é necessário, sempre é necessário; temos que renovar mês a mês, dia a dia nosso compromisso; estar presente, mostrar presença, responder à chamada.

P: Como saber se já passei ou não pelo julgamento? 
R: Não há como saber; só se, através de sonhos, você já foi informado. Aquelas pessoas que têm um mínimo de memória onírica, sem dúvida se viram em pesadelos passando por isso, e aqueles que realmente não têm nenhuma esperança, que estavam totalmente adormecidos, não sabem, não tomaram conhecimento neste mundo aqui. Porém a essência, a consciência, que é a nossa verdadeira realidade, sim, sabe; é só isso que importa.

P: Tirar a alma dos líderes mundiais é como tirar a corda que prende um cão feroz? A guerra é questão de tempo? 
R: Sim, tudo caminha para isso. O despovoamento da Terra se dará por acontecimentos naturais e por guerras que alcançarão e envolverão muitas nações.

P: Um estudante seduzido pelos Assuras deixa de seguir o caminho? 
R: Não diria que ele deixa de seguir o caminho. É mais exato dizer que ele estagna, fica parado no caminho, e dependendo de cada caso, acaba perdendo esses graus, porque volta aos poucos a se conectar com as coisas deste mundo. Por isso um Buddha, alguém que terminou a quarta iniciação de mistérios maiores, mesmo tendo alcançado plenamente o grau de Buddha, poderá perder todos os seus graus, cair e involuir mais rapidamente no abismo do que uma pessoa comum e normal, porque um Buddha, quando se deixa atrair novamente pelas coisas deste mundo, se torna um caso perdido. Não vou dar nomes, mas aqueles que se derem ao trabalho de estudar a história da Gnose e se prestarem atenção a si mesmos e ao seu redor podem reconhecer facilmente essas histórias…

P: No caso de estudantes de nível mais avançado, até que ponto os Assuras e a Lei da Katância influem nas quedas? 
R: A Lei da Katância não influi em nada. A Lei da Katância, tomada como sinônimo de “karma”, sim! Os Assuras influenciam, mas a Lei não; a Lei atua de tempos em tempos, ciclicamente; te deixa livre para decidir e escolher. Os estudantes mais avançados, que se deixam seduzir, não só pelas tentações do Nirvana, como o pior de tudo, voltam a se deixar seduzir pelas coisas deste mundo, aí sim, a lei da katância ou a lei do karma cai pesado. Como dissemos há pouco, o mínimo que ocorre – ou a primeira coisa que ocorre – é a perda dos graus internos. Mas a pessoa continua acreditando que nada ocorreu… Esse é o perigo! Como você vai acordar uma pessoa que acredita e jura que está acordada??? Não há como!!! Esse é o maior pesadelo…

P: Sou novo na Gnose, quero negociar minhas dívidas; qual o caminho para isso? 
R: Primeiro passo, ouvir as conferências anteriores, onde falamos disso; segundo passo, conheça melhor nosso site, onde existem inclusive textos sobre isso… Não é preciso repetir tudo isso aqui, agora, se temos isso disponível a todo mundo.

P: Na vida prática, como pratico a morte do ego no meu dia a dia? 
R: A esses que estão chegando agora, em nosso site há um pequeno livro denominado SEPTEM SCRIPTA MORITURI

São setes sermões ou escritos aos que querem morrer; baixem esse livro; nosso site é uma ferramenta de apoio a este trabalho que fazemos aqui. A lição de casa, o trabalho básico, o bê-á-bá precisa ser buscado e feito pelo estudante. Se o estudante não estuda, não aprende e nem adianta ficarmos aqui esclarecendo o que está escrito já, esclarecido anteriormente. Recomendamos estudarem esta pequena obra que fizemos denominada SEPTEM SCRIPTA MORITURI. Em nosso site há também outros cursos. Temos curso de meditação, e há também já transcritas todas as aulas deste ano 2007, que são as mais atuais e importantes para o atual momento. Todo esse material esta aí, disponível; são mais de quinhentas, seiscentas páginas de material transcrito, que nossa amiga aqui presente, a Mariana, tem realizado. Se alguém acha difícil ler, escute as aulas aqui dadas, lembrando sempre que ESTUDANTE ESTUDA. Se o estudante não faz sua parte, nada vai acontecer.

P: Qual a intenção dos Assuras em enganar os iniciados? 
R: Eles têm um único propósito: fazer com que os caminhantes compartilhem de sua felicidade, que permaneçam nos domínios do seu reino. Isso, nada mais.

P: Se meu julgamento já foi realizado não será mais possível negociar minhas dívidas? 
R: Não! Já foi julgado… Seu destino foi determinado. Mas para o indigno todas as portas estão fechadas menos as portas do arrependimento. Há casos bem raros de pessoas que desceram ao segundo, terceiro círculo do inferno e que se deram conta do seu equívoco, do seu erro, e se arrependeram; pediram ajuda e foram ajudadas – isso é algo que está ocorrendo, inclusive neste momento. Muitas pessoas, já mencionamos isso até no encontro anterior, tinham e ainda têm partes suas enterradas nos abismos e estão se dando conta disso; estão apelando à lei divina para o resgate, para o pagamento das suas dívidas e estão conseguindo. Por isso, meus amigos, não vacilemos; tenhamos confiança: os Deuses não são tiranos! Os Senhores do Karma não são tiranos! Todos são Mestres do amor consciente. Eles não querem condenar ninguém a coisa nenhuma; só que a eles cabe fazer justiça e justiça é a suprema piedade e a suprema impiedade da mesma lei. 

P: O Nirvana fecha as portas de tempos em tempos, e atualmente está aberto. O que acontece com os habitantes do Nirvana nesse tempo inativo? O perigo que você menciona ainda continua quando fechado? 
R: Bom, esse perigo continua quando fechado, porque esse “fechado” é entre aspas; a vida não cessa aqui na Terra; dia após dia, ano após ano, raça após raça as pessoas continuam nascendo, as escolas iniciáticas continuam existindo, estudantes estão chegando e saindo. A vida é dinâmica, não esqueçamos disso. Então, os Assuras – como dissemos – não fazem isso por maldade; afinal, eles são Buddhas, Semi-Deuses, são metade Deuses já; só que o papel deles, de certa maneira, também é testar a virtude do caminhante, e a lei superior permite isso. A liberdade é onipresente, é a base do universo. Do contrário, haveria tirania, ditadura – e não é disso que estamos falando. Liberdade, livre arbítrio, e cada um faz o seu papel, perfeito?

P: A partir de 2008 os tribunais vão se fechar, mas não disse por que especificamente isso acontecerá. Aqui no mundo físico dá para entender que os juízes e promotores queiram fechar o fórum para ir à praia descansar ou tirar umas férias, mas nos mundos superiores? Por que vão descansar esses seres que não se cansam? Se os tribunais estão localizados nas regiões onde não há tempo, qual a finalidade de se fechar as portas para todos? 
R: Essa é uma pergunta tipicamente racional. Os tribunais se fecharão porque o arcano treze mais o arcano cinco foram aplicados. Aqueles que têm chance de mudar, de se salvar, de se resgatar o serão este ano em volume expressivo. Já a partir do ano que vem, praticamente não haverá mais ninguém a resgatar. Todos terão sido julgados e seus destinos, definidos… Além disso, a Loja Branca está em tal atividade que se fosse possível ter um dia de trinta e seis horas ela trabalharia isso, justamente porque a Loja Branca está em plena, em intensa atividade porque há acontecimentos que, vistos com os olhos deles, são para amanhã. Por exemplo, a era de capricórnio. Para nós isso vai demorar dois mil anos ainda, mas para eles, é daqui a dois anos. Há muita coisa para se fazer. O nascimento da sexta raça, que para nós é uma questão de 25 – 30 mil anos para frente, para eles é uma questão de plano de longo prazo de um país, que envolve o tipo de infra-estrutura que devemos ter nesse país para daqui a trinta anos… Lá se trabalha – e se trabalha muito, sem parar. Lá não se tira férias, há muito que fazer. Então, o que está acontecendo neste momento? O Tribunal da Lei está limpando as mesas e armários de todos os processos pendentes relativos à quinta raça raiz. É isso, meu amigo!

P: Como pagamos nossas dívidas? 
R: Com um trabalho desinteressado em favor da humanidade! Que tipo de trabalho desinteressado? Desde conduta reta, orações em favor do semelhante, fazendo práticas, fazendo obras de caridade – tudo isso feito sem intenções ocultas ou expressas de receber algo em troca. Devemos aprender a agir e a trabalhar com boa vontade e sem esperar prêmios e medalhas. O fundamento do servir à humanidade é o desinteresse pessoal em prêmios e recompensas; é trabalhar pelo trabalho, é trabalhar para devolver à vida aquilo que a própria vida nos dá; é fazer com que todos tenham vida em abundancia, assim como nós a temos também. Servir é o mandamento do Cristo. 

P: É normal nesses tempos últimos nos sentirmos mais levados a trabalhar intensamente como se uma força maior nos impulsionasse para isso? 
R: Eu diria que hoje as maiores forças que estão impulsionando a vida humana são as forças destrutivas. Se nós cultivamos e optamos pela polaridade adequada dessa força, elas podem ajudar a destruir a parte negativa que temos dentro de nós, porque justamente essas forças destrutivas estão atuando para destruir o que há de negativo no planeta, na sociedade. Essas mesmas forças podem ser utilizadas então para destruir o que há de negativo dentro de nós, dependendo de nossa polaridade. Temos que nos posicionar adequadamente com essa força para termos o benefício almejado.

P: Uma pessoa que já foi julgada e condenada poderia sentir vontade de salvar sua alma? 
R: Acho bem mais difícil neste caso, porque se nós hoje, que estamos aqui, livres para decidir algo, se formos condenados, significa que nosso peso era expressivo, muito maior que nossa própria consciência. Então, se antes nada fizemos, depois de condenados muito menos faremos, e é por isso que é muito difícil haver um arrependimento naqueles que estão nos caminhos do inferno…

P: Sabendo que dia 18 é julgamento importante, retirar-se em meditação e jejum seria o mínimo a se fazer? 
R: O mínimo a fazer é levar adiante o que falamos aqui sempre: conduta reta, práticas, orações, santificação – essas coisas todas que temos ensinado sistematicamente aqui ao longo do ano. No dia 18 é só mais um dia… Então não será a meditação e o jejum que vai mudar alguma coisa; é importante viver os princípios da Gnose no dia a dia, e não especificamente “por ocasião da Páscoa da Ressurreição” ou nos dias de evento.

P: O Mestre fala no livro “Revolução da Dialética” que a auto- observação regenera as células do corpo, se a pessoa é casta! 
R: A auto-observação em si não regenera as células do corpo, como você mesmo está escrevendo aqui… Se a pessoa for casta, sim! Então é a castidade que regenera as células, não a auto-observação. A auto-observação é um processo que auxilia a limpeza mental; a auto-observação nos torna gradativamente auto-críticos. A castidade sim, vai regenerando as células do corpo. Mas esse é um processo lento porque a castidade, a preservação, a conservação da energia da vida, é que coordena, que faz esse processo de regeneração. A energia sexual é fogo, é o fogo que renova a natureza. É por isso que se dá a regeneração do corpo, lembrando apenas que temos que primeiro conquistar a castidade da mente para que esta castidade fisiológica produza os resultados positivos esperados; do contrário, se nossa mente é suja, a energia retida potencializa justamente as partes tenebrosas. Portanto, temos que trabalhar com as duas frentes: mente e corpo.

P: Que orientação sugere que seja dada nos próximos dias a pessoas que estão começando nesses estudos? 
R: Como dissemos há pouco: criamos um site justamente para isso, para dar a base de estudo. Alguém que está chegando agora, precisa aprender a base. Esta base está toda em aulas anteriores, aqui neste canal. Por exemplo, falamos de conduta reta; conduta reta não é uma teoria; é prática: ou se vive ou não se vive; tem ou não tem. É claro que para se praticar a conduta reta é preciso entender o que é isso – e isso está explicado nessas conferências anteriores. Portanto, quem chega agora vai ter que ouvir tudo aquilo que já foi dito anteriormente; vai ter que tomar a iniciativa de fazer esse trabalho, de ouvir as primeiras letras, de ouvir as orientações que procuramos passar aqui a partir de janeiro deste ano, com mais ênfase, e adequada para o momento atual. Estudante estuda… e começa a praticar aos poucos. 

P: Um Assura pode ser uma pessoa comum entre nós? 
R: Sim, os Assuras que têm corpo físico são pessoas comuns entre nós, sem dúvida nenhuma. Há muitos que não são Assuras, porém se comportam como Assuras dentro do meio gnóstico; são justamente aqueles que querem nos convencer de que não é preciso sofrer, que há outros caminhos mais suaves, etc. São esses que dizem que “todos os caminhos levam a Deus, que todas as escolas são verdadeiras”… Esse é um discurso típico ou de um Assura ou de um mago negro, porque aqueles que abrirem ouvidos a esse discurso, a esse entendimento pseudo-universalista, vão acabar entrando nos abismos ou se desviando para caminhos errados e se desgarrando para outras direções. Se fosse verdade que todos os caminhos levam a Deus, por que que a própria Loja Branca combate a Loja Negra? Acho que isso é óbvio! É porque nem todos os caminhos levam a Deus e nem todas as escolas são verdadeiras e nem todos os métodos são da luz. Mas me perdoem a expressão: os “tontos” que estão por aí hoje absorvendo, comendo e devorando tudo que é literatura disponível na internet e nas livrarias, acreditam que assim, fazendo uma salada de autores e de escolas, brancas e negras, estão indo cada vez melhor. Misturam Gnose com chá enteógeno, misturam Gnose com o xamanismo degenerado da época atual e acham que estão indo bem… Têm direito a pensar assim, não podemos fazer nada… Apenas funcionamos aqui como placas de estrada: indicamos a direção mas não vamos juntos…

P: Poderíamos considerar os Assuras como Mestres de Graus? 
R: Não entendo exatamente o que você pergunta… O que expressamos é que os Assuras, esses Semi-Deuses, ensinam a humanidade, dão ensinamentos básicos, fundamentais, mas temos que ter o discernimento para ir além. Numa escola esotérica – ou no caminho espiritual – não precisamos mostrar a ninguém que aprendemos uma lição ou as lições. Na escola ou na escala iniciática cada um é provado individualmente, frente a si mesmo. Se fracassa, precisa voltar a treinar mais; se vence a prova – ou as provações – entra em novos graus ou níveis de ensinamento. Essas provas sempre são de si para consigo mesmo. Os Mestres simplesmente nos colocam frente a frente a nós mesmo, e nós temos que superar a nós mesmos. Não se trata de superar nenhum adversário externo a nós mesmos, mas simplesmente, superar a nós mesmos. O mundo é nosso ginásio; a sociedade, as pessoas, nossos semelhantes são nossos desafiantes. É no mundo, nesses cenários, que temos de tratar de se manter sereno, tranqüilo, não reagir, viver a conduta reta e servir a humanidade, servir desinteressadamente – não só no discurso, não só da boca para fora – mas em fatos concretos…

P: Após 2007 devemos ou podemos levar o último fator a humanidade? 
R: O verdadeiro guerreiro só tomba e só deixa de lutar quando não consegue nem ficar de pé ou quando já cortaram os dois braços. Os Deuses estão trabalhando dia e noite; devemos fazer a mesma coisa. Até dezembro de 2007, enquanto as portas do Tribunal da Lei estiverem abertas às negociações, aqui estaremos; depois disso, nada sabemos… 

Por Karl Bunn

Gnose:Os Sete Buddhas de Perfeição


Quem são os sete Buddhas de perfeição? Segundo o Mestre Samael são os Buddhas conhecidos como os sete Dhyani-Buddhas do sistema solar. Eles são os protótipos dos boddhisattvas que vivem neste mundo.

Em palavras simples e diretas, os sete Buddhas de perfeição são os sete Logoi planetários. Os Dhyani-Buddhas, em si mesmos, são o Pai-Mãe cósmico. Todo Buddha tem duas naturezas… Em todo Buddha existe um princípio masculino e um princípio feminino, isso que conhecemos como Shiva – Shakti.

Desses sete Buddhas, cinco deles já vieram ao mundo e já cumpriram suas devidas missões de guiar, conduzir e ensinar esta humanidade. Isso, inclusive, me faz lembrar de certa pintura, de certo quadro, um desenho da família dos cinco Buddhas do Tibet. É uma viva representação desses cinco Buddhas que encarnaram e viveram entre nós e realizaram sua missão. Dois virão ainda no futuro, respectivamente, no final da sexta raça e no final da sétima raça.

Embora já tenhamos falado muitas vezes sobre esse tema, para nos situarmos aqui e agora vamos lembrar, mais uma vez, a diferença que existe entre os Buddhas – no nosso caso aqui de hoje – Dhyani-Buddhas e os bodhisattvas encarnados na Terra.

Há muitos autores buddhistas e de teosofia que pensam, escrevem, têm a idéia que os Anupadakas – ou seja: os Dhyani-Buddhas, uma outra palavra também para expressar o mesmo princípio – repetindo, os Anupadakas não possuem Pai-Mãe.

O Mestre Samael, numa das suas conferências, alerta que tal concepção é equivocada, porque qualquer Dhyani-Buddha, qualquer Pai-Mãe – que é o complemento superior e glorioso do bodhisattva – obviamente foi emanado do Eterno Pai Cósmico Comum – e isso é algo que precisa ser entendido.

A idéia do Eterno Pai Cósmico Comum , da Divina Mãe Imanifestada ou da Imanifestada Prakriti, é algo que não foi, até o nosso tempo, devidamente compreendido nas escolas esotéricas do mundo.

Se, como é em cima é em baixo – e vice-versa – o eterno Pai cósmico comum também possui duas polaridades, ou seja, Ele, ainda que aqui denominemos de “eterno Pai cósmico comum”, em realidade Ele é o “eterno Pai-Mãe cósmico comum”; e é dEle que surgem -ou são emanados – os Dhyani-Buddhas ou os Anupadakas.

Nas palavras do próprio Mestre Samael, “o Anupadaka não é órfão. O Pai-Mãe interior – de cada um de nós – é emanado, é filho do eterno Pai-Mãe cósmico comum, que é co-essencial, uno, por assim dizer, com o espaço abstrato absoluto”.

Aí existe uma pequena diferenciação que a Gnose faz em relação a outras escolas que antecederam ao seu surgimento no mundo. Cada um de nós aqui tem o seu Pai interno; cada um de nós aqui tem sua Divina Mãe Kundalini. Os chamadosbodhisattvas , os Dhyani-Buddhas – que também são conhecidos em Gnose como Dhyani-bodhisattvas – não são exceção a esta regra.

Cada Dhyani-bodhisattva é o desdobramento do Pai-Mãe; e encarnam e nascem aqui neste mundo físico para mostrar o caminho, a senda e ensinar e conduzir a humanidade.

Dos sete Buddhas protótipos de perfeição , cinco já vieram e cumpriram suas respectivas missões em nosso mundo. Os dois faltantes virão ao final da sexta e da sétima raças humanas, respectivamente.

Isso não quer dizer, por exemplo, que os Buddhas – como nós os conhecemos – os Buddhas do Nirvana, em si mesmos, não tenham o seu protótipo individual pessoal, o seu próprio Pai-Mãe. Claro que não só eles como cada um de nós aqui presente, cada ser humano possui o seu protótipo individual; porém, esses sete que estamos mencionando aqui hoje sãoos protótipos de todos os Buddhas existentes no mundo. 

Talvez isso não esclareça muita coisa porque ainda ficamos muito presos a certo linguajar demasiadamente iniciático ou hermético. Mas se mudarmos um pouquinho essa terminologia para algo mais acessível, talvez todos possam ter uma idéia melhor. Se trocarmos a expressão “protótipo individual” por “raio”, aí fica mais fácil.

Os sete Buddhas-protótipos de perfeição são em si mesmos os sete raios da criação. 

A síntese desses sete Buddhas de perfeição é conhecida no oriente como Avalokitesvara”.

O que vem a ser Avalokitesvara?

Isso já é amplamente conhecido e sabido em Gnose com outra palavra ou expressão: Avalokitesvara é o mesmo Logos Solar, o Cristo, Vishnu. 

Não faz muito tempo que nos disseram que Samael Aun Weor é a última encarnação de Avalokitesvara neste mundo.

Portanto, o que estamos dizendo não é de todo novo. O próprio Mestre Samael falava sobre isso um tanto quanto veladamente, e agora, então, estamos podendo abrir um pouco mais os véus, para compreender um pouco mais os mistérios dos sete Buddhas de perfeição.

Cada um desses sete Buddhas contém uma verdade, um raio, uma qualidade divina, um protótipo, uma verdade ou realidade cósmica.

O primeiro Dhyani-Buddha corresponde ao primeiro Raio e é conhecido na cultura Judaico-Cristã como Gabriel . Ele é o protótipo do Raio Gerador da vida.

O segundo Dhyani-Buddha ou o segundo Raio é conhecido na cultura Judaico-Cristã como Rafael . Ele é o protótipo da ciência, da sabedoria, da medicina e de tudo aquilo que está relacionado à ciência de um modo geral.

Uriel é o terceiro Dhyani-Buddha ; é o protótipo, o raio, a verdade da arte e do amor relacionamento.

Mikael é o quarto e por sua vez encarna a Justiça.

Samael [Kamael] é o quinto e como dissemos é o protótipo da força, do exército, do poder militar.

Zacariel é o sexto e personifica o Poder divino, o Mando; lembrem-se do Anjo Aroch que o Mestre Samael fala ser um Anjo do Mando. Ele quis dizer que o Anjo Aroch pertence ao sexto raio, ao raio do Mando; está conectado ao Dhyani-Buddha conhecido como Zacariel , o sexto logos, que virá ao final da sexta raça raiz cumprir sua missão.

Por fim temos o sétimo Dhyani-Buddha que personifica a renovação, a morte, o renascimento; é conhecido como Orifiel-Saturno. 

Como dizíamos, a síntese dos sete Dhyani-Buddhas é Avalokitesvara, o mesmo Cristo, o Logos Solar, conhecido no Oriente como Vishnu – aquele que a tudo penetra. 

Somente aquelas pessoas que alcançam o estado búdico superior ordenam ou põem ordem em suas sete mentes, em seus sete corpos.

Para alcançar o estado búdico necessitamos, antes de tudo, passar pela aniquilação buddhista, como se diz em Gnose; isto significa desintegrar o ego, o eu, o mim mesmo.

Quando passamos pela aniquilação buddhista, as sete mentes marcham em perfeita harmonia com todo o cosmo, e assim, então, o homem se torna perfeito, no sentido mais completo da palavra.

Um homem perfeito reúne em si não só as sete mentes, como é capaz também de compreender os sete mistérios ou as mesmas sete verdades sintetizadas em Avalokitesvara.

Porém, enquanto existir ego, as sete mentes, os sete corpos, os sete centros psicofisiológicos estarão em desarmonia.

Há um drama concreto e real que não percebemos, e que se expressa aqui e agora: é a existência de um péssimo secretário – o ego; por exemplo, esse mau secretário manda as mensagens que são para o centro mental, envia para o emocional – e assim reagimos de uma maneira que destrói, desarruma e desequilibra este centro.

A importância de passarmos urgentemente pelo processo da aniquilação buddhista, fazendo tudo aquilo que exaustivamente o Mestre Samael abordou – e nós mesmos aqui temos lembrado em reuniões precedentes – se queremos que flua por nós os princípios das sete verdades, temos que harmonizar as sete mentes – porque tudo está interligado, inter-relacionado: as sete mentes, os sete chakras, os sete centros psicofisiológicos, as sete verdades e os sete raios da criação.

Como pode se expressar em nós, plenamente, o raio da criação se temos o caos dentro de nós?

Isso é o que queremos convidar à reflexão e à análise nesta noite. Por isso então que temos que acelerar, agora mais do que nunca, o processo da desintegração do ego; é claro que para isso, precisamos do fogo sagrado, deste Fohat divino, desta eletricidade sagrada.

Lembro que algumas vezes foi perguntado aqui sobre a origem da eletricidade… A eletricidade tem a ver com kundalini, com o fogo, com fohat. Pois ainda que a eletricidade seja um atributo direto de nossa Mãe Divina, em realidade temos que buscar sua origem e sua fonte no Ancião dos Dias.

O Ancião dos Dias é a Glória de Shekinah , como diriam os rabinos. Ele é o Mistério dos Séculos, é o Pai-Mãe que está em segredo no fundo profundo de nós mesmos.

Esta eletricidade, em si mesma, tem o poder para organizar os átomos dentro de cada molécula… Essa eletricidade tem também o poder para organizar os mundos. É evidente então que nessa eletricidade estão as possibilidades de organizar qualquer criação, seja ela interna ou externa.

É por isso que o Mestre Samael dizia que a eletricidade é sagrada e que devemos olhar e encarar a eletricidade com respeito e veneração. O Adepto é aquele que alcança o sétimo grau de qualificação ou a sétima iniciação maior; é alguém que sabe manejar a sete mentes com perfeição… E nós aqui que aspiramos um dia conquistar o Adeptado, desde agora devemos conhecer, ainda que ligeiramente, todas estas referências…

Existe o batismo da água e o batismo do fogo. Também existem os sete selos, as sete taças que figura no apocalipse e as sete trombetas.

O Apocalipse de São João, em realidade, é um livro de sabedoria. Sem o Apocalipse nem teríamos como entender a ciência da Grande Obra.

Existem duas maneiras para cada um de nós viver o Apocalipse. Às vezes vivemos as duas ao mesmo tempo.

Uma das maneiras é forçosa; a outra é opcional. Aquele que escolhe viver internamente o Apocalipse, não se furta também de viver o Apocalipse externo. Mas, a humanidade, que vive externamente o Apocalipse, tem que passar pelo Abismo, pela morte segunda.

Se olharmos a Bíblia como uma obra ampla, única, vamos notar que começa com a criação do homem e termina com o seu juízo final. Isto é profundamente simbólico. Por isso que o Apocalipse e a Bíblia, tomada em seu simbolismo, é uma obra transcendental. Porque ali se fala de sete anjos, dos sete selos, das sete taças e das sete trombetas.

O Iniciado, quando se lança por esse caminho, precisa ir rompendo cada um desses sete selos. Cada corpo, cada Serpente representa um desses sete selos do Apocalipse interno. Portanto, o primeiro selo pertence ao corpo físico. O Iniciado, quando rompe este selo, conhece os Mistérios do Abismo; conhece as regiões abissais do inferno, do mundo inferior.

O segundo selo corresponde à segunda iniciação maior; consequentemente está relacionada ao corpo vital, etérico, ao Lingha-Sharira. Quando se rompe este selo, temos a ciência que corresponde à decapitação de João Batista. A decapitação de João Batista significa o rompimento radical com as coisas do mundo. É nessa segunda iniciação, no abrir do segundo selo, que somos batizados com a água, e na sétima iniciação somos batizados com o fogo.

Ao romper o terceiro selo, que pertence ou está relacionado ao corpo astral, o iniciado, o Arhat passa a conhecer, a ter acesso aos mistérios do mundo astral; com o tempo quando qualifica essa iniciação, ele converte ou transforma o seu corpo astral num veículo de ouro puro, e assim, sucessivamente, com os demais selos e corpos.

O quarto selo corresponde ao mundo mental; é onde o caminhante, o aspirante ao adeptado, conhece todos os mistérios da mente universal; ele descobre, vive e percebe diretamente o que são as sete mentes; ao final dessa quarta iniciação maior ele organizou corretamente a sua mente. As sete mentes se encontram, se fundem, se equilibram, se polarizam, se unificam ou se expressam exatamente na mente individual a qual se constrói, se qualifica, se cristifica na quarta iniciação maior.

Quando o iniciado passa ou rompe o quinto selo, que corresponde ao mundo da vontade consciente, se transforma naquilo que na Bíblia é falado como o Filho do Homem. Converte-se, por assim dizer, no Filho do Homem, no Cordeiro Imolado.

Depois vem o rompimento do sexto selo do apocalipse interior que corresponde ao mundo da consciência, ao corpo búdico, da intuição; e é por aí que o iniciado começa a conhecer os mistérios da alma/espírito ou os legítimos mistérios da consciência.

E por fim, quando se qualifica, na sétima maior, se encerra a abertura do sétimo selo e então o iniciado conhece a totalidade dos mistérios dos sete selos.

São sete selos para abrir, um a um, e aquele que consegue abrir o sétimo selo, recebe o batismo de fogo.

Na vida prática o que e como acontecem as iniciações?

Nós aqui, por cinco, sete, dez, quinze, vinte, trinta anos lutamos, trabalhamos, nos esforçamos; e parece que nada acontece. Muita gente, mesmo quando o Mestre Samael vivia entre nós, se queixava a ele, depois de muitos anos de trabalhos sobre si, que não haviam obtido sequer a iluminação… Isso, muitas vezes, é motivo para desânimo.

Mas, o que acontece de verdade, concretamente?

O Mestre Samael esclarece que se alguém não alcança a iluminação, por mais que trabalhe, se não consegue a iluminação, ou não percebe avanços no seu caminho, isso é devido a um único fator ou motivo: porque tem o ego bem vivo, gordo e forte dentro de si. 

Então, o motivo das reclamações não procede; porque é o estudante que está falhando. Ele está faltando, exatamente, no trabalho sobre si; está faltando aquilo que é o mais importante dentro da Gnose: o trabalho de eliminação dos defeitos.

A iluminação vem da consciência liberada. A consciência é liberada se nós trabalhamos sobre nós mesmos, se eliminamos nossos defeitos; se estudamos, analisamos, meditamos e pedimos à Mãe Divina que elimine esses defeitos.

Dizia o Mestre Samael: “Dissolvam o ego e terão iluminação; organizem as sete mentes e assim terão a iluminação. Mas enquanto não dissolverem o ego, as sete mentes, os sete centros sempre estarão alterados, e não será possível a iluminação”. 

Mais importante que ficarmos, às vezes, reclamando, querendo e buscando, até com desespero, a iluminação, é mudar de atitude; façamos nossa parte, trabalhemos sobre nós mesmos intensamente, dia após dia, sem almejar o resultado em si, mas, simplesmente, cuidemos de morrer em nós mesmos, de mudar nossa conduta e nosso comportamento.

Como dissemos, dentro de nós existem maravilhas. Mas para que tudo isso possa se transformar em realidade, temos que trabalhar, na verdade trabalhar muito, sobre nós. A vida é o grande ginásio, o laboratório, o campo de batalha.

Em alguma ocasião mencionamos aqui, que é muito importante para o avanço no caminho, aprender a relacionar-se inteligentemente. Primeiro, aprender a relacionar-se consigo mesmo; depois com o meio ambiente, com o ambiente externo; e por fim, aprendermos a relacionar com as outras partes de nosso Ser interior.

Falamos aqui de três tipos de relação: 1) conosco mesmo, 2) com o meio ambiente 3) com o semelhante.

Se não sabemos nos relacionar conosco mesmos, ficamos doentes fisicamente ou com problemas psicológicos, emocionais, as chamadas enfermidades psico-somáticas. E se não aprendemos a nos relacionarmos bem com as demais partes de nosso próprio Ser é obvio que não poderemos alcançar a iluminação.

E enquanto não aprendermos a relacionarmos-nos bem com aquilo que nos rodeia, criamos conflitos, problemas, disputas e outras dificuldades.

E se não sabemos conviver com outras pessoas, nossa vida se torna muito amarga e complicada…

Não podemos efetivamente estabelecer uma boa relação com as sete verdades do cosmo, com os princípios dos sete Dhyani-Buddhas sem que, previamente, eliminemos os agregados psíquicos; gradativamente, à medida que vamos eliminando esses egos, as sete mentes, que se conectam com as sete realidades e as sete verdades cósmicas, vão se organizando – e quando as sete mentes estão organizadas, aí, sim, então, é possível conhecermos as sete verdades.

Ao conhecermos as sete verdades, naturalmente conheceremos os sete Senhores Sublimes da Criação que estão dentro de nós, ou seja, em nós, dentro de nós; aqui e agora temos um átomo presente, um átomo divino que se relaciona com esses sete Dhyani-Buddhas prototípicos mencionados no início desta exposição.

Mas, insistindo ainda no aspecto este, se não eliminamos o ego, se não organizamos nossas mentes, como almejar entrar ou fazer contatos com os sete Senhores Sublimes?

Não conhecendo essas sete verdades seguiremos vivendo na ignorância, no erro; daí o por quê da nossa insistência na necessidade de trabalhar melhor.

Temos que melhorar e aperfeiçoar o trabalho que realizamos sobre nós mesmos. Nós falamos sempre na mente, da mente, e mencionamos a existência de uma mente como se efetivamente apenas existisse uma só mente; hoje aqui mencionamos a existência de sete mentes.

Em realidade, meus amigos, só estamos dizendo com outras palavras, buscando com isso dar uma nova visão sobre temas aqui já conhecidos, que qualquer estudante mais antigo, melhor conhecedor da doutrina gnóstica, já conhece.

Quando falamos aqui de sete mentes, devemos entender especificamente os sete centros psicofisiológicos:
1. Mente intelectual
2. Mente emocional
3. Mente motora
4. Mente instintiva
5. Mente sexual
6. Mente intelectual superiora
7. Mente emocional superiora

A mente intelectual nada mais é do que o centro intelectual. Ainda que tenhamos falado – e os livros do Mestre Samael também falam do centro emocional, em realidade devemos falar de mente emocional ou centro mental-emocional.

Do mesmo modo também devemos prosseguir com os demais centros… O centro motor nada mais é do que uma mente com características motrizes. O centro instintivo nada mais é do que uma mente completa em si mesma, mente instintiva encarregada de organizar, operar, trabalhar, fazer acontecer um conjunto de princípios, de energias, de forças, de realidades que racionalmente, fosse para fazer, seria um caos, seria nossa morte instantânea.

O centro motriz e o centro instintivo não podem depender de um centro demasiadamente lento, reacionário, rebelde, como é o centro intelectual ou a mente intelectual. O centro instintivo é muito rápido, extremamente rápido.

Mas, o centro mais rápido de todos é o centro sexual, a mente sexual.

Se correlacionarmos o tema dos centros com a história das raças humanas, vamos perceber que o centro sexual está ligado a tempos muito antigos. Por exemplo, toda a sabedoria presente no centro sexual foi desenvolvida quando as atuais essências humanas habitavam o reino mineral – e depois isso foi arquivado no centro sexual.

A mente emocional, o centro emocional contém toda a sabedoria que aprendemos nas escolas de mistérios dos elementais vegetais, quando ali estivemos num passado remoto, antes de ganhar corpo humano, quando morávamos, habitávamos, animávamos formas vegetais.

Quando nós, como essência, bem mais tarde, passamos a animar um corpo animal, desenvolvemos o centro motor e aperfeiçoamos ou avançamos algo mais do aprendizado do centro sexual, porque animando formas animais, passamos a nos reproduzir sexuadamente, biologicamente.

Por fim, quando ingressamos no reino humano, começamos a desenvolver a mente racional. As primeiras dezenas de retornos na forma humana servem tão só para desenvolver a mente intelectual, serve para ensinar a usar a mente intelectual.

Como todos nós sabemos, todo e qualquer aprendizado, nas escolas da natureza, é muito longo, lento. Mas, aqui, hoje, abreviamos e sintetizamos só para que todos possam ter uma visão de trezentos e sessenta graus de como se formam e de como adquirimos a sabedoria das sete mentes.

Por fim, as duas mentes faltantes, os dois centros faltantes, são os dois centros superiores: o emocional e o intelectual superiores.

É preciso que eliminemos de nós mesmos a totalidade do ego, que é nosso péssimo secretário, aquele que envia mensagens para os endereços errados, aquele que envia spam e vírus que evidentemente destroem os centros e contaminam essas mentes.

Fomos nós mesmos quem criamos o ego. Não temos a quem responsabilizar sobre isso a não ser a nós mesmos e à nossa ignorância.

Nos primeiros retornos humanos, enquanto aprendíamos o manejo da mente intelectual, como era natural, fomos cometendo muitos erros. Isso, a sua vez, foi gerando resíduos, vícios, mecanicidades e reflexos condicionados.

Só muito recentemente, em nossa trajetória como criaturas humanas, já pela altura do retorno oitenta ou noventa, começamos a nos dar conta que a vida era algo mais que simplesmente satisfazer instintos, processos biológicos ou lutar para comer, dormir e sobreviver.

Isso tudo gerou um lastro que simplesmente, em Gnose, denominamos de ego. Sabemos que o ego humano é formado por milhares de eus menores.

O Mestre Samael sempre dizia que “um defeito é a expressão da parte visível do ego”. É como um iceberg , que embaixo da linha de água esconde dezenas, centenas de egos menores. Sempre que formos estudar nosso ego, temos que ter em vista esses aspectos.

Por fim, os dois centros superiores só estão acessíveis na ausência de ego; existem práticas e disciplinas para acessarmos esses centros superiores…

Se quisermos acessar essas sete verdades, os princípios contidos nos sete raios da criação, dos quais todos nós temos um átomo divino dentro de nós, é preciso, justamente, limpar os centros psicofisiológicos, especialmente os cinco centros ou as cinco mentes inferiores: mente intelectual, emocional, motora, instintiva e sexual.

Com isso, naturalmente vamos abrindo os portais para acessarmos os centros superiores de expressão de nosso próprio Ser. Aqui em baixo, aqui no microcosmo, as mentes, os centro todos, estão desorganizados. Na parte superior tudo já está organizado e funciona bem. Por isso mencionamos a palavra cosmo , que significa ordem, harmonia .

Há harmonia e ordem no Macrocosmo, porém, neste momento, aqui neste planeta, existe caos, confusão e destruição no Microcosmo; falta-nos organizar estes sete centros, limpá-los para que possamos não só ter acesso às sete verdades sublimes, mas principalmente para que possamos cristalizar ou realizar em nós esses sete princípios.

Até aqui nossas palavras desta noite. Ficamos agora à disposição de todos para os devidos esclarecimentos, buscando não fugir do tema.

Perguntas

P: A sete sendas da felicidade, os sete Senhores Sublimes, os sete selos, os sete raios, os sete Buddhas de Perfeição, um está relacionado ao outro? Uma senda com um senhor com um selo com um raio e com um Buddha?
R: Estão relacionados, mas não exatamente da forma como você coloca aqui; lembre-se que mencionamos que essas sete mentes convergem, se cruzam, se sintetizam no corpo mental e tudo então se torna harmônico na quarta iniciação maior, ou seja, quando um de nós se transforma num Buddha vivo aqui, cristifica o seu corpo mental, então há esta perfeita harmonia. As energias provenientes dessas sete sendas da felicidade, desses sete senhores sublimes, das sete realidades contidas nos sete selos fluem ou chegam até nós porque temos uma mente cristificada. Esta é a base; este corpo mental funciona mais ou menos como a pedra cúbica que reúne em si todas as propriedades cósmicas, tomada, é claro, a pedra cúbica como um símbolo de todos os princípios químicos, energéticos, de tudo que existe no cosmo. Cristificar a mente equivale a se tornar um Buddha, e aí, sobre as categorias de Buddhas, já abordamos isso em aulas anteriores. Então convido a eventualmente ouvir outras conferências anteriores, onde ampliamos a idéia do que é alcançar o grau de Buddha.

P: Como podemos descobrir a qual raio pertencemos? 
R: O Mestre Samael no livro as sete palavras dá uma dica sobre isso: contar as linhas da testa. Porém, na vida prática, nunca consegui acertar exatamente através desse método a que raio pertencem as pessoas. Eu mesmo tenho quatro linhas definidas, perfeitamente definidas na testa. Então, seguindo esse método, para mim foi surpresa quando, em certa ocasião, alguém me disse que eu não pertenço ao quarto raio, mas, ao quinto raio. Esse sistema fica confuso; é incompleto esse sistema de diagnosticar pelas linhas da testa; resta apenas a alternativa de despertar a consciência ou ter a graça de que um Mestre venha e te revele: “Você pertence ao raio tal!” Mas, lembro apenas, que isso, só para ouvir essa revelação, é preciso ter algumas moedas cósmicas; porque nada nos é dado de graça.

P: A cada raio corresponde um oposto? 
R: Sem dúvida, cada raio tem, não diria o oposto… Se você tomar, por exemplo, o primeiro raio, existe o complemento perfeito no sétimo raio; se tomar o segundo raio, o seu complemento perfeito está no sexto raio; se tomar o terceiro raio, o seu complemento está no quinto raio – e tudo está sintetizado no quarto raio. Como você coloca, cada raio tem a propensão de desenvolver um defeito mais acentuadamente. Por exemplo, é muito conhecido que aqueles que são do raio da força, tem como seu elemento, seu traço psicológico mais forte, a ira; os do mando – que é o sexto raio – a soberba; os do segundo raio, o materialismo, o ceticismo – e assim por diante.

P: Se já tivemos cinco Mestres em nosso meio isso significa que só tivemos conhecimento de cinco verdades ao longo de todas as nossas existências? 
R: Não e sim! Por exemplo, quem se auto-realiza, é evidente que toma conhecimento não só dessas cinco verdades, mas de todas as verdades, das sete verdades, das sete sendas sublimes. Agora, a humanidade como um todo, hoje mal conhece aquilo que veio ensinar Buddha, o Cristo e só agora está tomando conhecimento da quinta verdade – que é o evangelho de Samael. Os evangelhos trazidos por esses Dhyani-Buddhas, que sempre encarnam ao final do seu respectivo ciclo, vêm sintetizar e coroar o que outros ensinaram previamente. Por exemplo, Samael veio ensinar o evangelho da síntese. Quem estuda Gnose sabe que é uma síntese; os inimigos da Gnose dizem que isso é uma salada esotérica – típico da mente tenebrosa, dos embusteiros da mente. Aqueles que têm sensibilidade e compreensão sabem que o evangelho da síntese é uma realidade, que reúne em si ensinamentos de Krishna, Zoroastro, Buddha, Cristo, da sabedoria egípcia, da sabedoria Amentina – que sequer remotamente sabemos hoje o que vem a ser a chamada Sabedoria Amentina, ensinada pelo Deus Netuno lá na antiga Atlântida; depois essa sabedoria se estendeu até o Egito antigo da qual podemos ter o último traço real e verdadeiro nos ensinamentos, na unificação das religiões que foram implantadas no Egito por Akhenaton; e aí morreu tudo, caiu tudo a partir daí; ali se perdeu o último traço dessa sabedoria Netuniana Amentina como diz o Mestre Samael…

P: Jesus foi um dos Logos que já vieram? 
R: Não, Jesus não é um Logos. Jesus é um habitante do Absoluto.

P: Desse modo, quando realizamos a conjuração dos sete, estamos trabalhando com os Buddhas? 
R: Quando realizamos a conjuração dos sete estamos invocando a força, a potência dos sete Dhyani-Buddhas, sem dúvida nenhuma.

P: O solteiro pode eliminar egos a ponto de alcançar o estado búdico? 
R: Pode, meu amigo, e isso foi esclarecido numa conferência anterior. O solteiro pode eliminar até 50% de seus egos… Se este solteiro, em vidas anteriores, cristificou seus corpos internos, uma vez que seus egos sejam eliminados poderá sim alcançar o estado búdico ou a encarnação do seu Buddha Íntimo; sem isso não poderá.

P: As outras raças viveram neste mesmo planeta? 
R: É claro, meu amigo: onde elas poderiam ter existido? Essas raças todas acontecem em nosso mundo, porque cada planeta precisa das sete raças no mundo físico, ao descer até esta dimensão. As duas raças futuras acontecerão aqui nesse planeta, a sexta raça raiz deverá iniciar na futura era de leão; isso ainda tem alguns milhares de anos pela frente.
Agora estão escolhendo as sementes daqueles que serão os genitores dos habitantes da sexta raça. Depois que terminar a sétima raça, este planeta, gradativamente, vai secar e morrer – e se tornar uma lua. No próximo dia cósmico, este planeta Terra será uma lua de um novo planeta que acolherá o espírito terrestre, a encarnação da Anima Mundi.

P: Como esses sete Dhyani-Buddhas se relacionam à Hierarquia? 
R: Bom, eles são a Hierarquia, meu amigo! Existe o Logos que é Avalokitesvara, que tem sete grandes servidores, gerentes, presidentes, que se encarregam de conduzir a vida em todo o sistema solar. Os planetas oitavo, nono, décimo, décimo primeiro e décimo segundo estão aqui colaborando com esta Hierarquia do sistema solar; eles não fazem parte direta dessa Hierarquia; eles são assessores, auxiliares; cumprem missão especial, específica – e é evidente, então, que esses sete Dhyani-Buddhas são iguais diante do Trono [o Logos]. Não existe superior ou inferior; ali, o que acontece, na prática, é o seguinte: quando o universo começa e as essências são lançadas na matriz existencial, é como uma linha de largada: todos começam juntos; isso não quer dizer que todos vão chegar juntos; uns vão chegar antes, e outros vão realizar muito mais pelo caminho. Mas aí já é da particularidade de cada um, do interesse, da força. Muitos fatores concorrem para fazer essas diferenças na igualdade inicial.

P: Cada um desses Dhyani-Buddhas está relacionado com um planeta do sistema solar? 
R: É bem mais do que isso! Esses planetas são o corpo físico desses Dhyani-Buddhas, não sei se me entende?!

P: Em cada raça ouve a manifestação de toda as sete verdades ou sete Buddhas? 
R: Não, meu amigo! Isso é impossível, pois cada raça expressa, com maior ênfase, uma das verdades. A quinta raça, que somos nós, por estar relacionada à força marciana, foi a raça correlacionada ao elemento Kali-Yuga, ao elemento material ferro, aos elementos mais densos. Cada raça expressa com ênfase o princípio de seu Dhyani-Buddha.

P: Se o planeta Terra é um Buddha? 
R: Ele não é um dos sete Buddhas, mas, sem dúvida nenhuma, o nome deste Dhyani-Buddha terrestre, é Melquisedec – o Rei do Mundo.

P: O Pai, o Ser de cada um de nós tem a mesma natureza, grandeza, desses sete Buddhas ou estão acima de nossos Pais? 
R: Isso depende! Mencionamos que esses sete são os protótipos, o raio. Todos nós que estamos conectados a um destes raios, somos filhos desses raios. Existe um Pai coletivo, por assim dizer, ao qual estamos ligados. O como isso ocorre não invalida a realidade de que cada um de nós tem o seu Pai-Mãe individual, que em Kabala recebe o nome de Ain Soph. Ain Soph está conectado a um desses sete raios ou conectado ao Logos Solar, que é a síntese de todos eles: o absoluto. A futura raça raiz estará conectada com o sexto Dhyani-Buddha que é Zacariel, do sexto raio.

Autor: Karl Bunn

Invocações e Evocações: Vozes Entre os Véus

Desde as eras mais remotas da humanidade, o ser humano buscou estabelecer contato com o invisível. As fogueiras dos xamãs, os altares dos ma...