terça-feira, 23 de outubro de 2018

Alquimia



O ovo filosófico é não só o lugar de nascimento mas o recipiente contêiner das novas atitudes simbolizadas pelo objetivo alquímico da coniunctio, a união dos opostos (masculino e feminino, a consciência e o inconsciente, etc). Aqui esse objetivo representado como o hermafrodita que triunfa sobre o dragão e o globo alado do caos, os rostos ameaçadores do inconsciente, os sete planetas representam diferentes aspectos da personalidade, as sete etapas da transformação  — Jamsthaler, Viatonum spagyricum (1625).

ALQUIMIA

Cânticos que ressonam na noite, como serpentes ondeantes de bravura; dossel de fina gaze transfiguram um solene ritual, deste poder. Rebeldes, mas heróicos foram sempre aqueles que, em virtude de estímulo, puderam entregar sem calcular. Quem usou dessa magia inigualável, é que foi; em seu princípio, venerável escudeiro ao som do louvável. Heróica redenção, do Alto Rei, que assumiu suas potências invisíveis, e ao querer perdurar, no possível, em seu castelo fez seu quartel. Horizontes perdidos, foram eles, que uniram sua dor, ao balancim de finas cascavéis que ressonam, e ao céu, configuram seu vir. Se o forte pedestal, ficou na cúpula, a tocha de sua fé o iluminará, encontrando a pedra e, a sua luz, enfrentando-se a ela prenderá. Quiseram escrutinar no profundo, e, desse misterioso escavar, puderam verter nas trevas, tirando do escuro a verdade.

E dela, seu calor, deu-lhes abrigo 
que, em simultâneo amor os unirá. 
Velozmente, sua marcha será um trio 
virginal, alegórico e ritual 
que será ouvido sempre, do ninho,  
onde o grito foi sua pátria de domínio,  
e sossegarão as vozes sem sentido, quando  
surgir da alquimia, a verdade, e em  
foros de princípios intangíveis, o  
cósmico, verter em alusivos arquétipos  
que fracionam o visível, com atenuantes  
olhares de chegar, o arquivo onde nascem  
as sementes, que em cativa, brilhante e  
branca fonte, renascem como aves, a voar  
ao escabelo onde têm suas figuras, que,  
retomam as linhas que os guiam com  
premissas de um Todo, ao Total. 
E escutando as vozes do Oriente, 
terão muito que ver no presente, 
desta forja ardente, em eclosão. 
Eram todos eones que, perdidos, 
transitavam o arco de um esquecimento, 
e foram a verdade e a razão detrás da magia,  
que perene, tinha como débil,  
sua missão. O lugar dos grandes  
campeões, tenazmente, é pinçar  
nos arcanos de um passado que deve  
vislumbrar. Não é de hoje mas; sempre  
foram leais, os que usaram sua magia e  
seus rituais para dar ao embrião, sua grande  
missão, da tripla energia que hoje culmina na visão do grande,  
em redenção. 
E neste demitir dessa grande forma,  
pretender discernir o grande mistério,  
possivelmente, quem fora dono, do império que  
encerra a palavra, transmutar. A  
alquimia que, talvez, foi figurada em  
remotos começos de um passado, para abrir  
na via, seu caudal de verdades sutis,  
irrompidas por vistas, que cessaram em um  
dia e hoje começam talvez seu cavalgar,  
surgindo qual brilhante trilogia que é:  
fôlego, verdade e domínio. Cinzele  
de esculpidas impressões foram sempre a  
razão desses campeões que souberam  
honrar a grande verdade, e, nestas letras  
que hoje, estão escritas, verificam que desta  
grande alquimia seus passos puderam  
encontrar, e ao chegar ao fundo desse  
evento, discernir do efêmero, o real.

Chela Sisti - Elio A. Casali

Este livro se apóia na transcrição, feita por Uma Thomas, da série de conferências pronunciadas pela doutora von Franz no Instituto C G Jung de Zurique, em 1959. A autora e o editor agradecem à senhorita Thomas por sua fiel preparação da versão original. O texto em sua forma atual foi revisado para sua publicação por Daryl Sharp e Manon Woodman Daryl Sharp selecionou as ilustrações, escreveu os epígrafes e compilou o índice.

Jacques Bergier - Melquisedeque

  Melquisedeque aparece pela primeira vez no livro Gênese, na Bíblia. Lá está escrito: “E Melquisedeque, rei de Salem, trouxe pão e vinho. E...