Em 1964 um livro causou uma certa polêmica sobre um assunto de certa forma já antigo. Escrito pelo Dr. Raymond Bernard, com Mestrado e Bacharelado em Artes, além de PhD, o livro trazia a afirmação de que a terra era oca, e não só isso, como também o interior oco do planeta seria habitado por uma raça avançada de seres.
Anunciado como: A MAIOR DESCOBERTA GEOGRÁFICA DA HISTÓRIA FEITA PELO ALMIRANTE RICHARD E. BYRD NA MISTERIOSA TERRA ALÉM DOS PÓLOS - A VERDADEIRA ORIGEM DOS DISCOS VOADORES
Este livro surgiu como a confirmação de uma história que, já desde a antiguidade, foi contada por inúmeras pessoas com crédito o suficiente para perdurar por séculos como uma possibilidade real. Desde os antigos costumes gregos do Hades, nórticos sobre o Svartalfheim, passando pelo Sheol Judaico, o Inferno Cristão e pela obra de Julio Verne, muitas pessoas sempre tiveram certeza de que o planeta que habitamos não era exatamente uma pedra flutuando no espaço. No fim do século XVII, Edmond Halley começou a dar um embasamento científico sobre a possibilidade dos mundos subterrâneos do planeta serem reais. Ele afirmou que a terra era na verdade uma casca oca de espessura aproximada de 800 Km e no seu interior haveria outro par de cascas, um dentro do outro, finalizando com um núcleo no centro de tudo. Cada casca oca seria separada por uma atmosfera própria e teriam rotações em velocidades próprias; ele considerou que cada camada de terra, que em sua visão se assemelhava a uma enorme boneca russa esférica, seria luminosa e possivelmente habitada.
Além de Halley inúmeros outros cientistas abraçaram esta probabilidade como algo realmente possível, Leonhard Euler, John Leslie, John Cleves Symmes Jr, e tantos outros, até mesmo durante o Reich de Hitler. afirmavam que não apenas nosso planeta não era sólido, mas também trazia, em seu interior, segredos e civilizações desconhecidas de nós. Outras tantas pessoas, impressionadas por esta possibilidade organizaram expedições, ou pediram que elas fossem organizadas, para que os pólos do planeta fossem explorados em busca de aberturas para o interior.
É ESTA A MAIOR DESCOBERTA DA HISTÓRIA?
É o que afirma o Dr. Raymond Bernard, não apenas dizendo que o interior do planeta já foi visitado por exploradores, como também trazendo evidências de que é do núcleo oco que vem os discos voadores avistados nas últimas décadas em várias localidades ao redor do mundo. Ele aponta que a verdadeira base dos discos voadores se encontra num imenso mundo subterrâneo, cuja entrada é uma abertura no Pólo Norte. Dr. Bernard acredita que no interior oco da Terra vive uma super-raça que não deseja manter contato com o homem da Superfície. Seus discos voadores somente foram lançados depois que o homem ameaçou o mundo com as bombas atômicas.
Hoje em dia tal afirmação parece ser a declaração de uma mente insana, mesmo assim não há como deixar de pensar que o insano é aquele que perdeu tudo, menos a razão. Julio Verne popularizou esta idéia na forna de um conto de ficção, e depois dele muitos escritores se apropriaram da idéia, o que lhe conferiu um ar de conto de fadas. Mas quando foi escrito, este livro foi levado muito a sério.
Reymond Bernard, era o pseudônimo de Walter Siegmeister, um americano filho de russos judeus, nascido em Nova Iorque em 1901. Seu pai foi um cirurgião que, quando viveu na alemanha, praticou a bioquímica. Walter conseguiu em 1932 seu título de Ph.D. em Educação, na New York University, mais tarde mudando seu sobrenome para Bernard e indo morar na Flórida. Walter era na época o que hoje conhecemos como um médico alternativo. Ele professava a religião Essênia, e escreveu sobre inúmeros assuntos de vanguarda na época, como a ciência desenvolvida por Hubbard, que mais tarde se tornaria a Cientologia, conhecida como Dianética, escrevia também sobre mistérios antigos, regeneração do corpo, longevidade, medicina alternativa, etc. Em 1941 Walter viajou para o Equador onde desejava criar um utopia paradisíaca e uma raça de super homens; seus planos foram por água a baixo quando o seu parceiro na época, John Wierlo, afirmou que não tinha interesse em criar uma super raça, queria apenas desenvolver um Acampamaneto de Santos. Quando retornou para os Estados Unidos, Walter adotou o nome de Dr. Robert Raymond por um período e então viajou novamente, desta vez para o Brasil, onde renovou seu interessa em OVNIs, lendas indígenas, nos mitos sobre Atlântida e na existência de inúmeros túneis neste país que serviriam de passagem para o núcleo oco e habitado do planeta. Durante este período adotou o nome de Dr. Uriel Adriana. Walter morreu um ano depois de ter publicado este livro, no ano de 1965, vítima de pneumonia.
Além do presente livro ele escreveu:
Agharta, O Mundo Subterrâneo,
Apolônio, O Nazareno - O Homem Misterioso da Bíblia
A Criação do Super-Homem
Discos Voadores do Interior da Terra
De Krishna até Cristo
O Grande Segredo do Conde de Saint Germain
entre outras dezenas de obras publicadas.
Agora, mesmo que este assunto tenha um tom de brincadeira de mal gosto, este livro não deve ser lido com leviandade. Ele resume idéias muito anteriores ao escritor e acrescenta alguns pontos contemporâneos, todos expostos por alguém que de fato acreditava no que estava sendo exposto.
Durante a história inúmeras pessoas consideraram a possibilidade deste planeta de fato ser oco e abrigar vida em seu interior, alguns afirmam que a vida é mais primitiva, outros que ela é absurdamente mais avançada. Religiões e cultos já foram, e são formados atá os dias de hoje, tendo esta idéia como base ou como parte de suas crenças. Como Hitler afirmou, quando foi questionado sobre a possibilidade da terra ser oca, e de se enviar tropas para se averiguar isso:
"Não temos a menor necessidade de uma concepção do mundo coerente. A terra pode mesmo ser oca."
A obra foi dedicada:
"Aos Futuros Exploradores do Novo Mundo que existe além dos Pólos Norte e Sul, no interior oco da terra. Àqueles que repetirão o vôo histórico do Almirante Byrd, por 2.730 quilômetros além do Pólo Norte, e o da sua expedição, por 3.690 quilômetros além do Pólo Sul, penetrando num Novo Território Desconhecido, que não é mostrado em qualquer mapa, e sobre uma imensa superfície de terras, cujo tamanho total é maior do que o da América do Norte, constituindo-se de florestas, montanhas, lagos, vegetação e vida animal. O aviador que for o primeiro a alcançar este Território Novo, desconhecido até que o Almirante Byrd o descobriu, ficará na história como um Novo Colombo, e até mesmo maior do que Colombo, porque enquanto Colombo descobriu um novo Continente ele descobrirá um Novo Mundo."
Trazendo o lembrete de que:
Figura 1
Planeta Saturno
O planeta Saturno é um mundo dentro de outro, e talvez mais. O mundo interno é achatado nos pólos e tem 120.000 quilômetros de diâmetro. Se fosse oco, a terra poderia girar dentro dele e todavia, permanecer a mais de 32.000 quilômetros das suas paredes.
Prefácio
Capítulo I: A descoberta momentosa do almirante Byrd
Capítulo II: A Terra oca
Capítulo III: O livro de William Reed Phantom of the Poles
Capítulo IV: O livro de Marshall B. Gardner, A journey to the earth's interior ou have the poles really been discovered?
- Evidências das explorações árticas
- Origem do mamute
- Evidências astronômicas em apoio da teoria de Gardner de uma Terra oca
- Origem da aurora boreal
Capítulo V: Foi o pólo norte realmente descoberto?
Capítulo VI: A origem dos esquimós
Capítulo VII: A origem subterrânea dos discos voadores,
Evidências de Que Vêm do Interior Oco da Terra
Capítulo VIII: Descrição de uma expedição aérea teórica pela abertura polar que
leva ao interior oco da Terra
Capítulo IX: Agharta, o mundo subterrâneo
Capítulo X: Conclusão
Capítulo XI: OVNIs ou objetos voadores não-identificados nos tempos antigos
Capítulo XII: Discos voadores, propulsão e relatividade
A Terra Oca - Prefácio
As declarações desta publicação são citações de descobertas científicas, fatos conhecidos de fisiologia e transcrições de escritos antigos, como foram encontrados.
Existem numerosas autoridades que têm declarado que os discos voadores e outros fenômenos estranhos existem, os quais os cientistas não admitem, ou não ousam fazê-lo. Poucos nos EUA ousam declarar a verdade toda e nada mais do que a verdade sobre qualquer assunto (mesmo se sabem a verdade).
Isto é especialmente verdadeiro em relação aos cientistas "educados" e aos homens poderosos e em posições elevadas. Os governos cairiam — a moeda e o crédito desapareceriam. Haveria um caos tremendo e indivíduos em posições muito elevadas seriam arruinados social e economicamente .
A verdade é uma qualidade tão rara, uma estranha característica encontrada tão dificilmente nesta civilização de fraude, que jamais é aceita com facilidade e tem de lutar para se impor neste mundo. Não há uma escola pública que ensine a verdade a respeito de Religião, Saúde, Sistema Monetário, Política, de como Comprar e Vender etc.
Não assumimos quaisquer responsabilidades pelas opiniões emitidas (ou insinuadas) pelo autor. Não temos autoridade para criticar as suas opiniões. Livros e textos são vendidos para serem aceitos ou rejeitados, e a finalidade destes escritos é dissipar a ignorância e mexer com as mentes das pessoas. Todo mundo pode ler —existem milhares de livros que são mais esclarecedores do que as notícias "melífluas" dos periódicos diários escandalosos.
Em novembro de 1957, um médico e cientista de fama mundial morreu numa penitenciária federal dos Estados Unidos, onde tinha sido preso por resistir a uma ordem ilegal, destinada a terminar com suas pesquisas vitais, roubar suas descobertas e matar o descobridor. Aquele homem era Wilhelm Reich, M.D.. Isto foi a culminância de mais de dez anos de mortificações e perseguições levadas a cabo por conspiradores cuidadosamente encobertos, que usaram Cortes e Agências Federais dos EUA para prejudicar as pessoas desta terra, evitando que ficassem conhecendo e beneficiando-se de descobertas cruciais nos campos da física, da medicina e da sociologia, que poderiam ajudar a trazer felicidade e paz para toda a humanidade, o que é buscado por todos os homens e mulheres de bons sentimentos em todas as partes.
Seu "truque" assim chamado (na ordem legal) era o seu "acumulador de energia orgânica", uma invenção que foi enaltecida pelo falecido Theodore P. Wolfe, M.D., como a "maior descoberta isolada na história da medicina". O FDA desviou, evitou e baniu completamente (e queimou) as verificações publicadas e documentadas por uma série de médicos e cientistas de reputação, do mundo todo, publicadas em verificação e duplicação das descobertas de Wilhelm Reich. Estes escritos não alegavam curas de qualquer tipo. O FDA, disseram eles, era o "testa de ferro". Suas descobertas e experiências públicas eram revolucionárias. Ameaçavam, imediatamente, os interesses comerciais existentes, especialmente da indústria Farmacêutica, das Companhias de Força Elétrica etc. A pressão foi exercida para matar sua descoberta, matá-la de vez — da mesma maneira como Krebiozen e outros remédios para o câncer foram mortos.
Por conseguinte, não responderei a qualquer correspondência relativa a este livro — ou a seu autor. É seu direito aceitar ou não o conteúdo deste livro.
Ninguém se importa. Se ele despertar uma corda sensível receptiva, existem outros livros que lhe podem oferecer novos conhecimentos (que não são ensinados nas escolas públicas ou através dos canais públicos de informação) .
Robert Fieldcrest
OVNIs e sigilo governamental
O falecido Frank Edwards, o comentador corajoso e franco do rádio e da televisão, foi citado corno tendo dito: "As ordens de sigilo (relativas a OVNIs) vêm de cima. A Força Aérea é simplesmente o 'bode expiatório'".
Edwards, um pioneiro destacado no campo da Ovniologia, empreendeu uma cruzada vigorosa para tornar pública a censura oficial e a retenção de fatos relativos aos OVNIs. Como amigo e conhecido de Edwards, por muitos anos, sinto que ele sabia do que estava falando e concordo com a opinião acima expressa.
Revelações recentes, de várias fontes, têm confirmado substancialmente as suas conclusões. Foi com este pensamento em mente que os fatos foram reunidos para a informação e consideração do leitor.
Durante anos, muitos investigadores de OVNIs têm sentido que a Força Aérea está de posse de fatos relativos aos discos voadores que têm escondido do conhecimento público por razões somente dela sabidas. Várias opiniões neste sentido têm aparecido impressas nos últimos anos. Algumas, das mais autorizadas, são citadas a seguir.
Em 1958, Bulkley Griffin, do escritório em New Bedford, Mass., do Standard-Times Washington, escreveu uma excelente série de artigos para aquele jornal, um dos quais foi intitulado: "A Censura do Pentágono sobre os OVNIs é Efetiva". O que se segue é uma citação daquele artigo:
Tem sido perguntado que direito tem uma organização militar de monopolizar o controle sobre a situação dos OVNIs e interferir seriamente com conhecimento público a eles relativo.
A isto a Força Aérea tem sua própria resposta: O Regulamento 200-2 estabelece: "As investigações e análises da Força Aérea sobre os OVNIs no território americano estão diretamente relacionadas com a sua responsabilidade pela defesa dos Estados Unidos." Mds adiante (em 200-2) os OVNIs são relacionados como uma "ameaça possível à segurança dos Estados Unidos".
Entretanto, qual é a causa do extenso e persistente sigilo da Força Aérea sobre os OVNIs? A esta pergunta essencial falta uma resposta definitiva. A CIA, numa extensão desconhecida, e o FBI, em casos individuais, têm se interessado pela situação. Nenhum destes organismos é famoso por informar o público a respeito de fatos. O Conselho Nacional de Segurança opera de modo semelhante.
A equipe da Subcomissão Permanente de Investigações do Senado fez alguns estudos sobre o assunto da Força Aérea em relação aos OVNIs, tendo decidido não investigá-lo nem realizar audiências, públicas ou privadas, sobre ele.
Isto é uma vitória para a Força Aérea, que luta veemente e discretamente contra qualquer investigação do Congresso .
No final de 1958, uma outra série de artigos, igualmente boa, escrita por John Lester, apareceu no Newarfe Star Ledger. O que se segue é uma transcrição concernente ao assunto:
Uma história de jornal, revelando que pessoal do governo está seguindo a pista de objetos misteriosos foi saudada ontem como "um dos desenvolvimentos mais importantes no problema dos discos voadores".
O Major Donald E. Keyhoe, Presidente da Comissão Nacional de Investigações em Fenômenos Aéreos, disse: "Estas divulgações do jornal confirmam, publicamente, o que a nossa comissão de investigações tem sabido, isto é, que muitos observadores altamente qualificados sabem que os discos voadores são reais e que estão sob controle inteligente."
Keyhoe, um oficial reformado do Corpo de Fuzileiros, disse ainda que "esta revelação do Star-Beacon deve ajudar a acabar com a censura oficial, que está escondendo a verdade do público...”
Por trás das cortinas, a Força Aérea e a Agência Central de Inteligência estão escondendo fatos, até que se decidam sobre o que devem dizer ao povo americano.
A conclusão de um agente do serviço secreto da Força Aérea é que os objetos voadores não identificados são veículos interplanetários. Um item intitulado "Administração de Notícias" apareceu na edição de janeiro-fevereiro das "Investigações sobre OVNIs", de Keyhoe. Nela é feita referência às declarações do Congressista John E. Moss, Presidente da Subcomissão da Câmara em Informações Governamentais. Estas declarações apareceram no Washington-Word, com Moss dizendo o seguinte:
Estão sendo exercidos controles mais apertados sobre a manipulação de informações, no nível do Departamento de Defesa... Funcionários de vários serviços de informação podem .ser rebaixados a bonecos de ventríloquos. O povo não tem de provar o seu direito de saber das coisas.
O Congressista Moss disse à NICAP que sua Comissão está autorizada a examinar as evidências da retenção de relatórios e documentos específicos sobre OVNIs, muito embora não tenha poderes para investigar o assunto geral da censura sobre os OVNIs.
Deve ser dito ainda que o Major Keyhoe tem, constantemente, manifestado sua crença de que os discos voadores são reais, tanto antes quanto depois do seu primeiro artigo publicado sobre o assunto, no número de janeiro de 1950, do True Magazine .
Têm sido feitas referências ao papel da CIA na questão do sigilo sobre os OVNIs. Evidências complementares deste fato estão contidas num parágrafo do livro Inside Saucer Post 3-0 Blue, de autoria de Leonard H. Stringfield, um antigo e bem conhecido investigador, de Cincinnati, em Ohio. Na página 42 do seu livro, Stringfield, diz o seguinte:
A própria declaração veio do Sr. A.D., de uma certa e alta agência em Washington. Disse A.D.: Sim, tive um caso para Corte Federal. Entretanto, usando até mesmo de uma ordem legal, se necessário, ele evitaria que qualquer um testemunhasse em corte, em relação a este livro, porque existe o máximo sigilo em relação ao assunto dos OVNIs. Por conseguinte, meu advogado sugeriu que desistíssemos do caso.
Os arquivos sobre discos voadores da Força Áurea estão portanto... debaixo de sete chaves, do "sigilo máximo".
Vários anos depois da publicação do seu livro, Stringfield confirmou que o Sr. A.D. mencionado era Allen Dulles, antigo diretor da CIA. As experiências de Stringfield servem para ilustrar o sério interesse que esta agência tem no assunto dos OVNIs.
Num determinado tempo era minha opinião, junto com a de muitos outros, que era a Força Aérea que estava retendo os fatos verdadeiros relativos aos OVNIs.
Entretanto, já não tenho esta convicção, em resultado dos últimos desenvolvimentos.
Uma das razões principais de minha mudança de opinião foi a conversa que tive com o falecido Wilbert B. Smith, aproximadamente dois anos antes de sua morte.
Durante esta conversa perguntei ao Sr. Smith se era a Força Aérea ou algum outro departamento governamental que estava retendo as informações sobre os OVNIs do público. O Sr. Smith respondeu que não era a Força Aérea e sim "um pequeno grupo, muito elevado, junto ao Governo". Insistindo nas perguntas, o Sr. Smith se recusou a identificar o grupo ao qual se tinha referido e, rapidamente, conduziu a conversa para outros assuntos.
Somente depois da publicação do livro The lnvisible Government, em maio de 1964, é que a chave aparente deste mistério foi revelada. O livro afirmou:
O Grupo Especial foi criado nos primeiros anos de Eisenhower, sob o código secreto de 54/12. Era conhecido, nos círculos mais íntimos da Administração Eisenhower, como o "Grupo 54/12" e é ainda assim chamado por alguns dos de dentro... Tem operado, por uma década, como o poder central oculto do Governo Invisível... os homens da CIA geralmente tem o Grupo Especial em mente, quando insistem em que a agência jamais estabeleceu políticas, mas têm sempre agido de acordo com as autoridades mais elevadas.
A revista Newsweek, de 22 de junho de 1964, trouxe um sumário de "O Governo Invisível", que diz: "Uma das suas maiores revelações é a da existência do Grupo Especial '54/12', um até agora adjunto secreto do Conselho Nacional de Segurança, encarregado especialmente pelo Presidente da administração de operações especiais. Praticamente falando, não há figurantes de nível mais alto imaginável do que os que compõem o '54/12'." A seguir dava os nomes dos membros do Grupo.
Era ao "Grupo 54/12" que Wilbert Smith tinha se referido, quando falou "num pequeno grupo colocado muito alto junto ao Governo"? Em vista dos fatos precedentes, a afirmativa deveria ser a resposta lógica a esta pergunta. Se esta hipótese for correta pode fornecer a resposta por que todas as tentativas feitas, até então, para conseguir investigações públicas sobre o assunto dos OVNIs têm fracassado.
Pode-se apenas esperar que o público, eventualmente, conseguirá o seu direito inalienável de saber a verdade a respeito dos OVNIs. Ou será que um "Grupo Especial" de cúpula frustrará os seus esforços? Somente o tempo dirá.
A Terra Oca - Capítulo I: A descoberta Momentosa do Almirante Byrd
A MAIOR DESCOBERTA GEOGRÁFICA DA HISTÓRIA HUMANA
"Aquele Continente Encantado nos Céus, Terra de Eterno Mistério!"
"Gostaria de ver aquela terra além do Pólo (Norte). Aquela área além do Pólo é o Centro do Grande Desconhecido!"
Contra-Almirante Richard E. Byrd
As duas declarações acima, feitas pelo maior explorador dos tempos modernos, Contra-Almirante Richard E. Byrd, da Marinha dos Estados Unidos, não pode ser compreendida ou fazer qualquer sentido de acordo com as velhas teorias geográficas, de que a Terra é uma esfera sólida, com um centro ígneo, e na qual ambos os Pólos, Norte e Sul, são pontos fixos. Se tal fosse verdade, e se o Almirante Byrd voou por 2.730 e 3.690 quilômetros, respectivamente, através dos Pólos Norte e Sul, para as terras geladas e cercadas de neve do outro lado, cuja geografia é razoavelmente bem conhecida, seria incompreensível que ele fizesse tal declaração referindo-se a este território no outro lado dos Pólos, como "o grande desconhecido". Igualmente, não teria ele razão para usar a expressão "Terra de Eterno Mistério". Byrd não era um poeta, e o que descreveu foi o que observou do seu avião. Durante o seu vôo ártico, de 2.730 quilômetros, além do Pólo Norte, ele informou pelo rádio que viu embaixo não gelo e neve, mas áreas de terra, constituídas de montanhas, florestas, vegetação, lagos e rios e, na vegetação rasteira, um estranho animal, parecido com ó mamute encontrado congelado no gelo do Ártico. Evidentemente, tinha entrado numa região mais quente do que os territórios cercados de gelo que se estendem do Pólo até a Sibéria. Se Byrd tivesse esta região em mente não teria razão de chamá-la o "Grande Desconhecido", uma vez que poderia alcançá-la voando através do Pólo, para o outro lado da região ártica.
A única maneira pela qual podemos compreender as enigmáticas declarações de Byrd é descartando a concepção tradicional da formação da Terra e considerando uma outra, inteiramente nova, de acordo com a qual as suas extremidades ártica e antártica não são convexas e sim côncavas, e que Byrd penetrou nas concavidades polares quando foi além dos Pólos. Em outras palavras, ele não viajou através dos Pólos, para o outro lado, e sim entrou nas concavidades polares ou depressões, que, como veremos mais tarde neste livro, se abrem para o interior oco da Terra, onde há plantas, animais e vida humana, desfrutando de um clima tropical. Este é o "Grande Desconhecido" ao qual Byrd se referia quando fez sua declaração — e não a área circundada de gelo e neve, no outro lado do Pólo Norte, estendendo-se até às extremidades superiores da Sibéria.
A nova teoria geográfica, apresentada neste livro, pela primeira vez, torna as declarações enigmáticas e estranhas de Byrd compreensíveis e mostra que o grande explorador não era um sonhador, como pode parecer aos que se prendem às velhas teorias geográficas. Byrd tinha entrado num território completamente novo, que era "desconhecido" porque não constava de qualquer mapa, porque todos os mapas são feitos na crença de que a Terra é esférica e sólida. Uma vez que aproximadamente todas as terras desta esfera sólida foram exploradas e registradas pelos exploradores polares, não poderia haver lugar em tais mapas para o território que o Almirante Byrd descobriu, e que chamou de o "Grande Desconhecido" — desconhecido por não constar de qualquer mapa. Era uma área de terras tão grande quanto a América do Norte!
Este mistério somente pode ser solucionado se aceitarmos a concepção básica da formação da terra apresentada neste livro e apoiada pelas observações dos exploradores árticos, que serão citados. De acordo com esta nova concepção revolucionária, a Terra não é uma esfera sólida, mas é oca, com aberturas nos Pólos, e o Almirante Byrd penetrou por estas aberturas, por uma distância de cerca de 6.420 quilômetros, durante suas expedições de 1947 e 1956, ao Ártico e à Antártica. O "Grande Desconhecido", ao qual Byrd se referiu, era esta área de terra sem gelo, dentro das concavidades polares, abrindo-se para o interior oco da Terra. Se esta concepção é correta, como tentaremos provar, então ambos os Pólos Norte e Sul não podem existir, pois ficariam no ar, no centro das aberturas polares, e não 'estariam na superfície da Terra. Este ponto de vista foi apresentado, pela primeira vez, por um escritor americano, William Reed, no seu livro Phantom of the Poles, publicado em 1906, logo depois de o Almirante Peary ter reinvidicado a descoberta do Pólo Norte, e negando que o tivesse realmente feito. Em 1920, um outro livro foi publicado por Marshall Gardner, chamado A Journey to the Earth's Interior ou Have the Poles Really Been Discovered?, fazendo a mesma afirmativa. Estranhamente, não tinha conhecimento do livro de Reed e chegou às suas conclusões independentemente. Reed e Gardner asseveraram que a Terra é oca, com aberturas nos pólos e que no seu interior vive uma população muito grande, de milhões de habitantes, em adiantado estado de civilização. Este é provavelmente o "Grande Desconhecido" ao qual o Almirante Byrd se referiu.
Repetindo, Byrd não podia ter qualquer parte da superfície conhecida da Terra em mente quando falou do "Grande Desconhecido", mas antes uma nova e até então desconhecida área de terras, livre de gelo e neve, com vegetação, florestas e vida animal, que não existe em qualquer lugar da superfície da Terra, mas dentro da depressão polar, onde recebe o calor do interior oco da Terra, que tem uma temperatura mais alta do que a superfície, com a qual se comunica. Somente baseados nesta concepção podemos compreender as afirmações do Almirante Byrd.
Em janeiro de 1956, o Almirante Byrd dirigiu outra expedição à Antártica e lá penetrou por 3.690 quilômetros, além do Pólo Sul. A comunicação pelo rádio, desta vez (13 de janeiro de 1956), disse: "Em 13 de janeiro, membros da expedição dos Estados Unidos penetraram por uma extensão de terra de 3.690 quilômetros, além do Pólo. O vôo foi feito pelo Contra-Almirante George Dufek, da Unidade Aérea da Marinha dos Estados Unidos."
A palavra "além" é muito significativa e será desorientadora para aqueles que acreditam na velha concepção de uma Terra sólida. Significaria a região do outro lado do continente Antártico e o oceano além, e não podia ser "um vasto território novo" (não existente em qualquer mapa), e nem poderia a sua expedição, que achou este território, ser "a mais importante expedição na história do mundo". A geografia da Antártica é razoavelmente bem conhecida e o Almirante Byrd não teria adicionado qualquer coisa significante ao nosso conhecimento do continente Antártico. Se este fosse o caso, então por que teria ele feito tal declaração, aparentemente arrebatada e sem base — especialmente considerando o seu alto conceito, como Contra-Almirante da Marinha dos EUA e sua reputação como grande explorador?
Este enigma fica solucionado quando compreendemos a nova teoria geográfica de uma Terra Oca, que é a única maneira pela qual podemos achar sentido nas declarações do Almirante Byrd e não considerá-lo um visionário, que viu miragens nas regiões polares, ou pelo menos imaginou que as viu.
Depois de regressar de sua expedição antártica, em 13 de março de 1956, Byrd comentou: "A atual expedição descobriu uma vasta Terra nova." A palavra "Terra" é muito significante. Não podia ter se referido a qualquer parte do continente Antártico, pois ele não consiste de terra, sendo todo de gelo, e além disto, sua geografia é razoavelmente bem conhecida e Byrd não fez qualquer contribuição de valor para a geografia da Antártica, como outros exploradores o fizeram, deixando os seus nomes como lembranças na geografia desta área. Se Byrd tivesse descoberto uma vasta área nova na Antártica, ele a reivindicaria para os Estados Unidos e ela seria chamada pelo seu nome, do mesmo modo que no caso do seu vôo de 2.730 quilômetros além do Pólo Norte ter sido feito sobre a superfície da Terra, entre o Pólo e a Sibéria.
Entretanto, não achamos tais conquistas a crédito do grande explorador, nem deixou ele o seu nome na geografia do Ártico e da Antártica, no modo pelo qual aquela declaração, acerca da descoberta de uma vasta terra nova justificaria. Se a sua expedição antártica tivesse descoberto uma nova e imensa região de gelo no continente gelado da Antártica, não seria apropriado o uso da palavra "terra", que significa uma região sem gelo, semelhante àquelas sobre as quais Byrd voou por 2.730 quilômetros, além do Pólo Norte, que tenha vegetação verde, florestas e vida animal. Nós devemos, entretanto, concluir que essa expedição de 1956 por 2.300 milhas além Pólo Sul foi sobre território também sem gelo, não registrado em qualquer mapa, e não sobre qualquer parte do continente Antártico.
No ano seguinte, em 1957, antes da sua morte, Byrd chamou esta terra além do Pólo Sul (não gelo, do outro lado do Pólo Sul) "aquele continente encantado no céu, Terra de mistério eterno". Não poderia ter usado esta afirmação se se referisse à parte do continente gelado da Antártica, que fica do outro lado do Pólo Sul. As palavras "mistério eterno", obviamente, se referiam a alguma outra coisa.
Referiam-se aos territórios mais quentes, não mostrados em qualquer mapa, que ficam dentro da Abertura do Pólo Sul e levam ao interior oco da Terra.
A expressão "aquele encantado continente no céu" refere-se, obviamente, a uma área de terra e não de gelo, refletida no céu, que age como um espelho, um estranho fenômeno observado por muitos exploradores polares, que falam de "ilha no céu" ou "água no céu", dependendo de que o céu polar esteja refletindo terra ou água. Se Byrd tivesse visto os reflexos de água ou gelo, não usaria as palavras "continente" nem o chamaria de um "encantado" continente. Era "encantado" porque, de acordo com as concepções geográficas aceitas, este continente que Byrd viu refletido no céu (onde os glóbulos de água agem como um espelho para as superfícies embaixo) não podia existir.
Citaremos a seguir Ray Palmer, editor da revista Flying Saucers, e um dos principais especialistas americanos em discos voadores, que é da opinião de que as descobertas do Almirante Byrd, nas regiões Ártica e Antártica, oferecem uma explicação para a origem dos discos voadores que, ele acredita, não vêm de outros planetas e sim do interior oco da Terra, onde existe uma civilização avançada, muito à nossa frente em aeronáutica, usando discos voadores para viagens aéreas e saindo para o exterior da Terra, através das aberturas polares. Palmer explica os seus pontos de vista da seguinte maneira:
"Quão bem conhecida é a Terra? Há qualquer área na Terra que possa ser considerada como possível de ser a origem dos discos voadores? Há duas. As duas áreas de importância principal são o Ártico e a Antártica”.
"Os dois vôos do Almirante Byrd sobre ambos os Pólos provam que há uma 'esquisitice' a respeito da forma da Terra nas duas áreas polares. Byrd voou para o Pólo Norte, mas não parou lá e voltou, mas seguiu por 2.730 quilômetros além dele e então retrocedeu no seu curso, para a sua base ártica (devido estar se acabando o seu suprimento de gasolina) . Quando progrediu além do ponto do Pólo, terra sem gelo, lagos, montanhas cobertas de árvores, e mesmo um monstruoso animal, parecido com o mamute da antigüidade, movendo-se na vegetação rasteira, foram vistos, e tudo isto foi declarado pelo rádio, pelos ocupantes do avião. Durante a quase totalidade dos 2.730 quilômetros o avião voou sobre terra, montanhas, árvores, lagos e rios”.
"Que era esta terra desconhecida? Será que Byrd, viajando para o norte, entrou no interior da Terra, através da abertura do Pólo Norte? Mais tarde a expedição de Byrd foi para o Pólo Sul e depois de ultrapassá-lo, seguiu 3.690 quilômetros além dele”.
"Penetramos, de novo, numa terra misteriosa e desconhecida que não aparece nos mapas de hoje. De novo, não encontramos declarações, além das iniciais, relativas à descoberta (devido à supressão oficial das notícias — o Autor).
E, e mais estranho de tudo, encontramos os milhões de habitantes do mundo completamente sem curiosidade em relação àquela publicação”.
"Aqui estão os fatos: Em ambos os pólos existem vastas áreas de terras desconhecidas, em nada inabitáveis, estendendo-se por distâncias que somente podem ser chamadas de tremendas, porque abrangem uma área maior do que qualquer área continental conhecida! A Terra Misteriosa do Pólo Norte, vista por Byrd e sua equipe, é pelo menos de 2.730 quilômetros numa direção e não é concebível que seja apenas uma faixa estreita. É uma área talvez tão grande quanto a dos Estados Unidos”!
"No caso do Pólo Sul, a terra atravessada além do Pólo inclui uma área tão grande quanto a América do Norte e mais o continente Antártico”.
"Os discos voadores podem vir dessas duas terras desconhecidas 'além dos Pólos'. Os editores da revista Flying Saucers são de opinião que a existência dessas terras não pode ser refutada por ninguém, considerando os fatos que esboçamos, relativos às duas expedições."
Se o Contra-Almirante Byrd asseverou que a sua expedição polar sul foi "a expedição mais importante, na história do mundo", e se depois de voltar da expedição afirmou, "a presente expedição descobriu uma terra nova vasta", seria estranho e inexplicável como uma descoberta tão importante, de uma área de terras tão grande quanto a América do Norte, comparável à descoberta da América por Colombo, não recebesse atenção e fosse quase totalmente esquecida de modo que, do mais ignorante ao mais ilustrado, ninguém sabe a seu respeito.
A única resposta racional para este mistério é que, depois do breve anúncio pela imprensa americana, baseado na informação pelo rádio do Almirante Byrd, a publicidade adicional tenha sido suprimida pelo Governo, para o qual Byrd trabalhava, e de que havia razões políticas importantes pelas quais as históricas descobertas do Almirante Byrd não deviam ser conhecidas pelo mundo. Ele tinha descoberto duas áreas de terras desconhecidas, medindo um total de 6.420 quilômetros numa direção e provavelmente tão grande quanto os continentes da América do Norte e do Sul juntos, uma vez que os aviões de Byrd retornaram sem alcançar o fim deste território, que não está registrado em qualquer mapa.
Evidentemente, o Governo dos Estados Unidos receou que algum outro governo pudesse ficar sabendo das descobertas de Byrd e empreendesse vôos semelhantes, indo muito além do que foi Byrd, e talvez reinvidicando estas áreas de terras para si.
Comentando as declarações de Byrd, feitas em 1957, um pouco antes da sua morte, e nas quais ele chama o novo território descoberto, além dos Pólos, "aquele continente encantado no céu" e "terra de eterno mistério", disse Palmer:
"Considerando isto tudo é de se admirar que todas as nações do mundo achassem, subitamente, a região polar sul (particularmente) e a polar norte tão intensamente interessantes e importantes e tenham se lançado em explorações numa escala realmente tremenda em extensão?"
Palmer conclui que esta nova área de terras, que Byrd descobriu e que não está em qualquer mapa, existe dentro e não no lado de fora da Terra, uma vez que a geografia do lado de fora é muito bem conhecida, enquanto a de dentro (do interior da depressão polar) é "desconhecida". Aquela foi a razão pela qual Byrd a chamou de a "Grande Desconhecida".
Depois de discutir a significância do uso, por Byrd, dos termos "além" em vez de "através" dos Pólos, para o outro lado das regiões Ártica e Antártica, Palmer conclui que o que Byrd mencionou foi uma área de terras desconhecidas, dentro da concavidade polar e se comunicando com o interior mais (incute da Terra, o que explica sua vegetação e vida .mimai. Ela é "desconhecida" porque não está na superfície externa da Terra e por isso não é registrada em qualquer mapa. Escreve Palmer:
"Em fevereiro de 1947, o Almirante Richard E. Byrd, que é o homem que mais contribuiu para tornar conhecida a área do Pólo Norte, fez a declaração seguinte: 'Gostaria de ver a terra além do Pólo. Aquela área além do Pólo é o centro do grande desconhecido'.”
"Milhões de pessoas leram esta declaração nos jornais. Milhões se emocionaram com os vôos subseqüentes do Almirante ao Pólo e a um ponto 2.730 quilômetros além dele. Milhões ouviram as descrições do vôo, irradiadas e também publicadas nos jornais”.
"Que terra era esta? Olhe no seu mapa. Calcule a distância de todas as terras conhecidas, que mencionamos antes (Sibéria, Spitzbergue, Alasca, Canadá, Finlândia, Groenlândia e Islândia). Uma boa porção delas está bem dentro do alcance de 2.730 quilômetros. Entretanto, nenhuma parte delas está a 320 quilômetros do Pólo. Byrd não voou sobre terra conhecida. Ele próprio a chamou 'a grande desconhecida'. Grande ela o é na verdade! Pois depois de 2.730 quilômetros sobre terra, quando foi obrigado a voltar, em virtude das limitações do seu suprimento de gasolina, não tinha chegado ao seu fim! Ele devia estar de volta à 'civilização', mas não estava. Devia ter visto apenas oceanos cobertos de gelo, ou no máximo oceanos parcialmente desobstruídos. Ao contrário, estava sobre montanhas cobertas por florestas”!
"Florestas”!
"Incrível! O extremo limite norte das terras de florestas está localizado bem para baixo, no Alasca, Canadá e Sibéria. Ao norte daquele limite nenhuma árvore existe! Em toda a volta do Pólo Norte, não existem árvores dentro de um raio de 2.730 quilômetros”!
"Que temos aqui? Temos o vôo bem autenticado do Almirante Richard E. Byrd a uma terra além do Pólo, que ele tanto desejava ver porque era o centro do grande desconhecido, o centro do mistério. Aparentemente, seu desejo foi satisfeito ao máximo e, todavia, hoje esta terra misteriosa não é mencionada em qualquer lugar. Por quê? Foi aquele vôo de 1947 uma ficção? Mentiram todos os jornais? Mentiu o rádio do avião de Byrd”?
"Não, o Almirante Byrd voou além do Pólo”.
"Além”?
"Que quis dizer o Almirante quando usou aquela palavra? Como é possível ir além do Pólo? Façamos algumas considerações. Imaginemos que fomos transportados, por algum meio miraculoso, ao ponto exato do Pólo Magnético Norte. Chegamos lá, instantaneamente, sem saber de que direção viemos. Tudo o que sabemos é que devemos seguir do Pólo para Spitzbergue. Que direção tomamos? Para o sul, naturalmente! Mas, que sul? Todas as direções, a partir do Pólo Norte, vão para o sul”!
"Este é na realidade um problema simples de navegação. Todas as expedições ao Pólo, quer as de avião, de submarino ou a pé tiveram que enfrentar este problema. Ou têm de retornar sobre as suas pegadas ou descobrir que direção sul é a que devem tomar para chegar onde quer que tenha sido determinado. O problema é solucionado tomando qualquer direção e nela continuando por cerca de 30 quilômetros. Então se pára, determina-se a posição pelas estrelas e se a correlaciona com a bússola (que então já não aponta para baixo, mas em direção ao Pólo Norte Magnético) traçando então o nosso curso no mapa. É então simples seguir para Spitzbergue, dirigindo-se para o sul”.
"O Almirante Byrd não seguiu este procedimento tradicional de navegação. Quando alcançou o Pólo continuou 36 por 2.730 quilômetros. De toda maneira, continuou num curso para o norte, depois de cruzar o Pólo. E, fantasticamente, consta dos registros que o conseguiu, ou não teria visto aquela ‘terra além do Pólo', a qual, até hoje, se esquadrinharmos os registros dos jornais, livros, rádios e televisão, e os verbais, jamais foi visitada outra vez”!
"Aquela terra, nos mapas de hoje, não pode existir.
Entretanto, como ela existe, a única conclusão possível é a de que os mapas de hoje são incorretos, incompletos e não representam a situação verdadeira do Hemisfério Norte”.
"Assim, tendo localizado uma grande massa de terra no Norte, inexistente nos mapas de hoje, nina terra que é o centro do grande desconhecido, isto só pode ser interpretado como significando que os 2.730 quilômetros de extensão, atravessados por Byrd, são apenas uma parte dela."
Uma descoberta tão importante, que Byrd chamou de "a mais importante" na história do mundo, devia ter sido conhecida por todo mundo, se as informações a ela concernentes não tivessem sido suprimidas tão completamente que ficaram quase totalmente esquecidas, até serem mencionadas no livro de Giannini, Worlds Beyond the Poles, publicado em Nova York, em 1959. De modo semelhante, o livro de Giannini não foi objeto de propaganda pelo editor e permaneceu desconhecido.
No final do mesmo ano de 1959, Ray Palmer, o editor da revista Flying Saucers, tornou pública a descoberta do Almirante Byrd, da qual tomou conhecimento pela leitura do livro de Giannini. Ficou tão impressionado que, em dezembro daquele ano, publicou esta informação na sua revista, que é vendida nos jornaleiros de todos os Estados Unidos. Verificou-se então uma série de incidentes estranhos, indicando que forças secretas estavam conspirando para evitar que as informações contidas na edição de dezembro da revista Flying Saucers, transcritas do livro de Giannini, se tornassem públicas. Quais são essas forças secretas que tinham uma razão especial para suprimir a publicação de informações relativas à grande descoberta de novas terras pelo Almirante Byrd, terras estas que não estão em qualquer mapa? Obviamente, são as mesmas que suprimiram a publicação, exceto de uma curta notícia na imprensa, logo depois que Byrd fez sua grande descoberta e antes que Giannini publicasse sua declaração, a primeira em muitos anos, em 1959, doze anos depois que a descoberta foi feita.
O anúncio, feito por Palmer das descobertas de Byrd, no Ártico e na Antártica, foi a primeira publicidade em grande escala, desde o tempo em que foram feitas e brevemente anunciadas, e é muito mais significante do que as citações e declarações do livro de Giannini, que não foi devidamente anunciado e teve uma venda muito limitada. Por esta razão, logo que a edição de dezembro de 1959 de Flying Saucers estava pronta para ser enviada aos assinantes e distribuída aos jornaleiros, ela foi misteriosamente removida de circulação — evidentemente pelas mesmas forças secretas que suprimiram a publicação desta informação, desde 1947. Quando o caminhão chegou do impressor para entregar as revistas ao editor, elas não estavam no caminhão! Um telefonema do editor (Sr. Palmer) ao impressor descobriu que não havia recibo provando que o despacho tinha sido efetuado. Como as revistas tinham sido pagas, o editor exigiu que o impressor recolocasse as matrizes na impressora e tirasse as cópias devidas. Entretanto, estranhamente, as matrizes não estavam disponíveis e tinham sido tão danificadas que a reimpressão não pôde ser feita. Entretanto, onde estavam os milhares de revistas que haviam sido impressas e tinham misteriosamente desaparecido? Por que não havia recibo do despacho? Se estivesse perdido e as revistas tivessem sido remetidas para um endereço errado, apareceriam em algum lugar. Entretanto, nunca apareceram!
O resultado é que 5.000 assinantes não receberam a revista. Um distribuidor, que recebeu 750 exemplares para vender, foi dado como desaparecido e 750 revistas desapareceram junto com ele. Estas revistas lhe foram enviadas com o pedido para serem devolvidas se não fossem entregues. Elas não retornaram.
Uma vez que a revista desapareceu completamente, foi publicada de novo, vários meses mais tarde, e enviada aos assinantes.
Que continha esta revista para ocasionar a sua supressão desta maneira — por forças invisíveis e secretas? Continha um relato de vôo do Almirante Byrd além do Pólo Norte, em 1947, cujo conhecimento já havia sido suprimido previamente, exceto pela sua menção no livro de Giannini, Worlds Beyond the Poles.
A edição de dezembro de 1959 de Flying Saucers foi obviamente considerada tão perigosa pelas forças secretas que tiveram uma razão especial para retirá-la do mundo e conservá-la secreta. Nesta edição de Flying Saucers as declarações abaixo foram citadas, do livro de Giannini:
"Desde 12 de dezembro de 1929 que expedições polares, da Marinha dos EUA, determinaram a existência de extensões indefinidas de terras, além dos pontos polares.
Em 13 de janeiro de 1956, quando este livro estava sendo preparado, uma unidade aérea dos EUA penetrou numa extensão de 3.690 quilômetros, além do Pólo Sul, o presumido fim da Terra. Aquele vôo foi sempre sobre terra, água e gelo. Por razões muito substanciais o vôo memorável foi escassamente notificado pela imprensa”.
Os Estados Unidos e mais tarde trinta outras nações prepararam expedições polares inéditas, para o período 1957/58, a fim de penetrarem na Terra, que agora ficou provado se estender além de ambos os pontos polares. Minha revelação original, da então desconhecida terra que fica além dos Pólos, em 1926/28, foi intitulada pela imprensa como “mais ousada do que qualquer coisa que Júlio Verne jamais concebeu”. Então Giannini citou as declarações do Almirante Byrd que apresentamos acima:
Fevereiro de 1947: “Gostaria de ver a terra além do Pólo. Aquela área além do Pólo é o centro do grande desconhecido”. — Contra-Almirante Richard E. Byrd, da Marinha dos Estados Unidos, antes do seu vôo de sete horas sobre as terras além do Pólo Norte.
13 de janeiro de 1956: “Em 13 de janeiro, membros da expedição dos Estados Unidos realizaram um vôo de 3.690 quilômetros da base de McMurdo Sound, que fica 640 quilômetros a oeste do Pólo Sul, e penetraram por uma extensão de terras de 3.690 quilômetros, além do Pólo” — Notícia do rádio, confirmada pela imprensa em 5 de fevereiro.
13 de março de 1956: “A presente expedição descobriu uma vasta terra nova” — Almirante Byrd, depois de voltar da Terra além do Pólo Sul. 1957: “Aquele continente encantado no céu, terra de mistério eterno” — Almirante Byrd.
O mundo científico não deu atenção ao livro de Giannini. A estranha e revolucionária teoria geográfica que apresentou foi ignorada e dada antes como excêntrica do que como científica. Todavia, as declarações do Almirante Byrd somente podem fazer sentido se tal concepção da existência de "terra além dos Pólos", como reivindicado por Giannini, for aceita. Giannini escreve:
"Não há um fim físico das extremidades norte e sul da Terra. A Terra não pode ser circunavegada no sentido norte e sul, no verdadeiro significado da palavra. Entretanto, certos vôos 'em volta do mundo' têm contribuído para a interpretação popular errada de que a Terra foi circunavegada no sentido norte-sul.
'Sobre o Pólo Norte', voltando às Zonas Temperadas do Norte, sem fazer um giro de 180 graus, jamais pode ser conseguido, porque não há um fim da Terra ao norte.
O mesmo é verdadeiro em relação ao Pólo Sul.
A existência de mundos além dos Pólos tem sido confirmada por explorações navais dos Estados Unidos durante os últimos trinta anos. A confirmação é substancial. O mais antigo explorador do mundo, o Contra-Almirante Richard Evelyn Byrd, chefiou a memorável expedição governamental àquela terra sem fim, além do Pólo Sul. Antes da sua partida de São Francisco, ele fez uma importante declaração pelo rádio de que 'esta é a mais importante expedição na história do mundo'. A subseqüente penetração de terras, além do Pólo, numa extensão de 3.690 quilômetros, de 13 de janeiro de 1956, provou que o Almirante Byrd não tinha exagerado."
Comentando as declarações de Giannini, a respeito da impossibilidade de seguir direto ao norte, sobre o Pólo Norte, alcançando o outro lado do mundo, o que aconteceria se a Terra fosse convexa e não côncava nos Pólos, escreve Palmer, na sua revista Flying Saucers:
"Muitos leitores afirmam que os vôos comerciais continuamente cruzam o Pólo e voam para o lado oposto da Terra. Isto não é verdade, embora os funcionários das empresas aéreas, quando perguntados, possam dizer que o seja. Eles fazem manobras de navegação que, em todos os casos, eliminam automaticamente um vôo além do Pólo em linha reta. Pergunte aos pilotos destes vôos polares. Peca-lhes que indiquem um vôo transpolar, no qual você possa comprar uma passagem, que realmente cruze o Pólo Norte. Examinando a rota dos vôos através da área do Pólo Norte, achamos sempre que passam em volta do Pólo ou pelo seu lado e nunca diretamente através dele. Isto é estranho.
Seguramente que um vôo anunciado como passando diretamente sobre o Pólo Norte atrairia muitos passageiros, que gostariam de passar por tal experiência. Entretanto, estranhamente, nenhuma linha aérea oferece tal vôo. As rotas aéreas sempre passam num lado do Pólo. Por quê? Não será porque, se fossem diretas através do Pólo, em vez de aterrissar no lado oposto da Terra, o avião penetraria naquela terra além do Pólo, 'o centro do Grande Desconhecido', como o Almirante Byrd a denominou?"
Palmer sugere que uma tal expedição, que viaje diretamente para o norte e continue na mesma direção depois de alcançar o ponto do Pólo Norte (que ele acredita estar no centro da concavidade polar e não em terra sólida) deveria ser organizada, repetindo a rota do Almirante Byrd, até que seja alcançado o interior oco da Terra. Isto, aparentemente, nunca foi feito, a despeito de que haja, nos arquivos da Marinha dos Estados Unidos, dados dos vôos das descobertas do Almirante Byrd. Talvez a razão para isto seja que a nova concepção geográfica da formação das regiões polares, que precisa ser aceita antes que possa ser apreciada a verdadeira significação das descobertas do Almirante Byrd, não foi aprovada pelos chefes da Marinha que, em conseqüência, deixaram o assunto de lado e se esqueceram dele.
A citada declaração de Palmer, de que as linhas aéreas comerciais não passam sobre o Pólo Norte, parece razoável em vista das novas descobertas soviéticas relativas ao Pólo Norte Magnético, segundo as quais não é um ponto e sim uma linha comprida, e que acreditamos ser circular, constituindo a borda da concavidade polar, de tal maneira que qualquer ponto desta circunferência possa ser chamado de Pólo Norte Magnético, porque ali a agulha da bússola se volta diretamente para baixo. Se este é o caso seria então impossível aos aviões cruzar o Pólo Norte, que está no centro da depressão polar e não na superfície da Terra, como estaria de acordo com a teoria de uma Terra sólida e de uma formação convexa no Pólo. Quando os pilotos, de acordo com a leitura da bússola, acreditam que alcançaram o Pólo, alcançaram realmente a borda da concavidade polar, onde está o verdadeiro Pólo Magnético Norte.
Referindo-se ao livro de Giannini, Palmer comenta:
"O estranho livro, escrito por Giannini, apresentou a única possibilidade pela qual pode ser provado, definitivamente, que a Terra tem uma forma singular no Pólo Norte, como acreditamos que tenha também no Pólo Sul, não necessariamente com um orifício que se estenda toda a vida, mas como um biscoito redondo que tenha crescido tanto no cozimento que o buraco seja somente uma depressão profunda em cada extremidade, ou como um gigantesco pneu de automóvel, montado numa roda compacta, com calotas côncavas.
Nenhum ser humano jamais voou diretamente sobre o Pólo Norte e continuou na mesma direção. Seu editor acha que isto devia ser feito, e imediatamente. Temos os aviões para isto. Seu editar deseja certificar-se se um tal vôo daria em algum dos países que estão em volta do Pólo, necessariamente no ponto oposto exato ao de partida. A navegação devia ser feita não pela bússola ou por triangulação em mapas existentes, mas somente pela bússola giroscópica, num curso reto, desde a decolagem até o momento de aterrissar. A bússola devia ser giroscópica não somente no plano horizontal, mas também no plano vertical (depois que se penetrasse na abertura polar). Deverá haver uma orientação positiva para a frente, que não possa ser posta em dúvida.
"Todo mundo sabe que uma bússola giroscópica horizontal, como as usadas atualmente, faz com que o avião ganhe continuamente em elevação, enquanto progride, e a Terra se curva para baixo. De acordo com a nossa teoria, de uma depressão polar, quando o avião entrar nesta, a bússola giroscópica deverá indicar um ganho em elevação muito maior devido à Terra se curvar para dentro no Pólo Norte. Então, se o avião continua num curso para norte, o ganho em altitude continuará cada vez mais à proporção que o avião siga, e se tentar manter a mesma altitude, se curvará para dentro do interior oco da terra."
As declarações seguintes de Giannini, em resposta à carta de alguém que leu a seu respeito, na revista Fiying Saucers, de Palmer, são muito interessantes:
"O escritório em Nova York, das Pesquisas Navais dos EUA, concedeu permissão ao autor para transmitir, pelo rádio, uma mensagem de boa viagem ao Contra-Almirante Richard Everlyn Byrd, da Marinha dos EUA, na sua base ártica, em fevereiro de 1947.
Naquele tempo, o falecido Almirante Byrd anunciou pela imprensa que 'gostaria de ver a terra além do Pólo. Aquela terra além do Pólo é o centro do grande desconhecido'. Depois disto, o Almirante Byrd e uma força naval executaram um vôo de sete horas, sobre 2.730 quilômetros de terras, que se estendiam além do Pólo Norte, o teórico 'fim' da Terra.
Em janeiro de 1947, antes do vôo, este autor foi capaz de vender uma série de artigos de jornal para um sindicato nacional de notícias, somente por ter assegurado ao diretor do sindicato que Byrd iria, de fato, além do imaginário ponto do Pólo Norte.
Como resultado do conhecimento prévio do autor da então comumente desconhecida terra que se estendia além dos pontos dos Pólos, e depois que os artigos do sindicato foram cedidos à imprensa, o autor foi objeto de investigações pelo escritório da Inteligência Naval dos EUA. Aquela investigação foi devida ao fato da confirmação definitiva de Byrd, das teorias revolucionárias do autor.
Mais tarde, em março de 1958, o autor fez uma palestra, pelo rádio em Missouri, explicando a importância da descoberta da terra além do imaginário ponto do Pólo Norte, da teoria arcaica."
Falando dos relatos do vôo do Almirante Byrd, além do Pólo Norte, em fevereiro de 1947, que apareceram nos diários de Nova York, Giannini, comenta:
"Estas narrativas descreveram o vôo de Byrd, de 2.730 quilômetros, por sete horas, sobre terras e lagos de água doce ALÉM do presumido 'fim' da Terra, no Pólo Norte. Os despachos telegráficos foram intensificados até que uma rigorosa censura foi imposta por Washington."
Um outro escritor americano sobre discos voadores, Michael X., ficou impressionado pelas descobertas de Byrd e chegou à conclusão de que os discos voadores deviam vir de uma civilização avançada, do interior da Terra, cujas bordas externas Byrd visitou. Ele descreve a viagem de Byrd da seguinte maneira:
"Havia um estranho vale embaixo. Por uma razão também estranha, o vale que Byrd viu não estava coberto de gelo, como devia estar. Era verde e luxuriante. Havia montanhas cobertas por espessas florestas e havia grama viçosa e vegetação rasteira. Ainda mais espantosamente, um grande animal foi visto se movimentando na vegetação rasteira. Numa terra de gelo e neve quase perpétuos isto era um mistério estupendo.
Quando o Almirante Byrd entrou neste país desconhecido, no 'centro do grande desconhecido', onde estava ele? A luz da teoria de Marshall Gardner estava no próprio vestíbulo que leva ao interior da Terra e que fica além do Pólo.
Tanto o Alasca quanto o Canadá têm visto muitos discos voadores nos últimos tempos. Por quê? Será que há alguma conexão com a 'terra além do Pólo' — aquele território desconhecido, dentro da Terra?
Deve haver uma conexão. Se os discos voadores entram e saem do interior da Terra pelas aberturas polares é natural que sejam vistos muito mais freqüentemente pelos habitantes do Alasca e do Canadá do que por pessoas das outras regiões do mundo. O Alasca, assim como o Canadá, fica perto do Pólo Norte."
Às observações acima, de uma concentração de discos voadores no Ártico, correspondem observações similares de Jarrold e Bender, de uma concentração na Antártica, onde é admitido por especialistas em discos voadores haver uma base, de onde são vistos subir e retornar. Entretanto, de acordo com a teoria deste livro, o que ocorre realmente no Ártico e Antártica é que os discos voadores emergem e tornam a entrar nas aberturas polares, que levam ao interior da Terra, seu verdadeiro lugar de origem. Aime Michel, na sua teoria da "linha reta" provou que a maioria dos vôos dos discos voadores é realizada na direção norte-sul, o que é exatamente o que deveria acontecer se as suas origens fossem polares, das aberturas norte e sul.
Em fevereiro de 1947, quase na mesma ocasião em que o Almirante Byrd fez a sua grande descoberta de terra além do Pólo Norte, foi feita outra constatação no continente Antártico, o do Oásis de Bunger. Esta descoberta foi feita pelo Capitão-de-Corveta David Bunger, que estava pilotando um dos seis grandes aviões de transporte usados pelo Almirante Byrd, para a operação Highjump, da Marinha dos EUA (1946/47).
Bunger estava voando terra adentro, da Barreira de Gelo de Shackleton, perto da Costa da Rainha Mary, na Terra de Wilkes. Ele e sua equipagem estavam a cerca de seis quilômetros da linha da costa, onde ficava o mar aberto. A terra que Bunger descobriu era livre de gelo. Os lagos eram de muitas cores diferentes, variando do vermelho ferruginoso ao verde e azul escuros. Cada um dos lagos tinha mais de 5 quilômetros de comprimento. A água era mais quente do que a do oceano, como Bunger descobriu amerissando com seu hidroavião em um dos lagos. Cada lago tinha uma praia de declive suave.
Em volta dos quatro lados do oásis, que era de forma aproximadamente quadrada, Bunger viu neve e gelo brancos, eternos e sem fim. Dois dos lados do oásis se elevavam a quase trinta metros da altura e consistiam de grandes paredões de gelo. Os outros dois tinham um declive mais suave e gradual.
A existência de um tal oásis, na longínqua Antártica, uma terra de gelo perpétuo, indicaria condições mais quentes, que existiriam se o oásis estivesse na abertura polar sul, que leva ao interior mais quente da terra, como no caso dos territórios mais quentes, com terra e lagos, que o Almirante descobriu além do Pólo Norte, e que estavam, provavelmente, dentro da abertura polar norte. De outra maneira, não se pode explicar a existência de um tal oásis, de território não gelado, no meio do continente Antártico, com quilômetros de espessura de gelo. O oásis não podia ser o resultado de atividade vulcânica, porque sua área era de cerca de setecentos e setenta quilômetros quadrados, demasiado grande, portanto, para ser afetada pelo calor vulcânico. Uma melhor explicação é a de correntes de ar quente vindas do interior da Terra.
Assim, Byrd no Ártico e Bunger na Antártica, fizeram ambos descobertas semelhantes, de áreas de terras mais quentes, além dos Pólos, mais ou menos na mesma época, no princípio de 1947. Entretanto, eles não foram os únicos a fazerem tal descoberta. Há algum tempo um jornal de Toronto, no Canadá, The Globe and Mail, publicou uma fotografia de um vale verde, tirada por um aviador, na região ártica. Evidentemente, o aviador fotografou do ar e não tentou aterrissar. O aviador deve ter ido além do Pólo Norte, no interior do mesmo território mais quente que o Almirante Byrd visitou, e que fica dentro da abertura polar. Esta fotografia foi publicada em 1960.
Como confirmações adicionais da descoberta de Byrd, há relatos de indivíduos que afirmaram terem entrado pela abertura polar norte, como muitos exploradores árticos o fizeram sem o saber, e penetrado longe o bastante por ela até alcançar o Mundo Subterrâneo, no interior oco da Terra. O Dr. Nephi Cottom, de Los Angeles, declarou que um dos seus pacientes, um homem de ascendência nórdica, lhe contou a história seguinte:
"Vivia perto do Círculo Ártico, na Noruega. Num verão, eu e um amigo resolvemos fazer uma viagem de barco juntos, e ir tão longe quanto pudéssemos para o norte. Assim, armazenamos provisões de boca para um mês, num pequeno barco de pesca, e nos fizemos ao mar, com vela e também com um bom motor de popa.
No fim de um mês tínhamos viajado bem longe, para o norte, além do Pólo e numa estranha e nova região. Ficamos muito espantados com o clima de lá. Quente, e às vezes as noites eram tão cálidas que quase não se podia dormir.
(Exploradores árticos que foram ao norte longínquo têm feito narrativas semelhantes, de clima quente, às vezes o bastante para fazer com que tirem suas roupas mais pesadas — o Autor.)
Depois, vimos algo tão estranho que ficamos ambos assombrados. Em frente do mar aberto e quente, em que estávamos, vimos o que parecia uma grande montanha. Naquela montanha, num determinado ponto, o oceano parecia estar desembocando. Confusos, continuamos naquela direção e rios encontramos navegando num vasto e profundo vale, que levava para o interior da Terra. Continuamos navegando e vimos então o que nos surpreendeu ainda mais — um sol brilhando dentro da Terra!
O oceano, que nos tinha levado para dentro do interior oco da Terra, gradualmente transformou-se num rio. O rio ia, como descobrimos mais tarde, através de toda a superfície interna do mundo, de uma extremidade à outra. Ele pode ir, se se o segue toda a vida, do Pólo Norte até o Pólo Sul.
Vimos que a superfície interna da terra é constituída, como a outra o é, de terra e água. Há abundância de luz solar e muita vida, tanto animal quanto vegetal. Navegamos mais e mais, para dentro desta região fantástica, fantástica porque tudo era de tamanho grande em comparação com as coisas do lado de fora. As plantas são grandes, as árvores enormes e, finalmente, chegamos até os GIGANTES .
Eles viviam em lares e cidades, da mesma maneira como o fazemos na superfície da Terra. Usavam um tipo de condução elétrica, semelhante a um monotrilho, para transportar as pessoas. Corria ao longo das margens do rio, de cidade para cidade.
Vários dos habitantes do interior da Terra — gigantes enormes — descobriram nosso barco no rio e ficaram muito surpresos. Entretanto, foram bastante amistosos. Fomos convidados a jantar com eles, nos seus lares, e assim separei- me do meu companheiro, seguindo ele com um gigante para o lar deste, e eu indo para a casa de outro gigante. Meu amigo gigantesco me levou para a sua casa, apresentou-me a sua família, e fiquei completamente aterrorizado ao ver o tamanho enorme de todos os objetos do seu lar. A mesa de refeições era colossal. Foi posto na minha frente um prato com uma quantidade tão grande de comida que poderia me alimentar, abundantemente, por uma semana. O gigante me ofereceu um cacho de uvas e cada uva do tamanho de um dos nossos pêssegos. Provei urna e achei bem mais doce do que qualquer uma que tivesse comido 'do lado de fora'. No interior da Terra todos os frutos e hortaliças são bem mais gostosos e saborosos do que os que temos na superfície externa da Terra.
Permanecemos um ano com os gigantes, apreciando tanto o seu companheirismo quanto apreciavam nos conhecer. Observamos muitas coisas estranhas e fora do comum, durante nossa visita a esse povo notável e ficávamos continuamente assombrados diante do seu progresso científico e das suas invenções. Durante todo o tempo, jamais foram inamistosos para conosco, e permitiram que retornássemos para os nossos próprios lares, do mesmo modo que fomos — de fato, ofereceram-nos cortesmente proteção em caso de a necessitarmos, na viagem de regresso."
Esses gigantes eram, evidentemente, membros de raça antediluviana dos Atlantes, que estabeleceram residência no interior da Terra, antes do dilúvio histórico, que submergiu Atlântida.
Uma experiência semelhante, de uma visita ao interior oco da Terra, pela abertura polar, mas completamente independente, foi citada por um outro norueguês, chamado Olaf Jansen, e registrada no livro, The Smoky God, de autoria de Willis George Emerson, um escritor americano. O livro é baseado numa narrativa feita por Jansen ao Sr. Emerson, antes de sua morte, descrevendo suas experiências reais, durante a visita que fez ao interior da Terra e aos seus habitantes.
O título, The Smoky God, se refere ao sol central do interior oco da Terra, que sendo menos brilhante e menor do que o nosso sol, aparece como "esfumaçado". O livro conta a experiência verdadeira de um pai e filho escandinavos que, com o seu pequeno barco de pesca e ilimitada coragem, tentam encontrar a "terra além dos ventos do norte", de cuja beleza e calor tinham ouvido falar. Uma tempestade de vento extraordinária os leva pela maior parte da viagem, através da abertura polar para o interior oco da Terra. Ficaram por lá dois anos e regressaram pela abertura polar sul. O pai perdeu a vida, quando um iceberg se quebrou e destruiu o seu barco. O filho foi salvo e depois passou 24 anos preso, como louco, por haver contado a história das suas experiências a pessoas incrédulas. Quando foi finalmente solto não contou mais a história a ninguém. Depois de 26 anos como pescador, economizou dinheiro bastante para ir para os Estados Unidos e se estabeleceu no Illinois e mais tarde na Califórnia. Aos noventa anos de idade, acidentalmente, o novelista Willis George Emerson o ajudou e ele lhe contou a história. Quando morreu, o velho homem deixou-lhe os mapas e o manuscrito descrevendo suas experiências. Recusou-se a mostrá-los a quem quer que fosse enquanto estava vivo, devido a sua experiência passada, em que as pessoas não o acreditavam e o consideravam louco se mencionasse o assunto.
O livro, The Smoky God, descrevendo a viagem extraordinária de Olaf Jansen ao interior oco da Terra, foi publicado em 1908. Conta a respeito das pessoas que vivem no interior da Terra, as quais ele e o seu pai encontraram durante a sua visita e cuja língua aprenderam. Disse que viviam de 400 a 800 anos e eram muito avançados em conhecimentos científicos. Podem transmitir seus pensamentos, de um para o outro, por certa espécie de radiação, e têm fontes de energia maiores do que a nossa eletricidade. São os criadores dos discos voadores, que funcionam por meio desta energia superior, obtida do eletromagnetismo da atmosfera. Eles têm três metros e sessenta centímetros de altura ou mais. É notável como esta descrição, de uma visita ao interior da Terra, coincide com a anterior e, todavia, são completamente independentes, uma da outra. Igualmente, o tamanho gigantesco dos seres humanos, que vivem no interior da Terra, coincide com o grande tamanho da vida animal, observada pelo Almirante Byrd que, quando do seu vôo de 2.730.quilômetros além do Pólo Norte, observou um animal estranho, parecido com o antigo mamute. Apresentaremos mais tarde, neste livro, a teoria de Marshall Gardner, pela qual os mamutes encontrados em blocos de gelo não são animais pré-históricos e sim enormes animais do interior da Terra, que foram levados para a superfície pelos rios e congelados dentro do gelo formado pela água que os transportou.
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Nota:
Para aqueles se perguntando, mas quem diabos é, ou foi o almirante Byrd, aqui vai uma pequena biografia:
Richard Byrd
Richard Evelyn Byrd (25 de Outubro, 1888 – 11 de Março, 1957), vice-almirante da Marinha dos Estados Unidos, foi um aviador, pioneiro e explorador polar, que sobrevoou o Pólo Norte em 9 de maio de 1926, e dirigiu numerosas expedições à Antártida, sobretudo um vôo sobre o Pólo Sul em 29 de novembro de 1929.
Nascido em Winchester (Virgínia), cursou a academia de Annapolis, obtendo o brevê em 1916. Frequentou a escola de voo da Marinha e ao final da Primeira Grande Guerra comandou uma unidade aérea na Nova Escócia. Iniciou as atividades que o tornariam famoso na expedição de D. B. MacMillan à Groenlândia em 1924 e sobrevoou o Polo Norte com o piloto Floyd Bennett em 1926.
Seu maior prestígio veio quando o mesmo organizou uma expedição científica de exploração da Antártica, nas proximidades do Polo Sul. Passou o inverno voando a identificar vários pontos do teritório e em 1928, fundou a base Little America, na Baía das Baleias. Em voo pilotado por Bernt Balchen voou ao polo sul em 1929 e as experiências e conhecimentos adquiridos lhe permitiram as demais viagens ao continente Antártico.
Em 1930, já almirante, retornou à Antártica no comando de uma expedição de 50 homens e entre 1933 e 1934 fez vários sobrevoos no continente, fez diversos experimentos meteorológicos e geológicos e descobriu as montanhas Edsel Forde a Terra de Marie Byrd. Na sequência, visando estudos meteorológicos, permaneceu cinco meses sozinho numa tenda, a 198 quilômetros a sul da base Little America. Passou ali a longa noite polar e sua experiência foi descrita em seu livro "Sozinho" (Alone). Em 1946 comandou mais uma grande expedição, com quatro mil homens e muitos recursos materiais. Mapeou o continente gelado e buscou minerais, dentre eles o Urânio.
Foram cinco suas expedições ao continente austral, entre a primeira de 1929 e a última em 1956. Entre 1946 e 1947, levou adiante a grande operação chamada High Jump (Pulo Alto), durante a qual descobriu e cartografou 1.390.000 km2 de território antártico. Em 1955 realizou a expedição Deep Freeze também na Antártica, tendo voado pela última vez sobre o polo austral em 1956.
Byrd chegou a competir com Charles Lindbergh pela primeira travessia do Atlântico norte, mas um acidente que feriu seu piloto Floyd Bennett o impediu de sobrepujar Lindbergh em 1927. Porém, ainda no mesmo ano, com Balchen como piloto, completou a travessia Nova Iorque - Normandia.
Recebeu diversas medalhas por heroísmo em combate, por suas expedições e descobertas. Participou como piloto de guerra na Segunda Guerra Mundial na Europa e no Pacífico.
Morreu em sua casa em Boston (Massachussets), em 1957, e está sepultado no Arlington National Cemetery, Virginia, como herói nacional e internacional.
A Terra Oca - Capítulo II: A Terra Oca
Antes de Colombo descobrir a América, a crença na existência de um Novo Mundo, no outro lado do Atlântico, na forma de um continente ocidental, era considerada o sonho de um louco.
No nosso tempo, é igualmente estranha a crença na existência de um Novo Mundo, de um Mundo Subterrâneo, no interior oco da Terra, e que é tão desconhecido da humanidade de hoje quanto o continente americano o era para os europeus, antes da sua descoberta por Colombo. Todavia, não há razão por que ele também não possa ser descoberto e tenha sua existência estabelecida como um fato.
Amoldo de Azevedo, na sua Geografia Física, escreveu o seguinte a respeito do mundo misterioso, debaixo dos nossos pés, em relação ao qual os cientistas nada sabem, além da profundidade de uns poucos quilômetros, distraindo- se apenas com teorias, hipóteses e conjeturas, para esconder sua ignorância: "Temos, abaixo dos nossos pés, uma região imensa, cujo raio é de 6.290 quilômetros e que é completamente desconhecida, desafiando a presunção e competência dos cientistas."
Esta declaração é absolutamente verdadeira. Até hoje, os cientistas penetraram apenas uns poucos quilômetros para dentro da Terra e nada sabem sobre o que existe mais abaixo, contando apenas com conjeturas, suposições e palpites. Muitas das teorias e crenças, aceitas comumente, a respeito do interior da Terra, não se apóiam em qualquer base científica e parecem se originar do velho conceito eclesiástico do fogo do inferno no centro da Terra, que se parece tanto com a crença dos cientistas, de que o âmago da Terra é uma massa de metal fundido e de fogo. Entretanto, a crença científica não se apóia em evidências mais positivas do que a religiosa. Ambas são apenas suposições, sem qualquer prova.
A crença de que a Terra tenha um centro ígneo veio, provavelmente do fato de que quanto mais fundo se penetra na Terra, mais quente fica. Entretanto, é excesso de extrapolação supor que este aumento de temperatura continue até o centro da Terra. Não há evidência em apoio deste ponto de vista. É mais provável que o aumento de temperatura ocorra somente até que se alcance o nível onde se originam os terremotos e a lava, devido, possivelmente, à radioatividade do material ali existente. Depois que se passa desta camada de calor máximo, não há razão por que não se torne cada vez mais fria, à proporção que se aproxima mais e mais do centro da Terra.
A superfície total da Terra é de cerca de 508 milhões de quilômetros quadrados e o seu peso estimado é de seis sextilhões de toneladas. Se a Terra fosse uma esfera sólida, seu peso seria muito maior. Esta é uma entre outras evidências científicas de que a Terra tem um interior oco.
A autor acredita que a concepção mais verdadeira da estrutura da Terra é a que supõe que, quando o seu material estava derretido, durante a sua formação, a força centrífuga fez com que as substâncias mais pesadas fossem projetadas para a sua periferia, na forma de rochas e metais, para formar a crosta externa, deixando o seu interior oco, com aberturas nos pólos, onde a força centrífuga eraa menos acentuada e onde havia menor tendência à projeção de materiais para fora, tendência que era maior no Equador, fazendo com que a Terra seja bojuda nesta região. Tem sido estimado que, como resultado da rotação da Terra em torno do seu eixo, durante o período de formação, as depressões polares e aberturas assim formadas sejam de cerca de 2.250 quilômetros de diâmetro.
Apresentaremos também evidências, a seguir, que indicam que algum do fogo original e do material incandescente permaneceu no centro da Terra, constituindo o sol central, muito menor, naturalmente, do que o nosso sol, mas ainda capaz de emitir luz e sustentar o desenvolvimento vegetal. Veremos também que, a Aurora Boreal, ou luzes tremulantes que iluminam o céu ártico, à noite, vem deste sol central, cujos raios brilham através da abertura polar.
Assim, se a Terra era, originalmente, uma bola de fogo e de metal fundido, algum deste fogo permaneceu no seu centro, enquanto a força centrífuga, resultante da sua rotação em torno do seu eixo, fez com que seu material sólido fosse arremessado para a periferia, formando uma crosta sólida e deixando oco o seu interior, com uma bola ígnea no centro, constituindo o sol central, que fornece luz para a vida das plantas, de animais e de seres humanos.
A primeira pessoa a apresentar a teoria de uma terra oca, com abertura nos pólos, foi um pensador americano, William Reed, autor do livro Phantom of the Poles, publicado em 1906. Este livro reúne a primeira compilação de evidências científicas, baseadas nas narrativas dos exploradores árticos, em apoio da teoria de que a Terra é oca, com aberturas nos pólos. Reed estima que a crosta da Terra tenha uma espessura de 1.285 quilômetros, enquanto o diâmetro do seu interior oco é de cerca de 10.270 quilômetros. Reed resume a sua teoria revolucionária da seguinte maneira:
"A Terra é oca. Os Pólos há tanto buscados são fantasmas. Há aberturas nas extremidades norte e sul. No interior estão grandes continentes, oceanos, montanhas e rios. É evidente a vida vegetal e animal, neste Novo Mundo, que é provavelmente povoado por raças desconhecidas dos moradores da superfície da Terra."
Reed chama a atenção para o fato de não ser a Terra uma esfera perfeita, e sim achatada nos pólos, ou antes, que começa a se achatar quando se aproxima dos hipotéticos pólos norte e sul, que realmente não existem porque ali estão as aberturas para o seu interior oco. Assim, os pólos estão na realidade no ar, no centro das aberturas polares, e não na sua superfície, como os pretensos descobridores dos pólos supõem. Reed alega que os pólos não podem ser descobertos porque a Terra é oca nos pontos polares, que ficam no ar, dada a existência ali das aberturas que dão para o seu interior. Quando os exploradores pensaram que alcançaram os pólos foram enganados pelo comportamento estranho da bússola nas altas latitudes, norte e sul. Reed alega que isto aconteceu nos casos de Peary e Cook, nenhum dos quais realmente alcançou o Pólo Norte, como veremos mais adiante.
A começar das latitudes de 70 e 75 graus, norte e sul, a Terra principia a se curvar para dentro. O Pólo é simplesmente a margem externa de um círculo magnético, que fica em volta da abertura polar. O Pólo Norte Magnético, que se pensou antes ser um ponto no Arquipélago Ártico, foi ultimamente mostrado, pelos exploradores árticos soviéticos, ser uma linha com o comprimento aproximado de 1.600 quilômetros. Entretanto, como dissemos acima, em vez de ser uma linha reta é realmente uma linha circular, constituindo a margem da abertura polar. Quando um explorador alcança esta margem, chega ao Pólo Norte Magnético; embora a bússola aponte sempre para ele, mesmo depois que se o ultrapassa, não é realmente o Pólo Norte, mesmo quando se é iludido que o seja, ou que se descobriu o Pólo, por ter sido enganado pela bússola. Quando se alcança este círculo magnético (a margem da abertura polar), a agulha magnética da bússola aponta diretamente para baixo.
Isto tem sido observado por muitos exploradores árticos que, depois de chegarem às altas latitudes, perto de 90 graus, foram confundidos pelo inexplicável funcionamento da bússola e sua tendência de apontar verticalmente para cima. (Eles então estavam dentro da abertura polar e a bússola apontava para o Pólo Norte Magnético da Terra, que ficava ao longo da margem desta abertura.)
Quando a Terra se revolve, em torno do seu eixo, o movimento é giroscópico, como o rodar de um pião. O pólo giroscópico externo é o círculo magnético da margem da abertura polar. Além da margem, a Terra se achata e se inclina gradualmente para o seu interior oco. O Pólo verdadeiro é o centro exato da abertura polar que, por conseguinte, não existe realmente, e aqueles que asseveraram tê-lo descoberto não disseram a verdade, mesmo quando pensavam que a estavam dizendo, tendo sido enganados pelo funcionamento irregular da bússola em latitudes elevadas. Por esta razão, nem Cook, nem Peary, nem qualquer outro explorador jamais alcançou o Pólo Norte ou o Pólo Sul, e nunca o farão. Um artigo muito interessante, sobre o assunto acima, apareceu no exemplar de março de 1962, da revista Flying Saucers, escrito pelo seu editor, Ray Palmer, que acredita que os discos voadores vêm do interior oco da Terra, pelas suas aberturas polares. O artigo é intitulado, "O Pólo Norte — À MODA RUSSA". Descreve as notáveis descobertas feitas pelos exploradores árticos russos, que confirmam a teoria de uma terra oca e de aberturas polares, como o fazem as observações dos exploradores árticos, as quais nos referiremos mais abaixo. O artigo traz o seguinte subtítulo: "Mais Evidências de Terras Misteriosas no Pólos — Duzentos Anos de Exploração Deram aos Russos um Conceito Novo do Pólo e Tornam Obsoleta a Geografia Antiga — Estão Aqui Fatos Geográficos Indiscutíveis."
Passaremos agora às citações deste artigo:
"Muitos leitores se lembrarão dos artigos que publicamos com as nossas teorias, de que há algo misterioso a respeito de cada uma das áreas polares da Terra. Sugerimos que há muito mais 'área' em ambos os pólos do que é possível mostrar num mapa do globo. Chamamos a atenção para os estranhos vôos do Almirante Byrd, 'além' do pólo.
Mencionamos o caso de montanhas desaparecidas e dos diferentes serviços militares desconfiarem das habilidades cartográficas, uns dos outros. Sugerimos mesmo que a Terra é oca, e que gigantescas aberturas, de 3.370 quilômetros, existem nos pólos e que há muitas evidências da existência destas aberturas. Chamamos a atenção também para o fato de haver muito segredo e 'conversa fiada' a respeito das áreas árticas e antárticas. Sugerimos também que os discos voadores poderiam vir desta área misteriosa, ou de dentro da Terra.
Uma das coisas na qual fomos mais insistentes é que ninguém ainda esteve no Pólo Norte, sendo falsas todas as asseverações dos que as fizeram, porque o pólo é um 'ponto' e não pode ser alcançado, no sentido exato da palavra.
Figura 4
O Pólo Norte Magnético, que se pensava antigamente ser um ponto no Arquipélago Ártico, foi demonstrado, por investigações recentes, se estender através da bacia polar até a Península de Taimyr, na Sibéria. As linhas representam meridianos magnéticos. (Últimas concepções científicas do Pólo Norte Magnético baseadas nas pesquisas dos cientistas russos.)
Reptamos, repetidamente, os pilotos militares e civis que asseveram que voam 'diariamente' sobre o Pólo Norte. No caso do aviador militar chamamos a atenção para a manobra, que é padronizada, e que automaticamente torna impossível para eles voar 'além' do pólo, voando direto através dele. (Isto é, através das aberturas polares, em lugar de penetrar nelas — o Autor.) Devido às 'dificuldades de navegação, oriundas de bússolas de todos os tipos', um aviador 'perdido' (cuja bússola não funciona como devia) recupera o seu rumo volvendo-se em qualquer direção até que sua bússola volte a funcionar. No caso das linhas aéreas comerciais, cujos anúncios alardeiam que voam duas vezes por dia sobre o Pólo, elas estão simplesmente 'esticando' a verdade por cerca de 3.690 quilômetros. (Elas simplesmente passam sobre a margem magnética da abertura polar, onde a bússola registra o maior grau norte, mas não alcançam o Pólo Norte, realmente, que é o ponto central da abertura polar, dentro destas margens — o Autor.)
Temos disponíveis, nos arquivos russos, dados de várias centenas de anos de história de exploração ártica, que provam o nosso ponto mais importante, além de qualquer dúvida, isto é, que o Pólo Norte Magnético não é um ponto, mas (deduzem os russos) uma 'linha' do comprimento aproximado de 1.600 quilômetros. Antes de prosseguir podemos lembrar que pensamos que estão errados nesta dedução, e que em lugar de uma linha é realmente um círculo. Dado a falta de espaço para localizá-lo no globo, os russos foram forçados a comprimir suas observações numa área bidimensional. Tiveram que espremer o círculo dos dois lados, transformando-o numa linha. Gostaríamos agora de apresentar um resumo daquele ponto único da exploração russa que realmente cobre um aspecto mais amplo do que apenas o do magnetismo da Terra.
Eis o que os russos dizem: Os navegadores, nas latitudes elevadas, são sempre perturbados pelo estranho funcionamento das suas bússolas magnéticas, ocasionadas por irregularidades e assimetrias aparentes no campo magnético da Terra. Os mapas magnéticos primitivos foram desenhados na presunção de que o Pólo Magnético Norte fosse virtualmente um ponto. Correspondentemente, foi esperado que a agulha da bússola, que se inclina mais para baixo à proporção que se aproxima do Pólo Magnético, deveria apontar diretamente para baixo, ou quase isto, no próprio Pólo Magnético. Entretanto, os dados de muitas expedições, tanto russas quanto de outras nacionalidades, mostram que a agulha da bússola aponta diretamente para baixo por uma distância muito longa, através do Oceano Ártico, desde um ponto a noroeste da Península de Taimyr até um outro ponto no Arquipélago Ártico. Esta descoberta, a princípio levantou a hipótese de que havia um segundo Pólo Magnético Norte, localizado, tentativamente, a 86 graus de longitude leste. O mapa do campo magnético mostra então os meridianos magnéticos muito juntos, num feixe grosso de linhas, do Pólo Magnético, no Arquipélago Ártico, até a Sibéria. O Pólo Magnético Norte, que se pensava outrora ser um ponto no Arquipélago Ártico, foi achado, pelas recentes investigações, e mostra estender-se através da Bacia Polar, até a Península de Taimyr, na Sibéria.
Em termos magnéticos, 'o pólo' é uma área muito extensa, que atravessa a Bacia Polar, de um continente ao outro. Tem, pelo menos, 1.600 quilômetros de comprimento e, pode ser acrescentado que existe, de uma maneira difusa, por mais 1.600 quilômetros. (Não é realmente um ponto no norte longínquo, e sim a borda da abertura polar, pois quando o Almirante Byrd o ultrapassou e entrou na abertura polar, que leva ao interior da Terra, deixou o gelo e a neve do Ártico para trás, e penetrou num território mais quente — o Autor.)
Assim, quando o Almirante Peary (e qualquer outro explorador ártico que tenha usado uma bússola magnética) assevera ter alcançado o pólo, está fazendo, na verdade, uma afirmação muito vaga. Pode somente dizer que alcançou um ponto, o qual pode estar em qualquer lugar numa área de 3.200 quilômetros (a borda magnética da abertura polar), onde sua bússola apontou diretamente para baixo. Uma conquista notável, mas não 'a descoberta do Pólo'.
Uma vez que outros tipos de bússolas, tais como a giroscópica e a de orientação inercial, têm igualmente limitações, podemos ousadamente dizer que jamais alguém alcançou o Pólo, e ainda mais, que não há um 'Pólo' a alcançar.
Em seguida, tendo se encontrado desafiados para explicar o estranho comportamento da bússola na Bacia Polar, os teóricos recorreram ao espaço, à atmosfera mais alta e até mesmo ao sol, para explicar o que acontecia com os instrumentos. Então o Pólo tornou-se a interação do campo magnético com as partículas carregadas de eletricidade do sol.
"Mais significantes são as referências desfavoráveis aos antigos cartógrafos, cujos mapas são agora 'nuvens espessas congeladas na imaginação dos cartógrafos como massas de terras'. A Marinha, por exemplo, sente-se um pouco desconcertada quando o Exército diz que as suas montanhas perdidas do Pólo Sul nunca existiram, porque não a podem encontrar pelo seu próprio e confuso cômputo, baseado num pólo magnético, que 'não está lá, de modo algum'.
Constatamos então que novas áreas de terras são descobertas e velhos mapas jogados fora, porque as terras que mostravam não estão mais lá. (Esta confusão é devida ao funcionamento irregular da bússola, no norte longínquo, dado que o Pólo Magnético Norte não é um ponto, como os antigos cartógrafos supunham, e sim um círculo em volta da margem da abertura polar — o Autor.)
Isto nos traz ao assunto das 'terras de mistério', de grandes extensões nas áreas polares, que podem, possivelmente, ser colocadas no nosso globo, sem superposições sérias, de maneiras impossíveis... Poderia ser de lá que se originam os discos voadores?"
É bem sabido que os Pólos Magnéticos Norte e Sul não coincidem com os pólos geográficos, como deveriam se a Terra fosse uma esfera sólida, convexa nos pólos. A razão pela qual os pólos magnéticos e geográficos não coincidem é porque, enquanto os pólos magnéticos ficam ao longo da margem das aberturas polares, o pólo geográfico fica no seu centro, no ar, e não em terra sólida. Como veremos abaixo, o verdadeiro pólo magnético não está na margem externa da abertura polar, mas no centro da crosta da Terra, que deve estar a cerca de 640 quilômetros abaixo da superfície, ao redor da abertura polar. Por esta razão a agulha da bússola ainda continua a apontar verticalmente para baixo depois que se passa a margem da abertura e se peneira nela. Somente depois de passado o seu centro começaria a agulha a apontar para cima, em vez de para baixo, mas de qualquer maneira, depois de alcançar a margem da abertura polar, a bússola já não funciona horizontalmente, como antes, mas verticalmente. Isto tem sido observado por todos os exploradores árticos que alcançaram latitudes elevadas e ficaram intrigados com isto. A única explicação é a fornecida pelo conceito de uma terra oca e de aberturas polares, com o pólo magnético e o centro de gravidade no meio da crosta da Terra, e não no seu centro geométrico. Como resultado, a água do oceano, no lado de dentro da crosta adere à sua superfície interna da mesma maneira como o faz em relação ao lado de fora. Podemos calcular que o pólo magnético da Terra e o seu centro de gravidade sejam uma linha circular, em volta da abertura polar, mas no seu meio, a cerca de 640 quilômetros da superfície da Terra.
Em apoio da concepção citada, de estar o pólo magnético situado na margem da abertura polar, Palmar enumera os fatos seguintes: entre cada pólo magnético, em volta da Terra, passam os meridianos magnéticos. Ao contrário dos meridianos geográficos, que medem a longitude, os meridianos magnéticos vão de leste para oeste e vice-versa. A diferença entre os meridianos geográficos, ou norte e sul verdadeiros, e a direção indicada pela bússola magnética, ou o meridiano magnético de um determinado lugar, é chamada de declinação. A primeira observação foi feita em Londres, em 1580, e mostrou uma declinação leste de 11 graus. Em 1815, a declinação alcançou o valor máximo a oeste de 24,3 graus. Isto corresponde à diferença de 35,3 graus em 235 anos, que é equivalente a 3.400 quilômetros. Se traçarmos um círculo em volta do pólo, com um raio de 1.700 quilômetros, de modo que tenha o diâmetro de 3.400 quilômetros, tal círculo representaria a margem da abertura polar, ao longo da qual, neste caso, o Pólo Magnético Norte se desloca, de um ponto ao seu oposto, na outra extremidade de um diâmetro de 3.400 quilômetros, em 235 anos. É esta a razão pela qual não coincidem os pólos magnéticos e geográficos. O pólo geográfico é um prolongamento do eixo da Terra, e uma vez que este passa pelo centro da abertura polar, está no espaço vazio — não podendo, por conseguinte, jamais ser "descoberto" por qualquer explorador, uma vez que não se encontra em terra sólida. De acordo com Marshall Gardner, a borda da abertura polar, que é o verdadeiro pólo magnético, é a de um grande círculo, de 2.250 quilômetros de diâmetro. É tão grande que, quando um explorador passa por eis, como muitos o fizeram, não percebe que está seguindo para o interior da Terra e sim imagina que continua na sua superfície, devido sua declividade ser muito suave. O pólo magnético pode, por conseguinte, ser qualquer ponto da margem circular da abertura polar. Sobre isto, Palmer diz o seguinte:
"O ponto focal, ou seja o pólo magnético real, existe, num determinado tempo, apenas numa parte da circunferência daquele círculo, e se desloca, progressivamente, em volta do círculo, numa 'órbita' definida, que leva cerca de 235 anos a se completar. Isto faz com que o pólo magnético se desloque, aproximadamente, 30 quilômetros por ano.
Vôos militares e civis 'sobre o Pólo' podem ser feitos diariamente, sem trazer a mais ligeira evidência do enorme orifício na Terra, cujo perímetro eles circunscrevem, independentemente do que as suas manobras de navegação possam presumir, devido ao erro de suposição original, de que estejam passando sobre um PONTO, e não sobre uma enorme circunferência, que tocam apenas num ponto e de cuja curvatura natural se desviam, imediatamente, por estarem viajando em linha reta."
Se a Terra fosse uma esfera sólida, com dois pólos nas extremidades de seu eixo, funcionando como um magneto, os pólos magnéticos coincidiriam com os pólos geográficos. O fato de que não coincidem é inexplicável, segundo a teoria de ser ela uma esfera sólida. A explicação torna-se clara quando se presume a existência das aberturas polares, com pólos magnéticos ao longo da borda circular destas aberturas, e não num ponto fixo.
Palmer cita uma declaração significante dos exploradores árticos russos, nos seguintes termos: "A exploração e a pesquisa têm mostrado que áreas enormes da superfície da Terra, correspondentes a grandes territórios desconhecidos, poderão ser trazidos ao âmbito da compreensão humana, dentro de breves anos." Esta declaração russa soa de maneira muito semelhante às do Almirante Byrd, a respeito de serem as regiões além do Ártico "o centro do Grande Desconhecido". Será que os russos têm conhecimento da descoberta, feita pelo Almirante Byrd, de "um vasto e novo território", além do Pólo? O comentário de Palmer, em relação a esta declaração russa, é o seguinte:
"Esta é, verdadeiramente, uma frase estupenda.
Considere-se o que realmente diz. Ela diz que, não somente a exploração, mas também a 'pesquisa' têm mostrado que enormes regiões da superfície da Terra, e correspondentemente (esta palavra é muito significativa), grandes territórios desconhecidos, poderão ser apresentados ao âmbito da compreensão dos seres humanos, dentro de poucos anos. Em outras palavras: além das áreas que se podem compreender e investigar pela exploração, existem grandes territórios que têm que ser trazidos à compreensão humana, por meio de pesquisas.
Sim, grandes, desconhecidas e mesmo além da compreensão humana atual, existem áreas, e pode ser que, nuns poucos anos, as possamos descobrir e compreender. Em outras palavras: além das áreas que se pode compreender e investigar pela exploração, existem grandes territórios que têm de ser trazidos à compreensão humana por meio de pesquisas.
Nas próximas e poucas frases (dos russos) veremos que há muitas 'possibilidades de desenvolvimento' na Bacia Polar, a qual, de acordo com os conceitos atuais, nada mais é do que um oceano gelado. O que será isto, que apresenta tão grandes possibilidades de desenvolvimento? Cubos de gelo para o nosso chá? Não, devem haver possibilidades bem mais interessantes, o tipo das possibilidades que asseguram grandes massas de terras, numa área desconhecida, ainda por explorar e desenvolver."
Palmer cita os russos, como dizendo: "Tão recentemente como há 30 anos, mais da metade da área total da Bacia Polar era inexplorada e 16 por cento era ainda terra incógnita, somente há 15 anos. Hoje, ainda que isto seja muito desapontador para os jovens geógrafos, a área em branco no mapa da Bacia Polar não diminuiu em quase nada. Ao mesmo tempo, para tristeza dos velhos exploradores e o prazer compreensível dos jovens, existem ainda espaços em branco em outras partes do Ártico. O oceano, o ar e a ionosfera ainda retêm muitos mistérios."
O comentário de Palmer, relativo a esta declaração russa, é o seguinte:
"Aprende-se aqui que as áreas em branco no mapa da Bacia Polar não diminuíram em quase nada. A seguir, que há ainda espaços em branco em outros lugares do Ártico. Em que outros lugares? O oceano, o ar e a ionosfera, dizem eles, ainda retêm muitos mistérios. Particularmente o oceano, em cuja extensão desconhecida, existem grandes massas de terras, não somente além da nossa capacidade de localizá-las nos mapas, até agora, como também além da nossa capacidade de compreensão.
Poderíamos dizer que tudo isto é conversa fiada.
Poderíamos também dizer que estão fazendo segredo. Entretanto, não o faremos. O fato é que nenhuma das duas coisas é verdadeira. É uma declaração séria, o único tipo de declaração que poderíamos esperar de quem está tentando dizer alguma coisa, mas não o pode, porque ela está ainda acima da sua compreensão. Afirmar que existem grandes massas de terras numa área comumente chamada de um 'ponto', é ter de enfrentar um desafio para demonstrá-lo e prová-lo. Uma vez que isto não pode ser feito, o declarante fica incapaz de algo mais do que de vagas referências a mistérios. Compete aos oponentes da teoria da 'Terra Misteriosa no Pólo' refutá-la ou provar a sua própria teoria — e esta tem sido irrevogavelmente demolida pelos exploradores e cientistas das duas maiores nações da Terra. O que temos apresentado não é uma teoria — e sim o resultado de centenas de anos de exploração, culminados pelo ano geográfico, no qual ficou estabelecida a informação, que lhes transmitimos, como o 'novo conceito do geomagnetismo da Bacia Polar'.
O mistério está finalmente vindo à tona, e os escarnecedores são afinal silenciados. Trabalhemos juntos para extrair a verdade deste mistério, que é tão absorvente e importante para a humanidade, Que será isto, que existe em ambos os pólos da Terra, que nos abre novas fronteiras, tão vastas em extensão e natureza que chegam a ser além da nossa compreensão atual? Pode bem ser que a exploração do espaço seja bem menos importante do que a exploração do nosso misterioso planeta, que se tornou agora, subitamente, 'um vasto território', bem maior do que jamais sonhamos que fosse”.
A teoria de uma terra oca, com aberturas nos pólos, foi apresentada pela primeira vez por William Reed, em 1906, quando a revelou no seu livro, Phantom of the Poles. Quatorze anos mais tarde, em 1920, outro escritor americano, Marshall B, Gardner, publicou um livro, intitulado A Journey to the Earth's Interior ou Have the Poles Really Been Discovered?. Aparentemente, ele nada sabia a respeito do livro da Reed, pois não o mencionou na sua bibliografia, que era muito extensa e incluía a maioria dos livros importantes, em explorações árticas, dos quais fez citações em apoio da sua teoria de uma terra oca.
Gardner, no seu livro, apresenta o mesmo conceito da estrutura da Terra, defendida por Reed, asseverando ser ela oca, com aberturas nos seus pólos, mas diverge de Reed na crença de um sol central, que é a fonte da aurora boreal. Nos diagramas do seu livro, Gardner representa a Terra como tendo aberturas circulares nos seus pólos; e a água dos oceanos, que flui através destas aberturas, se adere à crosta sólida, tanto em cima quanto embaixo, uma vez que o centro de gravidade da Terra, de acordo com a sua teoria, se situa no meio desta parte sólida e não no seu interior oco. Por esta razão, se um barco navegar através da abertura polar e alcançar o interior da Terra, continuará viajando, em direção oposta, no lado de dentro da crosta, da mesma maneira como, à noite, estarmos do lado de baixo da superfície da Terra, presos a ela pela gravidade.
O livro de Gardner, que agora está esgotado e é muito raro, parecendo ter encontrado a mesma sorte dos outros escritores sobre o assunto, estando perdido e esquecido e com sua mensagem desconhecida pelo mundo de hoje, tem muitos diagramas interessantes, alguns dos quais estamos reproduzindo. Citamos, a seguir, sua descrição destes diagramas:
“1. Mostrando um corte transversal da Terra, através das aberturas polares e em ângulo reto com o Equador com uma vista clara do sol central e dos oceanos e continentes do interior. (Reproduzido de um modelo feito pelo autor, em 1912.)
2. A Terra, como apareceria se fosse vista do espaço, mostrando a abertura polar norte, que dá para o seu interior, o qual é oco e contém um sol central em vez de um oceano de lava líquida
3. Diagrama mostrando a Terra como uma esfera oca, com suas aberturas polares e sol central. As letras em cima e embaixo do diagrama indicam as várias etapas de uma jornada imaginária através do interior do planeta. No ponto marcado D temos a primeira visão da coroa do sol central. No ponto marcado E vemos o sol central, inteiramente."
A atração gravitacional é mais forte ao redor da curvatura que vai do exterior para o interior da Terra. Um homem de 68 quilos, provavelmente, pesaria 136 quilos enquanto estivesse navegando através da abertura polar e ao redor da curvatura do exterior para o interior da Terra. Quando alcançasse o interior pesaria somente 34 quilos. Isto é devido a ser necessária menos força para segurar um corpo na parte interna de uma bola oca, em rotação, do que para prendê-lo no exterior, dado a força centrífuga.
William Reed diz que a força gravitacional é mais forte a cerca da metade da curvatura que leva ao interior da Terra, onde está o centro da gravidade, sendo aí tão forte que a água salgada e a água doce dos icebergs (que, como veremos adiante, vem do interior da Terra) não se misturam. A água salgada permanece uns poucos metros abaixo da água doce. Isto permite que se obtenha água doce para beber no oceano Ártico. Entretanto, como pode encontrar-se água doce no extremo norte, onde há somente água salgada do oceano, e como podem os icebergs ser formados de água doce e não de água salgada? A única explicação, como Reed e Gardner salientam e como veremos abaixo, é que a água doce vem dos rios que nascem no interior quente da Terra, a qual, depois que chega à superfície mais fria, subitamente se congela e se transforma em icebergs, que se quebram e caem nos mares, produ-zindo as estranhas ondas de marés que os exploradores árticos têm observado no norte longínquo e que os tem intrigado.
Tanto Reed quanto Gardner asseveram que a temperatura no interior da Terra é muito mais uniforme do que no lado de fora, sendo mais quente no inverno e mais fria no verão. Há precipitação adequada, maior do que na superfície, mas nunca faz frio bastante para nevar. Ê um clima subtropi-cal ideal, livre do calor opressivo dos trópicos bem como do frio intenso das zonas temperadas. Eles asseveram também que a abertura polar norte é maior do que a do sul. Dizem que existe uma Terra Paradisíaca no outro lado da Gigantesca Barreira Glacial que deve ser atravessada para se alcançar o clima mais quente da terra que fica além do Pólo, sobre a qual voou o Almirante Byrd.
Figura 5
A Terra, como apareceria se vista do espaço, mostrando a abertura polar norte abrindo-se para o interior do planeta, que é oco e contém um sol central em vez de um oceano de lava líquida. (Reproduzido de A Journey to the Earth's Interior ou Have the Poles Really Been Discovered?, por Marshall B. Gardner. Impresso por Eugene Smith Company, de Aurora, em Illinois, em 1920).
Figura 6
Diagrama, mostrando a Terra como uma esfera oca com suas aberturas polares e o seu sol central. As letras em cima e embaixo do diagrama indicam as várias etapas de uma viagem imaginária através do interior do planeta. No ponto marcado com a letra "D" conseguimos uma primeira vista da coroa do sol central; no ponto marcado com a letra "E" podemos ver o sol central em todo o seu tamanho. (Reproduzido de A Journey To The Earth's Interior ou Have the Poles Really Been Discovered?, por Marshall B. Gardner. Impresso por Eugene Smith Company, de Aurora, em Illinois, em 1920.)
Em volta da curvatura das aberturas polares fica um outro anel de gelo, chamado a Grande e Maciça Barreira de Gelo de Água Doce, ou Barreira de Gelo.
Daqui é de onde se originam os icebergs. Em cada inverno este anel de gelo é formado da água doce que flui do interior da Terra. Durante os meses de inverno, bilhões de toneladas de água doce, vindos dos rios do interior da Terra e fluindo para o lado de fora, através das aberturas polares, congelam na saída e formam montanhas de gelo de água doce, cuja presença nesta região seria inexplicável se a Terra fosse uma esfera sólida. No verão, icebergs com quilômetros de comprimento se quebram e flutuam para o lado de fora da Terra. Eles são constituídos de água doce, quando pode existir somente água salgada nos pólos. Uma vez que este é o caso e como toda a água no lado de fora da Terra, nestas regiões, é salgada, a água doce da qual estes icebergs são formados deve vir do seu interior.
Dentro dos icebergs, têm sido encontrados o mamute e outros enormes animais tropicais, que se acredita serem de origem pré-histórica, porque jamais foram vistos na superfície da Terra, em perfeito estado de conservação. Alguns deles têm sido encontrados com plantas verdes na boca e estômago, do tempo em que foram congelados subitamente. A explicação usual é que estes animais pré- históricos viviam nas regiões árticas, quando estas tinham um clima tropical, e que a chegada do Período Glacial subitamente converteu o Ártico de tropical em uma zona frígida congelando-os antes que tivessem tempo de fugir para o sul. Os grandes depósitos de marfim de elefantes, encontrados na Sibéria e em ilhas do norte, são explicados da mesma maneira. Gardner, entretanto, sustenta uma teoria completamente diferente, com o apoio das observações, feitas pelo Almirante Byrd, de enormes criaturas semelhantes a mamutes na "terra além dos Pólos" vistas nas regiões por ele descobertas. Gardner assevera que os mamutes são animais que habitam agora o interior da Terra e que têm sido levados para a superfície pelos rios e congelados dentro do gelo que se forma quando os rios alcançaram a superfície, formando as geleiras e icebergs.
Na Sibéria, ao longo do Rio Lena, jazem os ossos e presas de milhões de mamutes e mastodontes, expostos no solo ou nele enterrados. O consenso das opiniões científicas é que se trata de remanescentes pré-históricos e que o mamute existiu há cerca de 20.000 anos, mas foi extinto na catástrofe desconhecida, que agora chamamos de o último Período Glacial.
Foi Schumachoff, um pescador que vivia em Tongoose, na Sibéria, quem, em 1799, primeiro descobriu um mamute completo congelado num bloco de gelo transparente. Livrando-o do bloco, removeu suas presas e deixou a carcaça de carne fresca para ser devorada pelos lobos. Mais tarde foi mandada uma expedição para examiná-lo e hoje o seu esqueleto pode ser visto no Museu de História Natural, de Leningrado.
Os exploradores polares mencionam a existência tanto de fauna quanto de flora no extremo norte. Também muitos animais, como o boi almiscarado, estranhamente, emigram em direção ao norte, no inverno, o que fariam somente se alcançassem por lá uma terra mais quente. Repetidamente, os exploradores polares têm observado ursos dirigindo-se para o norte, para uma área onde não poderia haver alimentos para eles se não houvesse uma abertura polar para regiões mais quentes. Também foram encontradas raposas, ao norte do paralelo 80, dirigindo-se para o norte, obviamente bem alimentadas. Sem exceção, os exploradores árticos concordam que, estranhamente, quanto mais para o norte se vai, depois de uma certa latitude, mais quente fica. Invariavelmente, o vento norte traz um tempo mais quente. Árvores coníferas foram encontradas, impelidas para a praia, vindas do norte distante. Borboletas, abelhas e até mesmo mosquitos foram encontrados no norte distante, e, entretanto, eles não são vistos a centenas de quilômetros mais ao sul, e somente podem ser achados quando se alcança as áreas do Canadá e do Alasca, capazes de sustentar tal tipo de vida animal.
Variedades de flores desconhecidas foram também encontradas no extremo norte. Foram vistas, vindo e retornando para o norte, aves semelhantes às narcejas, mas diferentes das espécies conhecidas. As lebres são abundantes numa área do norte distante, onde não prospera qualquer vegetação, mas onde são encontrados restos vegetais vagando nas águas abertas mais ao norte.
Tribos de esquimós têm deixado vestígios inconfundíveis da sua migração, pelos seus acampamentos provisórios, sempre avançando em direção norte. Os esquimós do sul falam de tribos que vivem no norte longínquo. Mantêm a crença de que os seus ancestrais vieram de uma terra paradisíaca, no extremo norte.
Na Nova Zelândia e nas latitudes elevadas da América do Sul se encontram fauna e flora idênticas, que não poderiam haver emigrado de uma destas regiões para a outra. A única explicação é que vieram de uma pátria comum — o continente antártico. Todavia, como poderiam ter vindo de lá se é ermo gelado, onde somente os pingüins parecem capazes de sobreviver? "Somente as 'terras misteriosas' do Almirante Byrd podem ser a razão destes fatos e das migrações inexplicáveis", é a conclusão de Palmer.
Muitos exploradores árticos, depois de passarem o anel de gelo, em volta da curvatura que leva ao interior da Terra, continuaram diretos para o norte, até cruzarem a barreira de gelo. Muitos entraram na abertura, que leva para o interior, mas não o perceberam e pensaram que estavam ainda na superfície externa. A razão para isto é que a abertura é tão grande que não se pode perceber a diferença exceto que o sol se levanta mais tarde e se põe mais cedo, com os seus raios interceptados pela borda da abertura polar, depois que por ela se entra. Isto foi observado por todos os exploradores árticos, que seguiram suficientemente para o norte. A abertura polar, segundo Gardner, tem 2.250 quilômetros de diâmetro.
Uma vez chegados ao interior da Terra, os exploradores entraram num Mundo Novo, onde encontraram coisas opostas às que esperavam. A agulha da bússola passou a ficar na posição vertical, em vez de horizontal, como antes, devido ao fato de que o verdadeiro pólo magnético se localiza no meio da curvatura que leva do lado de fora para o lado de dentro da terra. Quanto mais para o norte iam, mais quente se tornava. O gelo das regiões árticas, mais ao sul, desaparecia e era substituído por mar aberto. (O Almirante Byrd encontrou uma ausência total de gelo e neve nas "terras do além do Pólo", sobre as quais voou por 2.730 quilômetros.) À proporção que os exploradores navegavam mais para o norte, os ventos norte tornavam-se mais e mais quentes. O clima era moderado e agradável.
Freqüentemente, a poeira trazida pelo vento era insuportável. Alguns exploradores, como Nansen, tiveram que regressar por causa da poeira. De onde poderia vir esta poeira, no extremo norte, terra de gelo é água? Reed Q. Gardner atribuíram a origem desta poeira, freqüentemente notada pelos exploradores árticos, a vulcões dentro da abertura polar, que leva ao interior da Terra. Seria impossível contar com vulcões no Ártico, exceto se estivessem dentro da abertura polar.
Em 3 de agosto de 1894, o Dr. Fridtjor Nansen, um explorador ártico, foi surpreendido, no norte distante, pelo clima quente de lá e pelas pegadas de raposas que encontrou. Provavelmente, estava dentro da abertura polar. Sua bússola deixou de funcionar completamente, de maneira que não sabia onde se encontrava. Quanto mais para longe seguiu, na abertura, mais quente se tornou. Se tivesse seguido mais para a frente, teria visto pássaros tropicais, como viram outros exploradores, bem como outros animais que não são vistos na superfície da Terra, como o mamute, que o Almirante Byrd observou, quando olhou para baixo, de seu avião, durante o seu vôo de 2.730 quilômetros sobre a misteriosa terra livre de gelo, na área ártica. Ray Palmer, escreve:
"O boi almiscarado, ao contrário das expectativas, emigra para o norte, no inverno. Repetidamente, os exploradores árticos têm observado ursos dirigindo-se para o norte, para uma região onde não pode haver alimentos para eles. As raposas, também, foram encontradas ao norte do 80° paralelo, dirigindo-se para o norte, e obviamente bem alimentadas. Sem exceção, os exploradores árticos concordam em que quanto mais ao norte se vai mais quente fica.
Invariavelmente, o vento norte traz tempo mais quente. Árvores coníferas são impelidas para terra, vindas do norte. Borboletas e abelhas são encontradas no norte longínquo, mas nunca a centena de quilômetros mais ao sul; não são achadas até que se alcancem as áreas do Canadá e do Alasca, cujos climas sejam adequados à vida de tais insetos.
Encontram-se variedades desconhecidas de flores.
Pássaros, semelhantes à narceja, mas distintos das espécies conhecidas desta ave, vêm e voltam para o norte. As lebres são abundantes, numa região onde não cresce qualquer 81 vegetação, mas onde esta aparece como restos que vagam das águas abertas do norte. Tribos de esquimós, emigrando para o norte, têm deixado rastros inconfundíveis, nos seus acampamentos provisórios, sempre avançando para o norte. Os próprios esquimós do sul falam de tribos que vivem no norte distante. Certo tipo de gaivota, comum em Point Barrow, emigra em outubro para o norte. Somente a 'terra misteriosa' do Almirante Byrd pode ser responsável por estes fatos e migrações inexplicáveis."
A lenda escandinava de uma terra paradisíaca no norte longínquo, conhecida como Ultima Thule, comumente confundida com a Groenlândia, é significativa porque, séculos antes do vôo do Almirante Byrd, foi mencionada a existência de uma tal terra sem gelo, nos limites norte da Terra. Escreve Palmer:
"A lenda escandinava, de uma terra maravilhosa, bem longe para o norte, chamada Ultima Thule (comumente confundida com a Groenlândia), é significativa quando estudada detalhadamente, por causa da sua notável semelhança com o tipo de terras vistas por Byrd, e sua singular localização no norte distante. Presumir que a Ultima Thule é a Groenlândia é ir de encontro a contradição do Capote de Gelo da Groenlândia, que enche a bacia groenlandesa até uma profundidade de 3.050 metros. É a terra de mistério do Almirante Byrd, o centro do grande desconhecido, o mesmo que a Ultima Thule, das lendas escandinavas? Existem mistérios também relativos à Antártica.
Talvez o maior de todos seja o próprio mistério biológico, altamente técnico; visto que a fauna e flora idênticas da Nova Zelândia e da América do Sul não podem haver emigrado de uma para a outra, e são tidas como vindas de uma mesma pátria comum. Aquela pátria, acredita-se, é o continente Antártico. Entretanto, num nível mais popular, o maior mistério é o do caso do navio a vela Gladys, comandado por F. B. Hatfield, em 1893. O navio foi completamente cercado por icebergs, na latitude de 43 graus sul e na longitude oeste de 33 graus. Nesta latitude foi observado um iceberg que transportava uma grande quantidade de areia e terra, e que revelou um trilho batido, um lugar protegido formado num canto como um refúgio e os corpos de cinco homens mortos, que jaziam em diferentes partes do iceberg. O mau tempo impediu qualquer tentativa de investigação complementar.
Os cientistas concordam, unanimente, na opinião de que é uma peculiaridade da Antártica a inexistência de tribos humanas nela vivendo. Investigações mostraram também que nenhum navio havia sido perdido na Antártica, naquele tempo, de modo que aqueles homens não podiam ser marinheiros vítimas de algum naufrágio. Será que aqueles homens que morreram no iceberg vieram daquela 'terra misteriosa, além do Pólo Sul', descoberta pela expedição de Byrd? Teriam eles se aventurado para fora .da sua terra quente e habitável e se perdido ao longo dos bancos de gelo, tendo sido finalmente levados para a morte no mar, num dos seus pedaços, quebrado e transformado num iceberg, enquanto estavam nele?"
Outro escritor americano, sobre o assunto de ser a Terra oca, chamado Theodore Fitch, referindo-se às barreiras de gelo, que devem ser atravessadas antes que se penetre na abertura polar, que dá para o interior da Terra, pergunta:
— Por que não se pode voar sobre estas enormes barreiras de gelo, ou fazer estradas para sã passar sobre elas, para o interior da Terra?
Ele não vê razão por que isto não possa ser feito, muito embora, como a maioria dos outros americanos, esteja em ignorância total do fato de que o Almirante Byrd voou sobre estas barreiras de gelo, alguns anos antes, e entrou neste novo território. Fitch acredita que, uma vez que estes fatos sejam tornados públicos, todas as grandes nações tentarão estabelecer bases neste Novo Mundo, cuja área de terras é maior do que a da superfície da Terra e que está livre das precipitações radioativas, que envenenam o solo e os alimentos. Este Novo Mundo poderia ser alcançado muito mais facilmente do que a Lua e é muito mais importante para nós, uma vez que propicia condições ideais para a vida humana, com um clima melhor do que o existente na superfície. Fitch o chama de uma Terra Paradisíaca, e acredita que seja a verdadeira localização do Paraíso, uma terra maravilhosa, descrita nos livros religiosos de todos os povos.
Parece que os russos estão fazendo agora o que Fitch sugeriu, mandando frotas de quebra-gelos, alguns de propulsão atômica, para explorar o norte longínquo. O próximo passo será o dos russos repetirem o vôo do Almirante Byrd, através da abertura polar, até a "terra além do Pólo".
O livro de Fitch é intitulado Our Paradise Inside the Earth. Baseia-se nos trabalhos de Reer e Gadner. Menciona que, no último século, um comandante naval que viajava direto para o norte, penetrou dentro da Terra, embora pensasse que estava se dirigindo em direção ao Pólo Norte. Escreve Fitch:
"William Reed e Marshall Gardner declaram ambos que deve haver uma terra paradisíaca do outro lado da gigantesca barreira de gelo. Ambos são da opinião de que uma raça de pequenos homens morenos vive no interior da Terra. É possível que os esquimós descendam destes povos.
A maioria dos exploradores navegou direto para o norte, até chegar ao redor da curvatura, de 1285 quilômetros, da abertura polar. Nenhum deles soube que estava no lado de dentro da Terra. Estes exploradores encontraram as coisas de modo exatamente oposto ao que esperavam. À proporção que navegavam para o norte, os ventos norte tornavam-se mais e mais quentes. Exceto por fortes ventos quentes poeirentos, de quando em vez, o clima era suave e agradável. Exceto pelos icebergs do interior, o mar era aberto e a navegação fácil. (Reed e Gardner explicam que este estranho pó, encontrado no norte distante e que escurece a neve em que cai, como mostramos acima, é proveniente de vulcões ativos dentro da abertura polar. Isto parece ser a única explicação possível — o Autor.)
Viram quilômetros quadrados sem conta de boas terras. Quanto mais para o norte iam, mais flores, arbustos, árvores e outras vegetações eles encontravam. Um explorador escreveu que seus homens reuniram oito tipos diferentes de flores. Relataram também que viram morros cobertos de vegetação. (Estas observações foram confirmadas pelo Almirante Byrd, que durante o seu vôo de 2.730 quilômetros sobre território sem gelo, viu árvores, vegetação, montanhas, lagos e vida animal — o Autor.)
Outro escritor disse que viu todos os tipos de animais de clima quente e milhões de pássaros tropicais. Eram tantos que um cego poderia derrubar uma ou mais aves com um tiro. A vista era adorável, tanto do céu quanto da terra, e era mais magnífica do que qualquer outra jamais observada no exterior da Terra. Cada um dos exploradores escreveu sobre a majestade da aurora boreal ou "Luzes do Norte". Assevera-se que as "Luzes do Norte" são realmente provenientes da luz do sol central, de dentro da Terra, brilhando através da abertura do Pólo Norte."
Fitch chama a atenção para o fato de que o interior oco da Terra tem uma área de terras maior do que a da superfície externa, porque enquanto que 75 por cento da superfície da terra é coberta por água, deixando somente 142 milhões de quilômetros quadrados para a superfície de terras, a superfície total da terra é de 508 milhões de quilômetros quadrados. Fitch assevera que os oceanos do interior não são comparáveis, em tamanho, com os da superfície, e que há três vezes mais terras dentro da Terra do que no lado de fora, de modo que, a despeito da menor circunferência e menor área total do interior, sua área de terras é maior. Fitch diz que o interior tem um clima melhor e mais salubre do que o que temos na superfície, sem ventos frios, furacões, terremotos, tempestades elétricas, ciclones, precipitações radioativas, nefandos raios cósmicos, radiações solares radioativas, erosão do solo devido a chuvas excessivas e outras desvantagens. Tem um clima subtropical ideal.
Outro escritor americano, que foi muito influenciado pelas teorias de Reed e Gardner, é William L. Blessing, que publicou um folheto sobre o assunto, no qual reproduziu os diagramas da estrutura da Terra. Escreveu Blessing:
"A Terra não é uma esfera perfeita. É chata nos pólos, ou, devia-se dizer, começa a se achatar nos pólos. O pólo é simplesmente a margem externa de um circulo magnético e neste ponto a agulha da bússola aponta para baixo. Enquanto a Terra gira em torno do seu eixo, o movimento é giroscópico. O pólo giroscópico externo é a margem magnética de um círculo. Além da margem, a Terra se achata e se inclina gradualmente, como um desfiladeiro, para o interior. O pólo verdadeiro é o centro exato de um cone perpendicular, pois este ponto é o centro exato da abertura ou orifício que dá para o interior da Terra.
A idéia antiga de que a Terra foi outrora uma massa sólida ou fundida e que o seu centro é composto de ferro fundido, deve ser descartada. Uma vez que a crosta da Terra é da espessura de 1.285 quilômetros, isto significa que o âmago de ferro fundido seria de mais de 11.235 quilômetros de diâmetro e de mais de 33.700 quilômetros de circunferência. Impossível.
Da mesma maneira, a velha doutrina de que quanto mais fundo na Terra mais quente fica deve ser descartada também. É o rádio e a radioatividade que produzem o calor da Terra. Todas as rochas da superfície contêm diminutas partículas de rádio."
Um dos fatos mais enigmáticos da exploração ártica é que, embora a área seja oceânica, coberta de água, que pode estar variavelmente congelada ou parcialmente aberta, em função da época do ano, muitos exploradores têm chamado a atenção para o fato de que, paradoxalmente, existem águas abertas em maiores quantidades nos pontos mais próximos do Pólo, enquanto mais ao sul há mais gelo. De fato, alguns exploradores o acharam muito quente às vezes e foram forçados a despir suas vestimentas árticas. Há mesmo um registro de um encontro com esquimós nus. De fato, acredita-se que a origem da raça dos esquimós seja o extremo norte, de onde emigraram para o sul, para o seu habitai atual. O seu lar original, mais ao norte, era provavelmente mais quente do que o seu território atual, mais ao sul.
É estranho que os livros de Reed e Gardner, que apresentaram uma tão memorável teoria geográfica, apoiada nas evidências das explorações árticas do século passado — uma teoria comparável em importância à de que a Terra era redonda, quando foi pela primeira vez apresentada — fossem tão desprezados (ou foram eles abafados?), de modo que hoje são inacessíveis e muito raros. (Foi por sorte que o autor conseguiu um exemplar do livro de Gardner, de um vendedor de livros raros.) É possível que estes livros tenham compartilhado da sorte das notícias a respeito das descobertas do Almirante Byrd, do livro de Giannini e da revista de Palmer, que anunciou a confirmação por Byrd da teoria de uma Terra oca, com aberturas nos pólos, apresentada por Reed e Gardner. (Um correspondente do autor, que vive em Washington, D.C., escreveu que olhou por acaso os livros da biblioteca de uma alta patente da Força Aérea, com quem tinha negócios, e viu, com muita surpresa, um exemplar do livro de Gardner.) Evidentemente, a teoria de Gardner, de uma Terra oca não é desconhecida dos líderes militares e civis, em vista da sua confirmação pelo Almirante Byrd; entretanto, é silenciada e não discutida abertamente.
Fitch pede àqueles que não acreditam que a Terra seja oca, com aberturas nos seus pólos, para responder às perguntas seguintes:
"Pode-se provar que algum explorador tenha alcançado os assim chamados Pólos Norte e Sul?
Se não existe na Terra qualquer coisa como as latitudes de 83 a 90 graus, como se pode alcançar ou voar sobre o Pólo Norte?
Se a Terra não é oca, por que então o vento norte, no Ártico, fica mais quente à proporção que se navega para o norte, além da latitude de 70 graus?
Por que existem ventos quentes do norte e mar aberto, por centenas de quilômetros, ao norte da latitude de 82 graus?
Por que, depois que se alcança a latitude de 82 graus, a agulha da bússola fica sempre agitada, trêmula e errática?
Se a Terra não é oca, por que então os ventos quentes do norte, acima mencionados, carregam mais pó do que qualquer vento da terra?
Se não existem rios fluindo do interior para o exterior, por que então são os icebergs constituídos de água doce?
Por que se acham sementes tropicais, plantas e árvores flutuando nas águas doces desses iceberbs?
Se todos os icebergs de água doce não vêm, positivamente, de qualquer lugar sobre a Terra, como seria impossível a menos que houvesse rios fluindo do interior para o exterior, de onde então vêm eles?
Se o lado de dentro da Terra não é cálido, por que então milhões de pássaros tropicais e animais vão mais para o norte no inverno?
Por que o vento do norte carrega mais pólen e botões do que qualquer outro vento no exterior? Se a Terra não é oca e cálida no seu interior, por que então o pólen colore a neve por milhares de quilômetros quadrados?
Pode ser possível que o pólen de milhões de hectares de flores coloridas faça com que a neve fique vermelha, rosada, amarela, azul, etc.?"
Figura 7
Cortes transversais da Terra, através das aberturas polares e em ângulo reto com o Equador, mostrando uma visão clara do sol central e dos continentes e oceanos do interior. (Reproduzido de um modelo preparado pelo autor em 1912. Patenteado em 12 de maio de 1974, sob número 1096102.)
A Terra Oca - Capítulo III: O Livro de William Reed 'Phantom of the Poles'
Apresentando Evidência Científica, Baseada em Explorações do Ártico, para Provar, pela Primeira Vez, que a Terra é Oca, com Aberturas nos Pólos .
Em 1906 apareceu o primeiro livro que forneceu prova científica de que a velha concepção da estrutura da Terra era falsa e que esta, em vez de ser uma esfera sólida, como comumente presumido, é realmente oca, com aberturas nos pólos. Fosse este livro criado pela imaginação do autor, poderia ele ser desprezado como um trabalho de ficção científica, mas uma vez que se baseia numa extensa bibliografia, representativa de relatórios de exploradores árticos, merece ser encarado mais seriamente.
Este livro foi publicado em Nova York e escrito por William Reed. Seu título era The Phantom of the Poles, e asseverava que os Pólos nunca haviam sido descobertos, porque não existem. Reed assevera que, nos locais onde os Pólos Norte e Sul são supostamente localizados, existem grandes aberturas polares, das quais os pólos são o centro, razão pela qual jamais podem ser alcançados por qualquer explorador .
O livro de Reed foi escrito quatorze anos antes do de Marshall Gardner, que foi quem asseverou que a Terra não era somente oca, mas que havia um sol central no seu interior. Reed, entretanto, não incluiu este sol central na sua teoria, mas acreditou que as temperaturas mais altas nas regiões dos pólos eram devidas a vulcões ativos nas aberturas polares, os quais são a origem da poeira que os exploradores árticos notaram. Passaremos agora a citar o livro de Reed. Na página 282 diz ele:
"A Terra é oca ou não o é. Que provas se têm de que não seja oca? Nenhuma que seja de todo positiva e circunstancial. Ao contrário, tudo indica que seja oca. Se assim é e se existem vulcões ativos no seu interior, não se veriam grandes luzes refletidas nos icebergs e nas nuvens, do mesmo modo que outras luzes são refletidas? Não seriam vistas grandes nuvens de fumaça e poeira — da mesma maneira que de qualquer outro vulcão ativo? Isto é o que os exploradores árticos têm observado — nuvens baixas e escuras elevando-se do oceano ou das beiradas de gelo. Nansen (um explorador ártico), disse: 'Vamos voltar para casa! Para que permanecermos aqui? Somente poeira, poeira e poeira!'
De onde poderia vir tal poeira — tão desagradável que era uma das grandes irritações no coração do oceano Ártico, senão de um vulcão ativo em explosão (na abertura polar)?
Se a Terra fosse oca, não seria mais quente no inverno e mais fresca no verão (quando se entra nas aberturas polares)? Os exploradores árticos dizem que o vento norte no inverno eleva a temperatura, enquanto o vento sul a abaixa.
Em oposição, o vento sul eleva a temperatura no verão, enquanto o vento norte a abaixa. Isto é exatamente o que ocorreria se os ventos viessem do interior da Terra. De novo, se a terra é oca não pode ser redonda, visto que a abertura diminuiria, do seu arredondado, em proporção com o tamanho desta abertura. Todos agora concordam que a Terra se achata nos pólos. Também fica mais quente quanto mais se vai para o norte ou para o sul. Por que ocorre isto?
Há apenas uma resposta, e esta é que a Terra é oca e é mais quente no interior do que no exterior. À proporção que o vento sai, no inverno, ele aquece a atmosfera. Se a terra é sólida, nem a ciência nem o raciocínio podem fornecer uma teoria racional que explique por que fica mais quente à proporção que se vai para o norte. Todas as teorias conhecidas são contra uma tal conclusão. Logo que se adota a crença de que a Terra é oca, as perguntas mais embaraçosas são facilmente respondidas, a mente fica satisfeita, e o triunfo do raciocínio lógico chega como um prazer que jamais pode ser esquecido.
Este volume não foi escrito para entreter aqueles que lêem por distração, mas sim para afirmar e provar, tanto quanto provas possam ser estabelecidas, certas verdades importantes até agora não compreendidas. Uma única chave abrirá todos estes mistérios. Os problemas a serem solucionados são os seguintes:
1. Porque é a Terra achatada nos pólos?
2. Por que os pólos nunca foram alcançados?
3. Por que o sol fica por tanto tempo invisível, no inverno, perto dos pontos mais afastados ao norte e ao sul?
4. Que é que ocasiona a Aurora Boreal?
5. Onde são formados os icebergs e como?
6. Que é que produz as ondas de maré no Ártico?
7. Por que os meteoros caem mais freqüentemente próximo dos pólos e de onde vêm eles?
8. Que é que ocasiona a grande pressão de gelo no Oceano Ártico, durante a maré baixa e tempo calmo?
9. Por que ha neve colorida na região ártica?
10. Por que é mais quente perto dos pólos do que distante deles de 900 a 1.600 quilômetros?
11. Por que o gelo no oceano Ártico é freqüentemente cheio de rochas, saibros, areia, etc.?
12. Por que a bússola não funciona perto dos pólos?
Caso seja eu capaz de responder razoavelmente às perguntas acima — com respostas que satisfaçam a qualquer pessoa inteligente — o público admitirá, acredito, que cumpri minha tarefa.
Desejo reconhecer o meu débito para com os bravos que gastaram os seus tempos, conforto e, em muitos casos, suas vidas, para que todos possam conhecer a verdade e a geografia deste planeta maravilhoso. Pelos seus relatórios sou capaz de provar a minha teoria de que a Terra não é somente oca mas que é também adequada, no seu interior, para manter a vida humana com tão pouco desconforto quanto no seu exterior e que pode se tornar acessível à humanidade com o gasto de um quarto do dinheiro, tempo e vidas esbanjadas na construção do metrô da Cidade de Nova York. O número de pessoas que pode se estabelecer neste novo mundo (se não estiver já ocupado) será de bilhões.
Assevero que a Terra não é somente oca, mas que todos ou quase todos os exploradores que passaram muito tempo além da borda da abertura polar viram o interior da Terra. Quando o Tenente Greely estava contemplando o sol de brinquedo, na latitude de 120 graus, estava olhando o mundo nosso irmão, no interior da Terra."
Figura 8
O GLOBO MOSTRANDO UMA SEÇÃO DO INTERIOR DA TERRA - A Terra é oca. Os pólos há tanto buscados são apenas fantasmas. Existem aberturas nas extremidades norte e sul. No interior estão vastos continentes, oceanos, montanhas e rios. £ evidente a vida animal e vegetal neste mundo novo, que é, provavelmente, povoado por raças ainda desconhecidas dos moradores do exterior da Terra. O Autor. (Reproduzido de The Phantom of lhe Poles, de William Reed, publicado por Walter S. Rockey Company, de Nova York, em 1906.)
Figura 9
BARCOS NAVEGANDO PARA O LADO DE DENTRO - A Bíblia, o Livro de Enoch, e os antigos escritos dos Chineses, Egípcios, Esquimós, Hindus e outros falam da grande abertura ao norte. Os sábios destas raças morenas ensinam também que há uma raça de homens debaixo da crosta da Terra. Dizem também que alguns dos seus ancestrais vieram do interior da Terra. Este desenho mostra como a agulha da bússola funciona enquanto os exploradores estão passando para o interior da Terra. Observe como a bússola os guiaria novamente para fora, sem saber que a Terra era oca.
As respostas de Reed às perguntas acima são as seguintes:
1. Por que é a Terra achatada nos pólos? Como a Terra é oca, não pode ser redonda, é a resposta. A abertura para o interior subtrai da sua redondeza na proporção do tamanho da abertura.
2. Por que os pólos nunca foram alcançados? Por que os pólos não existem, no sentido usual em que são compreendidos.
3. Por que o sol não aparece por tanto tempo no inverno, perto dos supostos pólos? Porque durante o inverno o sol incide sobre a terra obliquamente perto dos pólos. Quando se passa a margem da abertura polar e se aproxima do interior da Terra, afunda-se para dentro do interior oco. Os raios do sol são então interceptados e não aparecem novamente até que incidam naquela parte da terra mais diretamente e brilhem para dentro do interior oco. Isto explica por que as noites são tão compridas no norte distante.
4. Presumindo que a Terra seja oca, o interior deve ser mais quente. Apresentaremos evidência para provar que é mais quente. Os que exploram o norte longínquo serão os melhores juízes.
5. Os meteoros estão constantemente caindo perto dos supostos pólos. Por quê? Se a Terra fosse sólida ninguém poderia responder a esta pergunta. Se a Terra é oca, pode ser respondida facilmente. Alguns vulcões em erupção existem no interior da Terra, que expelem constantemente rochas para o ar. Enormes quantidades de poeira são encontradas constantemente no Oceano Ártico. Que é que ocasiona esta poeira? As erupções vulcânicas. O pó tem sido analisado e se mostra constituído de carbono e ferro, o que deve vir de algum vulcão da abertura polar.
6. Que é que produz a Aurora Boreal? É um reflexo de um fogo no interior da Terra. (De acordo com Marshall B. Gardner, este fogo é o sol central, cujos raios se projetam através da abertura polar no céu da noite, e as formas cambiantes e raiadas da aurora boreal são devidas às nuvens que interceptam os seus raios.)
7. Onde são formados os icebergs? E como? A resposta é a seguinte: No interior da Terra, onde é quente, os rios fluem para a superfície pela abertura polar. Quando chega do lado de fora, no Círculo Ártico, onde é muito frio, o deságüe dos rios congela, formando os icebergs. Isto continua por meses, até que, devido ao tempo mais quente do verão e ao calor da Terra, os icebergs se quebram e ficam soltos no oceano. (O fato de que os icebergs são formados de água doce e não de salgada prova esta teoria.)
8. Que é que ocasiona as ondas de maré no Ártico? Elas são causadas pela queda dos icebergs no oceano, quando deixam os lugares onde foram formados. Esta é a resposta porque nada mais pode produzir uma fração da movimentação causada por um iceberg monstro, quando mergulha no mar.
9. Que é que ocasiona a neve colorida da região ártica? Há duas causas. A neve vermelha, verde e amarela é causada por materiais vegetais em suspensão no ar, em tal densidade que, quando caem na neve, a colorem. Estes materiais vegetais são, supostamente, botões ou polens de plantas. Como estas não se desenvolvem na Terra, pode-se acreditar que se desenvolvam no interior e saiam pela abertura polar. A neve preta, observada freqüentemente, é causada pelo pó preto, de carbono e ferro, que sai de um vulcão em erupção. Como não existe vulcão ativo perto do Oceano Ártico, ele deve estar no interior da Terra.
10. Por que o gelo é cheio de rochas, saibro e areia? Estas substâncias vêm de vulcão explodindo perto de onde os icebergs são formados.
Considerando-se a Terra como oca, tem-se a solução de todos os grandes mistérios — tais como ondas de maré, pressão do gelo, neve colorida, Oceano Ártico aberto, norte mais quente, icebergs, acha-tamento da Terra nos pólos e porque os pólos não foram encontrados, o sobrenatural dando lugar ao natural, como sempre acontece com a compreensão, e fica-se aliviado de mente e corpo.
A Terra é oca. Os pólos, há tanto tempo buscados, são fantasmas. Existem aberturas nas extremidades norte e sul. No interior estão vastos continentes, oceanos, montanhas e rios. Vida vegetal e animal é evidente neste mundo novo, que é provavelmente povoado por raças ainda desconhecidas dos moradores do exterior da Terra."
Em apoio da sua teoria de uma Terra oca, Reed oferece a evidência seguinte:
Ausência longa de luz solar durante os compridos invernos árticos. Reed resume as experiências dos exploradores árticos que passaram muito rapidamente da região de luz solar para a das compridas noites ou vice-versa. No norte longínquo, o sol fica ausente por períodos anormalmente compridos, o que não poderia acontecer se a Terra fosse redonda e sólida, ou mesmo apenas ligeiramente achatada nos pólos. A única explicação é que estes exploradores entraram na abertura do Pólo Norte; e quando entraram, os raios solares foram interceptados, para reaparecerem somente quando o sol está alto bastante no céu, quando então brilham dentro dela.
Funcionamento anormal da bússola no norte longínquo. Isto foi observado por todos os exploradores que seguiram muito longe ao norte. Este estranho funcionamento da bússola é exatamente o que devia acontecer se a Terra é oca e se eles entraram na abertura polar. No seu livro Reed tem um desenho de um corte transversal da abertura polar, com navios entrando e saindo dela. Quando o navio entra na abertura polar, a agulha da bússola toma a posição vertical, em vez de ficar na horizontal, como sobre a superfície da Terra. Isto é devido a ter entrado na abertura polar, e é exatamente o que os exploradores observaram no norte longínquo. Observaram que, quando se aproximavam do pólo, a agulha da bússola tornava-se errática e, quando iam mais para o norte, tomava uma posição vertical, indicando que haviam entrado na abertura polar, como ocorreu com Nan-sen e outros.
Passando sobre a borda da abertura polar, para o interior da Terra.
Reed diz o seguinte sobre este assunto:
"Sempre que os exploradores passam para o interior da Terra, encontram condições tão diferentes que ficam intrigados e não sabem como explicá-las. Por conseguinte, não é de se admirar que a chamem de uma terra estranha.
Qualquer um, que tenha permanecido por muito tempo no Círculo Ártico ou no Antártico, encontra condições inexplicáveis, de acordo com a teoria de que a Terra é redonda e sólida — mas encontra uma explicação fácil, de acordo com a teoria de que é oca, com aberturas nos pólos. A descrição de Greely, da sua passagem sobre a curva-tura, para dentro das aberturas polares, é exatamente clara. Ele diz:
O profundo interesse com que tínhamos até então prosseguido na nossa jornada, foi então grandemente intensificado. Os olhos do homem civilizado nunca viram e os seus pés jamais pisaram o terreno sobre o qual estávamos viajando. Um forte e fervoroso desejo de seguir para a frente, na maior velocidade, se apossou de todos nós. À proporção que nos aproximávamos de cada contraforte de terra que se projetasse a nossa frente, nossa ansiedade para ver o que estava além tornava-se tão intensa, que às vezes chegava a ser dolorosa. A cada ponto que chegávamos, um novo cenário se abria a nossa vista, e sempre a frente havia um ponto que cortava uma parte do horizonte e nos causava um certo desapontamento."
Se Greely e seus companheiros estivessem passando para o interior da Terra, eles achariam certamente que a Terra tinha ali uma curvatura maior do que em qualquer outro lugar; e enquanto passavam sobre e em volta do ponto mais distante ao norte, cada projeção alcançada seria seguida por outra, que sempre pareceria esconder parte do horizonte. Isto é exatamente o que aconteceu."
Rochas nos icebergs, neve colorida. Pólen e pó no norte distante. Sobre este assunto diz Reed:
"Quando puder ser mostrado que as condições são tais que os icebergs do Ártico (formados de água doce) não podem ser formados na superfície externa da Terra, no norte distante, é porque eles devem ser formados no interior. Se o material que produz a neve colorida é vegetal (o que revelou a análise), supondo-se serem botões ou polens de plantas, quando nenhuma se desenvolve na vizinhança do Oceano Ártico, então elas devem ter se desenvolvido no interior da Terra; pois se se desenvolvessem em qualquer outro local da Terra, a neve devia ser também colorida em outros lugares (como na vizinhança da abertura polar), o que não parece ser o caso. O pó, tão aborrecedor, no oceano Ártico, é também produzido por erupções vulcânicas. Sendo leve, é levado bem longe pelo vento, e quando cai nos navios é desagradável.
Quando cai na neve produz neve preta. Quando analisado, mostrou-se ser constituído de carbono e ferro, supostamente vindos de um vulcão ativo. Onde está este vulcão? Não há registro de nenhum, perto do Pólo Norte; e se este vulcão se encontra em qualquer outro lugar, por que o pó cai no oceano Ártico?
Vários exploradores citam grandes rochas e matacões em cima e encravados nos icebergs. Estes matacões ou são atirados lá pelos vulcões ou são arrancados quando os icebergs deslizam pelos rios no interior da Terra. O pó no Ártico é tão denso que flutua em grandes nuvens. Colore a neve de preto; e cai nos navios em tal abundância que é uma fonte de irritação. Nansen declara ser ele uma das principais razões para querer voltar para casa. Se a Terra é sólida não há respostas para estes desconcertantes problemas. Entretanto, se a Terra for oca, a erupção de vulcões no interior pode facilmente justificar o pó.
Águas abertas nos pontos mais longe ao norte.
Muitos asseveram que o oceano Ártico é um corpo de água congelada. Embora ele sempre contenha grandes corpos de gelo à deriva e icebergs, não é todo congelado. Os estudiosos das viagens árticas descobrirão, invariavelmente, que os exploradores foram obrigados a regressar por causa da água, e muitos casos são citados onde foram quase carregados para o mar e se perderam. O que desejo apresentar ao leitor, entretanto, é a prova de que o oceano Ártico é um corpo de águas abertas, onde há abundância de caça de todos os tipos, e que quanto mais para o norte se avança mais quente ele fica.
Existem muitos casos de nuvens de pó e fumaça. Muitos nevoeiros no inverno. Se a Terra fosse sólida, com o oceano se estendendo até o Pólo, ou ligado à Terra em volta do Pólo, não poderia haver coisa alguma para produzir aquele nevoeiro. Ele é causado pelo ar quente vindo do interior da Terra. Kane (um explorador ártico) escreve: 'Algumas circunstâncias que ele (McGary) cita parecem indicar a existência de águas ao norte durante todo o ano; e as freqüentes neblinas e nevoeiros que temos visto a sudoeste, durante o inverno, confirmam o fato.'
"Há muitas páginas de relatórios (nos escritos dos exploradores árticos) sobre este mar aberto ao norte distante.
Greely fala de águas abertas durante todo o ano. Se há água aberta durante todo o ano no ponto mais longe ao norte, pode ser apresentada alguma boa razão por que todos fracassaram em alcançar o Pólo? Os homens que gastaram o seu tempo, seu conforto e, em vários casos, suas vidas, eram homens ansiosos pelo êxito e, todavia, estranhamente, todos fracassaram. Seria isto por que o tempo ficasse mais quente e encontrassem a caça mais abundante? Não, foi porque não existe tal lugar."
Nansen, que provavelmente foi mais ao norte do que qualquer outro explorador, observa no seu livro que era um sentimento estranho estar navegando na noite escura para terra desconhecida, sobre um mar aberto, onde nenhum navio tinha estado antes, e nota quão ameno era o clima para setembro. Quanto mais ao norte foi, menos e menos gelo viu. Ele observou: "Há sempre o mesmo céu escuro à frente, o que significa mar aberto. Poucos podem pensar, em casa, na Noruega, que estamos navegando direto para o Pólo em água clara. Eu próprio não o teria acreditado se alguém o tivesse previsto há duas semanas, mas é a verdade. Não é isto um sonho?"
Três semanas mais tarde ele menciona que a água estava ainda aberta e não congelada. Ele observa; "Tão longe quanto o olho pode ver, do cesto da gávea, com o pequeno óculo de alcance, não há fim para as águas abertas." Entre 6 e 21 de setembro ele não encontrou gelo, enquanto viajava para o norte, numa latitude muito elevada.
Comenta Reed:
"Depois de toda a evidência anterior, será possível que alguém possa acreditar que os oceanos respectivos (longe ao norte) sejam corpos de água congelada? Se não acreditam que estes oceanos estejam congelados, por que os exploradores deixaram de alcançar o Pólo - se é que há tal lugar?
Por que é mais quente perto dos pólos. Uma das provas principais de que a Terra é oca é que é mais quente perto dos pólos. Se pode ser mostrado, citando aqueles que mais longe se aventuraram em direção aos supostos pólos, que é mais quente, que a vegetação mostra mais a vida, que a caça é mais abundante do que mais longe para o sul, então temos um direito razoável de asseverar que o calor vem do interior da Terra, uma vez que este parece ser o único lugar de onde ele pode vir.
Em A Última Viagem do Capitão Hall, lemos:
'achamos esta região bem mais quente do que esperávamos, livre de neve e gelo. Achamos uma região onde a vida é abundante, com focas, gansos, patos, bois almiscarados, coelhos, lobos, raposas, ursos, perdizes, roedores etc.' (Ele está falando do norte distante.)
Nansen chama atenção especial para o calor, e diz:
'Devemos quase imaginar-nos em casa.' Este é um dos pontos mais ao norte já alcançado por alguém, e, todavia, o clima é ameno e agradável.
Será observado que estes ventos extremamente fortes do interior da Terra não somente elevam consideravelmente a temperatura na vizinhança do oceano Ártico, mas influenciam até à distância de seiscentos e cinqüenta quilômetros. Nada poderia elevar a temperatura de tal maneira exceto uma tempestade vinda do interior da Terra.
Greely diz: 'Certamente esta presença de pássaros, flores e feras é uma saudação por parte da natureza ao nosso novo lar'. Será que isto soa como se ele tivesse esperado achar tais coisas lá, ou que a sua presença era uma ocorrência de todos os dias? Não. Foi escrito num tom de surpresa. De que lugar vieram estes pássaros e caças. Ao sul, por quilômetros, "a terra estava coberta de neve perpétua - - em muitos lugares com milhares de metros de profundidade. Eles foram achados naquela localização no verão; e como era mais quente para o norte não é provável que fossem para um clima mais frio no inverno. Eles parecem passar para o interior da Terra. Certas aves da Austrália deixam aquele continente em setembro e ninguém foi jamais capaz de descobrir para onde vão. Minha teoria é de que passam para o interior da Terra, pelo Pólo Sul."
Reed chama a atenção para o fato de que muitos animais que habitam o norte distante, como o boi almiscarado, seguem para o norte no inverno, a fim de alcançarem um clima mais quente. Ele observa: "Uma vez que se torna mais quente à proporção que seguem para o norte, o instinto lhes diz para não irem para o sul no inverno. E, se eles não vão para o sul devem ir para o interior da Terra."
Um outro animal que vai para o norte, no inverno, é a torda. Schwatka viu um bando de quatro milhões de tordas, que escurecia o céu, seguindo para o norte quando o inverno se aproximou. Najisen diz do extremo norte que é uma terra que tem abundância de ursos, tordas e áleas pretas e "deve ser um Canaã, de leite e mel"
Reed continua:
"Que è que produz a neve colorida no ártico? Por que é a neve colorida nas regiões árticas? A neve foi analisada, e a vermelha, a verde e a amarela continham material vegetal, presumidamente uma flor ou pólen de uma planta. De onde vieram? Uma flor que produz bastante pólen para ficar em suspensão no ar em tal quantidade que colore a neve necessitará de um grande território — milhões de hectares — para se desenvolver. Onde isto pode ser encontrado? Deve ser perto do Pólo Norte, pois se crescesse em outro lugar seria encontrada neve colorida também em outras localidades e não somente confinadas às regiões árticas. Como não é conhecida tal planta produtora de flores na superfície da Terra, devemos procurar em outro lugar.
O interior da Terra é o único local que nos fornecerá uma resposta a esta pergunta. Como as cores caem em estações diferentes, devemos presumir que as flores maturam nestas estações. É também fácil descobrir de onde vem a neve preta, freqüentemente mencionada pelos exploradores. Vem de um vulcão em explosão — do tipo do que cobriu com pó o navio de Nansen. Todas as perguntas sem explicação podem ser facilmente respondidas se se acredita que a Terra seja oca.
É impossível respondê-las sob qualquer outra teoria.
Kane, na página 44, do seu primeiro volume, diz:
'Passamos os Crimson Cliffs em Sir John Ross, na manhã do dia 5 de agosto. As manchas de neve vermelha, da qual tira o seu nome, podiam ser vistas claramente, da distância de 16 quilômetros da costa. Tinha um lindo matiz rosa forte.'
Kane fala da neve-vermelha como se tivesse uma estação regular em que aparecesse - como diz ele 'de a neve vermelha estar duas semanas mais atrasada do que usualmente'. Levando em consideração o fato de que o material que colore a neve é vegetal, supostamente os botões ou pólen de uma planta, e que tal planta não cresce na Terra, de onde ela vem então? Deve crescer no interior da Terra."
Onde e conto são formados os icebergs. Uma vez que os icebergs são formados de água doce e não de água salgada do oceano, eles não podem ser formados do oceano Ártico, e sim por algum corpo de água doce. Entretanto, não há corpo de água doce na região polar. A teoria de Reed é que os icebergs são formados pelos rios que vêm do interior da Terra e fluem em direção à superfície, através da abertura polar. Quando chega ao exterior frio a água gela, quando mais água passa sobre a porção congelada, ela se congela também, formando montanhas de gelo. Com a chegada do verão, estas grandes massas de gelo são derretidas parcialmente e se quebram, ficando soltas e caindo no mar e produzindo as misteriosas vagas de maré observadas no norte distante. Reed diz:
"É simplesmente fora de dúvida que os icebergs não se formam em qualquer lugar conhecido. De outra parte, o interior da Terra, atrás da foz dos rios ou dos desfiladeiros, é muito apropriado para a formação dos icebergs. A foz congela primeiro e o rio, continuando a fluir para o oceano, passa por cima do gelo formado na desembocadura e se congela também, e assim por meses e meses, até a primavera. À proporção que se adianta o clima quente do verão, e, devido ao calor da Terra, os icebergs são arrancados e soltos, e as águas das chuvas do interior os empurram para o oceano causando as vagas de maré.
Observe a diferença. No lado de fora da Terra todo o comprimento de um rio é congelado, e quanto mais Terra adentro mais congelada fica a corrente, enquanto no interior da Terra (nas aberturas polares) apenas a foz é congelada. No interior da Terra há não só água bastante para formar os icebergs como também para empurrá-los para o oceano. "Durante os últimos trezentos anos uma corrente contínua de exploradores tem tentado alcançar o Pólo, tanto o Ártico quanto o Antártico, mas ninguém viu ainda um iceberg no ato de deixar o local original em que foi formado e de mergulhar no oceano. Não é estranho que ninguém pensasse em perguntar pelos seus locais de origem?"
Em apoio da teoria de que os icehergs, formados de água doce, não podem se formar no lado de fora da Terra e devem ir da água doce dos rios do seu interior, Reed cita Bernacchi que, escrevendo sobre as suas observações na Antártica, disse: "Houve menos de cinqüenta milímetros de chuva em onze e meio meses e, embora nevasse, onde poderiam reunir bastante água para formar um iceberg? Entretanto, o maior de todos da Terra está lá — um que é tão grande que é chamado de a Grande Barreira de Gelo, em vez de iceberg - - tendo mais de seiscentos e cinqüenta quilômetros de comprimento e oitenta quilômetros de largura.
Está assentado em seiscentos e quarenta metros de água e se eleva de vinte e cinco a sessenta metros acima da água." Reed comenta:
"Seria impossível para este iceberg se formar numa região sem chuvas e neve, praticamente. Como os icebergs são formados de água congelada e como não há água para ser congelada, evidentemente, foi formado em algum outro lugar. O iceberg propriamente dito, de água doce, se encontra num oceano de água salgada.
Como sabemos que a grande barreira de gelo veio do interior da Terra? Ou do tipo de rios descritos? Primeiro, não poderia vir do exterior da Terra, uma vez que os icebergs não são ali formados. Aquele rio deve ter sido da profundidade de 760 metros, com oitenta quilômetros de largura e com cerca de setecentos quilômetros de extensão, pois estas são as dimensões atuais do iceberg. O rio tinha de ser reto, ou o iceberg não poderia sair sem se quebrar. Passou através de urna região relativamente plana, porque sua superfície é ainda chata. Uma outra prova de que o interior da Terra é plano, perto da entrada antártica, é que muitos dos icebergs encontrados na Antártica são compridos e finos. São chamados 'línguas de gelo', o que indica que vieram de rios que corriam quase em nível. De outra parte, os icebergs encontrados no Ártico são mais grossos, indicando que vêm de uma região mais montanhosa, onde a queda dos rios é mais abrupta, fazendo com que os icebergs sejam mais curtos e grossos. Quando Bernacchi estava viajando na Antártica, escreveu: 'Durante os próximos dois dias passamos por milhares de icebergs, tantos quanto noventa sendo contados de uma vez, da ponte de comando. Havia muito pouca variedade de formas entre eles, sendo todos muito compridos e terminados em escarpas perpendiculares. Havia uma grande quantidade de água doce na superfície, oriunda do número de icebergs.
Como isto confere com sua noção da maneira como os icebergs são formados, numa região onde Bernacchi informa ter menos de 50 milímetros de chuva em todo o ano e pequenas quantidades de neve? De onde virá a água que produzirá tão grandes quantidades de icebergs, tendo em média milhares de metros de espessura e muitos deles com centenas de quilômetros de comprimento? Aqueles icebergs estavam indo para o norte — de onde jamais voltam — e todavia o oceano estará sempre cheio deles, pois outros virão do lugar de onde vieram. Onde é este lugar? Não há chuvas ou neve derretida para fornecer água para se congelar em iceberg. Os icebergs podem vir apenas de um lugar — do interior da Terra.
Ondas de maré. Reed aqui repete a descrição das vagas de maré do Ártico, de vários exploradores. Elas levantam o gelo dos grandes campos de gelo a enormes alturas e podem ser ouvidas por quilômetros de distância antes de alcançar os navios e por quilômetros mais depois que passam. Os exploradores árticos descrevem estas ondas de maré como se segue: "Blocos gigantes arremessados e rolados como se controlados por mãos invisíveis, e os enormes corpos comprimidos produzindo um guincho estridente e horrível, que gelava o sangue nas veias. Aí vinham as vagas geladas. As juntas estremeciam e chocalhavam com um estrondo de trovão, enquanto observávamos o seu terrível progresso."
— Reed diz:
"Estas ondas de maré são causadas por algum agente tremendo e não posso pensar em nada mais poderoso do que o mergulho de um iceberg no oceano. A grande freqüência destas poderosas ondas de maré parece excluir a possibilidade de serem causadas por erupções vulcânicas sob a água".
Figura 12
VISTA DO WATERSKY- Os céus, nos círculos Ártico e Antártico, refletem a superfície da Terra, água e gelo, de maneira precisa. Nenhum grande empreendimento é começado sem antes consultá-los
A Terra Oca - Capítulo IV: O livro de Marshall B. Gardner, 'A journey to the earth's interior ou have the poles really been discovered?'
Marshall B. Gardner passou vinte anos em pesquisas, baseadas nos relatórios dos exploradores árticos e suplementadas por evidências astronômicas, antes de publicar, em 1920, o seu grande livro, A Journey to the Earth's Interior ou Have the Poles Really Been Discovered?. Ele não parecia saber a respeito da teoria e do livro de Reed, de modo que os dois desenvolveram seus trabalhos independentemente. A grande contribuição de Gardner é a teoria de um sol central, como fonte das temperaturas mais elevadas nas regiões dos orifícios polares e da aurora boreal, que Reed atribuiu a erupções vulcânicas. Um sol central, como fonte de calor e luz, torna possível a existência de vida vegetal e animal no interior da Terra, e também a vida humana, o que Reed acreditou ser um fato, mas não pôde explicar, de acordo com a sua teoria, que não incluía um sol central, como uma fonte de luz e sem a qual não poderia haver vida.
Gardner assevera também, e apresenta em seu livro, evidência astronômica para prová-lo, que não somente a Terra mas todos os planetas do sistema solar têm interiores ocos e sóis centrais, o que relaciona a sua formação original, de uma nebulosa espiralada. Como resultado da força centrífuga, a sua rotação, durante sua formação primitiva quando ainda fundida, fez com que os componentes mais pesados fossem arremessados para fora, formando uma crosta dura na superfície externa de cada planeta e deixando o interior oco, enquanto uma porção do fogo original permaneceu no centro, para formar o sol central. Igualmente, a força de sua rotação e sua movimentação pelo espaço fizeram com que se formassem as aberturas nas suas extremidades polares.
Por que se tornaram tão raros os livros de Reed e de Gardner, que é impossível conseguir exemplares e não são encontrados na maioria das bibliotecas? Porque provam que existe uma grande área, não registrada em qualquer mapa, que não somente é igual mas talvez maior do que o total da área de terras da superfície da Terra - estando esta terra não cartografada no lado de dentro da crosta da Terra. Naturalmente, qualquer governo que saiba deste vasto território terá a ambição de ser o primeiro a descobri-lo e a reivindicá-lo, por cuja razão faria todos os esforços para conservar secreta esta informação, para que outros governos não saibam dele e pretendam reivindicar a sua posse primeiro. Uma vez que o Governo dos Estados Unidos foi o primeiro a saber a seu respeito, como resultado da visita do Almirante Byrd, que voou por 2.730 quilômetros nesta "terra misteriosa além do Pólo", que não é mostrada em qualquer mapa, e viu montanhas, florestas, vegetação, rios, lagos e animais nela, podemos compreender a razão do sigilo e por que os livros dos dois escritores americanos, Reed e Gardner, foram suprimidos e esquecidos, a fim de guardar este segredo.
Evidências das explorações árticas
O livro de Gardner tem 450 páginas. Com cinqüenta livros na sua bibliografia, principalmente sobre explorações árticas, foi muito meticuloso nas pesquisas. Gardner asseverou que a Terra é uma crosta oca, com a espessura aproximada de 1.290 quilômetros e com uma abertura na extremidade polar de cerca de 2.250 quilômetros de diâmetro. Ele diz que o mamute vem do interior e esta ainda vivendo lá, e que os enormes animais tropicais, encontrados congelados no gelo das regiões polares, não são pré-históricos mas sim animais do interior que vieram para a superfície e foram congelados quando saíram. Em apoio da sua teoria de uma abertura polar e de um sol central, no interior oco da Terra, Gardner chama a atenção para o fato de que pássaros e animais emigram para o norte, no inverno, para achar clima mais quente. Ele nota também que, quando os exploradores vão ao norte da latitude de 80 graus, descobrem que a água se torna mais quente devido às correntes cálidas vindas da região polar e que o ar também se torna mais quente em virtude dos ventos cálidos do norte. Isto ocasiona um mar aberto, em lugar de gelo, no extremo norte. Eles acharam também pólen vermelho nos icebergs e geleiras, e troncos e outros restos arrastados da terra por estas correntes quentes do norte. Gardner resume a evidência em favor da sua teoria de uma Terra oca, com duas aberturas polares e um sol central, da seguinte maneira:
"Como explicam os cientistas o fato de que quando se vai para o norte torna-se mais frio até um certo ponto e depois começa a ficar cálido? Como explicam o fato adicional de que a fonte deste calor não é qualquer influência do sul, e sim uma série de correntes de águas e ventos quentes do norte — supostamente, uma terra de gelo sólido? De onde podem vir estas correntes? Como poderiam vir de qualquer outra coisa, senão de um mar aberto? Por que deve haver um cálido mar aberto no próprio lugar onde os cientistas esperavam encontrar gelo eterno? De onde, possivelmente, pode vir esta água cálida?
Por que também achariam os exploradores as escarpas de gelo inabitáveis, do norte distante, cobertas em grande parte de pólen vermelho de uma planta desconhecida?
E por que achariam as sementes de plantas tropicais flutuando nestas águas — quando não são encontradas em águas mais ao sul? Como poderiam ser encontrados nestas águas, troncos e ramos de árvores, algumas vezes com gemas frescas, todos sendo levados pelas correntes cálidas do norte?
Por que devia ser a parte norte da Groenlândia o maior habitat mundial dos mosquitos, um inseto que só é encontrado nos países quentes? Como poderia ter ele chegado à Groenlândia se veio do sul? Para onde vão todas as raposas e lebres que são vistas no norte da Groenlândia? Para onde vão os ursos? Será possível que criaturas tão grandes quanto os ursos possam encontrar sustento nas planícies de gelo eterno?
Como explicam os cientistas o fato de que praticamente todos os exploradores competentes, desde os dos primeiros dias até Nansen, têm admitido que quando chegaram ao Norte Distante suas teorias sobre o que encontrariam falharam assim como o seu método de determinar sua posição? Como explicam os cientistas aquelas passagens de Nansen que citamos, mostrando que ele estava absolutamente perdido na região ártica?
Como explicam os cientistas a migração daquelas aves que apareceram na Inglaterra e em outros países do norte num período do ano, nos trópicos em outro, mas que desapareceram completamente no inverno? Como explicam o fato de que nem Peary nem Cook foi capaz de provar a alegação de ter alcançado o pólo? Mesmo supondo que ambos tenham agido de boa fé, não é óbvio que estiveram perdidos? Que outra maneira explicaria as discrepâncias da própria narrativa de Peary?
Por que, dirá o leitor, Peary não descobriu aquela enorme abertura na extremidade do pólo da Terra, se ela estava lá?
A razão é muito simples e pode ser melhor explicada com outra pergunta.
Por que o homem não descobriu, olhando em volta, que estava vivendo na superfície do que é, em termos práticos, uma esfera imensa (ou para ser exata, um esferóide)? E por que, durante séculos, o homem pensou que a Terra era chata? Simplesmente porque a esfera era tão grande que não podia ver a sua curvatura, mas pensou que era uma superfície chata, e parecia-lhe tão natural que fosse capaz de se movimentar por sobre toda a sua superfície que, quando pela primeira vez os cientistas lhe disseram que era uma esfera, começou a imaginar por que não caía, ou pelo menos, se vivesse no hemisfério norte, por que os australianos não caíam — uma vez que não tinha concepção da lei da gravidade.
Assim, no caso dos exploradores polares, a mesma coisa é verdadeira. Navegam até a margem externa da imensa abertura polar, mas aquela abertura é tão vasta, considerando que a crosta da Terra em volta da qual ela se curva é da espessura de 1.290 quilômetros, que a curvatura para baixo da sua margem não lhes é perceptível, e o seu diâmetro é também tão grande — cerca de 2.250 quilômetros — que o seu outro lado não lhes é visível. Assim, se um explorador fosse longe o bastante, poderia navegar direto sobre aquela margem, para baixo sobre os mares do mundo interior e sair através do orifício antártico, e tudo o que lhe mostraria o que tinha feito seria que, logo que chegasse do lado de dentro, veria um sol menor do que estava acostumado a ver - que poderia lhe parecer maior devido à sua proximidade - e que não podia fazer qualquer observação pelas estrelas, porque não haveria nem estrelas nem noite em que fosse possível vê-las.
Mas, dirá o leitor, a força de gravidade não puxará o explorador que entrar no orifício da superfície para o sol central, uma vez que a gravidade atrai tudo para o centro da terra?
A resposta para isto é que, em relação à força de gravidade, não é a posição geográfica que importa. O centro, no sentido geométrico da palavra, não se aplica. É a massa que atrai. E como a grande massa da Terra está na sua espessa crosta, é a massa daquela crosta que atrairá, e não um mero ponto geométrico, que não está na crosta, mas distante dela 4.650 quilômetros, que é a distância aproximada entre o sol central e a superfície interna da Terra. Na realidade, é a distribuição igual da força de gravidade por toda a crosta da Terra que conserva o sol suspenso no local em que fica, eqüidistante de todas as partes da crosta. Quando se está do lado de fora da crosta é a sua massa que nos atrai para a sua superfície. Quando se vai para o lado de dentro da crosta, aquela mesma força conservará nossos pés plantados solidamente na superfície interna.
Veremos tudo isto quando explorarmos o Ártico a sério, como seremos capazes de fazê-lo facilmente com auxílio de naves aéreas. E quando afinal o tivermos visto, ficaremos imaginando porque fomos cegos por tanto tempo à evidência que, como mostrado neste livro, tem estado em frente dos olhos humanos por praticamente mais de um século."
Vinte e sete anos depois de Gardner ter escrito isto, o Almirante Byrd fez exatamente o que ele tinha esperado que fosse feito. Voou de avião dentro da abertura polar norte, por 2.730 quilômetros, e chegou a uma terra de árvores, como Gardner acreditava que lá existissem, e também a um clima mais quente, como mostrado pelos rios, lagos e vegetação e vida animal que lá observou.
Gardner escreve: "Que o boi almiscarado não é o único animal a ser encontrado onde dificilmente poderíamos suspeitar de sua presença, é evidente por uma anotação do diário de Hayes. Quando estava na latitude de 78 graus e 17 minutos, no princípio de julho, disse ele: 'peguei uma borboleta de asas amarelas e — quem o acreditaria — um mosquito. E também dez mariposas, três aranhas, duas abelhas e duas moscas.' "
Como estes insetos não são encontrados mais ao sul, uma terra de gelo e neve, a única explicação que Gardner podia oferecer para a sua origem á a de que vieram do interior da Terra, pela abertura polar.
As observações de Hayes sobre a vida de insetos no extremo norte foram confirmadas por Greely, no seu livro Three Years of Artic Service, descrevendo suas observações no Ártico, começadas em 1881. No prefácio do seu livro, Greely nos diz que as maravilhas da região ártica são tão grandes que se sentia obrigado a modificar as suas notas reais, feitas na ocasião, atenuando-as para evitar de ser exagerado. Que as regiões árticas sejam tão cheias de vida e de estranhas evidências de vida mais longe ao norte, que um explorador não possa descrevê-las sem ser acusado de exagerado, é certamente uma coisa muito estranha se estas regiões apenas levam a uma terra estéril, de gelo eterno, de acordo com as teorias geográficas mais antigas.
Greely fala de pássaros de espécies desconhecidas, de borboletas, de moscas e de temperaturas de 8 a 10 graus, e de uma madeira fresca boiando, bem como de ramos de salgueiro para acender fogo. Achou duas flores diferentes de qualquer uma que jamais tivesse visto.
Em muitas páginas de evidências astronômicas, Gardner discute as luzes brilhantes vistas aparecendo nas calotas polares de Marte, Vênus e Mercúrio, e conclui que estes planetas todos têm sol central e aberturas polares. Assevera que a Terra tem a mesma coisa e que a aurora boreal é o resultado da projeção dos raios do sol central, pela abertura polar, no céu da noite. Gardner resume as evidências em favor de sua teoria da seguinte maneira:
"Quando os exploradores seguem ao norte de 80 graus de latitude norte, descobrem que a água, em vez de se tornar mais fria na mesma razão em que o vinha fazendo desde que deixaram a zona temperada, começa, gradualmente, a ficar quente novamente, e acham que este calor é trazido do chamado norte gelado por correntes cálidas vindas das regiões polares. Além disto acham que as aves e animais emigram para o norte para se alimentar e se reproduzir, em lugar de seguirem para o sul. Na realidade, quando chegam às latitudes realmente elevadas, os exploradores encontram uma grande riqueza de vida animal e vegetal, maior do que a encontrada nas latitudes mais baixas das regiões árticas e subárticas. E, quando estavam navegando nestas regiões do norte, encontraram, espalhados nos icebergs e geleiras, o pólen vermelho de plantas que crescem — onde? Somente no interior da Terra. E acharam troncos e outros restos da Terra arrastados nestas correntes quentes de que acabamos de falar. E isto ainda não é tudo. No nosso capítulo sobre o mamute e o mastodonte, mencionaremos evidências para mostrar que o mamute ainda vive no interior — na realidade exibiremos casos e mais casos em que os mamutes têm flutuado do interior, envolvidos em geleiras e icebergs e têm sido congelados em fendas no interior, perto das aberturas polares, e então transportados sobre a borda pela movimentação glacial para a Sibéria." Além das madeiras flutuantes, encontradas no extremo norte, cuja origem, segundo Gardner, só pode ser o interior da Terra, têm sido achadas árvores com gemas verdes nos mares árticos. Semente de espécies tropicais desconhecidas têm também sido encontradas boiando nas correntes ao norte, vindas do norte e não do sul. Entre estas estava a semente de um feijão, uma semente tropical, que foi achada por uma expedição sueca perto da Baía de Trurengerg. Gardner comenta: "Esta semente deve ter vindo do interior da Terra, pois é de uma planta que só se desenvolve sob condições tropicais, e ela teria sido desintegrada se tivesse estado vagando, por todo o mundo, durante muitos meses, como seria o caso, se tivesse vindo de uma região tropical, do exterior do planeta."
Sverdrup encontrou tantas lebres perto da latitude de 81 graus norte que denominou uma enseada de Hare Fiord. Havia também muitas outras caças, suficientes para conservar todo o grupo de exploradores bem alimentado de carne. O Capitão Beechey viu tantos pássaros na costa ocidental de Spitzbergue que o lugar ressoava com os seus gritos desde o amanhecer até ficar escuro. As pequenas tordas eram tão numerosas e ficavam tão juntas que, algumas vezes, um único tiro matava trinta delas. Com 16 aves por metro cúbico, havia cerca de quatro milhões delas. Outras aves eram tão numerosas que escureciam o céu, e o seu coro podia ser ouvido por seis quilômetros. Havia também renas e patos. Havia quatro variedades de gaivotas sobre o oceano em volta, além de peixes e animais anfíbios, desde a enorme baleia até o diminuto "clio" do qual ela se alimenta, engolindo talvez um milhão em cada bocada.
Franklin viu um grande número de gansos emigrando para o norte desconhecido, a uma alta latitude, indicando a existência de terra por lá. Ele observa que, não importa quão longe ao norte vá o explorador, sempre encontra o urso polar na sua frente. Não importa quão longe ao norte sejam encontrados, estes ursos estão sempre caminhando para o norte.
Na latitude de 82 graus, Kane encontrou borboletas, abelhas e moscas, bem como lobos, raposas, ursos, gansos, patos, galinhas-d'água e perdizes. Um fato estranho que todos os exploradores observaram é que os animais não emigram para o sul, para escapar ao frio inverno ártico, mas, ao contrário, seguem para o norte.
O Comandante McClure explorou Banks Land e achou imensas quantidades de árvores arrumadas em camadas pela ação glacial, que evidentemente as havia trazido do norte. Em uma garganta achou um monte de árvores empilhadas juntas, a uma altura de doze metros. Enquanto alguma madeira estava petrificada, a maioria era de origem recente. Estas árvores foram achadas muito além da latitude onde crescem árvores.
Nansen ficou intrigado por esta madeira que encontrou boiando ao longo da costa da Groenlândia. Ele disse que a encontrou tão longe ao norte quanto na latitude de 86 graus.
Gardner diz que é o testemunho unânime dos exploradores que, "quanto mais ao norte se vai, mais vida animal há, uma prova completa de que há, no norte distante, um grande asilo ou refúgio onde todas as criaturas podem se multiplicar em paz e com abundância de comida. E daquela região devem vir também aquelas evidências de vida vegetal, que os exploradores têm visto repetidamente, o pólen vermelho de plantas que flutua nas brisas favoráveis e colore icebergs e geleiras inteiras com um toque avermelhado, bem como aquelas sementes, gemas e ramos, e mais impressionante ainda, aqueles representantes de raças de animais que ainda vivem no interior, embora tenham desaparecido do lado de fora da Terra. (Aqui, Gardner se refere aos mamutes encontrados congelados no gelo.)
"Que verdadeiro paraíso de vida animal e vegetal deve ser! E talvez, para algum tipo de vida humana seja também uma terra de calma e paz perpétuas. O povo esquimó, que continua vivendo lá, terá sido modificado em relação ao tipo que vemos na superfície externa. Sua vida será mais fácil, pois não terá que lutar contra o clima frio e a escassez de alimento. Como os habitantes de algumas das nossas ilhas tropicais, refletirão nos seus temperamentos amáveis e calmos a facilidade de suas vidas. Eles serão... comedores de muitos frutos e de outros produtos vegetais desconhecidos por nós.
Quando penetrarmos na sua terra, acharemos crescendo, quase que até à margem interna da abertura polar, aquelas árvores, das quais temos visto tantos troncos e ramos boiando.
Encontraremos, aninhados talvez naquelas árvores, talvez nas rochas à volta da região polar interna, os cisnes, gansos selvagens e as gaivotas que temos visto, tão freqüentemente, nas páginas precedentes, voando para o norte, a fim de escapar aos rigores do clima que, na nossa ignorância, temos por tanto tempo suposto ser pior ao norte do que em qualquer outra parte."
Falando de Nansen, que alcançou mais longe ao norte do que qualquer outro explorador, Ottmar Kaub, comenta:
"Marshall B. Gardner estava certo quando escreveu seu livro, em 1920. Em 3 de agosto de 1894, o Dr. Fridtjof Nansen foi o primeiro homem na história a alcançar o interior da Terra. O Dr. Nansen ficou perdido e o admitiu. Ele ficou surpreso com o tempo quente lá. Quando encontrou o rastro de uma raposa reconheceu que estava perdido.
Como podiam os rastros de raposa estar ali, pensou ele. Tivesse ele sabido que tinha entrado na abertura que leva ao interior oco da Terra e que esta era a razão por que quanto mais ao norte ficava mais quente, teria encontrado não somente rastros de raposa, porém, mais tarde, pássaros tropicais e outros animais e, finalmente, os habitantes humanos desta 'terra além do Pólo', dentro da qual o Almirante Byrd penetrou por 2.730 quilômetros de avião, e que o enganou completamente."
Figura 13
DESCOBERTA DO MAMUTE ENCAIXADO EM GELO - Um pescador russo, de Tongoose, na Sibéria, em 1799, descobriu um enorme elefante, em perfeito estado de conservação, encaixado num enorme bloco de gelo, tão claro quanto o cristal. Embora suposto previamente ser um animal pré-histórico que viveu na região polar, quando esta tinha, em tempos prévios, um clima tropical, de acordo com a teoria apresentada neste livro, o elefante veio do interior da Terra, que goza de um clima tropical, e foi congelado ao alcançar o exterior da Terra, de clima ártico. (De A Journey to the Earth's Interior ou Have the Poles Really Been Discovered?, por Marshall Gardner.)
Origem do mamute
Gardner assevera que o mamute e criaturas semelhantes ao elefante, de origem tropical, encontrados congelados no gelo ártico, que é formado de água doce (e não de água salgada como pensaria, desde que é a única água ali existente), são realmente animais do interior da Terra que vieram para a superfície e tornaram-se congelados, e não animais pré-históricos como suposto comumente. A teoria de Gardner da origem subterrânea do mamute foi confirmada pelas observações do Almirante Byrd, de um mamute vivo, durante o seu vôo de 2.730 quilômetros dentro da Terra, além do Pólo Norte, na abertura polar.
Gardner assevera que estes estranhos animais, desconhecidos na superfície da Terra, foram levados por rios do interior da Terra, congelando-se dentro do gelo que foi formado na ocasião. Esta teoria parece muito razoável, em vista de o gelo ser formado de água doce, não encontrada no Oceano Ártico. Uma vez que este gelo, como os icebergs não podia ser formado pela água do oceano, a única explicação é de que veio de outra água — rios de água doce fluindo através das aberturas polares do interior da Terra.
Figura 14
O sol central, como apareceria para um explorador quando alcançasse o local indicado pela letra "D" no diagrama, se as condições atmosféricas fossem favoráveis.
Como estes animais são achados dentro de icebergs, que são formados de água doce, esta água como os animais congelados no gelo por ela formado, quando chega à superfície e fica exposta à sua temperatura mais baixa, deve vir do interior da Terra. Gardner fala de manadas de mamutes, elefantes e outros animais tropicais que, quando se aventuram para fora, para as regiões mais frias próximas - da margem da abertura polar, junto com geleiras que lá se formam de água do interior fluindo para fora e se congelando, tornam-se congelados dentro do gelo. Ou eles podem cair em fissuras, talvez escondidas pela neve, e no momento em que caem são cobertos pela neve e água de neve e ficam hermeticamente lacrados dentro do gelo. Isto explicaria a condição de conservação perfeita em que estes mamutes congelados no gelo são encontrados, depois que estas geleiras caminham gradualmente por sobre a margem da abertura polar e saem para os ermos da Sibéria, onde estes animais congelados têm sido encontrados muito frescos e até em condições de serem comidos.
Robert B. Cook fala de restos, não somente de mamutes, mas também de rinocerontes peludos, renas, hipopótamos, leões e hienas encontrados nos depósitos glaciais do norte. Ele diz que estes animais, que eram incapazes de resistir ao clima frio, eram os visitantes durante a severidade do período glacial ou os residentes permanentes, quando a região tinha um clima mais temperado.
Entretanto, Gardner sustenta que estes animais vieram de dentro da Terra, pelas razões seguintes: "Como a rena, o leão e a hiena são formas de vida atuais e não tão velhas quanto o mamute (pelo menos na forma em que os conhecemos hoje e nas formas em que os seus restos mostram como teriam sido quando vivos), é evidente que estes animais visitavam os lugares onde seus restos foram achados, não vindos de climas do sul durante as primeiras épocas glaciais, mas sim da terra do interior. De outra maneira, estas formas atuais não seriam achadas junto às dos mamutes, que temos mostrado ser um habitante atual do interior da Terra. Não sabendo disto, Cook tem grande dificuldade, em explicar a ocorrência junto destas formas que, a sua vista, são formas antigas e mais recentes. Entretanto, quando vemos que são realmente contemporâneas (e ambas vieram do interior da Terra) a dificuldade desaparece."
No estômago dos mamutes foi encontrado alimento não digerido, consistindo de brotos novos de pinheiros e de abetos e frutos novos de abeto. Em outros foram encontradas samambaias e outras plantas tropicais. Como podia um animal ártico ter alimento tropical no seu estômago? Uma explicação é que a região ártica tinha antigamente um clima tropical e que uma mudança súbita da Terra em relação ao seu eixo trouxe o Período Glacial e mudou o clima para frígido.
Esta teoria tem sido apresentada tanto para explicar a vegetação tropical no estômago dos animais árticos congelados quanto o fato de que muitos destes enormes animais eram de espécies tropicais, relacionadas com os elefantes. Grandes depósitos de presas de elefantes foram encontrados na Sibéria, como evidência de ter sido então um habitat de animais tropicais. Entretanto, há outra teoria para explicar estes fatos: a de que estes animais tropicais vieram do interior da Terra, que tem um clima tropical, saindo através da abertura polar norte. Em chegando ao exterior frio, com o seu clima ártico, eles se congelaram, visto não estarem acostumados com tal clima frio. Esta é a teoria defendida por Ray Palmer, que não aceita a idéia de que estes animais morreram em tempos pré-históricos, como o resultado de uma mudança da Terra em relação ao seu eixo. Ele diz:
"Na verdade, a morte deve ter sido súbita, mas não porque o Ártico fosse previamente tropical e subitamente mudasse para um clima frígido. A vinda repentina do Período Glacial não foi a causa da morte. A causa da morte foi a natureza ártica, e poderia ter ocorrido em qualquer tempo, até mesmo recentemente. Desde o período glacial que não existem mamutes no mundo conhecido, a menos que existam na terra misteriosa, além do Pólo, onde um deles foi realmente visto vivo por membros da expedição de Byrd!
"Temos tomado o mamute como uma evidência moderna e sensacional da misteriosa terra de Byrd, mas existem muitas provas menores de que um ponto originário desconhecido existe em algum lugar das regiões nórdicas. Apenas relacionamos umas poucas, sugerindo que o leitor, examinando os dados das explorações polares dos dois últimos séculos, dificilmente conciliará as conhecidas áreas alimentícias mencionadas previamente nesta apresentação de fatos, com aquelas áreas em volta dos pólos dos mapas de hoje."
Evidências astronômicas em apoio da teoria de Gardner de uma Terra oca
Gardner dedica uma parte considerável do seu livro à discussão da evidência astronômica em apoio da sua teoria de uma Terra oca, com aberturas polares e um sol central, referindo-se à formação original dos planetas de uma nebulosa e às luzes polares observadas em Marte, Vênus e Mercúrio .
Em referência à nebulosa, Gardner chama a atenção para o fato de que as nebulosas planetárias mostram uma estrutura de concha, geralmente com uma estrela central, como observado por H. D. Curtis, da Sociedade Astronômica do Pacífico, num artigo na Scientific American, de 14 de outubro de 1916. Ele relata:
"Cinqüenta destas nebulosas têm sido estudadas fotograficamente, com o refletor de Crosly, usando diferentes comprimentos de exposição, a fim de apanhar os detalhes estruturais da porção central brilhante, bem como das partes mais afastadas e desmaiadas. A maioria das nebulosas mostra um anel mais ou menos regular ou estrutura de concha, geralmente com uma estrela central."
Baseado no acima e era outras evidências astronômicas, Gardner assevera que a forma da nebulosa, como vista através do telescópio, confirma a sua teoria, mostrando que na formação original dos planetas das nebulosas, eles adquirem um interior oco, aberturas polares e um sol central, como indicado pela forma da nebulosa de anel, mostrada nas fotografias que acompanham o seu trabalho. Gardner escreveu:
"Por que os cientistas realmente jamais consideraram o problema da forma da nebulosa planetária?
Eles sabem, por observações reais e por fotografias, que a nebulosa planetária toma a forma de uma concha oca, aberta nos pólos e tendo um núcleo central brilhante ou sol central.
Por que nunca pensaram no que isto devia implicar? É evidentemente uma etapa na evolução da nebulosa. Por que os cientistas nunca se perguntaram ao que esta conformação deve logicamente conduzir? Por que a ignoram de todo? Não será isto porque não a possam explicar, sem uma alteração muito grande de suas próprias teorias?
Entretanto, nossa teoria mostra como cada etapa na evolução de uma nebulosa é alcançada e como é ultrapassada, mostramos a que a precede e a que se segue na história da nebulosa. Mostramos uma evolução contínua, passando através de cada etapa para a seguinte, as etapas nas quais aquelas aberturas polares são fixadas, a concha solidificada, a nebulosa reduzida a um planeta. E deve ser lembrado que, enquanto a nebulosa original era incomparavelmente- maior do que o planeta em tamanho, medindo mesmo milhões de quilômetros de diâmetro talvez, ao mesmo tempo aquela nebulosa é composta de gases tão tênues e tão expandidos pelo seu calor imenso que, quando se solidificam, constituem apenas um planeta."
Gardner chama a atenção para o fato de que, justamente como no caso da formação do sistema solar, em que algum do fogo original permaneceu no centro para formar o sol, também no caso de cada planeta individual e pelo mesmo processo em que o sistema solar como um todo foi formado, e pela continuação do mesmo movimento geral de rotação e de forças centrífugas arremessando para a periferia as massas mais pesadas (como mostrado pelo fato de que os planetas mais longínquos, como Urano e Netuno, são maiores do que aqueles que estão mais próximos do sol, como Mercúrio e Vênus), no caso de cada um dos planetas, na sua formação, algum do fogo original permanece no centro -de cada um, formando o sol central, enquanto os seus componentes mais pesados são arremessados para a superfície, para formar a crosta sólida, deixando o interior oco.
Também, devido a sua rotação em torno do seu eixo, a força centrífuga faz com que a massa se acumule mais em ângulo reto com o eixo, ocasionando um abaulamento no Equador, com uma compensação correspondente nos pólos, em forma de depressões que se abrem para o interior oco, em vez de ser perfeitamente redondo .
Faz parte da teoria de Gardner, em apoio da qual apresentou evidência astronômica no seu livro, que todos os planetas são ocos e têm um sol central, sendo este o padrão básico de acordo com o qual são formados os sistemas solares, da nebulosa primitiva da qual se originam. Assim também o nosso universo deve ter um sol central, em volta do qual as estrelas circulam.
Gardner cita o famoso astrônomo, Professor Lowel, que tem visto cintilações de luzes da calota polar de Marte. De acordo com Gardner isto é devido à luz do sol central de Marte passando através da abertura polar. Luzes semelhantes foram observadas vindas da região polar de Vênus. Durante a passagem de Mercúrio pelo sol, o planeta, embora preto no lado virado para nós, foi observado emitindo uma luz brilhante, comparável à do nosso sol, vinda do seu disco preto.
Gardner conclui que estes três planetas são todos ocos e têm aberturas polares grandes, erradamente chamadas de calotas polares de gelo e neve, mas que são na realidade brancas devido à grande quantidade de nuvens e nevoeiros nestas regiões, e que aberturas nas nuvens e nevoeiros permitem que o sol central brilhe através delas. Tais luzes brilhantes têm sido repetidamente observadas pelos astrônomos que, não lhes compreendendo a razão, não podiam oferecer explicações satisfatórias. Gardner observa que, às vezes, estas calotas polares desaparecem subitamente, devido a uma alteração no clima e que o gelo e neve não podem se fundir tão rapidamente. O Professor Newcomb, diz:
"Não há evidência de que neve igual à nossa tenha jamais se formado em volta dos pólos de Marte. Não parece possível que qualquer queda de neve considerável tivesse ocorrido, nem há qualquer necessidade de supor que neve ou gelo reais sejam responsáveis pelas calotas brancas."
Figura 15
AURORA BOREAL - Não há nada acerca desta aurora boreal, descrita por Hall, que um grande fogo no interior da Terra não pudesse explicar.
Figura 16:
O FUNCIONAMENTO DA BÚSSOLA - Esta ilustração é apresentada para mostrar como a agulha magnética funciona na passagem para dentro do interior da Terra, e como a bússola os dirigiria para fora novamente, se os exploradores não soubessem que a Terra era oca.
Figura 17
Vistas de Marte, tomadas do Observatório de Yerkes, em 28 de setembro de 1902, mostrando o círculo branco, da chamada calota polar, projetando-se além da superfície do planeta, o que elimina toda a possibilidade de ser neve ou gelo. (Do livro de Marshall B Gardner, A Journey to the Earth's Interior ou Have the Poles Really Been Discovered?)
Em apoio da sua alegação relativa à existência de luzes vistas no pólo de Marte, Gardner cita o Professor Lowell que observa que, em 7 de junho de 1894, estava observando Marte quando viu, subitamente, dois pontos de luz brilharem do centro da calota polar. Eram de brilho ofuscante. As luzes brilharam por uns poucos minutos e desapareceram. Green, alguns anos antes, em 1846, também viu duas manchas de luz no pólo de Marte.
Figura 18
Vista de Marte, mostrando a mancha branca circular, que é uma entrada para o interior do planeta, em vez da chamada calota polar de gelo, provando assim que Marte, a Terra e todos os outros corpos planetários são ocos e contêm um sol central. (Fotografado por F.A.A. Talbott, em Beighton, na Inglaterra.) Por razões óticas todas as fotografias astronômicas são invertidas.
Figura 19
Uma vista do alto, da abertura para o interior da Terra.
Lowell tentou explicar as luzes que viu como reflexos do sol no gelo polar, mas Gardner nega isto, citando o Professor Pickering que viu uma vasta área branca se formar no pólo de Marte, dentro de vinte e quatro horas, visível como uma calota branca, e depois desaparecer gradualmente. Lowell viu também uma faixa azul escuro, que acreditou ser água do gelo ou neve derretida da calota. Gardner acredita que a chamada calota de Marte seja realmente nevoeiro e nuvens, que poderiam aparecer e desaparecer tão rapidamente. Ele escreveu:
"O que Lowell realmente viu foi um facho direto — dois fachos diretos no mesmo momento — brilhando do sol central de Marte, através da abertura do pólo marciano. Não indica, a faixa azul em volta da área a que Lowell se referiu, a aparência ótica da superfície refletora do planeta se curvando gradualmente para o interior, de modo que uma parte da curva começa a deixar de refletir a luz? E o fato de que não seja visível com freqüência mostra que somente o é quando Marte fica numa determinada posição em relação à Terra em que somos capazes de observar a boca da abertura polar e pegar um facho direto.
Por que os cientistas jamais compararam os fatos das claras calotas de Marte com as luzes em atividade sobre as nossas próprias regiões polares? Esquecem eles que a manifestação da aurora boreal tem sido observada sem qualquer referência a alterações da agulha magnética? E, se a aurora é independente das condições magnéticas, a que mais então pode ser devida, senão a uma fonte de luz? Não é o reflexo da luz da aurora na atmosfera comparável à projeção da luz das calotas de Marte na atmosfera marciana? E como podem os cientistas explicar o fato de que a aurora boreal é vista distintamente somente no norte muito longínquo, e vista somente de uma maneira fragmentária quando nos afastamos mais para o sul?"
Em apoio do seu ponto de vista de que as calotas polares de Marte não são formadas de gelo e neve mas representam as luzes do seu sol central, brilhando através da abertura polar, Gardner diz:
"Por que o quente planeta Vênus tem calotas polares iguais às de Marte, se as calotas marcianas são realmente formadas ou de gelo ou de neve ou de dióxido de carbono congelado? Também, por que as calotas de Vênus e Mercúrio não crescem e diminuem como é dito que as de Marte o fazem? E por que as calotas polares de Marte são vistas lançando clarões de luz, muitos quilômetros acima da superfície do planeta, quando vistas de perfil, se são realmente de gelo? Como podem ser tão luminosas, em primeiro lugar — mais luminosas de que a neve quando vista em circunstâncias semelhantes? E como pôde Lowell ver raios diretos de luz das calotas se não eram fachos de uma fonte direta de luz?
Além disto, como podem os cientistas explicar o fato, também notado pelo Professor Lowell, cujas observações sobre Marte parecem vir todas em apoio da nossa teoria, de que quando o planeta é visto pelo telescópio, à noite, sua luz polar é amarelada e não branca, como a luz de calotas de neve seria? O sol central é uma massa incandescente, e da mesma maneira como o brilho de uma lâmpada elétrica incandescente parece amarelado quando visto de longe, na escuridão, assim a luz direta do sol marciano apareceria amarelada — mas se esta luz fosse o reflexo de uma sólida superfície branca ela certamente pareceria branca. Contudo, isto não ocorre, e assim compete aos cientistas explicar por quê. Entretanto, pelo que sabemos, ainda não conseguiram explicações”.
Mitchell viu dois clarões brilhantes de luz nas calotas polares de Marte, que gradualmente se uniram. Gardner explica isto como sendo devido à passagem de nuvens por sobre o sol interior, ocasionando variações na luz emitida através da abertura polar.
Um astrônomo inglês, W. E. Denning, num artigo no periódico científico Nature, relativo às suas observações em 1886, escreveu:
"Durante os últimos meses a calota polar norte de Marte tem estado muito brilhante, oferecendo algumas vezes um contraste surpreendente com as outras regiões mais debilmente reflexivas. Estas regiões luminosas de Marte necessitam, pelo menos, tanta investigação cuidadosa quanto as suas partes mais escuras. Em muitos desenhos e descrições anteriores de Marte, não foi dada a importância suficiente a estas manchas brancas."
Em 1892, o astrônomo inglês, J. Norman Lackyer, escreveu o seguinte, a respeito de Marte: "A zona de neve era, às vezes, tão brilhante que, como a lua nova crescente, parecia se projetar além do planeta. Este efeito de irradiação era visível freqüentemente. Em uma ocasião foi observado que a mancha de neve brilhava como uma estrela nebulosa, enquanto o planeta propriamente dito estava obscurecido por nuvens, um fenômeno observado por Beer e Madler, e registrado no seu trabalho, Fragments sur les corps celestes. O brilho parecia variar consideravelmente, e às vezes, especialmente quando a zona de neve estava perto do seu mínimo, ela não era, de maneira nenhuma, o objeto proeminente que aparece sobre o disco do planeta."
Gardner faz os comentários seguintes sobre as observações acima:
"Ninguém que leia isto, à luz da nossa teoria, pode deixar de ver como se encaixa bem. Somente fachos de luz direta, de um sol central, podiam dar tal efeito luminoso sobre a superfície do planeta, variando segundo a atmosfera estivesse clara ou nublada. Fosse ela uma simples calota de gelo, não teria havido esta luminosidade quando o planeta estava coberto por nuvens, como Lackyer disse que estava. Além disto, esta luminosidade é precisamente a que mostraria a nossa aurora boreal vista de muito longe. E a luz é a mesma em ambos os casos. Voltando ao planeta Vênus, demonstraremos de maneira absoluta que os círculos polares não são neve ou gelo ou mesmo calotas de geada, mas simplesmente aberturas que levam à superfície interior e iluminada do planeta."
Em Vênus, o vapor abundante tende a igualar a temperatura, de modo que suas calotas polares não são compostas de gelo ou neve, como é suposto no caso de Marte, mas do que Gardner duvida. Falando das calotas polares de Vênus, MacPherson diz o seguinte, no seu livro Romance of Modem Astronomy:
"Tem sido observada a existência de calotas polares, supostas por alguns de serem semelhantes às do nosso próprio planeta e de Marte. Alguns astrônomos, entretanto, não as consideram como sendo de neve."
Em 1878, o astrônomo francês Trouvelet observou, no pólo de Vênus, uma massa confusa de pontos luminosos, o que Gardner atribui à luz do sol central forcejando através das nuvens. Desde que a calota polar não é feita de gelo, estas luzes não podem ser um reflexo do sol. Ele acredita que o mesmo se dá com Marte.
Luzes semelhantes são vistas vindo de Mercúrio. Richard Proctor, um dos melhores astrônomos conhecidos do século dezenove, escreveu: "Um fenômeno de Mercúrio, se real, poderia muito bem ser considerado como indicativo de energias vulcânicas, comparadas com as quais as da nossa própria Terra seriam como as débeis forças de uma criança comparadas com as energias de um gigante. Tem sido suposto que uma certa mancha brilhante vista no disco escuro de Mercúrio indica alguma fonte de iluminação, ou na superfície do planeta ou na sua atmosfera. Da sua atmosfera dificilmente poderia ser; nem se poderia supor que os raios da aurora de Mercúrio possuíssem a necessária intensidade de brilho. Se a superfície de Mercúrio estivesse brilhando com a luz assim supostamente vista, então pode facilmente ser mostrado que mais de centenas de milhares de quilômetros quadrados daquela superfície devem luzir com uma intensidade de brilho comparada com a qual a iluminação das luzes da ribalta seria como a escuridão. De fato, as luzes da ribalta são escuridão absoluta em comparação com o brilho intrínseco da superfície do sol; e as manchas brilhantes, supostamente pertencentes a Mercúrio, têm sido vistas quando os óculos escuros mais fortes foram usados. Entretanto, não pode haver dúvida de que as manchas brilhantes são apenas um fenômeno ótico."
Comentando as declarações de Proctor, Gardner, escreve:
"De novo concordamos com a observação mas não com a conclusão. Aqui está um ponto de luz em Mercúrio, claramente visível através de um telescópio, tão brilhante que o observador o compara com a de um sol incandescente. É muito mais brilhante do que poderia ser possivelmente dado por qualquer reflexo. Para Proctor, tal aparecimento foi chocante em extremo. Não o estava esperando e estava extremamente despreparado para ver tal fenômeno. Assim, é completamente incapaz de explicá-lo. E assim Proctor chama esta luz de apenas um 'fenômeno ótico'. Entretanto, não podemos acreditar que os olhos de Proctor o tenham enganado. Ele era um observador astronômico treinado, e o que viu deve ter uma explicação ou causa.
"É óbvio para nós que o que ele viu foi o sol central de Mercúrio, brilhando diretamente através da abertura polar, e como Mercúrio é um planeta pequeno, o sol interior estaria bem perto da abertura e não havia atmosfera aquosa com nuvens, para ofuscar o seu brilho, com o resultado de que este sol brilharia com fulgor extraordinário. Deve ser notado que os seus raios lembraram a Proctor os raios do sol que brilha sobre todos os planetas.
"Que mais poderia ser desejado do que isto para mostrar que Mercúrio, bem como outros planetas, tem um sol central, e que tal sol será encontrado universalmente? Não é significativo que, começando com Marte, fomos capazes de chegar a Vênus e Mercúrio, aplicando o mesmo teste e obtendo os mesmos resultados? Os testes são observações diretas ou fotográficas. Os resultados são o do invariável aparecimento de um sol central."
Além das evidências astronômicas acima, em favor da sua teoria, Gardner se refere à estrutura das cabeças dos cometas, mostrando um centro oco, crosta externa e sol central. Apresenta no seu livro um desenho do cometa Donati, detectado de um observatório de Florença, em 1858. Como pode ser visto, tinha um núcleo ou sol central, que "luzia com brilho igual ao da Estrela Polar" e tinha mais de 1.000 quilômetros de diâmetro. Gardner acredita que um cometa é um planeta que entrou na órbita de algum outro corpo maior, como o nosso sol, que o tirou da sua própria órbita e possivelmente o fez colidir com outro planeta de modo que o calor resultante o transformou, em sua maior parte, em uma cauda gasosa que se arrasta atrás dele. Gardner assevera que o núcleo ígneo do cometa era previamente o sol central do planeta do qual ele foi formado depois que se quebrou em fragmentos.
Origem da aurora boreal
Assim como há luzes polares de Marte, Vênus e Mercúrio, vindas do seu sol central e brilhando através das suas aberturas polares, Gardner assevera que o mesmo ocorre, no caso do nosso planeta, cujas luzes polares emitidas são a aurora boreal, que não é devida ao magnetismo mas sim ao sol central da Terra.
Figura 21
UMA SEÇÃO DA GRANDE BARREIRA DE GELO - Um iceberg monstro no Oceano Antártico, com seiscentos e quarenta quilômetros de comprimento e oitenta de largura, fundeado em seiscentos e quarenta metros de água e se estendendo por cerca de cinqüenta metros acima do oceano; congelado de água doce e desligado da Terra. Como foi parar lá?
Gardner apresenta a seguinte teoria, da origem da aurora boreal:
"Por que os cientistas nunca comparam os fatos relativos à calota clara de Marte com a luz que aparece sobre as nossas próprias regiões polares? Esquecem eles que o espetáculo da aurora boreal tem sido observado sem qualquer referência a alterações na agulha magnética? E se a aurora demonstra ser independente das condições magnéticas, ao que mais ela pode ser devida, senão a uma fonte luminosa? Não é o reflexo da luz da aurora na atmosfera comparável com a projeção da luz das calotas de Marte na atmosfera marciana? E como explicam os cientistas o fato de que a aurora boreal é vista distintamente no norte muito distante, e vista somente de maneira fragmentária quando se está mais ao sul?"
Gardner conclui que a aurora boreal é devida ao brilho do sol central através do orifício polar no céu noturno; e as variações dos raios de luz são devidas às nuvens do interior que, na sua movimentação, cortam a luz do sol central e fazem com que os reflexos no céu se conservem cambiantes. Que a aurora não é devida ao magnetismo ou às descargas elétricas é provado pelas observações de muitos exploradores árticos,' mostrando que não há perturbações da bússola ou os ruídos que acompanham as descargas elétricas, quando a aurora era mais intensa . Gardner diz:
"Há algumas outras considerações que mostram que a aurora é realmente devida ao sol interior. O Dr. Kane, no seu relato de suas explorações, nos diz que a aurora é mais brilhante quando é branca. Isto mostra que quando a luz do sol é tão clara que é refletida a luz branca total, temos um efeito muito mais brilhante do que quando a luz é decomposta em cores prismáticas. No último caso, a atmosfera está úmida e densa (no interior da Terra) — sendo isto a causa do efeito de arco-íris — e através da atmosfera não se pode ver muito.
Assim, nestas condições, o espetáculo é menos brilhante do que quando a atmosfera é clara e a luz não é decomposta.
E ainda, se a aurora é o reflexo do sol central, deveríamos esperar vê-lo completamente apenas perto do orifício polar, e captar apenas débeis lampejos dos seus bordos externos quando nos afastássemos para o sul. E isto é precisamente o que acontece realmente. O Dr. Nicholas Senn, no seu livro, In the Heart of the Artics, diz o seguinte:
'A aurora, que somente ocasionalmente é vista na nossa latitude, é apenas a sombra da que pode ser vista na região polar'.
A aurora não é uma perturbação magnética ou elétrica, mas simplesmente um reflexo deslumbrante dos raios do sol central. Pois, se ele aquece continentes e águas no interior da Terra, se, como temos visto, aves têm seus locais de alimentação e de multiplicação ali, se um tronco ocasional, ou semente ou poeira semelhante à de pólen é vista no Ártico, vinda de um tal lugar desconhecido, como temos descrito, deve ser possível obter evidência bastante de tal vida."
A Terra Oca - Capítulo V: Foi o Pólo Norte Realmente Descoberto?
Retornando do Ártico, em setembro de 1909, o Dr. Frederich A. Cook anunciou que tinha alcançado o Pólo Norte, em 21 de abril de 1908. Seu anúncio foi seguido, uns poucos dias mais tarde, pelo do Contra-Almirante Robert E. Peary, que disse ter chegado ao Pólo Norte em 6 de abril de 1909. Cada um deles proferiu acusações contra o outro, asseverando que tinha descoberto o Pólo Norte e que o outro não o tinha. Cook acusou Peary, dizendo que ele tinha se apropriado de alguns dos seus relatórios, no seu regresso do Pólo. Entretanto, Cook deixou de apresentar qualquer registro escrito que tivesse feito da sua viagem e isto fez com que os seus relatórios parecessem suspeitos.
Embora Cook asseverasse que foi o primeiro a alcançar o Pólo Norte, é geralmente dado a Peary o crédito de ter sido o primeiro a descobri-lo. A alegação de Cook foi desacreditada porque a altitude do sol era apenas uns poucos graus acima do horizonte e estava tão baixo na ocasião que as suas observações, como prova de sua posição, não tinham valor. Peary alcançou, ou asseverou que alcançou, o Pólo Norte em abril, quinze dias mais cedo na estação, e portanto sob condições solares ainda mais adversas. Seus cálculos são, por conseguinte, mais sujeitos à suspeita do que os de Cook.
Cook também não tinha outras testemunhas além dos esquimós de que tinha achado o Pólo Norte. O mesmo é verdade, em relação a Peary, a quem faltavam testemunhas, por sua própria vontade, tendo ordenado aos homens de sua expedição para ficarem para trás, enquanto foi sozinho, na companhia de um único esquimó, para o Pólo. Conquanto se tenha duvidado de Cook quando disse que tinha feito 24 quilômetros por dia, Peary asseverou ter feito acima de 32 quilômetros.
A discussão sobre se Cook ou Peary, ou se nenhum dos dois, descobriu o Pólo não está ainda perfeitamente solucionada.
Há um fato, na arremetida de Peary para o Pólo, que lança suspeitas na sua alegação de o ter alcançado. Este é o da notável velocidade que ele alega ter conseguido, ou sob a qual teria de ter viajado para alcançar o Pólo Norte e voltar durante o tempo em que o fez. Quando se aproximou do paralelo de 88 graus de latitude norte, decidiu tentar uma arremetida final para o Pólo, em cinco dias. Ele fez 40 quilômetros no primeiro dia; 32 no segundo; 32 no terceiro; 40 no quarto; e 64 no quinto. Sua média, em cinco dias, foi de 42 quilômetros por dia. Pode um homem andar tão depressa sob condições incrivelmente difíceis como as da área do Pólo Norte, supostamente um terreno gelado, descrito pelos tripulantes do submarino atômico Skate como fantasticamente confuso e recortado? E, todavia, mais ao sul, com presumidamente melhores condições de viagem, ele foi capaz de fazer somente 32 quilômetros por dia, em média.
Destes fatos devemos concluir que nem Cook nem Peary alcançou o verdadeiro Pólo Norte, uma vez que, de acordo com as teorias apresentadas neste livro, ele não existe. O que Cook e Peary alcançaram foi, provavelmente, a margem magnética da depressão ou abertura polar, onde a bússola aponta diretamente para baixo, mas não o próprio Pólo, que fica no centro desta abertura. Peary pode ter viajado a distância que calculou como correta para alcançar o Pólo Norte, mas o que fez realmente foi viajar esta mesma distância ou em volta ou para dentro da depressão ou abertura, que existe nesta parte do mundo, na qual o Almirante Byrd entrou; e quanto mais viajasse mais profundamente entraria nesta abertura, sem jamais alcançar o verdadeiro Pólo.
Sociedades científicas que examinaram as alegações de Cook e de Peary de terem alcançado o Pólo Norte concluíram que, em nenhum dos casos, podia ser dito, autorizadamente, que o explorador o tinha alcançado.
A alegação de Cook de ter alcançado o Pólo foi baseada na sua promessa de o provar pelas suas notas de campo e observações matemáticas. Entretanto, ele nunca foi capaz de apresentar quaisquer notas. Ele alegou que Peary fez com que alguns dos seus dados fossem enterrados. Entretanto, com o tempo, a fé em Cook se transformou em ceticismo, que começou com a negativa de Peary da alegação de Cook. A negativa de Peary foi corroborada pelo fracasso de Cook em apresentar dados científicos apropriados. O Contra-Almirante Melville, da Marinha dos Estados Unidos, um velho explorador ártico, disse numa entrevista, na ocasião:
"Foram os despachos malucos, supostamente vindos do Dr. Cook, a respeito das condições que encontrou lá, e outras coisas, que me fizeram duvidar de ter Cook achado o Pólo."
De acordo com o Dr. Tittman, Cook e Peary não podiam ter viajado a pé sobre o gelo sólido para alcançar o Pólo Norte, por que, praticamente, todos os cientistas concordam que isto não pode ser verdade. Alguns pensam que há mar aberto por lá e outros terra fértil. Todos os exploradores que foram bastante ao norte encontraram mar aberto. Quanto à existência por lá de terra fértil isto somente seria possível de acordo com a nossa própria teoria de uma abertura polar e um sol central, uma vez que, de acordo com a teoria de uma terra sólida, devia ficar cada vez mais frio quanto mais para o norte se fosse. Entretanto, os exploradores árticos acharam que o oposto é que é a verdade. Acharam mais quente perto do Pólo do que mais para o sul. Mas mesmo se o frio do Pólo não fosse bastante para congelar o mar, como poderia ele ser quente bastante para permitir a existência de terra fértil, a menos que a nossa teoria seja correta? Como todos os exploradores concordam em que há mar aberto nesta região (o orifício polar), porém gelo mais para o sul, é claro que Cook não foi tão longe ao norte quanto pensou ter ido.
Quando a Academia Sueca de Ciências e a Universidade de Copenhaque examinaram as alegações de Cook, decidiram que ele não provara ter alcançado o Pólo. Peary fez o seguinte relato à Associated Press.
"Cook não esteve no Pólo Norte em 21 de abril de 1908, nem em qualquer outra época. A história de Cook não devia ser levada demasiado a sério. Os dois esquimós que o acompanharam dizem que ele não seguiu para o norte nem saiu de vista da Terra. Outros membros da tribo corroboraram esta história. Ele simplesmente contou uma história falsa."
Entretanto, quando Peary retornou à civilização, sua própria história pareceu tão dúbia quanto a de Cook. Ele tinha tomado até mesmo menos observações da sua alegada posição do que Cook o tinha feito. O fato de ter deixado para trás os seus companheiros brancos e de não ter testemunhas lançou dúvidas sobre a sua alegação. Quando Cook foi duvidado por ter dito que fez 24 quilômetros por dia em viagem de trenó, Peary asseverou ter feito acima de 32 e até mesmo 64. Desde que é impossível fazer 64 quilômetros por dia num trenó de cães, o que se admite ser mais vagaroso do que viajar a pé, esta alegação parece impossível. Quando perguntado se viajou mais depressa num trenó de cães do que a pé, Peary admitiu:
"Nas expedições árticas o homem é de sorte se é capaz de andar sem ter de empurrar o trenó. Usualmente deve pegar na rabiça e empurrá-lo para a frente. É como dirigir um arado de aiveca, puxado por bois. Pode-se também esperar, a qualquer momento, que o trenó bata numa crista e o derrube."
De acordo com a declaração de Peary, parece impossível que ele pudesse viajar à velocidade de 32 e 64 quilômetros por dia sobre o gelo ártico, durante oito dias, depois de executar trabalhos igualmente pesados. Por estas razões, depois de examinar os dados de Cook e de Peary, um investigador concluiu:
"A pergunta sobre se Peary ou Cook descobriu o Pólo Norte talvez nunca seja respondida. Parece ser um dos enigmas da história, destinado a permanecer como uma questão da palavra de um homem contra a do outro."
Quando Peary submeteu suas provas à investigação de uma Comissão do Congresso, esta reconheceu, no Congresso, que Peary não tinha, tanto quanto Cook, provado a sua alegação de ter alcançado o Pólo Norte. Peary alegou que viajou uma distância de 430 quilômetros, de 87 graus e 47 minutos de latitude norte até o Pólo e regressou à mesma latitude em sete dias e umas poucas horas. Esta velocidade parece ser impossível na região polar.
Cook admitiu que não alcançou o Pólo no livro que publicou depois que voltou de sua expedição, e no qual declarou:
"Alcancei realmente o Pólo Norte?... Se estava enganado em ter posto os pés no ponto exato (Pólo Norte), sobre o qual esta controvérsia tem se alastrado, sustento que foi o engano inevitável que qualquer homem pode fazer. Tocar naquele ponto exato seria um acidente."
Isto criou um escândalo internacional. Depois de terem universidades e reis estrangeiros congratulado e conferido honras a Cook, ser descoberto mais tarde que tinham sido iludidos. Então, depois de um explorador americano (Cook) ter feito uma alegação falsa, refletiria terrivelmente na reputação dos Estados Unidos se fosse achado, depois de examinado, ter feito também um outro (Peary) uma asseveração igualmente falsa. Isto seria ridicularizado pela imprensa estrangeira.
Para evitar isto o Congresso dos Estados Unidos nomeou uma Comissão da Sociedade Geográfica Nacional, que forneceu um parecer favorável à descoberta de Peary, depois de um exame superficial de suas anotações de campo, e esperou-se que isto acomodaria o assunto, de modo que o mundo pudesse considerar que um explorador americano (Peary) tivesse descoberto o Pólo Norte. Esperou-se que isto acomodaria o assunto, e evitasse que uma alegação falsa da descoberta do Pólo Norte por um americano fosse seguida de outra.
Entretanto, um ano depois de ter a Comissão da Sociedade Geográfica Nacional dado veredicto favorável à alegação de Peary, foi feita uma nova investigação congressional e o seu julgamento foi de que Peary não provou as suas alegações, por que suas declarações não foram confirmadas por uma única testemunha branca. A Comissão deu veredicto de "não provado".
Entretanto, Peary jamais reconheceu as acusações que lhe foram feitas e desejou terminar a sua carreira reformando-se no posto de Contra-Almirante, com um soldo de 6.000 dólares americanos por ano. Amigos de Peary apresentaram ao Congresso uma lei para reformá-lo. Pensar-se-ia que antes de reformá-lo seria feito um inquérito para saber se ele tinha ou não alcançado o Pólo, mas isto não foi feito. Conquanto o Governo dos Estados Unidos se recusasse oficialmente a endossar a descoberta de Peary, ele não se podia permitir ao desprestígio de anunciar ao mundo que ele não havia descoberto o Pólo Norte.
"Estou convencido de que Peary não descobriu o Pólo Norte, por duas razões:
1. A despeito de toda a conversa que tem havido a respeito dos dados científicos trazidos por ele e apresentados como evidência, o fato é que sua alegação da descoberta em questão é sustentada apenas pela sua palavra, não verificada, e por nada mais.
2. Todas as outras alegações de descobertas na região ártica feitas por Peary têm sido falsas. Por que então, aceitaríamos como verdadeira sua alegação sem confirmação de que chegou ao Pólo?"
Num inquérito do Congresso, o Sr. Tittmann, Superintendente da U. S. Coast Survey, foi perguntado:
— Que evidência há de que este grupo de Peary e outros alcançaram o Pólo?
O Sr. Tittmann respondeu:
— Não tenho evidências disto, exceto as sondagens registradas sob a assinatura de Peary. Peary não trouxe nada de volta, nem testemunhas, nem provas científicas válidas, nada além da sua palavra não comprovada para apoiar sua alegação de ter descoberto o Pólo. Entretanto, visto que sua reputação de verídico tem sido destruída pelo fato de que cada uma das suas alegações de descobertas tem se mostrado falsa, nada há que o mundo possa aceitar como prova de que tenha estado, em qualquer tempo, perto do Pólo.
Devido ao funcionamento irregular da bússola na região polar e ao fato de que o sol estava apenas um pouco acima do horizonte quando ambos os exploradores estiveram lá, tornando difícil a determinação de posições, numa região onde é fácil para um explorador se perder devido à dificuldade de se certificar de sua posição, é provável que nem Cook nem Peary realmente tenham achado o Pólo, mesmo se pensaram que o fizeram. Isto é confirmado pelo fato de que todos os exploradores árticos anteriores encontraram condições mais quentes e mar aberto muito longe ao norte, enquanto Cook e Peary asseveraram ter viajado sobre gelo. Isto indicaria que estiveram em pontos mais ao sul e se tivessem ido mais para o norte teriam chegado ao mar aberto. Em relação a isto, Marshall B. Gardner, no seu livro A Journey to the Earth's Interior ou Have the Foles Really Been Discovered?, escreve:
"Tivessem eles (Cook e Peary) ido além, teriam achado mar aberto e temperaturas mais elevadas. Tivessem eles barcos que pudessem lançar naquele mar e o caminho para a meta ao norte teria sido claro. Teriam visto o sol central da terra brilhando mesmo no inverno, brilhando durante todas as vinte e quatro horas e durante todo o ano, e teriam descoberto novos continentes e oceanos, um mundo novo de terras e águas e formas de vida, algumas das quais já desaparecidas do lado de fora do globo.
Mas isto não tinha de acontecer. A descoberta desta nova terra foi deixada para aqueles que, seguindo a teoria descrita neste livro, e usando meios seguros de viagens árticas, como o avião e o dirigível, voarem sobre as barreiras de gelo eterno até o mar mais quente além e acima daquele, até chegarem ao reino da luz solar perpétua."
A asseveração de Gardner foi confirmada pelas duas expedições do Almirante Byrd, que viajou de avião através das aberturas polares norte e sul e chegou a esta terra mais quente, onde viram uma nova e estranha forma de vida animal, bem como árvores, vegetação, montanhas e lagos, embora a expedição não penetrasse na abertura polar longe o bastante para alcançar a terra tropical, de luz solar perpétua, no interior da Terra, acerca da qual Gardner fala. Entretanto, tal terra e tal sol devem existir se as observações do Almirante Byrd, de um território mais quente, além dos Pólos, são corretas.
Figura 22
ROCHAS NO GELO - O autor assevera que as rochas mostradas na ilustração acima foram atiradas para o ar por uma erupção vulcânica e caíram sobre o iceberg enquanto em formação.
William F. Warren, no seu livro, Paradise Found ou The Cradle of the Human Race, apresenta o ponto de vista de que a espécie humana se originou num continente tropical no Ártico, a famosa hyperborea dos gregos antigos, uma terra ensolarada e cheia de frutos, cujos habitantes, uma raça de deuses, viviam por mais de mil anos sem envelhecer.
Os escritos antigos dos chineses, egípcios, hindus e de outras raças, e as lendas dos esquimós mencionam uma grande abertura no norte e uma raça que vive sob a crosta da Terra, e que os seus ancestrais vieram de uma terra paradisíaca no interior da Terra. (Não será Papai Noel uma lembrança racial de um benfeitor da humanidade, que veio deste povo subterrâneo através da abertura polar — talvez num disco voador simbolizado pelo seu trenó e renas voadoras?)
A maioria dos escritores sobre o assunto assevera que o interior da Terra é habitado por uma raça de pessoas pequenas de pele morena e diz também que os esquimós, cuja origem racial é diferente da dos outros povos da superfície da Terra, vêm deste povo subterrâneo. Um explorador declarou que aqueles, conhecidos como os Montanheses do Ártico, vieram do interior da Terra. Quando se pergunta aos esquimós de onde vieram os seus ancestrais eles apontam para o norte.
Algumas lendas dos esquimós falam de uma terra muito bonita, ao norte. Falam também de uma terra lindíssima, de luz perpétua, onde não há nem escuridão nem sol demasiado brilhante. Esta terra maravilhosa tem um clima ameno, onde grandes lagos jamais se congelam, onde animais tropicais andam em manadas, e pássaros multicores escurecem os céus, uma terra de juventude perpétua, onde as pessoas vivem milhares de anos em paz e felicidade. Há uma história de um rei britânico, a quem os Skraelings (esquimós) levaram a uma terra paradisíaca sob a superfície.
Os irlandeses têm uma lenda a cerca de uma terra adorável além ao norte, onde a luz e o clima de verão são contínuos. Lendas escandinavas falam de uma terra maravilhosa, bem longe ao norte, chamada Ultima Thule. Palmer comenta: "É a 'terra de mistério' do Almirante Byrd, 'o centro do grande desconhecido', o mesmo que a Ultima Thule da lenda escandinava?"
Falando sobre a origem dos esquimós, Gardner diz:
"Que os esquimós vieram do interior da Terra, isto é, de um local que não podiam explicar muito bem aos noruegueses que lhes perguntavam de onde originalmente tinham vindo, pode ser deduzido pelo fato de que os consideravam uma espécie de povo sobrenatural, como as fadas. Quando consideramos que estes esquimós, no propósito de dizerem de onde vieram, apontavam para o norte e descreviam uma terra de luz solar perpétua, é fácil compreender que os noruegueses, que associavam as regiões polares com o fim do mundo e não certamente com um mundo novo, se maravilhariam da estranha origem indicada. Eles naturalmente presumiram que estes eram seres sobrenaturais, que vieram de uma região sob a Terra — que era sempre considerada como sendo a residência dos gnomos, fadas e criaturas semelhantes."
E, de acordo com Nansen, é isto precisamente o que aconteceu. Ele diz:
"Já tenho dito que o nome skraeling, pelo qual os antigos escandinavos chamavam os esquimós, deve originalmente ter sido usado para designar as fadas ou criaturas míticas. Além disto há muitas indicações de que quando os islandeses encontraram os esquimós na Groenlândia os consideraram como fantásticos. Por conseguinte os chamaram de trolls, um nome antigo comum para vários tipos de seres sobrenaturais. Este ponto de vista persistiu até há pouco tempo."
Nansen diz ainda que quando estes skraelings ou esquimós eram mencionados em escritos latinos a palavra era traduzida como pygmaei, significando "baixo, pessoa de pequeno tamanho de aspecto sobrenatural". Na idade média supunham que eles habitavam Thule, que significava a última terra além ao norte.
Esta crença em Thule, uma terra além do pólo, habitada por um povo estranho, era muito generalizada. Nansen diz que Santo Agostinho transmitiu o conhecimento destes pigmeus a Isidoro e deste se espalhou por toda a Europa medieval — no sentido de um povo fabuloso das partes mais extremas ao norte.
Um cidadão de Welsh, Walter Mapes, no fim do século doze, numa coletânea de anedotas, fala de um rei pré-histórico da Britânia, chamado Herla, que se encontrou com os skraelings ou esquimós, que o levaram para baixo da Terra, num reino estranho, permanecendo por lá muito tempo e regressando mais tarde.
Os irlandeses antigos tinham uma lenda de uma terra além do mar, onde o sol brilhava sempre e era verão. Até mesmo pensavam que alguns dos seus heróis tinham ido lá e voltado, depois do que jamais ficavam satisfeitos com o seu próprio país.
Um escritor norueguês, do século treze, é citado por Nansen como afirmando que os esquimós eram tidos naquela época como um povo sobrenatural, pequeno em estatura e por conseguinte diferente na sua origem dos outros habitantes da Terra. Gardner escreve:
"Nansen diz que as colônias de esquimós crescem não somente pelo aumento da tribo em número mas por migrações 'frescas vindas do norte', o que indica claramente subseqüentes adições vindas do interior da Terra.
Que originalmente vieram de uma terra de sol permanente, de um país bem além da barreira de gelo do norte, é a tradição dos próprios esquimós, e a qual deve ser dada muito crédito, pois não poderia ter surgido entre eles sem uma causa. A este respeito, o Dr. Senn diz: 'Quando perguntados sobre a terra de sua origem, eles invariavelmente apontam para o norte, sem a mais vaga percepção do que isto signifique'.
Naturalmente os esquimós não sabem que a Terra é oca e que há muitos e muitos anos viveram no seu interior, mas se apegaram àquele fato simples — vieram do norte. O Dr.
Senn nega que eles tenham qualquer característica em comum com os índios norte-americanos e pensa que são os remanescentes dos 'habitantes mais antigos do hemisfério ocidental'. Ele pode estar certo em atribuir-lhes grande antigüidade — pelo menos concordo com Nansen neste particular. Entretanto é o interior da Terra e não o hemisfério ocidental o lugar evidente de sua moradia original. Relativamente à terra de luz solar perpétua, os esquimós naturalmente não se lembram de a terem visto, pois é extremamente duvidoso se qualquer esquimó da geração atual penetrou jamais no interior. Entretanto, é um fato bem conhecido que cada povo tem a sua idéia de uma 'idade de ouro' ou paraíso que é geralmente composta de elementos transmitidos nas suas histórias e mitos com característicos de sua pátria primitiva. Assim, as lendas dos esquimós, transmitidas de geração a geração, são contos da terra interior, com o seu sol que brilha sempre — e que poderia ser mais natural do que o esquimó imaginar o paraíso para si e para os seus amados, depois de mortos, como uma reconstrução da sua primeira pátria, da qual ouviu apenas contos confusos?
Isto, de qualquer maneira, é exatamente o que ele tem feito.
Discutindo sua religião, o Dr. Senn diz:
'Acreditam num mundo futuro. A alma desce abaixo da Terra, em vários níveis, o primeiro dos quais é como um purgatório. Entretanto, os bons espíritos que o atravessam acham que as outras mansões vão melhorando até que a uma profundidade grande alcançam a bem-aventurança perfeita, onde o sol nunca se põe e onde, ao lado de lagos que jamais se congelam, os veados pastam em grandes manadas e as focas e outros animais marinhos existem nas águas em abundância'.
Este paraíso podia servir quase como que uma descrição literal das áreas no interior da Terra, e a maneira como os esquimós indicam um purgatório preliminar antes que ele possa ser alcançado pode ser o reflexo de uma lembrança transmitida à tribo das grandes privações e dificuldades da barreira de gelo, entre aquela pátria maravilhosa e a situação atual dos esquimós, ao sul do grande obstáculo natural.
É interessante observar também que quando os esquimós perceberam, pela primeira vez? os grandes esforços de Peary para seguir mais ao norte do que o Grande Capote de Gelo da Groenlândia — além do qual eles próprios não tinham ambição de se aventurar — pensaram imediatamente que a razão para sua tentativa de ir mais além ao norte era a de entrar em comunicação com outras tribos de lá. Esta idéia dificilmente lhes teria ocorrido a não ser pelo fato de que tinham tradições ou outras evidências de pessoas no norte, supostamente desabitado.
Com tal peso de evidências apontando numa mesma direção, é difícil resistir à conclusão de que temos nos esquimós um tipo, agora mudado e misturado com outras raças, mas todavia um tipo de seres humanos que habitou, ou muito provavelmente ainda habita, o interior da Terra. Não se pode certamente encontrar uma origem para eles que explique sua situação atual. E suas lendas também não admitem outra explicação. Pois aquelas lendas indicam certamente o mesmo tipo de terra que vem sendo mencionado em cada capítulo deste livro — uma terra de luz solar perpétua e de clima ameno, que corresponde a Ultima Thule da lenda antiga e que pode, mais cedo do que os céticos esperam, ser descoberta uma vez mais por aqueles que forem procurá-la equipados adequadamente."
Gardner diz que tanto os esquimós quanto os mongóis vieram do interior da Terra, uma vez que se assemelham de muitas maneiras, inclusive no formato singular dos olhos, tão diferente de todos os outros tipos humanos.
Figura 23
UMA REVOADA DE TORDAS - As aves são tão numerosas nas regiões árticas que quando voam escurecem os céus, seus gritos sendo ouvidos de muito longe.
UMA REVOADA DE TORDAS - As aves são tão numerosas nas regiões árticas que quando voam escurecem os céus, seus gritos sendo ouvidos de muito longe.
Figura 24
PITARMIGÃO - Ave encontrada em grandes números no Círculo Ártico
Figura 25
GANSO DO NORTE - Encontrado em abundância no Círculo Ártico
Gardner escreve: "É muito possível que os esquimós não sejam descendentes de qualquer das tribos expulsas da China, como isto poderia ser insinuado, mas que os chineses assim como os esquimós vieram originalmente do interior da Terra”.
Evidências de Que Vêm do Interior Oco da Terra
A concepção de uma Terra oca, apresentada neste livro, oferece a teoria mais razoável da origem dos discos voadores e é muito mais lógica do que a crença na sua origem interplanetária. Por esta razão, especialistas destacados em discos voadores, como Ray Palmer, editor da revista Flying Saucers, e Gray Barber, um escritor bem conhecido sobre discos voadores, têm aceito a teoria da sua origem subterrânea e não de que vêm de outros planetas.
A teoria de que os discos voadores vêm do interior da Terra e não de outros planetas se originou no Brasil e somente mais tarde foi adotada pelos especialistas americanos em discos voadores.
Em 1957, quando folheava livros numa livraria de São Paulo, no Brasil, o autor encontrou um livro que chamou sua atenção, intitulado From the Subterranean World to the Sky: Flying Saucers, por O. C. Huguenin. A tese do livro era que os discos voadores não eram naves espaciais de outros planetas mas sim de origem terrestre e vinham de uma raça subterrânea, habitando dentro da Terra.
A princípio o autor não podia aceitar esta estranha e singular teoria relativa à origem dos discos voadores, que parecia improvável e impossível, uma vez que necessitava da existência de uma cavidade de proporções enormes dentro da Terra, na qual eles pudessem voar, em vista de suas velocidades tremendas. Na realidade, esta cavidade teria de ser tão grande que faria da Terra uma esfera oca. Nesta ocasião o autor ainda não tinha dado com os notáveis livros de dois cientistas americanos, William Reed e Marshall B. Gardner, provando, na base de evidências dos exploradores árticos, que a Terra é oca com aberturas nos Pólos, com um diâmetro de 10.300 quilômetros no seu interior oco, grande o bastante para o vôo de discos voadores .
A teoria de Huguenin, da origem subterrânea dos discos voadores, entretanto, não era original. A idéia foi apresentada pela primeira vez pelo Professor Henrique José de Souza, Presidente da Sociedade Teosófica Brasileira, que tem sua sede em São Lourenço, no Estado de Minas Gerais, onde há um templo imenso, no estilo grego, dedicado a Agharta, o nome budista do mundo subterrâneo.
Entre os alunos do Professor em São Lourenço estavam o Sr. Huguenin e o Comandante Paulo Justino Strauss, oficial da Marinha Brasileira e membro da Diretoria da Sociedade Teosófica Brasileira. Dele souberam a respeito do Mundo Subterrâneo e também da idéia de que os discos voadores vêm do interior da Terra. Foi por esta razão que o Sr. Huguenin dedicou seu livro ao Professor Souza e à sua esposa, D. Helena Jefferson de Souza.
Enquanto Huguenin incorporou a idéia da origem subterrânea dos discos voadores num livro, o Comandante Strauss a apresentou numa série de palestras que proferiu no Rio de Janeiro e nas quais afirmava que os discos voadores são de origem terrestre mas não vêm de qualquer nação conhecida na superfície da Terra. Eles se originam, acredita ele, do Mundo Subterrâneo, o Mundo de Agharta, cuja capital é conhecida como Shamballah.
No seu livro, Huguenin apresenta a teoria de Strauss de uma origem subterrânea dos discos voadores, em oposição à teoria de que eles vêm de outros planetas, da seguinte maneira:
"A hipótese da origem extraterrestre dos discos voadores não parece aceitável. Uma outra possibilidade é a de que sejam aeronaves militares pertencentes a alguma das nações da Terra. Esta hipótese, entretanto, é contrariada pelos argumentos seguintes:
1. Se os Estados Unidos e a Rússia possuíssem discos voadores, eles não deixariam de anunciar este fato dado o seu valor como arma psicológica e as vantagens decorrentes no campo diplomático. Também, fabricariam e usariam estes veículos para finalidades militares, uma vez que são tão rápidos e poderosos que deixariam o inimigo quase que sem meio de defesa.
2. Os Estados Unidos e a Rússia não continuariam a gastar grandes importâncias na fabricação de aviões convencionais se possuíssem o segredos dos discos voadores."
Depois de apresentar os argumentos de que os discos voadores não vêm de qualquer nação existente e seu ponto de vista de que não são de origem interplanetária, Huguenin cita Strauss para assegurar que eles vêm do Mundo Subterrâneo. A este respeito ele escreve:
"Finalmente devemos considerar a teoria mais recente e interessante que tem sido apresentada para explicar a origem dos discos voadores: a da existência de um grande
Mundo Subterrâneo, com inumeráveis cidades nas quais vivem milhões de habitantes. Esta outra humanidade deve ter alcançado um grau muito elevado de civilização, organização social e econômica, desenvolvimento cultural e espiritual, juntos com um extraordinário progresso científico, em comparação com o qual a humanidade que vive na superfície da Terra pode ser considerada como uma raça de bárbaros.
A idéia da existência de um Mundo Subterrâneo chocará muitas pessoas. A outros soará absurda e impossível, pois 'certamente', dirão eles, 'se existisse teria sido descoberto há muito tempo'. E existirão muitos outros céticos que chamarão a atenção para o fato de que seria impossível a existência de um tal mundo habitado dentro da Terra por causa da crença de que, quando se desce, a temperatura aumenta, na base de cuja teoria supõe-se que, uma vez que a temperatura se eleva à proporção que vai mais para baixo, o centro da Terra é uma massa ígnea. Entretanto este aumento de temperatura não quer dizer que o centro da Terra é ígneo pois ele pode se verificar somente por uma distância limitada, como no caso dos vulcões e das fontes termais (quentes), que se elevam de camadas subterrâneas localizadas em certos níveis (abaixo dos quais a temperatura diminui à proporção que se desce). De acordo com a hipótese, o calor aumenta quando se desce através da crosta da Terra apenas numa distância de cerca de oitenta quilômetros (na camada superficial da Terra).
De acordo com as informações fornecidas pelo Comandante Paulo Justino Strauss, o Mundo Subterrâneo não é restrito a cavernas mas é mais ou menos extenso e localizado num oco centro da Terra, grande bastante para ter cidades e campos, onde vivem seres humanos e animais, cuja estrutura física se assemelha à dos da superfície. Entre os seus habitantes estão certas pessoas que foram da superfície e que, como o Coronel Fawcett e seu filho Jack, desceram para nunca mais voltar." (Huguenin nesta altura se refere aos pontos de vista do Professor Souza e do Comandante Strauss sobre o assunto controvertido do desaparecimento misterioso do Coronel Fawcett, asseverando que ele e o seu filho Jack estão ainda vivos numa cidade subterrânea a qual chegaram por um túnel existente nas Montanhas do Roncador, no nordeste de Mato Grosso, e que não foram mortos pelos índios como geralmente suposto. A esposa de Fawcett, que alega manter contato telepático com ele, está certa de que ainda vive, tanto assim que enviou uma expedição a Mato Grosso, chefiada pelo seu outro filho, para achá-lo, o que foi em vão por que ele já não se encontra na superfície da Terra e sim no Mundo Subterrâneo.)
Huguenin depois pergunta como estas cidades maravilhosas subterrâneas e esta avançada civilização no interior da Terra se estabeleceram. Sua resposta é que os construtores e a maioria dos habitantes deste Mundo Subterrâneo são de uma raça antediluviana, que veio dos continentes pré-históricos submersos da Lemúria e Atlântida e que ali encontrou refúgio da inundação que destruiu sua pátria (Lemúria se afundou no Oceano Pacífico há 2.500 anos, enquanto Atlântida foi submersa por uma série de inundações, a última das quais ocorreu há 11.500 anos, de acordo com Platão, que se baseou em registros egípcios antigos. O Egito era uma colônia da Atlântida a leste, da mesma maneira que os impérios Asteca, Maia e Inca o eram a oeste.)
Huguenin assevera que os atlantes, que eram bem mais avançados do que nós em desenvolvimentos científicos, voavam em aeronaves que utilizavam uma forma de energia obtida diretamente da atmosfera, e que eram conhecidas como vimanas, que são idênticas às que conhecemos como discos voadores. Antes da catástrofe que destruiu a Atlântida, os seus habitantes acharam refúgio no Mundo Subterrâneo, no interior oco da Terra, para onde foram nos seus vimanas ou discos voadores, chegando até lá através das aberturas polares. Desde então os seus discos voadores permaneceram na atmosfera do interior da Terra e eram usados como meio de transporte de um lugar no interior do mundo côncavo para outro, pois neste mundo, dentro da crosta da Terra, uma linha aérea reta é a distância mais curta entre dois pontos quaisquer, não importando quão distante um do outro. Foi somente depois da explosão atômica em Hiroshima que estas aeronaves atlantes vieram à superfície, pela primeira vez, e foram conhecidas como discos voadores.
Como foi chamada a atenção previamente, vieram em autodefesa, para se prevenir contra a poluição radioativa do ar que recebem do lado de fora.
Huguenin está convencido de que os discos voadores não são naves espaciais de outros planetas, mas aeronaves atlantes. Parece que, através da história, especialmente nos tempos antigos, estas aeroonaves vieram à superfície ocasionalmente e alguns personagens históricos voaram nelas. Assim, no épico indu Ramaiana há uma descrição de um "Carro Celestial de Rama", o grande professor da índia Védica, conhecido como vimana, um veículo aéreo controlado. Ele era capaz de voar grandes distâncias. O recorde aéreo de Rama foi um salto do Ceilão ao Monte Kailas, no Tibete. No Mahabharata lê-se dos inimigos de Chrishna terem construído uma carruagem aérea, com lados de ferro e provida de asas. O Smranagana Sutrahara diz que por meio de naves do céu os seres humanos podem voar no ar e que "seres celestes" viriam à Terra.
Que a navegação aérea existiu muito antes da construção do primeiro aeroplano moderno, foi descoberto pelo Diretor da Academia Internacional de Investigações de Sânscrito, em Mysen, na índia, num antigo tratado de aeronáutica, que foi escrito há mil anos. Ele foi atribuído ao sábio indu Bhara-dway, que escreveu um manuscrito chamado Vimacrika Shostra, significando a "Ciência da Aeronáutica".
Este tem oito capítulos, com diagramas, descrevendo três tipos de aviões, inclusive aparelhos que não podiam pegar fogo nem quebrar, e menciona trinta e uma partes essenciais destes veículos e dezesseis materiais dos quais eles são constituídos, que absorvem luz e calor, razão pela qual são considerados adequados para a construção de aeroplanos. É interessante assinalar a semelhança das palavras vymacrika e vimanas, indicando que os indus obtiveram o seu conhecimento de navegação aérea dos atlantes subterrâneos, que os devem ter visitado em tempos muito remotos e lhes ensinado.
Do Brasil, de onde a teoria da origem subterrânea dos discos voadores se originou, ela se propagou para os Estados Unidos, onde Ray Palmer, editor da revista Flying Saucers, tornou-se seu fervoroso propagador, abandonando sua crença antiga da origem interplanetária em favor da nova teoria de que eles vêm do interior oco da Terra. No número de dezembro de 1959 da sua revista, ele escreve:
"Neste número apresentamos os resultados de anos de pesquisas, nas quais indicamos a possibilidade de que os discos voadores não somente são do nosso próprio planeta, e não do espaço, mas também de que há um tremendo volume de evidências que mostra que existe uma localização DESCONHECIDA de dimensões enormes, que está, até onde se pode dizer com segurança nestes escritos, também inexplorada, e de onde os discos voadores com toda a probabilidade se originam."
Relativamente ás alegações feitas por algumas pessoas "contatadas" pelos discos voadores de que foram levadas num disco numa viagem a Marte e a outros planetas, Palmer diz:
"Temos lido todas as narrativas de tais viagens e em nenhum lugar, em qualquer delas, podemos achar evidência de que o espaço foi atravessado! Em todos estes relatos pudemos ver que os passageiros poderiam ter sido levados para a 'terra desconhecida' descoberta pelo Almirante Byrd, e se informados de que estavam em Marte não saberiam ver a diferença!
Desde que uma viagem real num disco voador fosse feita, o piloto deste podia ter simulado uma viagem espacial e, em vez disto, levado seu passageiro para 'aquela terra misteriosa além do Pólo', como a chama o Almirante Byrd."
Num artigo, Saucers from Earth: a Challenge to Secrecy, do número de dezembro de 1959, Palmer escreve:
"A revista Flying Saucers reuniu uma grande coleção de evidências que os seus editores consideram inexpugnável, para provar que os discos voadores são naturais do planeta Terra; que os governos de mais de uma nação sabem que isto é um fato; que um esforço concentrado vem sendo feito para aprender tudo a respeito deles e para explorar a terra de onde vêm; que os fatos já conhecidos são considerados tão importantes que são o maior segredo do mundo; que o perigo é tão grande que apresentar provas públicas é arriscar o pânico geral; que o conhecimento público traria exigências que derrubariam os governos incapazes e não desejosos de agir; que a própria natureza dos discos voadores e sua área de origem (no interior oco da Terra, alcançado através das aberturas polares — o Autor) são completamente incompatíveis com a manutenção do status quo político e econômico."
Contra a teoria de que os discos voadores são feitos por qualquer governo existente, Palmer diz: "Os discos voadores têm estado com a humanidade por séculos, senão por milhares de anos!" Esta antigüidade, diz ele, "elimina os governos contemporâneos da Terra como os originadores deste fenômeno misterioso".
Depois de provar que os discos voadores não vêm de qualquer nação existente, Palmer ataca a teoria de sua origem interplanetária, cujo principal proponente é o especialista americano em discos voadores, Keyhoe, e também alguns "contatados" que asseveram, uns que os discos voadores vêm de Marte, outros de Vênus etc.
Depois de mostrar que os discos voadores não vêm de qualquer nação existente ou de outro planeta, Palmer, a maior autoridade americana em discos voadores, conclui, em concordância com o Comandante Strauss e com Huguenin, que eles vêm do interior oco da Terra, através das aberturas polares. Ele escreve:
"Na opinião dos editores de Flying Saucers esta origem polar dos discos voadores terá agora que ser refutada com fatos. Qualquer negativa deve ser acompanhada de provas positivas. Flying Saucers sugere que tais provas não podem ser apresentadas. Flying Saucers assume o ponto de vista de que todos os grupos interessados em discos voadores deveriam estudar o assunto partindo da hipótese de uma Terra oca, reunir toda a evidência que confirmasse esta hipótese existente nos últimos dois séculos e buscar diligentemente qualquer evidência contrária. Agora, quando temos ligado os discos voadores à sua origem mais lógica (a que temos insistido sempre que devia existir por causa dos obstáculos insuperáveis da origem interestelar, que exige fatores além da nossa imaginação) de que vêm da nossa própria Terra, isto deve ser provado ou refutado, de uma maneira ou de outra.
Por quê? Por que se o interior da Terra é povoado por uma raça altamente científica e avançada, devemos fazer contatos proveitosos com ela; e se são poderosos na sua ciência, inclusive na guerra, não devemos torná-los nossos inimigos; e se é a intenção do nosso governo considerar o interior da Terra como 'território virgem', comparável aos 'territórios índios da América do Norte, quando os colonizadores chegaram para tomá-los dos seus legítimos donos, é o direito do povo conhecer esta intenção e exprimir sua opinião a este respeito.
O disco voador tornou-se o mais importante fato isolado da história. As perguntas numerosas trazidas à baila neste artigo devem ser respondidas. O Almirante Byrd descobriu uma terra nova e misteriosa, o 'centro do grande desconhecido' e a mais importante descoberta de todos os tempos. Temos isto dos seus próprios lábios, de um homem cuja integridade foi sempre impecável e cuja mente era uma das mais brilhantes dos tempos modernos.
Que aqueles que o queiram chamar de mentiroso se adiantem e provem suas alegações! Os discos voadores vêm desta Terra!"
Assim termina o grande artigo de Ray Palmer, Flying Saucer from lhe Earth!, que criou uma sensação, fazendo com que certas agências secretas governamentais confiscassem a revista e evitassem sua distribuição de modo que não chegou aos seus 5.000 assinantes. Por quê? Obviamente porque o governo estava convencido de que tal território desconhecido e não reclamado, vasto em extensão e maior do que a inteira superfície de terras do globo, existe e desejou que sua existência fosse conservada secreta, de modo que nenhuma outra nação soubesse dele ou o alcançasse e reclamasse para si. Era importante que os russos não soubessem dele. Por esta razão foi decidido suprimir este número de dezembro de 1959, de Flying Saucers, que foi misteriosamente retirado de circulação.
Evidentemente, a informação contida na revista relativa ao fato de que os discos voadores vinham do interior oco da Terra, através das aberturas polares, bem como notícias relativas aos vôos do Almirante Byrd passando dos pólos e penetrando nestes novos territórios desconhecidos além deles, foram considerados perigosos de serem tornados públicos e foram, em conseqüência, suprimidos secretamente pelas autoridades governamentais.
Uma outra destacada autoridade americana em discos voadores é Gray Barker. Um mês depois de Palmer ter publicado seu artigo sensacional, expressando sua crença de que os discos voadores não vêm do espaço externo e sim do interior da Terra, Barker escreveu o seguinte, no seu The Saucerian Bulletin, de 15 de janeiro de 1969:
"No número de dezembro de 1959, de Flying Saucers, Ray Palmer publicou o resultado de suas pesquisas.
A teoria já tinha sido apresentada antes, há muitos anos, num livro intitulado A Journey to the Earth's Interior ou Have the Poles Really Been Discovered?, que está agora esgotado e é muito raro. Muitos estudiosos das ciências ocultas, muito antes que os discos voadores se tornassem do conhecimento geral, acreditavam que há gente vivendo no lado de dentro da Terra, de onde saem e entram por aberturas secretas nos Pólos norte e sul.
Palmer apresentou apenas a primeira das suas evidências no número de dezembro de 1959. Esta consistiu de uma relação das narrativas pelo rádio e pelos jornais do vôo do Almirante Byrd ao Pólo Norte, em 1947.
Em fevereiro daquele ano, Byrd decolou de uma base ártica e se dirigiu direto para o norte, para o Pólo. Então Byrd continuou voando para o norte, além do Pólo, e ficou maravilhado de descobrir terras sem gelo, lagos, montanhas revestidas de árvores e até mesmo um animal monstruoso, movimentando-se na vegetação rasteira abaixo! O avião voou por quase 2.730 quilômetros sobre terra, montanhas, árvores, lagos e rios. Depois de voar 2.730 quilômetros foi forçado a regressar em virtude do limite do seu suprimento de gasolina para a viagem de volta. Assim, ele voou de volta à sua base ártica. Na ocasião não foi dada muita atenção àquele vôo fora do comum.
Palmer então sugere ao leitor para dar uma olhada no globo. De acordo com o relato do vôo de Byrd, ele não devia ter visto outra coisa senão oceano coberto de gelo ou águas abertas parcialmente. Entretanto Byrd viu árvores e outras vegetações. De acordo com o globo tal terra não pode estar lá. A seguir Palmer discute discrepâncias semelhantes no Pólo Sul e chega então a uma conclusão surpreendente: TERRA NÃO É ESFÉRICA. EM VEZ DISTO É ALGO SEMELHANTE A UM BISCOITO REDONDO, embora não tão chato. Em cada pólo há uma enorme abertura, tão grande que quando se viaja 'além' do pólo penetra-se realmente na beirada interna do buraco da Terra, em forma de biscoito redondo. Se se viajasse longe o bastante, atravessando o 'buraco' do 'biscoito redondo' sair-se-ia no outro pólo.
Palmer sugere ainda que há pessoas vivendo no 'interior' da Terra, e que tais pessoas emergem dos pólos em discos voadores. Ele promete apresentar o restante das provas mais tarde, mas no número em questão de Flying Saucers sua apresentação se resume nos seguintes pontos principais:
1. Levantamentos das áreas nos Pólos norte e sul são maiores do que se pode achar espaço no mapa ou no globo, levando à presunção de que tais áreas se estendam para dentro do 'biscoito redondo'.
2. Alguns animais, especialmente o boi almiscarado, emigram para o norte no inverno, desde o Círculo Ártico. Ao norte do paralelo de 80 graus encontram-se raposas caminhando para o norte, aparentemente bem alimentadas numa grande área onde não há alimento disponível. (Elas vão para o norte porque se torna mais quente e porque há vida animal e vegetal quando entram na abertura polar — o Autor.)
3. Os exploradores árticos concordam em que fica mais quente à proporção que se segue para o norte (depois de chegar perto bastante do Pólo Norte) .
4. No Ártico, árvores coníferas dão à praia vindas do norte. Borboletas e abelhas são encontradas no norte distante, mas nunca a centenas de quilômetros mais ao sul.
5. Restos de mamutes, perfeitamente preservados, são encontrados na Sibéria, com o escasso alimento da região subártica nos seus estômagos. Tais alimentos não poderiam ter sustentado o animal. Ele deve ter vindo da 'terra além do Pólo', afirma Palmer.
6. Dificuldades com satélites lançados por sobre o Pólo Sul confirmam a teoria de que as áreas de terra não têm sido medidas com precisão ou que 'alguém' tem estado interferindo com eles."
Em conexão com este assunto é interessante observar que os jornais americanos, há algum tempo, publicaram um relato de que havia sido descoberto um satélite artificial misterioso que girava em torno da Terra, numa órbita que passava diretamente sobre ambos os pólos e que não havia sido lançado por qualquer nação conhecida. Será que ele emergiu de um dos pólos e continuou a girar sobre o seu ponto de origem?
Gray Barker parece concordar com Palmer que os discos voadores vêm do lado de dentro da Terra; e no seu editorial acima citado, pergunta:
"Que tal se existisse uma raça desconhecida, em alguma parte inexplorada da Terra, responsável pelos discos voadores? O artigo de Palmer me fez começar a pensar neste sentido, uma vez mais. A EXPLICAÇÃO DA TERRA INTERNA SE AJUSTARIA À MAIORIA, SENÃO A TODAS AS FACETAS DO PROBLEMA DOS DISCOS VOADORES.
Várias escolas de 'ocultistas' ensinam que as entradas polares fornecem o vestíbulo para as cidades de Agharta, no Mundo Subterrâneo, tais como Shamballah (a capital) e outras. Aceitemos por um momento que tal povo tem existido no lado de dentro da Terra por milhares de anos, mesmo antes do homem — ou que talvez semearam o lado de fora com o homem. Talvez eles o tenham vigiado constantemente, assistindo-o, ocasionalmente, tecnologicamente, dando origem ao aparecimento do que agora chamamos 'lendas’. Talvez tenham construído a Grande Pirâmide; talvez sejam responsáveis por alguns dos 'milagres’ relatados nas histórias mundanas e religiosas. Até que o homem, o seu protegido, aprenda a ser moralmente merecedor, não desejarão dar-lhe, subitamente, o conhecimento de sua existência ou os segredos de sua tecnologia.
Quando o homem, entretanto, inventou a bomba atômica, o povo do lado de dentro da Terra ficou muito preocupado. Talvez temessem que a contaminação da atmosfera os alcançasse; talvez temessem que o homem explodisse a terra completamente. Fazer cessar ou controlar a tendência do homem para a destruição seria um problema delicado, a menos que viessem abertamente informá-lo da sua existência. Pensaram que eventualmente teriam de fazê-lo e começaram um processo lento de doutrinação, primeiro apenas deixando-o ver os discos voadores. Uma vez que os homens pensaram que os discos voadores vinham do espaço externo, deixaram-se passar por pessoas do espaço, contatando-os nas suas aeronaves e tentando doutriná-los com filosofias pacifistas (a maioria do 'povo do espaço' contatado tem falado fortemente contra a bomba atômica)."
No seu livro, They Knew Too Much About Flying Saucers, Barker fala do "Mistério Antártico", ou do número incomum de discos voadores vistos subindo e descendo na região do Pólo Sul, o que reforça a teoria de uma abertura polar através da qual os discos voadores emergem ou entram no interior oco da Terra, Neste livro ele menciona um australiano e um investigador neozelandês, chamados Bender e Jarrold, respectivamente, que acreditavam que os discos voadores se originavam e eram estabelecidos na Antártica e tentaram descobrir os seus itinerários, quando foram subitamente interrompidos nas suas pesquisas por "três homens de preto" que eram agentes secretos governamentais e que, aparentemente, desejavam suprimir tais pesquisas, do mesmo modo como a publicidade relativa ao vôo de 3.690 quilômetros do Almirante Byrd no novo território desconhecido, que não é encontrado em qualquer mapa e que fica além do Pólo Sul e dentro da abertura que leva ao interior oco da Terra, foi suprimida da imprensa.
Theodore Fitch é um outro escritor americano que acredita que os discos voadores vêm do interior oco da Terra. No seu livro, Our Paradise Inside the Earth, ele escreve:
"Autores de livros sobre discos voadores acreditam que eles vêm de outros planetas. Entretanto, como pode isto ser? Eles estão demasiado distantes. Mesmo viajando à velocidade terrífica levariam a duração de uma existência para fazer a viagem (especialmente de planetas de outros sistemas solares) ."
Fitch assevera, como o faz Palmer, que os "astronautas" que chegam a nós em discos voadores e que se fazem passar por visitantes de outros planetas são, realmente, membros de uma civilização avançada do interior da Terra, que têm razões importantes para conservar secreto o seu verdadeiro lugar de origem, motivo pelo qual reforçam a impressão falsa de que vêm de outros planetas. Sobre isto Fitch diz o seguinte:
"Dizem que vêm de outros planetas mas duvidamos disto." Considera isto uma mentira inocente, a fim de evitar que governos militaristas fiquem sabendo que no outro lado da crosta terrestre existe uma civilização avançada, cujas conquistas científicas suplantam de longe as nossas e a qual pode ser alcançada pelas aberturas polares. Desta maneira eles se protegem de aborrecimentos ou de uma guerra possível entre as raças subterrâneas e da superfície .
Fitch concorda com Palmer que os discos voadores não são "naves espaciais", como Adamski assevera, nem que seus pilotos são "homens do espaço".
São antes veículos para viagens atmosféricas, que vêm do interior oco da Terra, no qual eles voam ligando cada ponto do mundo subterrâneo côncavo com os outros. Quanto aos "pequenos homens morenos" vistos nos discos voadores, Fitch acredita que pertençam à mesma raça subterrânea da qual descendem os esquimós. Fitch concorda com Williarn Reed e com Marshall B. Gardner de que os ancestrais dos esquimós vieram do interior oco da Terra, através da abertura polar. Descrevendo estes pequenos homens morenos, que são os pilotos dos discos voadores, evidentemente servindo a uma raça superior (atlantes) que os construiu e os enviou até nós, Fitch diz:
"Embora menores do que nós, são mais fortes. Seu aperto de mão é como o de um torno. Um deles pode rapidamente dominar um homem forte. Seus corpos são muito bem proporcionados. Tanto os homens quanto as mulheres se vestem elegantemente. Embora não sejam lindos, são agradáveis à vista. Nenhum deles parece ter mais de 30 anos de idade. Dizem que não esperam morrer jamais.
Seria necessário um livro para registrar as conversações que têm sido mantidas com os homens e mulheres dos discos voadores. Sua fala é rápida, certa e objetiva. Parecem ser muitíssimo inteligentes. Falam livremente e respondem a todas as perguntas, mas mentem a respeito de coisas que não querem que saibamos (como recusando a revelar sua verdadeira origem subterrânea e fingindo vir de outros planetas, como Marte e Vênus).
Aqui estão umas poucas e breves afirmativas feitas pelos pequenos homens e mulheres que vivem dentro da Terra: Vangloriam-se de sua mentalidade e conhecimento superiores e que eles têm mais habilidade criativa do que nós.
Dizem estarem muito a nossa frente relativamente a novas invenções. Por exemplo, alegam que seus discos voadores são movidos pela 'energia livre' (querendo significar a energia eletromagnética do espaço que é grátis e não como o combustível usado nos nossos aviões). Asseveram que obtêm a 'energia livre' da explosão de certos átomos pela ação da energia eletromagnética do espaço, quando em vôo.
Dizem que estão milhares de anos a nossa frente em todas as artes, tais como pintura, escultura e projetos arquitetônicos. Estão também a nossa frente em administração comercial e doméstica e em técnicas agrícolas; e que os seus lindos panoramas, parques, jardins, pomares e fazendas suplantam de muito os nossos. Alegam também que estão muito a nossa frente nos seus conhecimentos sobre nutrição e dieta.
Asseveram que vivem com grande luxo e todavia não têm distinção de classes, não havendo pobreza, nem necessidade de polícia. Dizem que sabem todas as línguas da Terra."
A descrição de Fitch desta civilização superior do interior oco da Terra lembra a Utopia subterrânea de Bulwer Lytton, descrita no seu livro, The Coming Race. Lytton era um rosacruciano e teve acesso, provavelmente, a informações ocultas a este respeito. Ele descreve uma raça superior dentro da Terra, que vivia num estado de abundância e felicidade universal, livre da cobiça, da pobreza e da guerra.
Fitch descreve estas pessoas como vivendo sob um sistema econômico pelo qual possuem todas as coisas em comum, sem engrandecimento ou entesouramento privados, e sem distinção de classes de ricos e pobres, capitalistas e operários. Têm também um sistema eqüitativo de distribuição, livre da exploração e da usura; e não há pobreza entre eles uma vez que estão todos na base de uma perfeita igualdade, através de um sistema de propriedade comum. Eles não têm propriedade privada e trabalham juntos, cooperativamente, pelo seu bem-estar comum.
Fitch escreve:
"Eles dizem que conhecem todos os segredos de cada governo. Dizem que são de inteligência e autoridade mais elevada. Uma vez que são nossos superiores têm autoridade sobre nós. Alegam serem especialistas em telepatia mental.
Asseveram que vêm de uma raça antediluviana (Lemúria e Atlân-tida). Dizem não saber coisa alguma a respeito do nosso Jesus e que a nossa Bíblia tem sido mal traduzida, mal interpretada e mal elaborada. Asseveram serem uma raça que não decaiu como o fizemos. Dizem que deveríamos ter um governo mundial. Dizem também que deveríamos nos livrar das bombas nucleares e dos armamentos.
Dizem que todos os seus esforços são pela paz e que a nossa paz é devida aos seus esforços em nosso favor, e que nos salvaram de mergulharmos numa guerra nuclear suicida e que devemos tomá-los como nossos guias.
Têm sido tiradas fotografias dos pequenos homens morenos dos discos voadores e suas palavras têm sido registradas em fitas. Alguns americanos têm feito viagens curtas e longas em discos voadores pequenos e grandes."
Mostramos acima que os discos voadores são veículos atmosféricos criados por uma super-raça, que vive no interior oco da Terra e não naves espaciais que vieram de outros planetas, como suposto comumente, sem a menor evidência a seu favor. Ao contrário temos provas positivas de que isto não pode ser assim.
O fato de as visitas em grande escala dos discos voadores ocorrem em seguida à explosão da primeira bomba atômica em Hiroshima tem sido suposto por alguns escritores ser uma indicação de que o clarão da explosão atraiu a atenção dos habitantes de outros planetas ou de outros sistemas solares, que mandaram seus discos voadores até nós para evitar uma catástrofe que pudesse pôr em perigo o universo, inclusive eles próprios. Por esta razão, é alegado, a visita em grande escala se realizou depois do desastre de Hiroshima, enquanto que antes os discos voadores apareciam apenas esporadicamente e nunca em números tão grandes.
Esta idéia não faz sentido por várias razões. Primeiro de tudo por que, supondo que os discos voadores vêm de outros planetas e sistemas solares, alguns muitos anos-luz de distância, e necessitando duas vezes este tempo para que o clarão os alcançasse e eles aqui chegassem (desde que possam viajar à velocidade da luz), como podia ser possível que os discos voadores dos diferentes planetas e sistemas solares chegassem todos aqui aproximadamente ao mesmo tempo e logo depois da explosão de Hiroshima? Somente isto poderia refutar a teoria da origem interplanetária dos discos voadores .
Em segundo lugar, se a sua vinda era um ato de autodefesa, para que a grande liberação de energia atômica não leve mais tarde aos efeitos perigosos do envenenamento da nossa atmosfera, não é muito mais razoável acreditar que os habitantes do mundo subterrâneo, que obtêm o ar que respiram do interior (através da abertura polar), ficariam muito mais receosos de tal calamidade e mandassem suas frotas de discos voadores a fim de nos ajudar, conquistar o nosso respeito e então nos aconselhar a desistir de explosões atômicas posteriores e da fabricação de bombas deste tipo? Certos habitantes de outros sistemas solares distantes muitos anos-luz não teriam razão para ficar indevidamente preocupados com o envenenamento da nossa atmosfera ou mesmo com a explosão da Terra e sua transformação eventual em meteoritos. Se eles viajaram pára tão longe para evitar explosões nucleares subseqüentes ou a produção de bombas mais destruidoras, suas viagens foram sem sentido. Desde que os discos voadores, depois de 1945, vieram em maior número e com a finalidade de efetuar observações, os emissários de outros sistemas solares poderiam conseguir os seus objetivos enviando uma única unidade e não tinham necessidade de mandar uma frota. Eles teriam menos razão de se preocupar com um planeta sem juízo, distante muitos anos luz ou milhões de quilômetros do que os habitantes da terra, que vivem no seu interior e que devem sofrer a contaminação radioativa do ar que recebem do lado de fora.
Uma vez que a finalidade da vinda dos discos voadores era a de impedir a contaminação radioativa da atmosfera e a destruição da espécie humana por uma guerra nuclear (talvez eles evitaram uma guerra que poderia ter se deflagrado se não tivessem vindo nos ajudar) tornando conhecido dos chefes dos nossos governos que existe uma super-raça que possui poderes científicos muito à frente dos nossos e esperando conquistar o seu respeito de maneira que obedeçam às suas advertências para desistir de "brincadeiras" posteriores com a energia atômica, isto explicaria a razão de virem em formação numerosa para atrair a atenção pública e também de aparecerem tão freqüentemente pertos dos aeroportos militares para convencer os chefes da Força Aérea da sua existência, sentindo que os seus relatórios teriam maior peso perante o Governo. Uma vez que sua existência fosse reconhecida, esperavam convencer o Governo dos EUA, e através dele todos os governos, a desistir de experiências atômicas futuras e da produção de bombas nucleares.
Entretanto, os seus planos para salvar a humanidade (assim como a eles próprios) falharam. Em vez de reconhecer e admitir a sua existência, como uma raça superior que veio para nos esclarecer e ajudar, evitando que nos suicidemos numa guerra nuclear, e a despeito das evidências inegáveis da sua existência, em poder da Força Aérea dos EUA, os líderes do Governo recusaram-se a acreditar que sejam reais e uma vez que sua existência não é tida como certa, não foram feitos esforços para cooperar com os seus planos de evitar uma catástrofe mundial e a destruição radioativa da espécie humana (atualmente em andamento na forma das.precipitações radioativas, que já têm alcançado o ponto crítico no Hemisfério Norte, de acordo com determinações recentes afetuadas por um cientista italiano, em Roma).
Em vez de mostrar reverência por estes seres superiores possuidores de conhecimentos científicos muito além dos nossos, como mostrado pela superioridade de seus aviões (discos voadores) sobre os nossos, em vez de recebê-los amigavelmente, sempre que um disco voador se aproxima de um aeroporto militar dos Estados Unidos, aviões de interceptação são mandados atrás deles, com instruções para atirar e destruí-los, a fim de descobrir o segredo da sua construção e fonte de energia. No famoso incidente do "Capitão Mandell", ele perseguiu um disco voador que apareceu perto de um aeroporto militar, enquanto este se elevava cada vez mais alto, até que o seu avião explodiu misteriosamente.
Desapontados com os resultados dos seus esforços para ajudar a estabelecer contatos amistosos com a humanidade da superfície, os chefes das frotas de discos voadores, que apareceram nos nossos céus depois de 1945, deixaram que continuassem numerosos ainda por alguns anos e mais tarde recolheram grande número dos discos voadores que nos enviaram, quando tinham esperanças de nos ajudar e assim nos convencer a desistir da fabricação de bombas atômicas. O número de discos voadores deixado na nossa atmosfera é pequeno, como é o caso hoje em dia. Os poucos que foram deixados, provavelmente agem como sentinelas avançadas para efetuar determinações da precipitação radioativa e da contaminação atmosférica, que comunicam ao quartel-general subterrâneo.
Todavia existem muitos outros argumentos contra a hipótese da origem interplanetária dos discos voadores. Esta teoria não explica como, sob condições geológicas, químicas, atmosféricas, gravitacionais, climáticas etc., completamente diferentes, planetas há milhões ou trilhões de quilômetros distantes e pertencentes a outros sistemas solares puderam desenvolver seres humanos tão semelhantes a nós em estrutura, aparência, vestuário, costumes, língua, sotaque e idéias como os "Venusianos" que Adamski diz ter encontrado numa "nave mãe" ou "nave espacial" que alega ter visitado. O fato de que estas pessoas não somente se parecem conosco, têm a mesma altura e até mesmo falam com um sotaque (sotaque germânico em muitos casos) parece estranho se vêm de outros planetas. Parece muito mais provável que viessem originalmente da superfície da Terra, conseguindo acesso ao Mundo Subterrâneo e que sejam empregados como pilotos pelas autoridades subterrâneas, que os enviaram até nós.
Se eles viessem de outros planetas ou sistemas solares, seria muito improvável que parecessem e falassem como nós como o fazem. A maioria dos escritores de ficção científica imaginam os habitantes de outros planetas como completamente diferentes de nós em suas estruturas. No seu War of the Worlds, H. G. Wells imagina os marcianos como monstros mecânicos. Seria uma coincidência rara que outros planetas desenvolvessem formas de vida tão semelhantes às nossas como são as dos pilotos dos discos voadores, de acordo com aqueles que asseveram os terem encontrado. Relativamente aos "pequenos homens" encontrados nos discos voadores, são provavelmente anões subterrâneos empregados, pela raça principal, que os criou, como pilotos.
Se as pessoas vistas nos discos voadores são membros da nossa própria espécie (provavelmente alemães uma vez que tantos deles falam alemão, o que seria estranho se viessem de outros sistemas solares ou planetas) empregados como pilotos, provavelmente foram instruídos pelos seus chefes para não revelar o segredo da origem dos discos voadores, pela razão de que a área de terras do Mundo Novo no interior oco da Terra é maior do que a da superfície, onde temos mais áreas cobertas pelas águas dos oceanos e por que se os governos militares souberem disto farão uma corrida louca para mandar seus aviões através das aberturas polares, para reivindicar estes territórios como seus, da mesma maneira como os governos da Europa mandaram expedições à América, logo depois que Colombo descobriu o novo continente.
Se certos governos ambiciosos da superfície pretenderem se apropriar deste novo território, que goza de um clima subtropical ideal, pela força, mandando expedições equipadas com armas nucleares, o povo superior subterrâneo será forçado a se defender com os "raios da morte", uma arma muito mais poderosa do que a energia atômica, capaz de ocasionar a desintegração atômica completa e a desmaterialização e desaparecimento dos seus invasores e de suas armas. Eles preferem evitar tal catástrofe, uma vez que são pacifistas e detestam a guerra.
Por esta razão desejaram manter secreta a existência do mundo subterrâneo, de maneira que os seus habitantes não possam ser incomodados por invasores vindos do lado de fora. Assim os pilotos dos discos voadores foram instruídos para fingir que vieram de outros planetas e que sejam "espaçonautas", no caso de serem contatados, e guardar segredo sobre o fato de que vêm do lado de dentro da Terra. Desta maneira puderam guardar seu segredo. Adamski e outros que alegam terem-nos contatados foram assim iludidos pela idéia falsa de que os viajantes dos discos voadores vêm de outros planetas .
Se os governos das grandes potências esquecerem sua corrida espacial e enviarem exércitos de quebra-gelos, dirigíveis e aviões penetrarem tão longe quanto possível através das aberturas polares, não demoraria muito que o contato pudesse ser estabelecido entre a raça superior que vive no lado de dentro da crosta da Terra e a espécie menos evoluída, todavia ainda num estado de barbárie mecânica e empenhada em guerras constantes, que habita a superfície da Terra. Entretanto, os governos militaristas não merecem estabelecer contato com seres tão superiores e sobre-humanos que, provavelmente, usariam suas radiações poderosas, capazes de desmaterialização, para evitar a intrusão de visitantes indesejáveis e perigosos. Uma vez que se originaram de Atlântida, que tinha uma civilização bem maior do que a nossa há mais de 11.500 anos atrás e por muitos milhares de anos antes, esta raça mais velha tem um desenvolvimento científico tão maior do que o nosso, quanto o nosso o é dos hotentotes.
Figura 26
WATERSKY - Uma outra vista mostrando como a superfície de terras, água e gelo é refletida como num espelho.
Em comparação com o Povo Subterrâneo superior, os moradores da superfície são uns bárbaros, e a sua orgulhosa "civilização" está no estado de barbárie mecanizada. Até que aprendam a renunciar à guerra para sempre, a destruir e enterrar todos os artefatos nucleares, a estabelecer um governo mundial, uma corte suprema e políticas mundiais, e até que reorganizem o seu sistema econômico e financeiro numa base eqüitativa e justa, serão indignos de estabelecer contato com os habitantes do Mundo Subterrâneo, que se situam num nível de desenvolvimento científico, intelectual e moral muitíssimo acima do dos moradores da superfície .
A Terra Oca - Capítulo VIII: Descrição De Uma Expedição Aérea Teórica Pela Abertura Polar Que Leva ao Interior Oco da Terra
Marshall B. Gardner termina o seu grande livro descrevendo uma expedição teórica quando ela se aproxima da abertura polar, penetra por ela e alcança então o paraíso tropical no interior oco da Terra. O seu objetivo era o de encorajar algum governo a empreender tal expedição. O Almirante Byrd foi o primeiro a fazê-lo. Entretanto, não entrou longe o bastante para alcançar o Mundo Subterrâneo. Alcançou somente a sua periferia.
Em 15 de setembro de 1959, o quebra-gelo soviético de propulsão atômica foi lançado ao mar e estava, supostamente, se dirigindo para o Pólo Norte, com a intenção de alcançá-lo, abrindo à força a sua passagem através do gelo. "Que melhor maneira de viajar pode haver, para proceder para aquela 'terra desconhecida' além do Pólo, que se estende por incontáveis milhares de quilômetros?", perguntou Ray Palmer, que acrescenta:
“Temos aqui uma nave que tem um alcance de 64.200 quilômetros. Pode ir a qualquer lugar sem o perigo de ficar encalhada por falta de combustível. É uma nave exatamente adequada para servir de ponte sobre a barreira de gelo de um oceano congelado, que tem sido sempre a 'parede' entre o mundo conhecido e o 'desconhecido', que o Almirante Byrd provou existir além de qualquer dúvida.
Uma vez atravessado o oceano de gelo para o oceano cálido, é admiravelmente adequado para explorar profundamente aquela área desconhecida, até onde exista água. Pode ser que os russos não conheçam as descobertas do Almirante Byrd e que o quebra-gelo não vá 'além' do Pólo."
Em 13 de janeiro de 1956, uma expedição aérea da Marinha dos Estados Unidos, comandada pelo Almirante Byrd, voou 4.330 quilômetros, desde sua base do McMurdo Sound, que fica 640 quilômetros a oeste do Pólo Sul e penetrou por uma extensão de terras de 3.690 quilômetros além do Pólo, dentro da Abertura Polar Sul que leva ao interior oco da Terra. Esta foi a primeira vez na história em que membros da humanidade que moram na superfície do globo penetraram tão longe, no interior da Terra. Se a expedição tivesse viajado uns poucos milhares de quilômetros mais teria alcançado a grande civilização que existe do lado de dentro da Terra e que tem mandado discos voadores até nós — uma civilização que é milhares de anos mais avançada do que a nossa nas suas conquistas científicas, aperfeiçoamento moral e organização social, econômica e política. Há milhares de anos ela tinha estabelecido um estado de paz permanente, sob um governo mundial, e tinha abolido o crime da guerra. Enquanto a civilização da superfície era continuamente interrompida no seu progresso e sofreu constantes retrocessos, como resultado de guerras que nunca se acabam, os habitantes do interior da Terra, que estavam livres deste empecilho, fizeram progresso científico contínuo, como é evidente pela sua superioridade científica sobre nós na arte de navegação aérea — seus discos voadores. Entrar em contato com uma raça tão altamente civilizada seria na verdade um grande privilégio e uma das maiores descobertas jamais feitas na história humana. Dependerá de algum aviador corajoso ou de uma expedição aérea fazer esta descoberta, uma descoberta bem maior do que a descoberta da América por Colombo.
Deixe-nos agora descrever uma viagem teórica através da abertura polar sul, a este Mundo Novo que fica além. O melhor veículo aéreo para esta finalidade será um dirigível (zepelim), que apresenta muitas vantagens sobre o avião. No caso de se acabar o combustível nesta longa viagem pode pedir auxílio pelo rádio, sem se arriscar ao perigo de uma queda.
A primeira parada em tal expedição que se dirigisse para o Pólo Sul seria a Terra do Fogo, no extremo sul do continente sul-americano, não muito distante do continente antártico. Ali o suprimento de gasolina seria renovado. Então a expedição viajaria direto para o sul e depois de passar o paralelo de 90 graus de latitude sul procederia na mesma direção, a despeito das excentricidades da bússola. No devido tempo ela deixaria o ermo estéril do gelo antártico e entraria num território com flora e fauna, como fez o Almirante Byrd quando viajou além do Pólo Norte por 2.730 quilômetros. A expedição poderia então fotografar a vida vegetal e animal desta Terra Além do Pólo, voando bem baixo.
Quando a expedição avançasse na abertura polar, depois do pôr-do-sol, seria observado um clarão no céu, que apareceria como um anel cobrindo o horizonte visível, formado pela aurora que aparece como longos fachos de luz que ondulam em desenhos fantásticos. Estas luzes são o reflexo do sol central no estrato superior da atmosfera, que é iluminada numa área imensa pelos seus raios divergentes. À proporção que a expedição prosseguisse, a manifestação da aurora tornar-se-ia mais e mais brilhante.
À proporção que a expedição avançar mais profundamente na abertura polar, o sol ficará cada dia mais e mais próximo do horizonte e se elevará menos no céu do que o fazia. Levanta-se mais tarde e se põe também mais tarde. Isto é devido aos raios serem interceptados pela borda da abertura polar quando a expedição entra por ela. Finalmente acontece uma coisa estranha. É dia quando devia ser noite. Somente que é luz do dia diferente da que estamos acostumados na superfície da Terra — o sol será muito pálido e mais avermelhado — pois já não é o sol com o qual estamos acostumados — o sol externo — mas um sol interno, que nunca se põe e brilha continuamente, produzindo luz perpétua. Entrementes, a temperatura fica cada vez mais quente, até que o clima torna-se tropical, um clima de verão perpétuo, sem alternância de estações.
Enquanto a expedição prossegue, notará que o sol agora visível já não se move fica estacionado no céu. Finalmente observará novas e estranhas formas de vida tropical, vegetal e animal, inclusive espécies pré-históricas, agora extintas na superfície. Será um verdadeiro paraíso para o botânico e o zoólogo.
Finalmente a expedição ultrapassará a abertura polar e alcançará o interior oco da Terra — sua atmosfera interior, a pátria dos discos voadores. No tempo devido, a expedição começará a ver sinais de civilização e as cidades subterrâneas dos atlantes e dos lemurianos que colonizaram este mundo muitos milhares de anos atrás, os criadores dos discos voadores. Os membros da expedição aterrissarão então e entrarão em contato com estas pessoas altamente civilizadas, que terão muito a lhes ensinar, de muita importância para a espécie humana. A mensagem que transmitirão se relacionará, com toda a probabilidade, com a salvação da humanidade da aniquilação nuclear. Talvez este povo espere evitar o começo da 3ª Guerra Mundial no futuro próximo. Ou talvez esteja preocupado com a salvação do restante da espécie humana, na eventualidade de que o resto da humanidade seja exterminado, abrigando-o em colônias no seu Mundo Subterrâneo, de modo que a espécie humana não seja inteiramente destruí da. Estes atlantes devem ter muita simpatia para conosco por que sua civilização também foi destruída por uma guerra nuclear, seguida de uma inundação, da qual se salvaram em tempo, refugiando-se no Mundo Subterrâneo. Uma vez que prevêem o mesmo perigo para nós, gostariam provavelmente de nos salvar, da mesma maneira em que se salvaram a si próprios quando o resto dos seus compatriotas pereceu.
Marshall B. Gardner termina o seu grande livro descrevendo uma expedição teórica quando ela se aproxima da abertura polar, penetra por ela e alcança então o paraíso tropical no interior oco da Terra. O seu objetivo era o de encorajar algum governo a empreender tal expedição. O Almirante Byrd foi o primeiro a fazê-lo. Entretanto, não entrou longe o bastante para alcançar o Mundo Subterrâneo. Alcançou somente a sua periferia.
Em 15 de setembro de 1959, o quebra-gelo soviético de propulsão atômica foi lançado ao mar e estava, supostamente, se dirigindo para o Pólo Norte, com a intenção de alcançá-lo, abrindo à força a sua passagem através do gelo. "Que melhor maneira de viajar pode haver, para proceder para aquela 'terra desconhecida' além do Pólo, que se estende por incontáveis milhares de quilômetros?", perguntou Ray Palmer, que acrescenta:
“Temos aqui uma nave que tem um alcance de 64.200 quilômetros. Pode ir a qualquer lugar sem o perigo de ficar encalhada por falta de combustível. É uma nave exatamente adequada para servir de ponte sobre a barreira de gelo de um oceano congelado, que tem sido sempre a 'parede' entre o mundo conhecido e o 'desconhecido', que o Almirante Byrd provou existir além de qualquer dúvida.
Uma vez atravessado o oceano de gelo para o oceano cálido, é admiravelmente adequado para explorar profundamente aquela área desconhecida, até onde exista água. Pode ser que os russos não conheçam as descobertas do Almirante Byrd e que o quebra-gelo não vá 'além' do Pólo."
Em 13 de janeiro de 1956, uma expedição aérea da Marinha dos Estados Unidos, comandada pelo Almirante Byrd, voou 4.330 quilômetros, desde sua base do McMurdo Sound, que fica 640 quilômetros a oeste do Pólo Sul e penetrou por uma extensão de terras de 3.690 quilômetros além do Pólo, dentro da Abertura Polar Sul que leva ao interior oco da Terra. Esta foi a primeira vez na história em que membros da humanidade que moram na superfície do globo penetraram tão longe, no interior da Terra. Se a expedição tivesse viajado uns poucos milhares de quilômetros mais teria alcançado a grande civilização que existe do lado de dentro da Terra e que tem mandado discos voadores até nós — uma civilização que é milhares de anos mais avançada do que a nossa nas suas conquistas científicas, aperfeiçoamento moral e organização social, econômica e política. Há milhares de anos ela tinha estabelecido um estado de paz permanente, sob um governo mundial, e tinha abolido o crime da guerra. Enquanto a civilização da superfície era continuamente interrompida no seu progresso e sofreu constantes retrocessos, como resultado de guerras que nunca se acabam, os habitantes do interior da Terra, que estavam livres deste empecilho, fizeram progresso científico contínuo, como é evidente pela sua superioridade científica sobre nós na arte de navegação aérea — seus discos voadores. Entrar em contato com uma raça tão altamente civilizada seria na verdade um grande privilégio e uma das maiores descobertas jamais feitas na história humana. Dependerá de algum aviador corajoso ou de uma expedição aérea fazer esta descoberta, uma descoberta bem maior do que a descoberta da América por Colombo.
Deixe-nos agora descrever uma viagem teórica através da abertura polar sul, a este Mundo Novo que fica além. O melhor veículo aéreo para esta finalidade será um dirigível (zepelim), que apresenta muitas vantagens sobre o avião. No caso de se acabar o combustível nesta longa viagem pode pedir auxílio pelo rádio, sem se arriscar ao perigo de uma queda.
A primeira parada em tal expedição que se dirigisse para o Pólo Sul seria a Terra do Fogo, no extremo sul do continente sul-americano, não muito distante do continente antártico. Ali o suprimento de gasolina seria renovado. Então a expedição viajaria direto para o sul e depois de passar o paralelo de 90 graus de latitude sul procederia na mesma direção, a despeito das excentricidades da bússola. No devido tempo ela deixaria o ermo estéril do gelo antártico e entraria num território com flora e fauna, como fez o Almirante Byrd quando viajou além do Pólo Norte por 2.730 quilômetros. A expedição poderia então fotografar a vida vegetal e animal desta Terra Além do Pólo, voando bem baixo.
Quando a expedição avançasse na abertura polar, depois do pôr-do-sol, seria observado um clarão no céu, que apareceria como um anel cobrindo o horizonte visível, formado pela aurora que aparece como longos fachos de luz que ondulam em desenhos fantásticos. Estas luzes são o reflexo do sol central no estrato superior da atmosfera, que é iluminada numa área imensa pelos seus raios divergentes. À proporção que a expedição prosseguisse, a manifestação da aurora tornar-se-ia mais e mais brilhante.
À proporção que a expedição avançar mais profundamente na abertura polar, o sol ficará cada dia mais e mais próximo do horizonte e se elevará menos no céu do que o fazia. Levanta-se mais tarde e se põe também mais tarde. Isto é devido aos raios serem interceptados pela borda da abertura polar quando a expedição entra por ela. Finalmente acontece uma coisa estranha. É dia quando devia ser noite. Somente que é luz do dia diferente da que estamos acostumados na superfície da Terra — o sol será muito pálido e mais avermelhado — pois já não é o sol com o qual estamos acostumados — o sol externo — mas um sol interno, que nunca se põe e brilha continuamente, produzindo luz perpétua. Entrementes, a temperatura fica cada vez mais quente, até que o clima torna-se tropical, um clima de verão perpétuo, sem alternância de estações.
Enquanto a expedição prossegue, notará que o sol agora visível já não se move fica estacionado no céu. Finalmente observará novas e estranhas formas de vida tropical, vegetal e animal, inclusive espécies pré-históricas, agora extintas na superfície. Será um verdadeiro paraíso para o botânico e o zoólogo.
Finalmente a expedição ultrapassará a abertura polar e alcançará o interior oco da Terra — sua atmosfera interior, a pátria dos discos voadores. No tempo devido, a expedição começará a ver sinais de civilização e as cidades subterrâneas dos atlantes e dos lemurianos que colonizaram este mundo muitos milhares de anos atrás, os criadores dos discos voadores. Os membros da expedição aterrissarão então e entrarão em contato com estas pessoas altamente civilizadas, que terão muito a lhes ensinar, de muita importância para a espécie humana. A mensagem que transmitirão se relacionará, com toda a probabilidade, com a salvação da humanidade da aniquilação nuclear. Talvez este povo espere evitar o começo da 3ª Guerra Mundial no futuro próximo. Ou talvez esteja preocupado com a salvação do restante da espécie humana, na eventualidade de que o resto da humanidade seja exterminado, abrigando-o em colônias no seu Mundo Subterrâneo, de modo que a espécie humana não seja inteiramente destruí da. Estes atlantes devem ter muita simpatia para conosco por que sua civilização também foi destruída por uma guerra nuclear, seguida de uma inundação, da qual se salvaram em tempo, refugiando-se no Mundo Subterrâneo. Uma vez que prevêem o mesmo perigo para nós, gostariam provavelmente de nos salvar, da mesma maneira em que se salvaram a si próprios quando o resto dos seus compatriotas pereceu.
Figura 27
Vista aérea da abertura para o interior da Terra.
Por conseguinte os membros desta expedição podem realizar uma missão da maior importância para a espécie humana e podem ser enaltecidos no futuro não somente como os maiores exploradores da história mas como verdadeiros Salvadores da Idade Nuclear.
A Terra Oca - Capítulo IX: Agharta, o Mundo Subterrâneo
A palavra Agharta é de origem budista. Refere-se ao Mundo Subterrâneo ou Império, em cuja existência todos os verdadeiros budistas acreditam fervorosamente. Eles também acreditam que este Mundo Subterrâneo tem milhões de habitantes e muitas cidades, todas sob o supremo domínio de Shamballah, a capital do mundo subterrâneo, onde reside o Chefe Supremo deste Império, conhecido no Oriente como Rei do Mundo. Acredita-se que deu ordens ao Dalai Lama do Tibete, que era o seu representante terrestre e que suas mensagens eram transmitidas através de certos túneis que ligam o Mundo Subterrâneo ao Tibete.
Túneis misteriosos e semelhantes existem no Brasil. O Brasil, no Ocidente, e o Tibete, no Oriente, parecem ser as duas partes da Terra onde os contatos entre o Mundo Subterrâneo e a superfície podem ser mais facilmente estabelecidos, devido à existência destes túneis.
Nicholas Roerich, o famoso artista, filósofo e explorador russo, que viajou extensivamente pelo Oriente Distante, assevera que Lhasa, a capital do Tibete, era ligada por um túnel a Shamballah, a capital do império subterrâneo de Agharta. A entrada deste túnel era guardada por lamas que juraram conservar secreta a sua real localização, por ordem do Dalai Lama. Acredita-se que um túnel semelhante ligava as câmaras secretas da base da Pirâmide de Gizeh com o Mundo Subterrâneo, por intermédio do qual os faraós mantinham contato com os deuses ou super-homens do mundo sob a terra.
As várias estátuas gigantescas dos primeiros deuses e reis egípcios, bem como as de Buda, encontrados no Oriente, representam super-homens subterrâneos que vieram à superfície auxiliar a espécie humana. São geralmente representados como assexuados. Eram emissários de Agharta, o paraíso subterrâneo, que é a meta desejada por todos os verdadeiros budistas.
As tradições budistas estabelecem que Agharta foi colonizada, pela primeira vez, há milhares de anos, quando um santo homem conduziu uma tribo, que desapareceu sob a Terra. Supõe-se que os ciganos vieram de Agharta, o que explica o seu desassossego.na superfície da Terra e suas viagens constantes em busca de sua pátria perdida. Isto faz lembrar de Noé, que era realmente um atlante que salvou um grupo merecedor, antes do dilúvio que submergiu Atlântida. Acredita-se que trouxe este grupo para um alto planalto brasileiro, onde se estabeleceu em cidades subterrâneas, interligadas por túneis com a superfície, a fim de escapar do envenenamento pelas precipitações radioativas produzidas pela guerra nuclear dos atlantes, que trouxe a inundação que submergiu seu continente.
Acredita-se que a civilização subterrânea de Agharta representa uma continuação da civilização atlante, que, tendo se convencido da futilidade da guerra, permaneceu desde então num estado de paz permanente, fazendo progressos científicos estupendos, jamais interrompidos pela recorrência das guerras, como a nossa civilização da super fície o tem sido. Sua civilização tem muitos milhares de anos de idade (Atlântida afundou há cerca de 11.500 anos atrás),enquanto a nossa é muito jovem, com apenas uns poucos séculos de idade.
Os cientistas do mundo subterrâneo são capazes de aproveitar forças naturais das quais nada sabemos, como demonstrado pelos seus discos voadores, que são operados por uma nova e desconhecida fonte de energia, mais sutil que a energia atômica. Ossendowski assevera que o Império de Agharta consiste de uma rede subterrânea de cidades, interligadas por túneis, através dos quais os veículos passem a velocidades tremendas, tanto sob a Terra como sob o oceano.
Estes povos vivem sob o reinado benigno de um governo universal, chefiado pelo Rei do Mundo. São os descendentes dos habitantes dos continentes perdidos de Lemúria e Atlântida, bem como da raça perfeita e original dos Hyperboreos, a raça dos deuses.
Durante várias épocas da história, os super-homens ou deuses de Agharta vieram à superfície ensinar a espécie humana e salvá-la de guerras, catástrofes e destruição. A vinda dos discos voadores, logo depois da primeira explosão atômica em Hiroshima, representa uma outra de tais visitas, porém desta vez os próprios deuses não apareceram entre os homens, enviando-lhes os seus emissários.
O épico indu Ramaiana descreve Rama como um dos tais emissários de Agharta, vindo num veículo aéreo que era, provavelmente, um disco voador.
Uma tradição chinesa fala de professores divinos vindos em veículos aéreos. Da mesma maneira veio Manco Copac, o fundador da dinastia inca.
Um dos maiores professores de Agharta na América foi Quetzalcóatl, o grande profeta dos Maias e Astecas e dos índios de ambas as Américas, do norte e do sul. Foi indicado que ele era um estranho entre os índios, sendo de uma raça diferente (atlante) por ser louro, enquanto eles eram morenos; alto, quando os índios baixos; barbudo, ao contrário dos índios desprovidos de barbas. Foi reverenciado como o salvador dos índios do México, Yucatán e Guatemala, muito antes da chegada dos homens brancos. Os Astecas o chamaram "Deus da Abundância" e "Estrela Matutina". Seu nome Quetzalcóatl quer dizer "Serpente Emplumada", significando o professor da sabedoria (simbolizada pela serpente) que voa. Foi-lhe dado este nome por que veio num veículo aéreo, que parece ter sido um disco voador. Veio provavelmente do mundo subterrâneo por que, depois de permanecer algum tempo com os índios, desapareceu misteriosamente, do mesmo modo que tinha vindo; acreditando-se ter retornado ao Mundo Subterrâneo de onde viera. Quetzalcóatl é descrito como tendo sido "um homem de boa aparência e semblante grave, de pele e barbas brancas, vestido num traje branco, comprido e flutuante". Ele foi também chamado Huemac, por causa da sua grande bondade e continência. Ensinou aos índios o caminho da virtude e tentou salvá-los do vício, dando-lhes leis e conselhos para refreá-los da luxúria e levá-los a serem castos.
Ensinou o pacifismo e condenou a violência em todas as suas formas. Instituiu uma dieta vegetariana, com o milho como principal alimento, e ensinou o jejum e a higiene corporal. De acordo com o arqueólogo sul-americano, Harold Wilkins, Quetzalcóatl foi também o professor espiritual dos antigos habitantes do Brasil.
Depois de permanecer algum tempo com os índios e vendo quão pouco ligavam para os seus ensinamentos, com exceção de sua recomendação para plantar e comer milho, Quetzalcóatl partiu, dizendo-lhes que regressaria um dia. Que este "visitante do Céu" partiu do mesmo modo em que veio — num disco voador — é indicado pelos fatos seguintes. Quando Cortez invadiu o México, o imperador Montezuma acreditou que havia ocorrido o previsto "regresso de Quetzalcóatl", por que então uma bola de fogo girou sobre a Cidade do México, fazendo o povo gemer e gritar, e pondo fogo no templo do deus da guerra. Acreditaram que aquela bola de fogo era o disco voador no qual Quetzalcóatl viajava.
Osíris foi outro dos tais deuses subterrâneos. De acordo com Donnelly, no seu livro, Atlantics the Antediluvian World, os deuses dos antigos eram os governantes da Atlântida e membros de uma raça super-humana, que governava a espécie humana. Antes da destruição do seu continente, o que previram, viajaram por discos através da abertura polar para o Mundo Subterrâneo no interior oco da Terra, onde continuaram a viver para sempre, desde então. "O Império de Agharta", escreveu Ossendwski no seu livro, Beasts, Men and Gods, "se estende através de túneis subterrâneos por todas as partes do Mundo". No seu livro ele fala de uma vasta rede de túneis construída por uma raça pré-histórica da mais remota antigüidade, a qual passava sob oceanos e continentes e através da qual veículos muito rápidos viajam. O império do qual Ossendowski fala e a respeito do qual aprendeu dos lamas no Oriente Distante, durante suas viagens na Mongólia, consiste obviamente de cidades subterrâneas dentro da crosta da Terra, as quais devem ser diferenciadas daquelas existentes no centro oco. Assim, existem dois mundos subterrâneos, um mais superficial e outro no centro da Terra.
Huguenin, cujo livro sobre discos voadores e mundo subterrâneo mencionamos previamente, acredita que existem muitas cidades subterrâneas a várias profundidades, entre a crosta da Terra e o seu interior oco. Relativamente aos habitantes destas cidades subterrâneas, ele escreve:
"Esta outra humanidade alcançou um elevado grau de civilização, de organização econômica e social e de progresso cultural e científico em comparação com os quais a humanidade que vive na superfície da Terra é uma raça de bárbaros."
No seu livro, Huguenin mostra um diagrama do interior da Terra com suas várias cidades subterrâneas em diferentes níveis, interligadas por túneis. Descreve estas cidades como existindo em cavidades imensas na Terra. A cidade de Shamballah, a capital do império subterrâneo, é representada por ele como existindo no centro da Terra, no seu interior oco, em vez de dentro da crosta sólida. Ossendowski escreve:
"Todas as cavernas subterrâneas da América são habitadas por um povo antigo que desapareceu do mundo. Estes povos e as regiões subterrâneas onde moram estão sob a autoridade suprema do Rei do Mundo. Tanto no oceano Pacífico quanto no Atlântico existiram vastos continentes que mais tarde submergiram e seus habitantes encontraram refúgio no Mundo Subterrâneo. As profundas cavernas são iluminadas por luz resplandecente que permite o cultivo de cereais e de outros vegetais e proporciona aos seus habitantes uma vida de longa duração, livre de doenças. Neste mundo existe uma grande população e muitas tribos."
No seu livro, The Coming Race, Bulwer Lytton descreve uma civilização subterrânea, muito mais avançada do que a nossa própria, que existe numa grande cavidade na Terra, ligada à superfície por um túnel. Esta imensa cavidade era iluminada por uma luz estranha, que não necessitava de lâmpadas para ser produzida, mas parecia resultar de uma eletrificação da atmosfera. Esta luz tornava possível a vida vegetal e permitia que os povos subterrâneos cultivassem os seus alimentos. Os habitantes da Utopia descrita por Lytton eram vegetarianos. Tinham certos aparelhos, pelos quais voavam, em vez de andar. Eram livres de doenças e tinham uma organização social perfeita, de maneira que cada um recebia o que necessitava, sem exploração de uns pelos outros.
É asseverado que a crosta da Terra é intercortada por uma rede de túneis, passando sob os oceanos, de continente para continente, e levando a cidades subterrâneas, em grandes cavidades na Terra. Estes túneis são especialmente abundantes na América do Sul, principalmente no Brasil, que foi o centro principal da colonização atlante; e podemos acreditar que foram construídos pelos atlantes. O mais famoso destes túneis é a "Estrada dos Incas" que se estende por várias centenas de quilômetros ao sul de Lima, no Peru, e passa sob Cuzcor Tiahuanaco e Três Picos, continuando para o Deserto Atacambo. Um outro ramo se abre para Arica, no Chile, o qual foi visitado por Madame Blavatski.
É asseverado também que os Incas usaram estes túneis para escapar dos conquistadores espanhóis e da Inquisição, quando exércitos inteiros entraram por eles, levando o seu ouro e outros tesouros nas costas de lhamas, o que fizeram logo que os conquistadores espanhóis chegaram. Seu desaparecimento misterioso na ocasião, deixando apenas a raça dos índios Quechuas para trás é também explicada pela sua entrada nestes túneis. É dito que quando Atahualpa, o último dos reis Incas, foi brutalmente assassinado por Pizarro, o ouro que estava sendo levado para o seu resgate, numa caravana de 11.000 lhamas de carga, encontrou refúgio nestes túneis. É asseverado que estes túneis tinham uma forma de iluminação artificial e que foram construídos pela faça que tinha edifiçado Tiahuanaco, muito antes do primeiro Inca aparecer no Peru. Uma vez que os Incas que entraram nestes túneis para escapar dos espanhóis nunca mais foram vistos e desapareceram da superfície da Terra, é provável que continuem vivendo nas cidades subterrâneas iluminadas, às quais estes túneis conduziam.
Estes túneis misteriosos, um enigma para os arqueólogos, existem em grandes números sob o Brasil, onde se abrem na superfície em vários lugares. O mais famoso está nas Montanhas do Roncador, no nordeste de Mato Grosso, para onde o Coronel Fawcett estava se dirigindo quando visto pela última vez. É dito que a cidade atlante pela qual procurava não era a ruína de uma cidade morta na superfície, mas sim uma cidade subterrânea com atlantes ainda vivos como seus habitantes; e que ele e o seu filho Jack alcançaram esta cidade e estão ainda vivendo por lá. Esta é a crença do Professor Souza, do Comandante Strauss e de O. C. Huguenin, que já mencionamos antes.
A abertura do túnel do Roncador é guardada pelos ferozes índios Xavantes, que matam qualquer um que entrar sem ser convidado e que possa molestar os moradores subterrâneos, que são por eles respeitados e reverenciados. Os índios Morcegos também guardam estas aberturas secretas dos túneis que levam às cidades subterrâneas na região da Montanha do Roncador, em Mato Grosso. Citamos a seguir uma carta escrita ao autor por um americano, chamado Carl Huni, que viveu muitos anos em Mato Grosso e fez estudos especiais sobre este assunto.
"A entrada das cavernas é guardada pelos índios Morcegos, que são de pele escura e de pequeno porte, mas de grande força física. Seu sentido do olfato é mais desenvolvido do que o dos melhores cães de caça. Mesmo se eles o aprovem e lhe deixem entrar nas cavernas, receio que estará perdido para o mundo presente, por que guardam o segredo muito cuidadosamente e não podem permitir que aqueles que entram possam sair. (Isto pode ter acontecido ao Coronel Fawcett e a seu filho Jack, que se acredita terem entrado num túnel que levava a uma cidade subterrânea na Montanha do Roncador e nunca regressaram.)
Os índios Morcegos vivem em cavernas e saem à noite para a floresta circunvizinha, mas não têm contato com os moradores de baixo, habitando uma cidade subterrânea na qual formam uma comunidade auto-suficiente, com uma população considerável. Acredita-se que as cidades subterrâneas que habitam foram construídas pelos atlantes.
Uma coisa certa é que a precipitação radioativa não pode alcançá-los. Ninguém sabe se os que vivem nestas antigas cidades subterrâneas atlantes são os próprios atlantes ou outros que se estabeleceram lá, depois que os seus construtores originais se foram. O nome da cadeia de montanhas onde existem estas cidades subterrâneas atlantes é Roncador e fica no nordeste de Mato Grosso. Se você for em busca destas cidades subterrâneas é bom que se despeça da vida, pois pode jamais regressar, como o Coronel Fawcett.
Quando estive no Brasil ouvi muito sobre as cavernas sob a Terra e cidades subterrâneas. Elas estão, todavia, muito longe de Cuiabá. Estão próximas do rio Araguaia, que desemboca no Amazonas. Estão a nordeste de Cuiabá, no sopé de uma cadeia de montanhas tremendamente comprida chamada Roncador. Desisti de fazer outras investigações por que ouvi dizer que os índios Morcegos guardam zelosamente a entrada dos túneis contra as pessoas que não estejam suficientemente desenvolvidas, a fim de evitar aborrecimentos. Em primeiro lugar não querem ninguém que esteja ainda enredado em comércio e que queira ganhar dinheiro.
Sei que uma boa parte dos imigrantes que ajudou na revolta do General Isidoro Dias Lopes, em 1924, desapareceu nestas montanhas e nunca mais foi vista novamente. Foi sob o Governo do Dr. Bernardes, que bombardeou São Paulo durante quatro semanas. Finalmente fizeram uma trégua de três dias e permitiram que 4.000 praças, que eram principalmente alemães e húngaros, saíssem da cidade. Cerca de 3.000 deles foram para o Acre, no noroeste do Brasil e cerca de 1.000 desapareceram nas cavernas. Ouvi a história muitas vezes. Se me lembro bem do local onde desapareceram foi na extremidade sul da Ilha do Bananal (perto das Montanhas do Roncador) .
Existem também cavernas na Ásia e os tibetanos as mencionam. Entretanto, tanto quanto eu saiba, as maiores estão no Brasil e existem em três níveis diferentes. Estou certo que conseguiria permissão se quisesse juntar-me a eles e que me aceitariam como um dos seus. Sei que não usam dinheiro e que a sua sociedade é organizada numa base estritamente democrática. As pessoas não ficam velhas e vivem em perpétua harmonia."
Esta Utopia subterrânea, mencionada pelo Sr. Huni (agora residindo em Nova York) parece muito semelhante à descrita por Bulwer Lytton no seu livro, The Coming Race. Lytton era um rosacruciano e provavelmente baseou sua novela em informações dos ocultistas relativas à existência de cidades subterrâneas.
Ruínas de algumas cidades atlantes foram achadas em Mato Grosso e no território amazônico, indicando que os atlantes colonizaram aquela região no passado. Alguns anos atrás um professor inglês, de primeiras letras, ouvindo rumores de uma cidade atlante perdida num elevado planalto daquela região, resolveu encontrá-la. Ele a encontrou, mas as privações da viagem lhe custaram a vida. Antes de morrer enviou, por pombo-correio, um bilhete descrevendo a magnífica cidade que tinha descoberto e cujas ruas eram ornamentadas de altas estátuas de ouro.
Se os atlantes colonizaram o Brasil no passado e construíram cidades em Mato Grosso, na sua superfície, por que construiriam cidades subterrâneas lá? Não poderia ser para escapar ao dilúvio que submergiu a Atlântida e áreas distantes, por que Mato Grosso é um planalto elevado onde as águas da inundação não podiam chegar. O arqueólogo americano, Harold Wilkins oferece uma outra teoria: que as cidades subterrâneas foram construídas para escapar das precipitações radioativas resultantes de uma guerra nuclear dos atlantes. Isto parece ser uma explicação muito razoável, pois de outra maneira não haveria razão para empreenderem a grande tarefa de escavar a Terra e construir cidades subterrâneas, quando já tinham cidades magníficas na superfície da Terra.
Se e quando formos ameaçados por uma guerra nuclear, nós também teremos de procurar refúgio dentro da Terra e lá morar em cidades subterrâneas iluminadas, produzindo nosso alimento sob esta luz. Naturalmente será muito mais fácil aderir às cidades subterrâneas existentes, construídas a milhares de anos atrás pelos atlantes, que nos suplantam de muito em habilidade e engenharia, do que construir as nossas próprias. Se se pudesse estabelecer contato amistoso com os moradores subterrâneos, quando a guerra vier, ou mesmo antes, quando a precipitação radioativa aumentar além do ponto crítico e ameaçar a nossa sobrevivência, seria vantajoso, se admitidos, estabelecer residência nelas.
Não há velhice em Agharta e nem morte. É uma sociedade em que todos são de aparência jovem, mesmo quando com muitos séculos ou milhares de anos de idade. Isto parece inacreditável aos moradores da superfície, expostos aos efeitos perniciosos das radiações solares e à auto-intoxicação dos alimentos venenosos de uma dieta errada. Os sintomas da velhice não são o resultado natural da passagem do tempo ou de um processo presumido de envelhecimento, mas sim de condições e hábitos adversos. A senilidade é uma doença; e desde que os atlantes estão livres das doenças não ficam velhos.
Os sexos vivem separados em Agharta e não existe o casamento. Cada um é livre e independente e um sexo não depende do outro para seu suporte econômico. A reprodução é por partenogênese; e as crianças nascidas de mães virgens são todas do sexo feminino. (Nesta sociedade matriarcal o sexo considerado normal, perfeito e superior é o feminino.) As crianças são criadas coletivamente por professores especiais e não por famílias particulares. São sustentadas pela comunidade, bem como suas mães.
A cultura científica superior do povo subterrâneo, da qual os seus discos voadores são um exemplo evidente, é o resultado de um desenvolvimento cerebral superior e mais enérgico. Isto é devido ao fato de que sua energia vital flui para os seus cérebros, em vez de ser dissipada através do sexo, como entre as assim chamadas raças "civilizadas" da superfície. Na realidade, a indulgência sexual está completamente banida de suas vidas; por causa da sua dieta de frutas, suas endócrinas estão num estado de equilíbrio perfeito e de funcionamento harmônico, como nas criancinhas, e não são estimuladas a atividades anormais pelas toxinas metabólicas produzidas por alimentos tais como sal, pimenta, café, tabaco e álcool. Conservando sua corrente sangüínea pura e livre de toxinas, o povo subterrâneo é capaz de viver em completa continência, conservando todas as suas energias vitais e convertendo-as em poder cerebral superior. Suas conquistas científicas superiores resultam do fato de que os seus cérebros são superiores aos nossos em desenvolvimento intelectual. São da raça que criou os discos voadores. Relativamente a Agharta, o Professor Henrique J. de Souza, Presidente da Sociedade Teosófica Brasileira e autoridade de destaque no assunto do Mundo Subterrâneo, escreveu na sua revista um artigo, Existe Shangri-lá?, do qual passamos a citar:
"Entre todas as raças da humanidade, desde o alvorecer dos tempos, existe a tradição de uma Terra Sagrada ou Paraíso Terrestre, onde os mais elevados ideais da humanidade são realidades vivas. Este conceito é encontrado nos escritos mais antigos e nas tradições dos povos da Europa, Ásia Menor, China, índia, Egito e Américas. Esta Terra Sagrada, dizem, pode ser conhecida somente das pessoas merecedoras, puras e inocentes, razão pela qual constitui o tema central dos sonhos da infância.
O caminho que conduz a esta Terra Abençoada, este Mundo Invisível, este Domínio Esotérico e Oculto, constitui a motivação central e a chave mestra de todos os ensinamentos misteriosos e sistemas de iniciação no passado, presente e futuro. Esta chave mágica é o 'Abre-te Sésamo' que destranca as portas de um mundo novo e maravilhoso. Os antigos rosacrucianos a designavam pela palavra vitriol, que é a combinação das primeiras letras da frase vista interiora terrae rectificando invernes omnia lapidem, para indicar que 'no interior da Terra está oculto o verdadeiro mistério’. O caminho que conduz a este Mundo Oculto é o da Iniciação.
Na Grécia antiga, nos Mistérios de Delfos e Eleusis, esta Terra Celestial era chamada de Monte Olimpo e de Campos Elísios. Também nos tempos védicos primitivos era chamada por vários nomes, tais como Ratnasanu (pico da pedra preciosa), Hermadri (montanha de ouro) e Monte Meru (lar dos deuses do Olimpo e dos Indus). Simbolicamente, o pico desta montanha sagrada está no céu, sua metade na Terra e a sua base no Mundo Subterrâneo.
O escandinavo Eddas também menciona esta cidade celestial, que ficava na terra subterrânea de Asar, dos povos da Mesopotâmia. Era a terra de Amenti do Livro Sagrado dos Mortos, dos antigos egípcios. Era a cidade das Sete Pétalas de Vishnu, e a Cidade dos Sete Reis de Edom, ou Éden da tradição judaica. Em outras palavras, era o Paraíso Terrestre.
Em toda a Ásia Menor, não somente no passado mas também hoje, acredita-se na existência de uma Cidade de Mistério, cheia de maravilhas, que é conhecida como Shamballah (Shamb-Allah), onde fica o templo dos Deuses. É também o Erdami dos tibetanos e mongóis.
Os persas a denominam Alberdi ou Aryana, terra dos seus ancestrais. Os hebreus a chamam de Canaã e os mexicanos de Tula ou Tolan, enquanto os astecas chamavam-na de Maya-Pan. Os conquistadores espanhóis que vieram para a América acreditavam na existência de tal cidade e organizaram muitas expedições para procurá-la, chamando-a de El Dorado, ou Cidade do Ouro. Provavelmente souberam a seu respeito pelos aborígines que a chamavam de Manoa ou Cidade Cujo Rei se Veste com Roupas de Ouro.
Para os celtas esta terra sagrada era conhecida como 'Terra dos Mistérios' — Duat ou Dananda. Uma tradição chinesa fala de uma Terra de Chivin ou Cidade das Doze Serpentes. É o Mundo Subterrâneo, que fica nas raízes do céu. É a terra dos Calças, Caleis ou Kalki, a famosa Colchida, pela qual os Argonautas procuravam quando foram em busca do Velocino de Ouro.
Na Idade Média referiam-se a ela como a Ilha de Avalon, onde os Cavaleiros da Távola Redonda, sob a liderança do Rei Artur e sob a orientação de Mago Merlin, iam em busca do Graal Sagrado, símbolo da obediência, da justiça e da imortalidade. Quando o Rei Artur foi ferido seriamente numa batalha pediu ao seu companheiro Belvedere para partir num barco para os confins da Terra, com as seguintes palavras: 'Adeus, meu amigo e companheiro Belvedere, siga para a terra onde nunca chove, onde não há doenças e onde ninguém morre'. Esta é a Terra da Imortalidade ou Agharta, o Mundo Subterrâneo. Esta terra é a Walhalla dos alemães, o Monte Salvat dos Cavaleiros do Graal Sagrado, a Utopia de Thomas More, a Cidade do Sol de Campanella, a Shangri-lá do Tibete e a Agharta do mundo budista."
Indicamos previamente que as cidades subterrâneas de Agharta foram construídas pelos atlantes, como refúgios contra a precipitação radioativa produzida pelas suas guerras e também nos referimos à teoria de Huguenin de que os discos voadores eram aparelhos aéreos que foram levados para o Mundo subterrâneo antes da catástrofe que submergiu Atlântida. O abandono de seu lar primitivo no alto da montanha sagrada de quatro lados, no centro de Atlântida (Monte Olimpo ou Meru, mais tarde simbolizado pelas pirâmides truncadas de quatro lados do Egito e México), e sua viagem aérea sobre a Ponte do Arco-íris da Aurora Boreal, através da abertura polar, para o novo lar em Walhalla, os palácios dourados da cidade de Shamballah, capital de Agharta, o Mundo Subterrâneo. Esta migração dos deuses governantes de Atlântida para o Mundo Subterrâneo, antes da destruição de seu país, foi mencionada na mitologia teutônica como o "Gotterdammerung", ou o Crepúsculo dos Deuses. Fizeram a viagem em discos voadores, que eram os aparelhos aéreos dos atlantes.
Enquanto, nos dias dos atlantes, os discos voadores voavam na atmosfera externa da Terra, depois de entrarem no Mundo Subterrâneo continuaram a voar na sua atmosfera interna, no seu interior oco. Depois de explosão atômica de Hiroshima, em 1945, eles se elevaram novamente para a superfície em grandes números, buscando evitar uma catástrofe nuclear. A tragédia que atingiu Atlântida foi devido ao seu desenvolvimento científico ter se adiantado em relação ao seu desenvolvimento moral, resultando numa guerra nuclear, que aqueceu a atmosfera, derreteu as calotas de gelo do pólo e ocasionou um dilúvio terrível que submergiu o continente. Um grupo de sobreviventes, conduzido por Noé se refugiou nos planaltos do Brasil (então uma colônia atlante) onde construíram cidades subterrâneas, interligadas por túneis à superfície, para evitar a destruição pela precipitação radioativa e pelas inundações .
De acordo com as narrativas de Platão, Atlântida foi submersa por uma série de inundações, que alcançou o auge há cerca de 11.500 anos. Cerca de quatro milhões de habitantes perderam a vida. Aqueles que eram mais evoluídos espiritualmente e foram prevenidos escaparam em tempo para o Brasil, onde eles ou seus descendentes ainda vivem em cidades subterrâneas, segundo se assevera.
Em conexão com este assunto é interessante; se referir ao livro de Júlio Verne, Uma Viagem ao Centro da Terra, que apresenta uma concepção semelhante à do livro de Gardner de nome parecido. Verne descreve as aventuras de um grupo de exploradores que entraram pela cratera de um vulcão e depois de viajar alguns meses chegou finalmente ao centro oco da Terra, um mundo novo com o seu próprio sol a iluminá-lo, oceanos, terras e mesmo cidades de origem atlante. Verne acreditou que, antes da destruição de Atlântida, alguns dos seus habitantes escaparam e estabeleceram cidades subterrâneas no centro oco da Terra. Uma vez que a maioria das previsões de Verne foi mais tarde confirmada, é possível que esta também o seja — não pela entrada pela cratera de um vulcão, mas por uma expedição aérea, através das aberturas polares ao interior oco da Terra.
Um dos primitivos colonos alemães de Santa Catarina, no Brasil, escreveu e publicou um livro em alemão antigo, tratando do Mundo Subterrâneo e baseando-se para isto em informações dos índios. O livro descreveu a Terra como sendo oca, com um sol no seu centro. O interior da Terra foi dito ser habitado por uma raça de frugívoros, livres de doenças, e de vida muito longa. Este Mundo Subterrâneo, o livro afirmava, era ligado à superfície por túneis, que se abriam principalmente em Santa Catarina e regiões limítrofes do sul do Brasil.
O autor dedicou quase seis anos de investigações ao estudo dos túneis misteriosos que se entrelaçam sob Santa Catarina, construídos obviamente por uma raça antiga, a fim de alcançar as cidades subterrâneas. As pesquisas ainda estão em andamento. Numa montanha, perto de Joinville, o canto coral dos homens e mulheres atlantes tem sido ouvido repetidamente — também o "Canto do Galo", que é a indicação da existência da abertura de um túnel que conduz a uma cidade subterrânea. O canto não é produzido por um animal, mas provavelmente por alguma máquina.
O explorador russo, Ferdinand Ossendowski, autor de Beasts, Men and Gods, assevera que os túneis que circundam a Terra, passando sob os oceanos Pacífico e Atlântico, foram construídos por homens de uma civilização Hyperborea, pré-glacial, que floresceu nas regiões polares quando o seu clima ainda era tropical, uma raça de super-homens, possuidores de poderes científicos de ordem superior, inclusive de máquinas para abertura de túneis, por meio das quais interecruzaram a Terra com estes e das quais nada sabemos. Citaremos agora do notável livro de Ossendowski, contando suas próprias experiências na Mongólia, onde a crença na existência do Mundo Subterrâneo de Agharta, governado pelo Rei do Mundo, que vive na cidade sagrada de Shamballah, é universal.
Ossendowski escreve:
"— 'Pare!' — disse o meu guia mongol, quando cruzamos o planalto de Tzagan Luk — 'Pare!' Seu camelo se abaixou sem que fosse necessário que ele o ordenasse. O mongol levantou sua mão num gesto de adoração e repetiu a frase sagrada:
— on mani paeme hum —."
Os outros mongóis imediatamente pararam os seus camelos e começaram a rezar.
— 'Que aconteceu?' — perguntei assombrado e fazendo parar o meu camelo.
Os mongóis rezaram por alguns momentos e então montaram nos camelos e seguiram.
— 'Olhe' — disse-me o mongol, — 'como os camelos mexem suas orelhas aterrorizados, como as crinas dos cavalos permanecem imóveis e alertas e como os camelos e o gado se ajoelharam no chão. Observe como as aves pararam de voar e os cães de latir. O ar vibra docemente e ouve-se uma canção que penetra no coração de todos os homens, animais e aves. Todos os seres vivos, tomados de medo, se prostraram por si próprios. O Rei do Mundo, no seu palácio subterrâneo, está fazendo profecias sobre os povos de toda a Terra.'
Assim falou o velho mongol.
Na Mongólia, com suas montanhas terríveis e planaltos ilimitados, nasceu um mistério que foi preservado pelos lamas vermelhos e amarelos. Os governantes de Lhasa e Ourga conservaram esta ciência e eram donos destes mistérios. Foi durante minha viagem à Ásia Central que ouvi pela primeira vez o Mistério dos Mistérios, ao qual a princípio não prestei atenção, o que fiz somente mais tarde, quando fui capaz de analisar e comparar certos testemunhos sujeitos a controvérsias freqüentes. Os velhos das margens do Amyil contaram-me uma lenda antiga, de acordo com a qual uma tribo mongol, buscando escapar de Genhis Khan, se escondeu numa terra subterrânea. Mais tarde, perto do Lago Nogan, Soyota me mostrou uma porta que servia como entrada para o reino de Agharta. Foi através desta porta que um caçador entrou naquela região e depois de voltar falou de sua visita. Os lamas cortaram sua língua para evitar que falasse a respeito do Mistério dos Mistérios. Na sua velhice ele retornou à entrada da caverna e desapareceu no Mundo Subterrâneo, cuja lembrança emocionou sempre o nômade.
Obtive informações mais detalhadas de Houtouktou Jelyl Djamsrap, de Narabanch Kure. Ele me contou a história da chegada do todo-poderoso Rei do Mundo à porta da saída do Mundo Subterrâneo, sua aparência, seus milagres e profecias. Comecei então a compreender esta lenda, esta hipótese, esta visão coletiva que, não importa como a interpretemos, esconde não somente um mistério mas também uma força real que governa e influencia o curso da vida política da Ásia. Desde aquele momento comecei minhas investigações. O lama Gelong, favorito do Príncipe Choultoun Beyli, me fez uma descrição do Mundo Subterrâneo.
Há mais de seis mil anos, disse ele, um homem santo desapareceu na Terra, acompanhado por uma tribo e nunca mais voltou à superfície. Este mundo interno foi também visitado por vários outros homens, como Cakya-Muni, Undur-Chengen Paspa, Baber e outros. Ninguém sabe onde acharam a entrada. Alguns dizem que está no Afganistão, outros que está na índia.
Todos os habitantes desta região estão protegidos contra o mal, e o crime não existe dentro de seus limites. A ciência se desenvolve tranqüilamente, jamais interrompida pelas guerras e livre do espírito de destruição.
Conseqüentemente o povo subterrâneo foi capaz de conquistar um grau muito elevado de sabedoria. Eles formam um vasto império com milhões de habitantes, governados pelo Rei do Mundo. Este domina todas as forças da natureza, pode ler o que está dentro da alma de todos e no grande livro do destino.
Invisivelmente, governa sobre oitocentos milhões de seres humanos, todos desejosos de executarem suas ordens. Todas as passagens subterrâneas no mundo inteiro levam ao Mundo de Agharta. Os lamas dizem que todas as cavidades subterrâneas da América são habitadas por este povo. Os habitantes dos continentes pré-históricos submersos (Lemúria e Atlântida) encontraram refúgio e continuaram a viver no Mundo Subterrâneo.
O lama Turgut, que fez a viagem de Ourga a Pequim junto comigo, deu-me detalhes adicionais. A capital de Agharta, Shamballah, é cercada por vilas onde vivem os sábios sagrados. Isto lembra Lhasa, onde o templo do Dalai Lama se ergue no topo de uma montanha circundado por templos e mosteiros. Seu palácio é cercado pelo dos Gurus, que controlam as forças visíveis e invisíveis da Terra, do seu interior até o céu, e são senhores da vida e da morte. Se a nossa louca humanidade continuar suas guerras, eles podem vir à superfície e transformá-la num deserto. Podem secar os oceanos, transformar continentes em mares e causar o desaparecimento de montanhas. Viajam em veículos estranhos, desconhecidos sobre a terra, a velocidades inacreditáveis, através de túneis dentro da Terra. Os lamas acharam vestígios destes homens em todas as partes e em inscrições nas rochas; e viram rastros das rodas dos seus veículos.
Quando pedi para me dizer quantas pessoas visitaram Agharta, o lama respondeu: '—Um grande número, mas a maioria daqueles que lá estiveram mantém o segredo enquanto vivem. Quando os Olets destruíram Lhasa, um dos seus regimentos, nas montanhas do sudoeste, alcançou os limites de Agharta e foi então instruído nas ciências misteriosas, razão pela qual os Olets e Talmuts tornaram-se profetas. Certas tribos pretas do leste também entraram em Agharta e continuaram vivendo lá por séculos. Mais tarde foram expulsas do Mundo Subterrâneo e voltaram a viver na superfície da Terra, trazendo com eles o conhecimento do mistério de profetizar por meio das cartas e da leitura das mãos. (Eles foram os ancestrais dos ciganos.) Numa certa região do norte da Ásia existe uma tribo que está em vias de desaparecer e que freqüenta as cavernas de Agharta. Seus membros podem invocar os espíritos dos mortos que vivem no espaço.'
O lama permaneceu em silêncio por algum tempo e então, em resposta aos meus pensamentos, continuou: —'Em Agharta os sábios escrevem em tabuletas de pedra todas as ciências do nosso planeta e de outros mundos. Os sábios budistas chineses sabem bem disto. Sua ciência é a mais avançada e pura. Em cada século os sábios da China se reúnem num lugar secreto, perto do mar, e escrevem, nas costas de uma centena de grandes tartarugas que saem do mar, as conclusões da ciência divina do seu século.'
Isto me fez lembrar uma história que me foi contada por um velho chinês, recepcionista no Templo do Céu, em Pequim. Disse-me ele que as tartarugas vivem três mil anos sem ar ou alimento e por esta razão todas as colunas do Templo do Céu azul sustentavam-se nas costas de tartarugas vivas, de modo que os suportes de madeira não apodrecessem.
Muitas vezes os governantes de Lhasa e Ourga mandaram embaixadores ao Rei do Mundo, disse o lama bibliotecário, mas não o puderam alcançar. Entretanto, um chefe tibetano, depois de uma batalha com os Olets, chegou a uma caverna cuja abertura tinha a seguinte inscrição:
'Esta porta leva a Agharta'.
Da caverna saiu um homem de bela aparência que o presenteou com uma tabuleta de ouro trazendo inscrições estranhas e lhe disse:
— ‘O Rei do Mundo aparecerá a todos os homens quando chegar o tempo da guerra do mal contra o bem; entretanto este tempo ainda não chegou. Os piores membros da espécie humana ainda estão por nascer.'
Chang Chum Ungern mandou o jovem Príncipe Pounzig como embaixador ao Rei do Mundo. O embaixador voltou com uma carta para o Dalai lama de Lhasa. Desejou mandá-lo uma segunda vez, mas o jovem embaixador jamais retornou."
A Terra Oca - Capítulo X: Conclusão
Da evidência contida neste livro e confirmada pelos muitos exploradores árticos que citamos, chegamos às conclusões seguintes:
1. Não há realmente Pólo Norte ou Sul. No lugar onde é suposto que existem, há realmente grandes aberturas para o interior oco da Terra.
2. Os discos voadores vêm do interior oco da Terra, através das aberturas polares.
3. O interior oco da Terra, aquecido pelo seu sol central (a fonte da Aurora Boreal) tem um clima subtropical ideal, com temperatura em volta de 25° C, nem demasiado quente nem demasiado frio.
4. Os exploradores árticos acharam que a temperatura se elevava quando iam muito ao norte; encontraram mais mares abertos e animais viajando para o norte, no inverno, em busca de comida e calor, quando deviam ter seguido para o sul; verificaram que a agulha da bússola tomava a posição vertical em vez de ficar na horizontal e tornava-se extremamente errática; viram pássaros tropicais e mais vida animal quando foram mais para o norte; viram borboletas, mosquitos e outros insetos no extremo norte, os quais não são encontrados até que se esteja bem ao sul, no Alasca e no Canadá; contraram neve colorida por pólen de cor e por pó preto, que se tornava pior quando mais ao norte seguiam. A única explicação é que este pó vinha de vulcões ativos na abertura polar.
5. Há uma grande população habitando a superfície côncava interna da crosta da Terra, constituindo uma civilização muito mais avançada do que a nossa nas suas conquistas científicas; uma população provavelmente descendente da dos continentes submersos da Lemúria e Atlântida. Os discos voadores são apenas uma das suas muitas conquistas. Seria vantajoso para nós contatar estes Irmãos Mais Velhos da espécie humana, deles aprendendo e aceitando conselhos e ajuda.
6. A existência de uma abertura polar e de terra além dos Pólos são provavelmente conhecidos pela Marinha dos EUA, à qual pertencia o Almirante Byrd quando fez os seus dois vôos históricos, que são possivelmente um segredo internacional dos mais importantes.
A Terra Oca - Capítulo XI: OVNIs ou Objetos Voadores Não-Identificados Nos Tempos Antigos
Já Foi a Terra Visitada por Superseres do Espaço? Os Escritores Clássicos Assim o Afirmam.
Cada época interpreta os eventos fora do comum na linguagem da sua própria experiência, quer seja Ezequiel descrevendo objetos do céu na simbologia de anjos e pedras preciosas, ou o Monge Lawrence, no ano de 776, maravilhando-se com os escudos inflamados cuspindo fogo do céu sobre os Saxões que sitiavam Sigiburg, ou os homens hodiernos especulando se os Objetos Voadores Não-Identificados são de origem extraterrena.
Agora, que os astrônomos proclamam a crença na existência de vida por todo o universo, é natural que se especule se homens do espaço poderiam ter chegado à Terra no passado. Há evidência?
Por mais de 2.000 anos ela foi registrada por quase todas as maiores inteligências da Grécia e de Roma, muito embora os registros da antigüidade tenham sido destruídos. Nos clássicos que sobreviveram há ampla evidência do aparecimento de OVNIs e de intervenções provavelmente extraterrestres .
Nossos teólogos descartam os Deuses antigos como representações antropomórficas de forças naturais, como se raças inteiras, por centenas de anos, baseassem suas vidas diárias nos relâmpagos e trovões! Todavia a lógica sugere que os velhos Deuses do Egito, Grécia, Roma, Escandinávia e México não eram Espíritos separados do corpo ou simbolismos antropomórficos mas sim astronautas reais dos céus. Parece que depois das grandes catástrofes lembradas nas lendas, os "Deuses" se retiraram e desde então têm se contentado em meramente inspecionar a Terra, exceto por uma outra intervenção ocasional nos negócios humanos.
Apolodoro escreveu: "O Céu foi quem primeiro governou sobre todo o mundo", querendo significar seguramente o domínio por seres do espaço. O Imperador Juliano declarou solenemente que "Devemos acreditar que neste mundo... certos Deuses baixaram" .
Esquilo, Eurípides, Aristófanes, Plaut e Menander freqüentemente introduziam um Deus ex Machina (um deus de uma máquina) para desenrolar os enredos das suas novelas.
Aristóteles, Platão, Plínio, Lucrécio e a maioria dos outros filósofos acreditavam que os Deuses eram Super-homens que viviam nos domínios superiores.
Há um. século um comerciante germânico, Heinrich Schliemann, usando a Ilíada como guia, escavou Tróia. Poderemos escavar registros de naves espaciais em outros clássicos?
A seguir são citados alguns exemplos de trabalhos de escritores antigos, pesquisados por referências sobre OVNIs:
Ano 498 A.C.: Visitações
"... Castor e Pólux foram vistos lutando no nosso exército a cavalo... Nem esquecemos que quando os Locrianos derrotaram o povo de Crotona, numa batalha às margens do rio Sagra, isto ficou conhecido no mesmo dia, nos Jogos Olímpicos. As vozes dos Faunos têm sido ouvidas e as divindades têm aparecido em formas tão visíveis que têm forçado todos os que não são desprovidos de sentidos ou endurecidos pelas impiedades a confessar a presença dos Deuses."
— Cícero, Da Natureza das Coisas, Livro I, Cap. 2
Ano 325 A.C.: Visitações
"Lá, na tranqüilidade da noite, ambos os cônsules, assim foi dito, foram visitados pela aparição, um homem de estatura maior do que a humana e mais majestoso, que declarou que o comandante de um lado e o exército do outro deveriam ser sacrificados aos Manes e à Mãe Terra."
— Lívio, História, Livro VIII, Cap. 11
Ano 223 A.C.: Luz Brilhante, Três Luas
"Em Ariminium uma luz brilhante como a do dia cintilou à noite; em muitas partes da Itália três luas tornaram-se visíveis à noite."
— Dio Cassius, História Romana, Livro I
Ano 222 A.C.: Três Luas
"Também três luas apareceram de uma vez, por exemplo, no Consulado de Gnaeus Domitius e Gaius Fanius."
— Plínio, História Natural, Livro II, Cap. 32
Ano 218 A.C.: O Céu fica cheio
"No distrito de Amiterno, em muitos lugares, foi visto o aparecimento de homens com trajes brancos, vindos de longe. A órbita do sol ficou menor. Em Praeneste, lâmpadas brilhando no céu. Em Arpi, um escudo no céu. A lua competiu com o sol e durante a noite foram vistas duas luas. Navios fantasmas apareceram no céu."
— Lívio, História, Livros XXI-XXII
Ano 217 A.C.: Fenda no Céu
"Em Falerii, o céu parecia estar fendido, como se estivesse com uma grande greta e através desta abertura brilhou uma luz clara."
— Lívio, História, Livro XXII, Cap. 1
Ano 214 A.C.: Homens e Altar
"Em Adria, foi visto um altar no céu e à sua volta as formas de homens em roupas brancas."
— Julius Obsequens, Prodigiorum Libellus, Cap. 66
Ano 163 A.C.: Um Sol Extra
"No Consulado de Tiberius Gracchus e Manius Juventus, em Cápua, o sol foi visto à noite. Em For-mice, dois sóis foram vistos de dia. O céu estava em fogo. Em Cephallenia, uma trombeta parecia soar no céu. Havia uma chuva de terra. Uma tempestade de vento derrubou casas e arrasou as plantações. À noite um sol aparente brilhou em Pisaurum."
— Obsequens, Prodigiorum
Ano 122 A.C.: Três Sóis e Três Luas
"Em Gaul, foram vistos três sóis e três luas."
— Obsequens, Prodigiorum, Cap. 114
Ano 91 A.C.: Bola de Fogo Dourada
"Perto de Spoletium uma bola de fogo dourada rolou para o chão, aumentou de tamanho, parecendo se levantar da terra em direção a leste e era grande o bastante para ocultar o sol."
— Obsequens, Prodigiorum, Cap. 114
Ano 85 A.C.: Escudo Flamejante, Faíscas
"No Consulado de Lucius Valerius e Caius Marius um escudo flamejante correu pelo céu espalhando faíscas."
— Plínio, História Natural, Livro II, Cap. 34
Ano 66 A.C.: De Fagulha a Tocha
"No consulado de Gnaeus Octavius e Gaius Suetonius uma fagulha foi vista cair de uma estrela e aumentar de tamanho quando se aproximou da Terra. Depois de ficar tão grande quanto a lua, espalhou uma espécie de luz difusa, como de dia nublado, e então voltou para o céu, transformando-se numa tocha. Este é o único registro de sua ocorrência. Foi visto pelo Procônsul Silenus e seu séquito."
— Plínio, História Natural, Livro II, Cap. 35
Ano 48 A.C.: Raios, Visitações
"Raios caíram sobre o campo de Pompeu. Um fogo tinha aparecido no ar sobre o campo de César e caído sobre o de Pompeu... Na Síria, dois jovens anunciaram o resultado da batalha (na Tessália) e se desvaneceram."
— Dio Cassius, História Romana, Livro IV
Ano 42 A.C.: Luz Noturna, Três Sóis
"Em Roma, a luz brilhou tão clara na caída da noite que as pessoas se levantaram para começar a trabalhar como se o dia tivesse amanhecido. Em Murtino, três sóis foram vistos por volta da terceira hora do dia, os quais depois se juntaram numa órbita única."
— Obsequens, Prodigiorum, Cap. 130
Ano A.C.?: Sóis, Luas, Globos.
"Com que freqüência tem o nosso Senado ordenado aos decênviros para consultar os livros de Sibyl! Por exemplo, quando dois sóis foram vistos ou quando três luas apareceram e quando foram observadas no céu flamas de fogo; ou naquela outra ocasião quando o sol foi visto à noite, quando ruídos foram ouvidos no céu e quando este próprio parecia se abrir, deixando ver estranhos globos dentro dele."
— Cícero, Das Adivinhações, Livro I, Cap. 43
Ano 70 D.C.: Carruagens no Céu
"No dia 21 de maio uma falange demoníaca de tamanho incrível... Pois antes do pôr-do-sol apareceram no ar, sobre todo o país, carruagens e tropas armadas cruzando através das nuvens e cercando as cidades."
— Josephus, Guerra Judaica, Livro CXI
Ano 193 D.C.: Três Estrelas Novas
"... três estrelas... subitamente ficaram à vista, à volta do sol, quando o Imperador Juliano, na nossa presença, estava oferecendo o Sacrifício do Ingresso, em frente ao prédio do Senado. Estas estrelas eram tão distintas que os soldados as fitavam constantemente e as mostravam uns aos outros."
— Dio Cassius, História Romana, Livro LXXIV
Ano 217 D.C.: Visitação
"Em Roma, além disto, um 'Espírito' com a aparência de um homem conduziu um asno para o Capitólio e depois para o palácio procurando o seu amo, enquanto declarava que proclamava que Antônio estava morto e que agora Júpiter era o Imperador. Ao ser preso por isto e enviado por Matermainus a Antônio ele disse: 'vou como você o diz, mas enfrentarei outro imperador e não este'. E quando chegou a Cápua desapareceu."
— Dio Cassius, História Romana
As referências acima são apenas uma amostragem das evidências existentes. Considere apenas cinco escritores: Julius Obsequens registrou 63 fenômenos celestiais; Lívio, 30; Plínio, 26; Dio Cassius,14; Cícero, 9. Os romanos acreditavam fervorosamente que dois estranhos cavaleiros, mais altos do que o normal, da mesma idade, altura e beleza deram a vitória a Posthumus no Lago Regillus e que, no mesmo dia, miraculosamente, apareceram no Fórum, anunciaram a vitória e desapareceram para sempre.
Um historiador contemporâneo descreveu dois escudos brilhantes que soltavam fogo pelas suas beiradas, mergulhando repetidamente sobre as colunas de Alexandre, O Grande, na índia, e depois voltando para o céu.
Quando nos lembramos que Rômulo foi levado para o céu por um redemoinho, enquanto dava julgamento no Morro Palatino, que o seu sucessor, Numa Pompilio usava armas mágicas, que Lívio, Plínio o Velho e Julius Obsequens falam de vozes misteriosas, trombetas celestiais, homens em trajes brancos pairando em naves aéreas, vários sóis e luas juntas, repentinas estrelas novas e aparições sobre-humanas descendo entre os homens e depois desaparecendo, sentimos subitamente que estamos lendo as maravilhas da Bíblia.
Por alguma estranha contorção mental, adoramos os prodígios da velha Palestina como manifestações do Senhor, e todavia zombamos de fenômenos idênticos ocorrendo ao mesmo tempo, apenas a uns poucos quilômetros de distância.
A evidência existe; tudo o que precisamos fazer é examiná-la.
A Terra Oca - Capítulo XII: Discos Voadores, Propulsão e Relatividade
Resolva o problema de propulsão dos OVNIs e terá aberto ao homem todo o universo. Aqui está uma teoria que pode explicá-la.
Nos últimos anos temos sido visitados por um grande número de aeronaves estrangeiras. Na realidade, provavelmente estas visitas têm estado ocorrendo por um longo tempo, talvez pelo que chamamos de períodos de tempo geológicos. Entretanto, em 1947 ou um pouco antes, o número destas visitas se elevou muito. Desde 1947 um grande número de pessoas, em todo o mundo, tem visto os famosos discos voadores, ou objetos voadores não identificados (OVNIs) .
Durante os últimos anos os observadores têm notado a realização por parte destas naves de manobras acrobáticas de natureza assombrosa.
Aparentemente, a maioria dos discos não depende de qualquer sistema de propulsão familiar aos nossos conhecimentos científicos ou, pelo menos, aos conhecimentos científicos de até recentemente. Somente muito poucos têm sido observados com hélices e alguns com motores de reação ou de jato puro e muitos não dispõem nem mesmo destes. Na verdade, o disco voador típico flutua sobre a terra, sem meios visíveis de apoio, e então acelera a velocidades indescritíveis para alguma outra parte do globo.
A falta de qualquer sistema de propulsão conhecido capaz de tais efeitos tem levado muitas pessoas a imaginar que os donos dos discos voadores foram capazes de dominar a física gravitacional. O sistema de propulsão usado deve, de alguma maneira, aplicar o que é popularmente conhecido como antigravidade. Há dificilmente qualquer maneira, pelo menos tanto quanto os leigos e os especialistas possam ver, em que a sua capacidade de permanecer acima da terra, sem jatos nem hélices, nem dispositivos extensos de sustentação, possa ser explicada.
Entretanto, um enigma adicional, ainda que estritamente relacionado, é o da movimentação típica do disco. Pois tanto a gravidade quanto a inércia parecem ter sido conquistadas também. Muitas narrativas — algumas aparentemente autênticas falam de OVNIs aparecendo subitamente nos céus, vindos não se sabe de onde, e depois desaparecendo no que parece um instante. A menos que algum truque ótico esteja envolvido, os discos devem ser capazes de acelerações verdadeiramente extraordinárias. Relato típico sobre disco, como aparece nos jornais locais através do mundo, é do objeto visto cruzando a velocidade de umas poucas centenas de quilômetros por hora e então, subitamente, desaparecer a uma velocidade que parece ser de milhares de quilômetros por hora.
Além destas acelerações lineares extraordinárias, os discos parecem superar a inércia de outras maneiras. Parecem fazer ângulos retos perfeitos a velocidades elevadíssimas, sem resultados desastrosos à sua estrutura ou à sua tripulação — se é que esta existe. Pelo menos dois de meus amigos me disseram terem visto discos voadores que se moviam no céu a altíssima velocidade fazerem curvas em ângulo reto, instantaneamente.
Ainda um outro truque — eles aparecem capazes de se movimentar através da atmosfera a velocidades e em níveis de densidade do ar claramente incompatíveis com qualquer tecnologia do conhecimento público. Quando um objeto se move através do ar, a fricção das moléculas em atrito com a sua superfície faz com que o material se aqueça. Nos nossos interceptores a jato muito rápidos, são necessários sistemas de esfriamento. Sabemos todos como os meteoros penetrando na atmosfera e o nariz dos cones dos mísseis que reentram na atmosfera terrestre se aquecem a tal ponto que, em muitos casos, se desintegram ou se queimam completamente. Todavia, movimentando-se a velocidades comparáveis e em atmosfera mais densa, os OVNIs não parecem mostrar tais efeitos. Na verdade, aparece freqüentemente alguma luminosidade em volta deles — especialmente à noite — e ocasionalmente aparecem rastros de fumaça, mas a máquina propriamente dita parece sobreviver. Para os especialistas em mísseis isto é muito curioso.
Em todas estas manobras fica em jogo o nosso entendimento das inflexíveis leis da inércia, que governam o nosso mundo. Newton foi o primeiro a formulá-las claramente no seu princípio duplo de que um objeto em repouso tende a permanecer em repouso a menos que uma força lhe seja aplicada, e se uma força lhe é aplicada o objeto tende a se movimentar na direção da força aplicada e proporcionalmente a ela. Estas leis da inércia de Newton são ainda a base de muitos dos pontos de vista científicos do mundo. Entretanto, de acordo com estas leis combinadas às das forças de atração molecular da matéria, que são igualmente fixas na natureza — ou pelo menos assim o pensamos — torna-se muito difícil explicar o comportamento dos discos.
Quando os discos voadores aceleram da velocidade zero a muitos milhares de quilômetros por hora, em uns poucos segundos, por que será que sua maquinaria interna não fica toda quebrada e todos os membros de sua tripulação achatados?
Qualquer um que tenha feito uma curva a uma velocidade demasiado elevada sabe da tendência persistente do seu veículo em continuar na direção original em que vinha, contrariando a resistência dos pneus e do mecanismo de direção.
Da mesma maneira, quando um disco voador faz uma curva repentina, viajando a muitos milhares de quilômetros por hora, por que as moléculas ou cristais da sua estrutura metálica não se partem — devido à grande tensão imposta pelas leis da inércia?
E, finalmente, quando os discos disparam através da atmosfera, por que as moléculas desta se atritando contra o disco não fazem com que o aquecimento da fricção queime eventualmente o objeto?
São estes desempenhos notáveis que têm levado muitas pessoas a acreditar que os discos não são reais. Objetos materiais não podem se comportar desta maneira! Os discos devem ser luzes que se movimentam, ilusões de ótica, miragens, padrões de difração devidas às lentes formadas na atmosfera, ou, ainda para outros, fantasmas ou espíritos.
O Chefe do Serviço Secreto da Força Aérea advertiu vivamente, depois das grandes visões observadas no Aeroporto de Washington, há alguns anos, que a Força Aérea não tinha qualquer coisa com energia infinita e sem massa. Qualquer pessoa que conheça física não-relativística acredita que seria impossível para qualquer massa ponderável se comportar como os OVNIs o fazem. Todavia, a discussão desta dificuldade parece muito real, na verdade.
Pois os discos existem! Eles têm sido fotografados! Aparecem nas imagens do radar! De perto parecem muito com naves feitas de metal ou de material transparente como o plexiglas. Pondo de lado os seus truques fora do comum, parecem ter todas as características de objetos de material denso, que foram projetados, fabricados, manufaturados ou seja lá o que for.
Se os discos são veículos sólidos e reais devemos proceder a uma revisão de nossas idéias sobre a natureza, a um ou dois respeitos. Ou devemos concluir que o nosso conhecimento das leis que mantém unidos os átomos e moléculas é incompleto ou devemos revolucionar nossos conceitos sobre a inércia.
Caso ambas as alternativas estejam além do alcance da ciência moderna, não haverá razão para preferir uma em lugar da outra.
Entretanto, há de fato uma maneira perfeitamente boa de explicar os discos dentro da teoria física moderna. Para fazê-lo, todavia, devemos passar às alturas abstratas da física, em particular à Teoria Geral da Relatividade, de Albert Einstein. Entretanto, antes de ficarmos demasiado assustados, deixem-nos dizer que a Teoria Geral não é tão complexa e intrincada como algumas pessoas pensam. Sua fama de difícil vem do fato de que, para percebê-la, é necessário apreciar sob um novo conceito a maneira em que sentimos o mundo.
O conceito da inércia, de Newton, nos diz que um objeto permanece em repouso a menos que alguma força lhe seja aplicada e, quando isto ocorre o objeto se desloca de acordo com esta força. Newton tinha idéias algo confusas do porquê da existência da inércia. Num determinado ponto, no seu Principia, ela é quase parte inerente da matéria. Noutro ponto, as forças centrífugas ou inerciais vêm de alguma coisa chamada espaço absoluto. A persistência da matéria no seu estado, de acordo com Newton, vem de sua relação a um mundo absoluto de espaço, mais definitivo do que qualquer sistema material que possamos conceber.
Esta noção de Newton jamais foi satisfatória e, no final do século XIX, o filósofo e físico austríaco, Ernest Mach, dedicou suas críticas a ela. Mach, a quem todos conhecem pelos seus números Mach em aerodinâmica, foi também um precursor do Círculo de Viena, que desenvolveu o positivismo lógico. Para ele, qualquer coisa além da nossa capacidade de observação — como o espaço absoluto — era irreal. Daí ter ele proposto que a inércia fosse uma referência a toda a matéria do universo. Por toda a matéria do universo ele quis significar todas as estrelas fixas, ou nos dias de hoje, todas as galáxias, pois sabemos que o cosmos é constituído de um vasto número de estrelas reunidas num vasto número de galáxias. Para Mach, um objeto sujeito às leis da inércia o era em relação a todas as estrelas, ou, como diríamos hoje, a todas as nebulosas.
Entretanto, o princípio de Mach, como Einstein o chamou, apresentava uma dificuldade. Não fornecia qualquer ligação física entre as estrelas e o sistema inercial. Mach apenas substituiu o universo pelo espaço absoluto de Newton, como um sistema de coordenadas no qual os objetos existiam e se movimentavam. Ele não nos proporcionou qualquer esclarecimento adicional que nos mostrasse o que é a inércia, ou por que funciona do modo que o faz.
Talvez devêssemos dizer que ele adiantou muito pouco para nós, mas muito para Albert Einstein. Em 1916, Einstein propôs a Teoria Geral da Relatividade. Na realidade era uma teoria da gravitação universal e da inércia. Einstein reduziu as duas forças à mesma coisa e expressou isto no seu famoso Princípio da Equivalência: forças gravitacional e inercial são indistinguíveis e iguais.
Sua ilustração deste princípio é um homem num elevador, nas profundezas do espaço. O homem está afastado de qualquer objeto grande. Se o elevador se movimentar uniformemente em qualquer velocidade constante, desde as muito pequenas até as muito grandes, o homem parecerá quase sem peso. Não sentirá qualquer peso ou força de gravidade. Entretanto, se o elevador se acelerar, se for puxado por um cabo cósmico, no sentido da altura do homem, a uma velocidade que vá se acelerando, começará a sentir como se a gravidade estivesse agindo sobre ele. Quando for alcançada uma certa velocidade, equivalente nas medidas terrestres, a 9,75 metros por segundo, o homem imaginará que está de volta na Terra e que está submetido às forças da gravidade exatamente como estava antes de deixar a Terra. Realmente, como é natural, não o está. Sua impressão errônea é meramente o resultado da inércia e da aceleração do elevador. Não há gravitação, ou deveríamos dizer mais corretamente, não há objeto grande na sua vizinhança. Assim, Einstein ilustrou o fato de que a inércia e a gravidade têm exatamente os mesmos efeitos sobre o observador e não podem ser distinguíveis na base de observações locais.
Ele foi mais além. Buscou explicar a gravidade e a inércia nos mesmos termos físicos. Enquanto o peso dos objetos sobre um grande corpo celestial como a Terra é causado pela atração gravitacional da última, o comportamento inercial do objeto é explicado pela atração gravitacional de toda a matéria, em todos os lugares.
Para usar uma analogia simples, o cachimbo sobre a mesa a minha frente permanece onde está principalmente porque todas as estrelas e nebulosas do cosmos o estão puxando, e o puxam em todas as direções imagináveis. É como se milhões e milhões de pequenos arames estivessem ligados ao cachimbo simetricamente, a toda a sua volta, e o estivessem puxando igualmente, ao mesmo tempo, em cada direção. Da mesma maneira, se atiro meu lápis através da sala ele segue numa linha reta (a parte da gravidade da Terra) porque está sendo puxado em ângulos retos a direção do seu vôo pela totalidade da matéria do universo, de todas as estrelas ou nebulosas. Assim, a inércia do mundo familiar é realmente gravitação, mas não a gravitação de cada partícula do universo; é o efeito da soma do empuxo, puxada, ou campo, dependendo de como se considere o mecanismo, todavia ilusório da gravitação.
Mas, se perguntará, como nos ajudará isto a explicar como os discos voam?
Se os donos dos discos tiverem sido capazes de inventar um meio revolucionário de antigravidade, como por exemplo uma rede eletromagnética que colocassem em torno de suas naves, isto quereria dizer que, da mesma maneira como a gravidade da terra é dominada, a inércia gravitacional de todo o resto do universo também o será. Se a gravitação, ou ultrapartículas, ou campos que respondem pela gravitação da Terra forem barrados, o efeito gravitacional do resto do universo será também evitado. Assim, os discos, com a sua rede antigravitacional, serão capazes de voar sobre a Terra e de ignorar também as leis da inércia. Eles estarão literalmente flutuando dentro de um pequeno envelope, onde nem a gravidade nem a inércia terão qualquer influência. Se as criaturas que constituírem e tripulam os discos dominaram a gravidade, terão, de acordo com Einstein, sobrepujado também a inércia.
A chave para as coisas bem estranhas que acabo de dizer é pensar como um átomo, ou uma molécula, ou um grupo delas que constituem um objeto, se comportará se a influência inercial não puder alcançá-lo. O cachimbo sobre a minha mesa voará através do quarto, agora, ao mais leve toque do meu dedo. Da mesma maneira, se agora atirar meu lápis através da sala, a brisa mais leve o levará em ângulo reto em direção ao outro lado. Em outras palavras, podemos presumir que os átomos e a matéria se tornarão quase totalmente independentes do seu ambiente, numa área livre da inércia. Podem se movimentar em uma direção tão facilmente quanto em outra. Não têm tendência a permanecer numa predeterminada e rígida posição que a inércia normalmente conservaria; podem voar em qualquer direção a que as impedir a força mais leve.
Penso que isto explica como os discos podem acelerar de zero a milhares de quilômetros por hora e se desacelerarem na mesma razão, como podem empreender as dramáticas manobras relatadas. Uma vez que uma força, de qualquer tipo, os impulsione numa direção diferente da de sua linha de deslocamento, não há tendência para que os seus átomos e moléculas continuem se movimentando na direção primitiva. Assim, não há tensões sobre as estruturas das naves e as forças de atração molecular do seu material não são rompidas.
Também os seus ocupantes, se podem viver em tal mundo sem inércia, não são achatados de nenhuma maneira e nem mesmo perturbados pelos giros da superestrutura que lhes fica à volta. Presumivelmente, podem sentar lendo um livro sem tomar conhecimento de que seu aparelho estava realmente fazendo as acrobacias mais notáveis.
O conceito da rede antiinercial e antigravitacional pode também explicar por que os discos não se queimam quando atravessam a atmosfera a altíssimas velocidades. Considere a molécula ou átomo de um gás como batendo com força contra outros átomos na atmosfera, sujeito às leis de inércia, como qualquer coisa é, mas não ocasionando muito dano ou perturbação em virtude de sua pequena massa; um disco passa velozmente e a molécula passa para dentro da rede antigravitacional. Subitamente esta pequena molécula de ar fica completamente livre! Ela já não tem energia cinética; pode bater em qualquer coisa sem causar a mais leve fricção. Em outras palavras, ela entra na rede como um projétil mas bate no disco como uma pluma.
Entretanto, quando o disco continua velozmente, esta molécula de ar sai atrás da rede num estado muito agitado. Está de novo num mundo inercial e começa a bater fortemente em outras moléculas também muito agitadas. Seus pequeninos e diminutos impulsos são aumentados como resultado da fricção que não era antes possível e isto causa uma libertação de energia — a luminosidade vista à volta dos discos, especialmente à noite.
Chegados a este ponto talvez devêssemos proceder a uma revisão do que foi dito e do que não o foi.
Num sentido explicamos como os discos voam, mas não como é gerada a rede antigravitacional e antiinercial. Algumas vezes os discos voadores sob observação durante o dia, através de vidros polaróides, bem como algumas de suas fotografias, exibem um tipo de halo ou coroa a sua volta. Naturalmente, isto bem pode ser um indício físico da rede ou tela. Entretanto, o modo pelo qual é produzido é ainda um mistério, pelo menos para este escritor. É quase certo que, de alguma maneira, o campo envolve eletricidade e magnetismo, pois os efeitos de ambos têm sido notados em conexão com os discos voadores. Ê também provável que a energia nuclear seja usada na geração do processo porque aumentos nos níveis de radioatividade têm acompanhado os vôos dos OVNIs. Todavia, nada sabemos a respeito do mecanismo exato que produz a rede. As pesquisas nesta área são altamente sigilosas. A potência terrestre que primeiro desenvolver esta tecnologia terá uma vantagem militar imensa. Tornará não somente os aviões mas também os mísseis balísticos obsoletos.
Consideremos o que o domínio pelo homem da gravidade e da inércia pode significar para sua vida na Terra e seu progresso no espaço — se outras raças permitirem que faça algum. Em primeiro lugar, aqui embaixo na Terra, o controle da gravidade e da inércia pode bem transformar muito do nosso sistema econômico.
Podemos pensar imediatamente em aviões livres da gravidade com a vantagem adicional de serem capazes de controlar a inércia, que governa (e embaraça) tanto as nossas vidas.
Se a inércia puder ser controlada, uma criança de cinco anos de idade poderá embalar um elefante sobre seus joelhos; o trabalho do mundo poderá ser feito com quantidades diminutas de energia — dependendo, naturalmente, de quanto seja necessário para produzir a tela ou rede antigravitacional e inercial.
Poderemos ser capazes de mover montanhas com apenas a quantidade de energia necessária para iluminar uma casa. Todo o fenômeno da fricção pode ficar dentro da nossa capacidade de manipulá-lo; composições de estrada de ferro serão capazes de deslizar pelos trilhos, cobertas com uma rede antiinercial, movidos por motores com somente uma fração de cavalo.
A idéia de vôos livres da inércia abre possibilidades interessantes para as viagens pelo espaço. Com vôos livres da inércia, o espaço já não será uma barreira para viagens dentro do sistema solar!
Alguns astrônomos e físicos, chamando a atenção para as enormes quantidades de energia necessárias para acelerar até mesmo uma carga útil diminuta a velocidades próximas à da luz, de modo a fazer a viagem até as estrelas mais próximas dentro de um período razoável de tempo, têm mantido o ponto de vista de que a única comunicação que a humanidade jamais poderá ter com a vida inteligente, em qualquer outro lugar, é pelo rádio.
As distâncias entre as estrelas são medidas em anos-luz e somente um limitado número de estrelas está dentro da equivalência de 90 anos-luz. Assim, a necessidade de se aproximar da velocidade ótica em viagens interestelares torna-se óbvia. Todavia, mesmo ao aproximar-se dela, sob as velhas leis da inércia, é um assunto difícil, que alguns cientistas acreditam ser impossível.
O Dr. Frank Drake ilustra o problema calculando que para levar a Enciclopédia Britânica ao nosso vizinho estelar mais próximo seria necessário um foguete tão grande que o seu jato de arrancada queimaria todo o Estado da Flórida.
Outros cientistas, naturalmente, acreditam que as viagens interestelares sejam possíveis, mesmo sob as limitações de um mundo inercial. O grande físico alemão, Professor Singer, uma vez propôs um veículo interestelar capaz de varrer os átomos de hidrogênio do espaço, recolhendo-os numa rede gigantesca e convertendo-os em combustível durante a viagem.
Entretanto, se formos capazes de desenvolver uma rede antigravitacional e antiinercial poderemos nos aproximar da velocidade ótica com a necessidade de muito pouca energia.
Pode também significar que espécies mais elevadas, que há muito descobriram esta técnica, têm viajado entre as estrelas com regularidade. Por sua vez, isto aumentaria a verossimilhança de que o nosso sistema solar seja visitado por raças de outras estrelas.