terça-feira, 5 de outubro de 2021

Círculo Mágico

Um Círculo Mágico é um círculo de espaço marcado por praticantes de alguns ramos da magia ritual, que eles geralmente acreditam que conterá energia e formará um espaço sagrado fornecendo a eles uma forma de proteção mágica, ou ambos. Pode ser marcado fisicamente, desenhado em um material como sal, giz, farinha ou simplesmente visualizado.

Os sumérios chamavam a prática de usar círculos rituais de Zisurrû.


Técnica

O Círculo Mágico é usado por Magos e Bruxos de maneiras diferentes. Magos o utilizam para que mantenham entidades e espiritos do lado de fora, de forma a manter a segurança do mago. Já na Wicca é usado para manter a energia gerada durante um ritual ou feitiço dentro do círculo e para manter energias distintas do lado de fora, neste conceito o círculo não é usado para proteção mas para concentrar a energia gerada pelo Bruxo ou Coven.

O Livro das Juras de Honório

O Livro das Juras de Honório, ou Liber Iuratus (ainda Liber Sacer/Sacratus/Consecratus/Grimoire de Honorius ou Grimório do Papa Honório), é um grimório supostamente escrito por Honório de Tebas ou, segundo outras fontes, por um dos papas históricos de nome Honório (mais exatamente, o Papa Honório Magno). A data da escrita é incerta, e já foi chamado de mencionado como Liber Sacer no século XIII, o que indicaria algo na era da Alta Idade Média. Johannes Hartlieb (1456) menciona que seria um dos livros usados em magia negra. A mais antiga edição foi datada do final do século XIV, início do XV, tendo pertencido ao matemático John Dee. É um dos grimórios medievais mais antigos e influentes no ocultismo e bruxaria contemporâneos.

É possível também que seja um produto de um grupo de magos medievais que decidiram condensar seus conhecimentos num único volume sob um mesmo criptônimo (no caso, Honório, daí a origem e confusão do Honório tebano com os pontífices homônimos). São 93 capítulos que cobrem uma grande variedade de tópicos, desde como salvar uma alma do purgatório a capturar ladrões ou caçar tesouros. Há muitas instruções sobre como conjurar ou invocar demônios, perpetrar outras operações de magia, ter visões do paraíso e outras informações dessa natureza. Como nos demais grimórios, apresenta longas dissertações sobre como operar todos os feitiços e palavras mágicas.

O livro pode ser categorizado como um dos grimório salomônicos por usar muitos poderes angelicais e chaves (conjuros mágicos) parecidos com os da clássica Chave de Salomão.

"Neste texto chamado "Grimório de Honório", ele discute o valor dos conhecimentos ocultos na Igreja e sobre como convocar e fazer crescer entidades demoníacas, aprendendo então a controlar as mesmas. Ele usa a fé em Deus e a mistura com ensinamentos do Rei Salomão; contém invocações de demônios para cada diferente dia semana. Há relatos sobre um padre que precisa clamar por meio de sacrifícios de animais durante algum tempo a dominação de espíritos demoníacos."


Grimorium Verum

O "Grimorium Verum" (latim para Grimório da Verdade), é um livro de magia, ou Grimório, supostamente escrito por "Alibeck, o Egípcio", em Mênfis em 1517. Os estudiosos concordam que tal alegação não é verdadeira, pois há muito tempo, Mênfis estava em ruínas na mesma data, em 1517, e que o livro realmente decorre no século 18, com as primeiras edições aparecendo em francês e italiano. Grande parte deste pequeno livro, foram traduzidos por Arthur Waite e publicada no livro, O Livro das Mágicas Cerimôniais, em 1911, onde Waite escreveu:

"A data especificada no título do Grimorium Verum, é inegavelmente fraudulenta; a obra pertence nos meados do século XVIII, e Mênfis é Roma."

Uma versão da Grimoire foi incluído como "as clavículas de Salomão: Livro 3", em um dos manuscritos em Francês de S. L. MacGregor Mathers, incorporada em sua versão de A Chave de Salomão, mas foi omitido da 'peça' com a seguinte explicação:

"No final, há alguns excertos do Grimorium Verum, com os Selos dos espíritos malignos, que, como eles não pertencem à Chave de Salomão, propriamente, eu não dei. Para a classificação evidente da 'Chave', está em dois livros e nada mais."

Idries Shah publicou também, uma parte dele em "The Secret Lore of Magic: Book of the Sorcerers" ("O Segredo do Conhecimento da Magia: Livro dos Feiticeiros"), em 1957. Como muitos grimórios, alega a origem do Rei Salomão.

Tambem foi estudado pelo qual a familia "Hodecker" são descendentes de Alibeck, acredita-se que a linhagem migrou para a Alemanha, Hodecker vem de Hoch, hoch em alemão é altura pois os descendentes puros tem como caracteristicas a serem muito altos.

La Poule Noire

A Franga Preta (La Poule Noire) é um grimório que se propõe a ensinar a ciência de "talismãs mágicos e anéis", incluindo a arte da Necromancia e Kabbalah. Acredita-se ter sido escrito no século XVIII, por um oficial anônimo francês, que serviu no exército de Napoleão. O texto toma a forma de uma narrativa, que centra-se num oficial francês durante a expedição Egípcia, liderada por Napoleão (aqui referido como o "gênio"), quando sua unidade são subitamente atacados por soldados Árabes (Beduínos). O oficial francês, consegue escapar do ataque, mas é o único sobrevivente. Um velho turco, aparece de repente das pirâmides, e leva o oficial francês em um lugar secreto, dentro de uma das pirâmides. Ele cuidou de seus ferimentos e partilhou com ele, os ensinamentos mágicos de manuscritos antigos que escaparam da "queima da biblioteca de Ptolomeu".


O próprio livro contém informações sobre a criação de certas propriedades mágicas, tais como anéis, talismãs, amuletos e da própria Franga Preta. O livro também ensina ao leitor, como dominar os poderes extraordinários destas propriedades mágicas. Talvez a mais interessante propriedade mágica no livro, é o poder de produzir a franga preta, também conhecida como a Galinha dos ovos de ouro. O Grimório alega que, a pessoa que entende e alcança o poder de instruir a Franga Preta, pode ganhar riqueza ilimitada. A noção de posse como um fim lucrativo, tem sido refletido em todas as histórias, desde fábulas, contos de fadas e folclores.

Magia Cerimonial

Magia cerimonial ou magia ritual é o nome dado a uma arte que engloba ampla variedade de rituais de magia complexos, elaborados e longos. Os trabalhos incluídos são caracterizados pela cerimônia e uma parafernália de vários acessórios necessários para ajudar o praticante, com objetivos tais como invocar forças ou entidades através de fórmulas. Tornou-se parte do imaginário do ocultismo e esoterismo ocidental.

Popularizada pela Ordem Hermética da Aurora Dourada, abrange modernamente vários sistemas mágicos, nos quais se considera constituída de Rito e Ritual.


Renascença

O termo tem origem na magia renascentista do século XVI, referindo-se a práticas descritas em vários grimórios medievais e renascentistas, relatadas em coleções como a de Johannes Hartlieb, que receberam influências do hermetismo e teurgia neoplatônica e derivaram sistemas como a Cabala crista e magia enoquiana, os quais foram empregados nos sistemas cerimoniais vitorianos.

Georg Pictor usa o termo como sinônimo de goécia em um livro. Numa tradução do De incertitudine et vanitate scientiarum (1526) de Heinrich Cornelius Agrippa consta "As partes do magia ceremonial são goécia e teurgia". Para Agrippa, a magia cerimonial estava em oposição à magia natural. Embora tivesse suas dúvidas sobre a magia natural, que incluía astrologia, alquimia e também o que hoje consideraríamos campos das ciências naturais, como a botânica, ele estava, no entanto, preparado para aceitá-la como "o pico mais alto da filosofia natural". A "magia cerimonial", por outro lado, que incluía todos os tipos de comunicação com espíritos, incluindo necromancia e bruxaria, ele denunciou em sua totalidade como desobediência ímpia a Deus.


Segundo o historiador Arthur Versluis:


"A história das correntes mágicas na modernidade é, em grande parte, a história de como a magia cerimonial se tornou secularizada. Esses manuais de magia ou grimórios do final da Idade Média/início da modernidade muitas vezes evidenciam uma grande dívida para com o hebraico e os sigilos cabalísticos e também reproduzem frequentemente os tipos de sigilos planetários que vimos no Occulta philosophia de Agrippa. Na verdade, pode-se razoavelmente argumentar que a história da magia cerimonial ocidental desde o século XVI é uma história de variações de temas e, para ser ainda mais preciso, de livros que derivam e até mesmo plagiam seus predecessores."


Prática

O Rito abrange todos os elementos integrantes do cerimonial, bem como a parte gestual e a localização de cada objeto que tomará parte na operação.

O Ritual vem a ser a parte falada do cerimonial, onde se incluem todas as invocações, evocações, conjuros, preces e orações proferidas pelo mago e/ou magista.

Na Magia Cerimonial, as hierarquias de “Poder”, têm que estar bem definidas, orquestradas, paramentadas, documentadas e praticadas. Os materiais ritualísticos atuam, mas só tem validade se corresponderem ao estado íntimo adquirido. Assim, cada instrumento exterior (seja o bastão, a espada, o Tetragramaton, o Pentagrama e outros) torna-se um meio de catalização da força íntima desencadeada.

É na Magia Cerimonial que o mago opera com o Círculo Mágico, um grande Pantáculo em que são reunidas as forças que entrarão em sintonia durante a operação. Dentro do Círculo Mágico estarão todos os elementos pertinentes à operação em questão, todos os seres luminosos afins que, canalizados e catalisados pela força do mago, garantirão a eficácia do trabalho.

Teurgia Goética


Conjuração Teúrgica de Lucifugue Rofocale (o Ministro do “Reino do Inferno”), regente da Esfera de Shabatai (Saturno), juntamente com o Rei Guland e o Daemon Zazel. São entidades não-humanas  pertencentes a Hierarquia Infernal que, segundo a tradição, habitam as Sephiroth Malignas ou Adversas chamadas de Kliphot, os Sephiroth no sentido inverso, no seu aspecto negativo. 

Os espíritos infernais, sejam quais forem, estão subordinados aos três Príncipes da Kaballah de Salomão (Lúcifer, Belzebuth e Astaroth). Todos surgem do ventre escuro de Leviathan, a Serpente Primordial, o Dragão do Caos primordial, Governador do Abismo, o Vazio do Caos em si, o Tudo em Um.

Nos ritos secretos de Teurgia Goética os Três Príncipes servem de avatares ou veículos para um Mestre Oculto, que coordena, planifica todo e qualquer trabalho de Magia Cerimonial e que, junto as virtudes hekatinas da Mãe Negra, dosam e equilibram o excesso de negativo das operações.

Existem 12 espíritos infernais ou ctônicos relacionados aos 12 Signos do Zodíaco, que são considerados Hierarcas pois governam as 360 inteligências ou gênios da Esfera Terrestre. 

Isto está de acordo com a astrologia ocidental onde o círculo do Zodíaco é representado como uma circunferência de 360° (graus) que que abrange toda a esfera celeste. Os 360° (graus) da circunferência estão divididos em doze signos zodiacais (Áries ou Carneiro, Touro, Gêmeos, Câncer ou Caranguejo, Leão, Virgem, Libra ou Balança, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes) e cada um é regido por um planeta/astro (Marte, Vênus, Mercúrio, Lua, Sol, Mercúrio, Vênus, Plutão, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, respectivamente).


Segundo a Ciência Kabalística de Lenain: 


“Orfeu, na sua teologia, admitia 360 deuses ou gênios, igual ao número de graus do círculo e do ano, do qual cinco dias são suprimidos e consagrados a cinco divindades: Osíris, Apolo, Ísis, Tiphon e Vénus. Havia 360 urnas, usadas pelos sacerdotes do Egito para fazer as libações em honra de Osíris; daí a origem das 360 divisões do círculo que ornava o túmulo de Osymandias. Os sacerdotes egípcios faziam as libações na cidade de Achante, além do Nilo, junto à Líbia, a 20 estádios de Mênfis; lá havia um tonel, no qual um sacerdote vertia 365 copos de água do Nilo por ano, isto é, um para cada dia.”

Os nomes dos 12 Hierarcas e suas ordens infernais (ou gênios), seus mantras (vibração sonora), yantras (assinaturas) e tattwas (elementos e cor) constituem assunto secreto dentro do Santuário da Gnosis. 

Em nossa tradição oculta os Hierarcas, em sua coletividade,  atuam como canais de manifestação de uma força invisível da Natureza que chamamos de energia Vrill. 

Vrill é o éter-terrestre, uma energia eminentemente telúrica que, segundo estudiosos do tema, pode ser utilizada para curar ou ferir pessoas, levantar objetos (não importa o peso ou tamanho) e por fim promover a elevação da consciência humana rumo a dimensões de níveis superiores. A origem do Vrill é Solar e está diretamente relacionada ao que a Tradição chama de Fohat, a essência da eletricidade cósmica, a Luz Astral ou primordial. A energia Vrill provém então de forças cósmicas do espaço que penetram o subsolo,  e formam o reservatório de energia composto pelas linhas geomânticas, conhecidas na Ásia como “veias do Dragão”.

Os especialistas de Feng Shui sabem que a Terra é um ser vivo que emana uma série de energias telúricas (Vrill). A emanação dessa energia ocorre a partir do centro do planeta, subindo perpendicularmente à superfície terrestre, cruzando a terra como uma rede, e por vezes irrompem a superfície através de vórtices energéticos na paisagem natural. Estes vórtices funcionam como verdadeiros chakras de Gaia (a Mãe terra), e são tidos como portais onde fenômenos paranormais surgem de um outro espaço/tempo para o nosso plano perceptivo. Sejam estes fenômenos considerados OVNIs, fantasmas, poltergeist ou simples histórias de milagres e curas todos parecem se ajustar a uma rede de linhas geomânticas organizadas geometricamente que só pode ser a manifestação de uma energia matriz universal.

Entretanto a energia Vrill também pode ser atraída e desviada para locais onde vórtices artificiais são criados, através de ritos secretos de magia, com a finalidade de capturar/concentrar o Vrill para propósitos religiosos ou ocultistas. Isso pode ser feito desde que se observe certos locais, horas e configurações astrológicas propícios. Na verdade de acordo com velhos ensinamentos ocultistas a vontade consciente e treinada de um mago pode satisfazer as condições ideais para que esses fenômenos se manifestem. 

As linhas telúricas da energia Vrill formam, em seu conjunto, a grade magnética da Terra, cujas energias são muitas vezes representadas por Ordens de Espíritos Retrógrados e Arquidemônios que habitam os Sephirot Inversos ou Árvore da Morte. Essa região é habitada por seres que a tradição denomina luciféricos cuja principal missão é administrar as energias excedentes quando da criação do Universo e reciclá-las dando-lhes nova função. 

De acordo com Blavastkhy são Inteligências Arcaicas (Prithis) que um dia foram responsáveis em atrair a corrente de vida cósmica a materialização física, preparando as condições ideais para que os Egos-Mônadas encarnassem pela primeira vez em corpos densos. Desde que esta função de materialização parece má do ponto de vista evolucionário, que ascende para a espiritualização, estas correntes às vezes são referidas como as Hierarquias Satânicas. 

Este trabalho, oculto e hermético, alinhados com a corrente saturnina da grande Triforme Hekate Soteira (Alma Cósmica do Mundo), se constitui como um dos mais importantes, e que nessa Era de Kali Yuga têm demonstrado excelentes resultados. 

A Manifestação das Entidades

As fórmulas de Magia Cerimonial têm sua ênfase sobre o plano astral porque este é o plano de causa (manifestação) para o nosso plano físico tridimensional. O Plano astral é um Plano de formas e formatos, mas não de matéria. Dizem que tudo que é físico tem um correspondente astral, mas nem tudo que é astral tem um correspondente no plano físico. 

A maioria dos fenômenos chamados de paranormais, sincronicidades e aparentes milagres têm no Astral a sua origem. Entretanto, o trabalho do adepto ou mago ocultista pertence a regiões superiores – principalmente aos níveis angelicais do plano briático - onde pode dirigir suas energias para influenciar o mundo astral e, consequentemente, o físico. 

O plano mental é o plano de pensamento e da criação. Já o plano astral é de forma e função. Quando pensamos sobre aquilo que queremos manifestar, criamos o pensamento antes de dar forma a ele. 

Como qualquer plano de existência, há entidades que habitam o plano astral. 

A classificação dos seres astrais é quase infinita, por exemplo no astral existem regiões ou planos onde habitam as almas ou personalidades astralizadas dos homens e mulheres falecidos, cuja verdadeira localização no mundo astral é descrito de maneiras diferentes. 

Existem também Sombras ou Kamarupas ( cadáver astral de pessoas falecidas em estado de desintegração), psíquicos sonambúlicos (duplo de pessoas fisicamente vivas em projeção astral durante o sono), Espíritos da Natureza (do, Ar, Terra e Água), Devas ou Encantados (Kamarajas), Nirmanakayas (Mestres Astralizados), Elementais artificiais e egrégores (como Vampiros, Lobisomens que são seres da mitologia mundial), Demônios etc. etc. 

Tudo isso ( e muito mais) existe no Plano Astral que é de natureza dupla, há o aspecto Astral inferior ou básico e o Astral superior conhecido como morada dos deuses “...na qual existe uma riqueza de imagens reais, idéias e sugestões espirituais.” (Israel Regardie) Em resumo, o astral incorpora aspectos de escuridão e luz, característicos de sua natureza intermediária entre o mundo físico e espiritual.

É necessário ressaltar que as entidades astrais possuem somente a mônada mental e um corpo astral (com seus órgãos astrais) e, portanto, conhecem apenas os astrosomas, que é o duplo astral das coisas ou suas “chayas” (sombras), e não as manifestações físicas dos seres e objetos com os quais entram em contato. 

A maioria das entidades contatadas na Magia Cerimonial pertencem ao plano astral, muito embora existam inteligências superiores do plano mental invocadas nos rituais teúrgicos.

Para as entidades astrais nós somos os fantasmas; para nós eles são as imagens nebulosas de nossos sonhos.

Uma entidade astral pode entrar em relação com o mundo apenas só temporariamente, e com a ajuda do chamado empréstimo de fluidos mediúnicos, isto é, através de uma apropriação temporária da força vital dos princípios materiais, mais sutis, das pessoas chamadas médiuns ou psíquicas. 

Sem a ajuda de energia vital (ou ectoplasma) uma entidade astral não poderá ver, por exemplo, uma mesa; todavia percebe o astrosoma dessa mesa, o corpo sombra ou duplo, que constitui seu princípio metafísico ou base da aparência física da mesa. Ela também não pode ouvir as palavras pronunciadas, mas percebe a vibração energética que constitui a frase, etc. 

Da mesma maneira esse empréstimo de energia vital pode ser adquirido com a ajuda de alguma matéria orgânica ou dos componentes de organismos que vivem no plano físico como, por exemplo, da seiva das plantas, da saliva, do sangue, do sêmem, do leite, do suor, etc. Também no processo de evaporação de essências ou da queima de produtos orgânicos, tais como resinas, ervas secas, etc.

Na Magia Cerimonial este empréstimo vital geralmente é efetuado utilizando condensadores fluídicos. Os condensadores fluídicos são materiais preparados especialmente para ajudar na manifestação das energias e entidades astrais, eles ajudam na transição do sutil para o denso e na ancoragem das forças e entidades astrais.  

Eles são de três tipos: sólidos, líquidos e aéreos. Na prática os condensadores fluídicos podem utilizar elementos dos reinos animal, vegetal e mineral de forma isolada ou combinados entre si. 

Entretanto, é a emanação de fluidos do corpo do próprio operador (seu astrosoma) que faz a ponte inicial para a transição das energias tênues de um plano mais espiritual para outro mais denso, seja em aparições, evocações, etc.

No caso de empréstimo mediúnico de fluidos, a entidade astral fabrica para si mesma, temporariamente, órgãos para-físicos, e durante este tempo ela é capaz de ver, ouvir, cheirar, etc., assim como nós fazemos. Em casos especiais e raros até mesmo sons (humanos ou não) tornam-se audíveis na cerimônia mágica e objetos astrais podem materializar-se. 


 Algumas entidades não-humanas do plano astral


A palavra “entidade” é muito utilizada no ocultismo. Ela resume a essência de um ser ou princípio que garante a sua coesão e seu sentimento de existir. Existem entidades de diversos tipos e graus de inteligência. Na natureza, sob forma invisível, vivem sem dúvida entidades sem corpo, fadas, demônios etc. Fala-se também de entidades coletivas e nos planos superiores existem grandes entidades cósmicas etc.

Entretanto, se olharmos de perto, é provável que o que chamamos de personalidade seja uma entidade complexa composta de vários “eus” que tal como elementares autômatos brigam e querem ser os donos de nossa vida. O combustível desses “eus inferiores” são as emoções negativas que os alimenta com valores e desejos ilusórios. Além da personalidade, nosso corpo astral e a nossa sombra também são entidades. 


Abaixo descrevemos 7 tipos de entidades astrais:


* Obsessores - Inimigos do passado que se encontram em estado incorpóreo de existência, unidos ao ser humano por liames kármicos, e que voltam para atrapalhar sua escalada evolutiva.

* Encostos - Entidades que muitas vezes se mantém unidas aos seres humanos por alguma afinidade localizada. Geralmente tem afinidade com os vícios humanos e deles se alimentam. Pode ser de origem humana ou não-humana ( larvas astrais, fantasmas demoníacos, elementais sombrios etc)

* Larvas ou Miasmas – Entidades espirituais criadas por fortes emoções de uma pessoa (em geral, de forma inconsciente).Estes parasitas astrais que se alimentam das substâncias emocionais inferiores, muitas vezes provocando a reincidência de estados de depressão, tristeza, nostalgia, e outras baixas vibrações emocionais. As Larvas se criam sozinhas, aleatoriamente, na esfera mental correspondente, através de fortes estímulos psíquicos, de qualquer tipo. As causas desses estímulos psíquicos podem ser muitas, mas normalmente são: o medo, a luxúria, a preocupação, o horror, o ódio, a inveja, etc. A forma assumida por uma larva depende da origem do estímulo psíquico e é sempre simbólica.

* Vampiros – Entidade astral que suga a vitalidade, à força, de seres vivos. Muitas seitas de Magia Negra fazem uso desse tipo de entidade, embora não exclusivamente delas. A natureza dos vampiros psíquicos varia grandemente, pode ser um cascão astral, uma larva ou elementar criado por fortes emoções; entre outras possibilidades. Segundo os espíritas incluem-se nessa categoria de entidades espirituais os maridos e esposas astrais, seres do passado e que não reencarnaram, mas insistem numa ligação sexual com seus antigos consortes, atrapalhando por vezes seus relacionamentos atuais.(1) 


Íncubus e Súcubus – vampiros sexuais astrais criados por pensamentos sexuais ou luxuriosos que atacam na calada da noite provocando sonhos eróticos e subjugação nas vítimas. São formados de elementos astrais da lascívia ou formas astrais de desencarnados (cascão astral). Ambos travam intercâmbio sexual astral com suas vítimas, pois são como vampiros. Íncubo é um vampiro sexual em forma masculina, Súcubo é um vampiro sexual em forma feminina. 


Egun – Cascão Astral de pessoa morta, magicamente avivado, e então habitado por entidade criada artificialmente. Na Necromancia o cadáver astral de um morto pode ser evocado, ativado e servir de hospedeiro para uma larva ou elementar (elemental artificial). No Egito antigo, o corpo astral de um defunto era às vezes a morada de alguns desses elementares, que transformados em gênios protetores guardavam os túmulos e os locais sagrados dos templos. Esses cascões ativados são também largamente utilizados nos ritos do vodu, geralmente associados ao sacrifício animal. 


Cascão Astral (Kama-Rupa) – Restos do cadáver astral em sua última etapa de desintegração. Quando as últimas partículas do mental o abandonarem o cascão flutua no astral até se desintegrar, porém pode aproximar-se de alguém para vampirizar um pouco de energia e permanecer estável por tempo indefinido. Com efeito, o ser que ao morrer se desprende mal de seus elementos astro-psíquicos, que são perecíveis, é arrastado ao inferno (rios subterrâneos do telurismo, a zona mais baixa do mundo astral) e aí fica sofrendo durante todo o tempo em que sua sombra se decompõe. Essas regiões do astral são comparáveis ao Kama-Loka das escrituras hindus. Neles a alma do morto é obrigada a permanecer até que desapareçam completamente os elementos passionais que integram o seu corpo astral, e que são da natureza do mundo das paixões que ele habita. A zona do baixo astral é comparável a um fundo submarino escuro. O estado de consciência que dele se desprende constitui, segundo os iniciados, ora a melancolia ora a angústia. Com efeito, o baixo astral serve de vazão ao astral; as paixões e os sentimentos dos mortos continuam a flutuar nele e se movimentam com melancolia; e as baixas paixões dos vivos assumem aí formas perfeitas de demônios malignos. Os dementes, os alcoólatras e os drogados se enclausuram no baixo astral, tornando-se seus médiuns. 


Nota sobre vampiros encarnados


Também existe o vampiro psíquico que possui um corpo físico – você os conhece por causa da maneira como o “sugam energeticamente”. Nesse último caso não estamos falando de uma entidade astral e sim da necessidade que algumas pessoas possuem de sugar a quinta-essência do sangue de outrem ou sua vitalidade. Esse gênero de “sugação” se processa pela “aura”, sendo que certas pessoas possuem uma aura com propriedades absorventes. De fato, algumas pessoas possuem o don natural de exteriorizar o seu corpo energético a bel prazer e de projeta-lo sobre outrem. Se a vítima estiver dormindo haverá mudança (troca) de corpo energético sem que a mesma aperceba-se disso. Durante momentos este se sentirá como que ausente de si mesmo; adormecido, talvez sonhe que está tendo relações íntimas com um (a) desconhecido (a) ou com uma pessoa que ele (a) mal divisou ao longe. O vampiro por sua vez também tem relação com o duplo vital de sua vítima. Além de exteriorizar o seu duplo energético (corpo vital) alguns vampiros encarnados parecem ter a capacidade de gerar um Tulku de si mesmos (Forma Pensamento) e também vampirizar à distância.