sábado, 20 de maio de 2017

Kriya Yoga

O Kriya Yoga é um sistema de Yoga revivido nos tempos modernos por Lahiri Mahasaya. Paramahansa Yogananda difundiu Kriya em grande escala para o público em geral através do livro Autobiografia de um Iogue. O sistema consiste em técnicas yóguicas que aceleram o desenvolvimento espiritual e ajudam a alcançar um profundo estado de tranquilidade e comunicação com Deus e com o próprio Eu Superior.

História Recente

De acordo com Paramahansa Yogananda, o Kriya Yoga já era conhecido na Índia ancestral, mas em determinada altura perdeu-se devido à "confidencialidade sacerdotal e à indiferença humana." Mas em 1861, o imortal yogi Mahavatar Babaji iniciou Lahiri Mahasaya no Kriya Yoga. Lahiri Mahasaya então reviveu a prática, que foi rapidamente difundida na Índia. Paramahansa Yogananda, foi preparado durante décadas para a missão de disseminar o Kriya no Ocidente, por seu Guru Swami Sri Yuktéswar um dos discípulos mais adiantados de Lahiri Mahasaya. Ao chegar nos EUA, Paramahansa Yogananda fundou a Self-Realization Fellowship, uma organização que permitisse congregar estudantes e monásticos, fez inúmeras palestras, escreveu dezenas de livros e organizou seus ensinamentos espirituais em um conjunto de lições, que desde então espalham Kriya pelo mundo. Todavia, Yogananda ensinou Kriya Yoga de forma diferente do que agora difundido pela organização que ele mesmo fundou. Kriya Yoga é uma vasta ciência de iluminação e mestres de Yoga ensinam de acordo com a época e com os diferentes discípulos.

Os discípulos mais conhecidos de Lahiri Mahasaya foram Swami Sri Yukteswar Giri, Panchanon Bhattacharya, Swami Pranabananda, Swami Kebalananda, Swami Keshabananda, e Bhupendranath Sanyal (Sanyal Mahasaya).

Referências às escrituras recentes

Yogananda ensina que Krishna se refere ao Kriya Yoga duas vezes no Bhagavad Gita. Primeiro, quando diz, "Oferecendo a inalação à exalação, e oferecendo a exalação à inalação, o yogi neutraliza ambas as respirações; ele então liberta a força vital do coração e mantêm o controle sobre ela."

E também, quando diz que "Krishna, ele próprio, em uma prévia encarnação, transmitiu o indestrutível yoga a um ancestral iluminado, Vivasvat, que ensinou a Manu, o grande legislador. Ele, em seguida, instruiu Ikshwaku, o pai da dinastia solar na Índia."

Segundo relatado na Autobiografia:

"A Kriya Yoga que estou oferecendo ao mundo, por seu intermédio, neste século 19 - disse Bábají a Láhiri Mahásaya - é um renascimento da mesma ciência que Krishna deu a Árjuna, há milênios; e a que foi posteriormente conhecida por Patânjali e Cristo, e por São João, São Paulo e outros discípulos".

Duas vezes, o Senhor Krishna, o maior profeta da índia, refere-se a Kriya Yoga no Bhágavad Gíta. Krishna também relata que foi ele, numa encarnação anterior, quem transmitiu a ioga indestrutível a um antigo iluminado, Vivasvat, o qual a deu a Manu, o grande legislador. Este, por sua vez, instruiu Ikshwaku, fundador da dinastia solar da India, a dos reis-guerreiros. Assim, passando de um a outro, a ioga dos reis foi guardada pelos Ríshis até o advento da era materialista. Depois, devido ao segredo sacerdotal e à indiferença dos homens, a sagrada tradição tornou-se gradualmente inacessível.

Patanjali também se referiu ao Kriya Yoga quando escreveu "Definimos Kriya Yoga como disciplina corporal, controle mental e meditação no Aum." E novamente quando diz,"A Liberação pode ser alcançada através do pranayama quando separamos o curso da inspiração e da expiração."

Linhagens de Kriya Yoga

Origem em Lahiri Mahasaya, com várias ramificações

Kriya Yoga Foundation (diversos grupos que praticam nos países Europeus, na Rússia e na Índia), fundada por Swami Shankarananda Giri, discípulo direto de Swami Narayana Giri (Prabhujee), que por sua vez foi um dos discípulos do Swami Sri Yukteswar Giri.
A linhagem filial de Lahiri Mahasaya continua na pessoa de Shibendu Lahiri, o neto de Lahiri Mahasaya.
Yogacharya Dr.Ashoke Kumar Chatterjee é um discípulo de Satya Charan Lahiri Mahasaya, neto de Lahiri Mahasaya.
Sri Shailendra Sharma é um discípulo de Shree Satya Charan Lahiri Mahasaya, um dos netos de Lahiri Mahasaya.

Origem em Lahiri Mahasaya, através de Paramahansa Yogananda

Self-Realization Fellowship - SRF, fundada por Paramahansa Yogananda, com sede nos EUA, centenas de templos, retiros e grupos em 62 Países.
Yogoda Satsanga Society of India-YSS,fundada por Paramahansa Yogananda com sede na India.

Instrutores Independentes

Centro de Consciência Espiritual, fundada por Roy Eugene Davis, discípulo direto de Paramahansa Yogananda.
Self-Revelation church of absolute monism, fundada por Swami Premananda, discípulo direto de Paramahansa Yogananda.
Song of the Morning Retreat Center, fundada pelo Yogacharya Oliver Black, discípulo direto de Yogananda.
Ananda, fundada por Kriyananda, ex- monge da SRF/YSS.
Temple of Kriya Yoga, iniciado por Goswami Kriyananda, discípulo de Shri Shelliji, discípulo direto de Yogananda.
Satyeswarananda Giri ex-monge da YSS/SRF, auto-intitulado discípulo de Mahamuni Babaji.
Kriya Yoga Institute fundado por Hariharananda, ex-monge da YSS/SRF

Templos de Khajuraho

Khajuraho (hindi: खजुराहो, Khajurāho) é uma pequena cidade no estado de Madhya Pradesh, a cerca de 620 km a sudoeste de Deli, capital da Índia. Segundo o censo de 2001, a população era de 7665 habitantes. O termo Khajuraho poderá derivar da palavra Hindi khajur que significa Tamareira.

História

Khajuraho é hoje um dos mais populares destinos turísticos na Índia, provavelmente pela presença do maior grupo de templos Hindus medievais, famosos pelas suas esculturas eróticas, onde serviu de capital religiosa à dinastia Hindu Rajput dos Chandelas, que controlou esta parte da Índia entre o século X e o século XII os quais seriam seguidores do culto tântrico.

O conjunto de templos foi construído ao longo de cem anos, desde o ano 950 até ao ano 1050, dotado de uma área central protegida por uma muralha com oito portões, cada um dos quais com duas palmeiras de ouro. Na época áurea da cidade, contavam-se mais de 80 templos Hindus, dos quais apenas 22 se encontram em estado razoável de conservação, espalhados numa área de cerca de 21 km².

São um exemplo da ligação entre a religião e o erotismo, sendo excelentes demonstrações dos estilos arquitectónicos da Índia que ganharam popularidade devido à representação lascíva de alguns aspectos da forma de vida tradicional durante a época medieval naquela região. Viriam a ser redescobertos somente durante o século XX, tendo sofrido bastante com o crescimento das selvas circundantes que causaram prejuízos a alguns dos monumentos. O declínio económico e financeiro dos Chandelas Rajputs é tido como a razão principal para o abandono do local como centro de culto e vida social, sendo por isso a principal causa da deterioração provocada pela acção dos elementos da natureza aos monumentos.

O conjunto de monumentos foi classificado pela UNESCO como Património Mundial.

Arquitectura

Os templos de Khajuraho, construídos através de superestruturas em espiral, enquadram-se no estilo Shikhara dos templos do norte da Índia e por vezes à planta ou esquema Panchayatana.

Alguns templos são dedicados ao panteão Jain sendo os restantes dedicados a divindades Hindus - destacando a Trindade Brahma, Vishnu e Shiva, e a várias outras formas Devas. Os templos Panchayatana eram dotados de quatro salas de culto nos quatro cantos e uma sala principal no centro do pódio que consistia a sua base. Os templos eram agrupados em três divisões geográficas: oriental, ocidental e sul.

Arranjos paisagisticos

Os templos de Khajuraho encontram-se agora numa vasta área de paisagem bastante cuidada através de campos verdejantes, embora em 1947, quando se deu a independência da Índia por parte da Grã-Bretanha ali existisse uma paisagem dominada por selvas e grande profusão de arbustos.

Actualmente, a estação arqueológica tem características semelhantes às de um parque público inglês, com relvados, roseiras e árvores de jardim, o que é apreciado por alguns dos turistas, mas que, na opinião de alguns críticos, não tem qualquer tipo de relação com a paisagem histórica existente na altura em que os templos foram construídos.

O desenvolvimento da arqueologia paisagísta como uma disciplina académica levanta questões no que respeita à paisagem da arqueologia de Khajuraho e a relação original entre o complexo de templos e a área envolvente. Não existem registos sobre como terá sido a paisagem original mas sabe-se que uma vasta comunidade de sacerdotes usaram o complexo de templos e que os jardins indianos no século X eram prodominantemente jardins de árvores. Não havia relvados ou culturas de plantas erbáceas ou flores.

Esculturas eróticas

Algumas correntes de opinião mais críticas catalogam os templos de Khajuraho como uma forma de expressão do Hinduísmo ligada ao nudismo ou o sexo, mas as correntes de opinião contrárias contrapõem, afirmando que na actualidade os templos não têm expressão religiosa existente, servindo apenas como meros monumentos.

A dinastia Hindu Rajput dos Chandelas, era seguidora do culto tântrico, segundo algumas opiniões, muitas vezes mal interpretado, que crê na gratificação dos desejos terrenos como um passo adiante para atingir a libertação total (e posteriormente o Nirvana).

Pensa-se que os segmentos filosóficos do tantrismo, como é o exemplo do "Mahanirvana Tantra" tenham sido completamente esquecidos após o abandono do local como forma de culto, o que pode explicar o porquê dos grupos têntricos terem desaparecido.

Curiosidades

Nenhum dos templos de Khajuraho contem temas relacionados com a sexualidade nas suas áreas interiores, estando a representação erótica presente apenas através das esculturas nas paredes exteriores de alguns templos. A razão para esta organização dos elementos eróticos estará ligada ao facto de que, o visitante crente que pretendia estar perto da divindade, deveria deixar os seus desejos sexuais fora do templo. Seria assim experimentada por parte do crente, uma pureza interior inerente à divindade com o qual se pretenderia manter contacto, mantendo igualmente a pureza de atman (ou da alma) para que não houvesse lugar a um estado de desejo ou tendências grosseiras, medo do destino, etc.
Os elementos eróticos estão presentes apenas em cerca de dez por cento de todas as esculturas, representando cenas de erotismo ou sexo entre figuras humanas e não entre divindades. As restantes esculturas representam situações da vida social da altura, como são os exemplos das esculturas que representam mulheres a colocar maquilhagem, músicos, oleiros, camponeses, etc. Todas estas representações estão fora das zonas sagradas dos templos, indicando que o visitante crente deveria tomar os Deuses como o ponto central da vida, mesmo quando existem assuntos normais da vida para tratar.
É um erro comum concluír que, uma vez que o complexo de Khajuraho é constituído por templos, estes representam práticas sexuais entre divindades.
Nos templos de Khajuraho, os idolos de Shiva, Nandi, Princesa Durga, representações de encarnações de Vishnu, etc. estão completamente vestidos.
Na Índia, não existem templos que contenham representações de idolos ou divindades em poses de nudismo ou em posisões eróticas.

Kama Sutra

Kamasutram (Sânscrito: कामसूत्र), geralmente conhecido no mundo ocidental como Kama Sutra, é um antigo texto indiano sobre o comportamento sexual humano, amplamente considerado o trabalho definitivo sobre amor na literatura sânscrita. O texto foi escrito por Vatsyayana, como um breve resumo dos vários trabalhos anteriores que pertencia a uma tradição conhecida genericamente como Kama Shatra.

“Ao contrário do que muitos pensam, o Kama Sutra não é um manual de sexo, nem um trabalho sagrado ou religioso e também não é um texto tântrico. Na abertura de um debate sobre os três objectivos da antiga vida hindu - Darma, Artha e Kamadeva - a finalidade do Vatsyayana é estabelecer kama, ou gozo dos sentidos, no contexto. Assim, Darma (ou vida virtuosa) é o maior objetivo, Artha, o acúmulo de riqueza é a próxima, e Kama é o menor dos três.” — Indra Sinha.

Kama é a literatura do desejo. Já o Sutra é o discurso de uma série de aforismos. Sutra foi um termo padrão para um texto técnico, assim como o Yôga Sútra de Pátañjali. O texto foi escrito originalmente como Vatsyayana Kamasutram (ou "Aforismos sobre o amor, de Vatsyayana"). A tradição diz que o autor foi um estudante celibatário que viveu em Pataliputra, um importante centro de aprendizagem. Estima-se que ele tenha nascido no início do século IV. Se isso for correto Vatsyayana viveu durante o ápice da Dinastia Gupta, um período conhecido pelas grandes contribuições para a literatura Sânscrita e para cultura Védica.

Kundalini

Kundaliní (em sânscrito: कुंडलिनी, Kundaliní) é fenômeno bioelétrico, dito ser uma corrente elétrica que fica concentrada na base da coluna; O termo é feminino, deve ser sempre acentuado e com pronúncia longa no í final. Muitos por a considerarem sagrada, grafam o nome com "K" maiúsculo. O símbolo do caduceu é considerado como uma antiga representação simbólica da fisiologia da Kundalini;

É entendida como um poder espiritual adormecido no osso sacro (cócix) que só pode ser despertado por uma alma realizada de alto nível. Depois do despertar a Kundalini atravessa seis chakras que estão acima. São eles: swadisthana, manipura, anahata, vishuddhi, ajna e Sahasrara.

Ao subir pela coluna vertebral chega-se ao sétimo chakra dando a iluminação ou Nirvana para o discípulo ou ativação da glândula pineal e liberação de endorfinas. Esse processo ocorre somente para pessoas de altíssimo nível espiritual, que estejam preparadas ou para aqueles que recebem essa bênção da Divina Mãe Shri Mataji Nirmala Devi. É o poder espiritual ou físico (dependendo da linhagem esotérica ser espiritualista ou naturalista) primordial ou energia cósmica que jaz adormecida acima do primeiro chakra o Muladhara, ficando no osso sacro chamado de Múládhár Chakra, o centro de força situado na base da coluna. É a energia que transita entre os chakras que são centros de energia no corpo físico.

Deriva de uma palavra em sânscrito que significa, literalmente, "enrolada como uma cobra" ou "aquela que tem a forma de uma serpente". É a energia do Universo ou chi ou Prana em seu aspecto Purna-Shakti, total, como potencial, sendo o Prana-Shakti o aspecto biológico, ou fisico, etc.

É também tema de estudo no campo da psicologia onde a reputam de difícil condução com a disciplina e maturidade que são requeridas para esse intento.

Tantra

Tantra, yoga tântrico ou tantrismo é uma filosofia comportamental de características matriarcais, sensoriais e desrepressoras. Essencialmente, a prática tem, por objetivo, o desenvolvimento integral do ser humano nos seus aspectos físico, mental e espiritual.

Origem da expressão

"Tantra" é um termo sânscrito que significa "uso, trama". Designava uma série de tratados indianos do século VII em diante sobre ritual, meditação e disciplina. A palavra "tantra" é composta por duas raízes acústicas: "tan" e "tra". "Tan" significa expansão e "Tra" libertação.

Tal denominação tem as suas raízes em fatores históricos muito sutis, pois esta filosofia comportamental, durante a época medieval, foi severamente reprimida na Índia hinduísta, fortemente espiritualizada. Esta era a forma como os seguidores desta filosofia a viam. Libertadora, mas mantida em segredo (na escuridão).

Dispõe de imensos significados e interpretações, mais ou menos corretos, tais como "teia", "trama" ou "entretecido". "Tantra" pode ser interpretado, mais corretamente, como algo que é regulado por regras gerais. Um dos significados que a palavra possui é "código". Vale lembrar que o tantra é uma filosofia comportamental e que seus diversos significados giram em torno desse fundamento.

Descrição

O tantra é uma filosofia hindu muito antiga (se cristalizou por volta do século XV), tendo, por características: a matriarcalidade, a sensorialidade, o naturalismo e a desrepressão.O tantra é um complexo sistema de descrição da realidade objetiva, sendo, assim, uma ciência prática e aplicável e a base do pensamento de um povo muito antigo que até hoje faz ecoar sua influência sobre a sociedade contemporânea.

Nas sociedades primitivas não guerreiras, nas quais a cultura não era centrada na guerra, a mulher era fortemente exaltada e até mesmo endeusada, na medida em que dava vida a outros seres humanos. Daí, a qualidade matriarcal dessas sociedades.

Baseado quase inteiramente no culto de Shiva e Shakti, o tantra visualiza o Brahman definitivo como Param Shiva, manifesto através da união de Shiva (a força ativa, masculina, de Shiva) e Shakti (a força passiva, feminina, de sua esposa).

Está centrado no desenvolvimento e despertar da kundalini, a "serpente" de energia ígnea, de natureza biológica e manifestação sexual, situada na base da espinha dorsal e que ascende através dos chakras até se atingir o samadhi. Uma dessas maneiras é obter a união entre Shiva e Shakti, também conhecida como Unyo Mystica.

No tantra, ao contrário da maioria das filosofias espiritualistas, se vê o corpo não como um obstáculo mas como um meio para o conhecimento. Para o tantra, todo o complexo humano é vivo e possui consciência independente da consciência central. Por isso mesmo, é merecedor de atenção, respeito e reconhecimento. Para tanto, usa mantras (vocalização de sons e ultrassons em sânscrito), yantras (figuras geométricas, desde as simples às mais complexas, como mandalas, por exemplo, que representam as diversas formas de Shakti) e rituais que incluem formas de meditação.

Os dois ramos

Segundo alguns autores, o tantra é composto por dois ramos denominados a "mão esquerda" e a "mão direita". Embora o objetivo geral dos dois seja o mesmo, os processos utilizados diferem. A "mão esquerda" está ligada muitas vezes à procura de poderes ocultos e à extroversão de energia psíquica sob forma de capacidades supranormais. A "mão direita" está ligada à canalização de toda a energia para a elevação espiritual do ser humano. Este é também conhecido como Vidya Tantra ou tantra do conhecimento, e a mão esquerda como Avidya Tantra. O tantra corretamente praticado acelera rapidamente o progresso espiritual do ser humano. Apesar disso, o tantra é, muitas vezes, encarado com desconfiança devido a certos aspectos do avidya tantra. É bem conhecido o fato de que o budismo tântrico sempre enfatiza a necessidade de supervisão por um orientador de confiança.

Vajrayana

O darma budista do presente kalpa é expresso na forma da atual religião Budista. O budismo atual do século XXI pode ser dividido em:

Teravada
Mahayana
Vajrayana

O Caminho Vajrayana é considerado um veículo Mahayana tântrico. É recomendado que os interessados em tantra budista procurem um guru internacionalmente qualificado.

A palavra Vajra significa "diamante" ou "relâmpago" e, junto com o sino, são os objetos básicos para rituais Vajrayanas.

Há também objetos que beneficiam a todos os seres, como as estátuas, as tsa-tsas, as thangkas e os bumpas.

Poucos detalhes são ou deveriam ser encontrados publicamente, pois as práticas Vajrayanas são secretas para o próprio bem dos ensinamentos e dos praticantes.

Influência no ocidente

Alega-se que o tantra teve forte influência no ocidente nas ciências ocultas. Diversos ramos do ocultismo contemporâneo, particularmente os que se dizem gnósticos, ensinam alguma versão de "sexo sagrado".

Muito da linguagem sexual encontrada na alquimia supostamente tem sua origem em tradições orientais relacionadas com o Tantra.

Particularmente a linha thelemita, fundada pelo polêmico mago e ocultista do início do século XX, Aleister Crowley, alega ter levado essa influência ao seu maior extremo e se apresenta como um tantra ocidentalizado.

Outra linha tântrica adaptada da tradição thelemita, que pode ser chamada de Tradição da Mão Esquerda, foi muito difundida na América Latina por Arnold Krumm-Heller e Samael Aun Weor. Para eles, o Tantra teria, como "braço mágico", certas práticas que canalizariam a energia sexual para o despertar da consciência espiritual.

Neotantra

Neotantra, Navatantra (em sânscrito: नव, nava "novo") ou sexo tântrico, é a variação moderna ocidental do tantra muitas vezes associada a novos movimentos religiosos. Isso inclui tanto a Nova Era quanto as modernas interpretações ocidentais do tradicional tantra hindu e budista. Alguns dos seus proponentes se referem a textos e princípios antigos e tradicionais, e muitos outros usam o tantra como uma frase pega-tudo para "sexualidade sagrada", e podem incorporar práticas pouco ortodoxas. Além disso, nem todos os elementos de práticas tântricas indianas são usados ​​no neotantra, em especial a dependência de um guru. Como o interesse no tantra tem crescido no ocidente, sua percepção se afasta consideravelmente das tradições tântricas. Foi visto como um "culto de êxtase", combinando a sexualidade e a espiritualidade para corrigir atitudes repressivas ocidentais em relação ao sexo. Assim, para muitos leitores modernos, o tantra é hoje sinônimo de "sexo espiritual" ou de "sexualidade sagrada", uma crença de que o sexo deve ser reconhecido como um ato sagrado capaz de elevar os seus participantes a um plano espiritual mais elevado.

Massagem Yoni

Massagem Tântrica Yoni, ou simplesmente Massagem Yoni, é um tratamento a base de massagem na região genital feminina que se concentra em liberar a tensão da paciente. Essa massagem busca ligar o receptor a sua natureza sensual interior, resultando em uma sensação de completo bem-estar, satisfação, contentamento e sensações talvez nunca sentidas antes. Embora a massagem Yoni seja muito sensual e de caráter sexual, o propósito não é levar a mulher ao orgasmo, muito pelo contrário, a intenção é relaxar o receptor, e assim trazer emoções à superfície.

Esse tratamento relaxante tem procedência do Tantra direcionado ao público feminino, e é praticado desde antes do ano 1000 d.c. na Índia e na China. Sua prática tem a finalidade de cura, ajudando diversas mulheres em todo o mundo no tratamento de diversas enfermidades, tais como traumas e bloqueios sexuais.

Internacionalmente não é reconhecida como método de massagem, não pertencendo portanto ao conjunto de métodos e técnicas de massoterapia científica.

Massagem tântrica

Massagem tântrica é um estilo de massagem que tem como base o Tantra, que é uma filosofia surgida em 2500 a.C., cuja origem nasceu na cultura Drávida, povo que vivia no vale do Rio Indo, onde hoje é conhecido como Paquistão. Tem suas raízes no Tantra Yoga.

O Tantra é uma filosofia comportamental, de princípios matriarcais, sensoriais e desrepressores. Suas meditações, práticas e vivências levam ao despertar e ascender a energia Kundalini, que é a energia vital que dá movimento à vida e consequentemente todos os processos energéticos, emocionais, mentais e fisiológicos dos indivíduos. Considera-se a ascensão da Kundalini nascendo na região pélvica (chakra básico) e subindo pela coluna vertebral até o topo da cabeça (chakra primário).

A massagem tântrica busca refinar a sensibilidade, no intuito de expandir e intensificar a sensação orgástica, encadeando diversos agrupamentos musculares na reação bioelétrica do orgasmo. Não só isso, alguns tipos dessa massagem também buscam tonificar e fortalecer os músculos genitais de homens e mulheres, a fim de proporcionar uma maior sustentação de bioenergia.

Esse trabalho de intensificação do orgasmo possui um efeito terapêutico - energizando os chakras e regulando a produção hormonal - além de um efeito meditativo, de expansão da consciência e da percepção. Não deve ser confundido, porém, com o sexo tântrico - chamado, em sânscrito, de Maithuna - ou sexo de qualquer natureza. A massagem, embora lide com a energia sexual, propõe uma quebra de paradigmas e conceitos ligados a sexualidade que, efetivamente, não poderia acontecer em uma relação sexual comum, embora não haja nenhuma citação nos textos tântricos originais.

Apesar de utilizar o termo "massagem", ela na verdade não possui ligação direta com a terapia por massagem, possuindo técnicas, filosofias, objetivos e origens diferentes da massoterapia. Portanto a nível de classificação internacional, a "massagem" tântrica não é reconhecida com uma massagem propriamente dita, mas apenas vista como terapia alternativa corporal, não pertencendo aos métodos utilizados por massoterapeutas no Brasil ou no exterior.

No Brasil

A partir dos anos 90 o brasileiro Deva Nishok criou o Centro Metamorfose, para aplicar o método que leva seu nome, a partir das ideias de um guru mexicano, inspirado na filosofia de Rajneesh Osho.

Outro discípulo de Osho, que também fez história no Tantra no Brasil é o Argentino Gabriel Saananda que está a frente e coordena até hoje o espaço Companhia do Ser.

Sexo tântrico

Os princípios tântricos

Dentro do conhecimento Hinduísta, há abrangência para a sexualidade e espiritualidade como forma de crescimento e desfrutamento próprio e com todo universo, e atingir o prazer de uma vida mais rica e equilibrada.

O Tantra é uma palavra de origem sânscrita que quer dizer trama ou tecido, e que na língua ocidental recebeu significado de doutrina ao sentido que se entrelaça uma serie de ensinamentos e práticas sexuais e espirituais.

A Energia no Tantra

O tantra considera que todos os seres vivos são formados de energia dentro de seus diversos níveis como vegetal, mineral e animal. Também considera que antigamente o ser humano era um todo completo, pois teria sido criado sexualmente andrógeno e assim que foi dividido em dois seres, só conseguiria alcançar seu ápice do seu ser encontrando seu sexo oposto que o correspondesse. Como o ser humano este diretamente ligado a rede energética do universo, a prática sexual realiza a liberação e a troca de energia necessária para alcançar o equilíbrio dito pelo Tantra.

Com a troca de energia durante o contato sexual (que para o Tantra, não é alcançar o orgasmo e sim o prazer supremo e prolongado) o homem tem uma grande descarga de energia quando alcança um orgasmo e a mulher ao ter vários orgasmos nutre e recarrega a energia de seu parceiro.

Sexo Tântrico

O sexo Tântrico cria uma nova perspectiva, uma inspiração erótica de grande riqueza, uma capacidade de reflexão profunda e sensibilidade vital extrema que pode até gerar um tempo e espaço diferentes durante o contato sexual. Isto que promove as relações tântricas sua imagem mágica e alteração temporal.

A prática tântrica pode ser realizada por qualquer pessoa que se proponha a tentar alcançar o prazer supremo e prolongado. Não é de interesse do sexo tântrico, o número de orgasmos ou de ejaculações que se alcance e sim a experiência que é uma comunhão física e espiritual com o parceiro para lucidar-se com o quão intenso pode ser o prazer.

Para isto, é necessário um alto nível de concentração que propicia o desapego de toda censura imposta por si mesmo e também aumenta a sensibilidade do erotismo.

Maithuna

Maithuna ou Mithuna é um termo do sânscrito utilizado no Tantra na maioria das vezes traduzido como união sexual em um contexto ritualista. É o mais importante dos cinco makara e constitui a parte principal do Grande ritual do Tantra também conhecido como Panchamakara, Panchatattva e Tattva Chakra.

Apesar de alguns escritores, seitas e escolas, como por exemplo Yogananda, consideram que este é um ato puramente mental e simbólico, existem diferentes olhares e variações nas traduções, a palavra maithuna demonstra claramente que ele se refere a casais (independente do sexo) e sua união no sentido físico, sexual e é sinônimo de kriya nishpatti (limpeza madura). Assim como nem o espírito nem a matéria, é por si só eficaz, mas ambos trabalhando juntos para trazer harmonia, sob este ponto de vista, maithuna é eficaz apenas quando a união é consagrada, pelo ato do casamento espiritual, ou pelo amor verdadeiro, por exemplo. O casal no momento do atos sexual representariam Shakti, no caso da mulher, e Shakta, no caso do homem. As escrituras advertem que a menos que ocorra essa transformação espiritual da união o ato é carnal e, segundo certas crenças, pecaminoso, Seguindo os Yôgas Clássico, Medieval e Moderno, mas em oposição ao Yôga Pré-Clássico ou Proto-Histórico dos Dravidas (filosoficamente Sankhya e praticamente Tantra), anterior à invasão Ariana do Indo, que incorporou aspectos da Filosofia Vedanta e prática Bramacharia (mística/ascética).

No entanto, é possível experimentar uma forma de maithuna sem união física. O ato pode existir em um plano metafísico, sem penetração sexual, através apenas da transferência de energia através dos seus corpos sutis, ou através da retenção sem ejaculação (orgasmos não-ejaculatórios, sem a perda da energia Kundalini, segundo a mitologia grega, favorecendo Eros (vitalidade) em detrimento de Tânato (v. a lenda de Sísifo), permitindo uma maior disposição física, rejuvenescimento e aumento da carga hormonal, sendo poupado da tendência à eliminação pela Natureza (envelhecimento), que pode eliminar uma infinidade de indivíduos que já se reproduziram, para preservar a espécie como um todo. É quando esta transferência de energia ocorre que o casal, encarnado como divindades (deusa e deus), com a sublimação momentânea dos egos, confrontam a realidade última e experiências de bem-aventurança através da união dos corpos sutis, por horas a fio.

Zazen

Zazen (japonês: 坐禅; chinês: zuò chán (pinyin) ou tso-chan (Wade-Giles)) é a base da prática Zen Budista. O objetivo do zazen é "apenas sentar", com a mente aberta, sem apegar-se aos pensamentos que fluem livremente. Isto é feito tanto através do uso de koans, o principal método Rinzai, ou o sentar-se completamente alerta (o "apenas sentar", shikantaza), o qual é o método da escola Soto. O princípio do zazen é o de que uma vez que a mente esteja livre de suas diversas camadas, pode-se realizar a natureza búdica, atingindo-se a iluminação (satori).

Prática

A prática do zazen consiste basicamente em sentar-se em uma posição confortável, com a coluna ereta, em períodos de até 40 minutos, intercalados com meditação andando (Kinhin). Durante esse tempo deve-se procurar observar os pensamentos e sensações que surgem, sem buscar reprimi-los, causá-los ou julgá-los. É tradicional o uso de zafu e zabuton como almofadas, na qual o praticante fica sentado.

Um excelente guia para a prática do zazen foi escrita pelo monge zen budista japonês Dogen no século XIII.

Satipatthana

Satipaṭṭhāna é a palavra em páli para o conceito budista das fundações da atenção plena.

As quatro bases da atenção plena (Pāli: cattāro satipaṭṭhānā) são quatro praticas detalhadas no Satipatthana Sutta para atingir e manter plena atenção momento a momento , sendo base fundamental na meditação budista. As quatro bases da plena atenção são:

Plena atenção no corpo (kāya-sati)
Plena atenção nas sensações (vedanā-sati)
Plena atenção na mente (citta-sati)
Plena atenção nos fenômenos mentais, ou objetos mentais (dhammā-sati)
A pratica de plena atenção com essa base é encontrada principalmente no Budismo Teravada e nos movimentos modernos de meditação Vipassana.

No Canon em Pali (Tipitaka) o Mahasatipatthana Sutta (Grande discurso nas fundações da atenção plena) é a principal referencia para a pratica de Satipatthana, embora haja mais de cem discursos do Buda neste tema espalhados pelo Canon.