terça-feira, 12 de julho de 2016

Mistério Do Pentagrama Parte 4



Este texto vai esclarecer, sob o ponto de vista da magia branca e seus rituais o real significado do Pentagrama.

Lemos em Fausto, do grande Iniciado alemão Goethe, o seguinte diálogo entre o Doutor Fausto e Mefistófeles:

“Mefistófeles: Bom; mas para sair, força é dizê-lo, acho um certo empecilho: e é ver pintado no limiar um ‘pé de feiticeira’.

Fausto: Tens medo do Pentagrama! Essa é boa! E quando entraste, diabão do inferno, emandingou-te acaso? Um gênio desses deixa-se assim lograr?

Mefistófeles: Repare o sábio! Aquele Pentagrama está malfeito. O ângulo que aponta para a rua não fechou bem.”

O Pentagrama Esotérico é um símbolo e um instrumento de meditação e de trabalho interior. A estrela de 5 pontas devidamente paramentada com os símbolos sagrados é chamada de Pentagrama Esotérico, Pentalfa Gnóstica ou Estrela Flamígera. No Pentagrama Esotérico acha-se resumida toda a Ciência da Gnosis.

O Pentagrama expressa o domínio do Espírito sobre os Elementos da Natureza. O signo do Pentagrama chama-se igualmente Signo do Microcosmo e representa o que os rabinos cabalistas do Livro do Zohar chamam Microprosopio.

O Pentagrama sempre foi objeto de vivo interesse. Já utilizado pelos egípcios, ele foi também altamente considerado pelos druidas sob a forma de uma estrela regular de cinco pontas chamada “pé dos druidas”. Para Pitágoras , o Pentagrama era o símbolo do himeneu celeste: a fusão da alma com o Espírito.

Ele dava ao número 5 o nome de “número do homem no microcosmo”. O Pentagrama era tão apreciado entre os pitagóricos (os discípulos e seguidores de Pitágoras) que para eles participarem das reuniões secretas era necessário portar um Pentagrama em sua mão direita. Entre os primeiros cristãos, o pentagrama representava Cristo, outra designação do Alfa e Ômega, do começo e do fim. Os alquimistas medievais recorriam à estrela de 5 pontas como sinal da Quinta Essentia, o quinto elemento, o éter-fogo ou, ainda, o Espírito Santo. É o sinal do Verbum Dimissum.

Giordano Bruno considerava o número 5 como o número da Alma por ser composto (como ele o é) de igual e desigual, de par e ímpar. O Pentagrama é associado ao grau de Mestre Eleito da Maçonaria, no rito Escocês. No Pentagrama Esotérico estão inscritas as proporções exatas do Athanor, essencial à realização da Grande Obra.

O símbolo do Pentagrama Esotérico, como nós, estudantes gnósticos, o usamos em nossas práticas de Magia Cerimonial, é bem conhecido em toda a tradição ocultista, especialmente por causa do famoso livro de Eliphas Levi , Dogma e Ritual de Alta Magia. Mas não pensemos que foi o Mestre Levi quem criou, “inventou” este símbolo mágico. Por muitos anos o Pentagrama Esotérico foi conhecido como o “Pentagrama de Goethe”, pois este o mencionou em sua obra Fausto.

Este emblema chegou a nossos dias graças aos 3 principais discípulos do Abade Trithemo, o verdadeiro criador do Pentagrama Esotérico. Esses discípulos foram: Paracelso, Cornélio Agrippa e o lendário Doutor Fausto de Praga.

Este Pentagrama Esotérico passou a ser mundialmente conhecido depois da publicação do Dogma e Ritual de Alta Magia. Posteriormente, o VM Samael Aun Weor chegou a realizar 3 correções deste símbolo: Ele agregou a estrela de 6 pontas, o hexagrama (pois o hexagrama é um dos símbolos do Deus Parvati, o Regente do Elemento Ar, assim como o Cálice representa a Água, o Cajado a Terra e a Espada o Fogo); alterou a palavra hebraica “Eva” e a substituiu por “Jeová”; e finalmente acertou o cálice, que originalmente estava inclinado (como podemos notar no livro de E. Levi), pondo-o em sua posição mais correta, em pé. Dizia o Mestre Samael que o Pentagrama ficaria assim completo em suas representações cosmogônicas e elementais.

O Pentagrama Gnóstico é a humana figura com quatro membros e uma ponta superior única, que é a cabeça. O Pentagrama, elevando para o ar seu raio superior, representa o Salvador do Mundo. O Pentagrama, elevando para o ar suas duas patas inferiores, representa o Bode do Aquelarre. Uma figura humana com a cabeça para baixo representa, naturalmente, a um demônio, ou seja, a subversão intelectual, a desordem ou a loucura.

O Pentagrama é o Signo da Onipotência Mágica. O melhor “eléctrum” é uma estrela flamígera com os sete metais que correspondem aos sete planetas. Estes metais são:

METAL                               PLANETA
Prata                                     Lua
Mercúrio                              Mercúrio
Cobre                                   Vênus
Ouro                                     Sol
Ferro                                    Marte
Estanho                                Júpiter
Chumbo                               Saturno


Na parte traseira do Pentagrama afixam-se os 7 metais acima descritos para que seu poder se amplifique ao máximo, de acordo ao grau de energia interna, especialmente sexual, por nós acumulado. Deve-se pedir a algum ouriver para que solde ou cole um microscópico fragmento dos 7 metais. No caso do mercúrio, por ser um metal líquido, deve-se criar um artifício para que este não escorra e se perca.

No Pentagrama Esotérico encontramos símbolos sagrados, astrológicos, astronômicos, cabalísticos e numerológicos de alta transcendência, os quais representam as diversas forças e poderes que o Mago deve manipular para sua proteção, autoconhecimento e auto-realização.

Palavras Hebraicas do Pentagrama Esotérico

Termo Hebraico


Tradução

Iod-He-Vau-He

Significado

Um dos nomes sagrados de Deus, que pode ser traduzido por Jeová. É a Hoste dos Elohim que criaram o Universo por meio da Energia Criadora Sexual. É a Inteligência no Macrocosmo. Adam-Kadmon, o Adão Cósmico.

Termo Hebraico


Tradução

Adam

Adão neste caso representa os Homens Solares, a família dos Pítris, os nossos antepassados que formaram a Raça Adâmica, os Deuses encarnados na Terra, representando a Inteligência no Microcosmo.

Termo Hebraico


Tradução

Pachad

Significado

Sexto grau iniciático entre os místicos muçulmanos, significa domínio físico, emocional e mental, sucede o sétimo e último grau, o de Súfi.


Termo Hebraico


Tradução 

Kaphir

Significado

Um dos nomes assignados a Geburah-Marte. Estas quatro palavras, que também têm uma aplicação como nomes de poder, são para o Pentagrama um ponto medular na Magia Cerimonial. Evite-se seu uso quando se ignorar o Ritual.


O Trabalho Psicológico é representado nos 7 Signos Planetários do Pentagrama Esotérico


Sol 

Michael




Lua 

Gabriel



Mercúrio

Raphael



Marte

Samael


Júpiter

Zacariel



Vênus

Uriel




Saturno

Orifiel


Outros Símbolos Inseridos no do Pentagrama Esotérico



Alfa

A primeira letra do alfabeto grego, representa o princípio de tudo.


Omega

A última letra do alfabeto grego, representa a finalização da Grande Obra. O Alfa e o Ômega são as letras que representam a Obra do Cristo dentro de nós, ou seja, Ele é o responsável pelo Trabalho Interno, do início ao fim da senda Iniciática.



Números que na Cabala representam o Fundamento da Grande Obra. Note-se que a soma de todos esses números (1+2+1+2+3) é igual é 9, a NONA ESFERA, o Mistério dos Mistérios Tântricos.


Espada

Na base do Pentagrama, representa que a Espada Flamígera se encontra em nosso Centro Sexual, à espera de ser despertada com a Alquimia. Também representa a Defesa Psíquica e o Elemento FOGO. O regente supremo do Fogo Elemental é Agni.


Cálice

O Cálice é o símbolo da Santidade, do Eterno Feminino de Deus e da Mulher. O útero onde são gestados os exércitos dos Deuses e dos Demônios. O Santo Graal, que guarda o Sangue da Unção Crística e o Sangue do Redentor do Mundo. Representa também o Elemento ÁGUA, cujo regente é o divino rei das águas Varuna.


Hexagrama

A Estrela de Salomão é o símbolo supremo do Raio do Sol, do Arcanjo Michael Aun Weor, o chefe supremo do Elemento Ar. O Hexagrama é também o símbolo do Elemento AR, cujo chefe é o titânico Deus Parvati.


Cajado

O báculo de poder é uma cana de sete ou doze nós, encimada por 3 bolas. O cajado, báculo ou cetro dos reis representa o Elemento TERRA, cujo deus elemental é Kitíchi. Observe o estudante que os símbolos dos 4 Elementos estão rodeando o Pentagrama, representando que esses devem servir de Proteção ao Iniciado, ao Mago. Devemos usar a sabedoria e a esperteza no Caminho Iniciática, usando todas as Forças da Natureza e do Cosmo para nos guiarem e protegerem, a todo custo.


Olho De Horus

O Olho que Tudo Vê representa a Onipotência de Deus, a Sabedoria Divina, que deve orientar, guiar os passos na Senda da Iniciação, de toda a Obra Alquímica. São os Olhos do Espírito.


Caduceu

O Caduceu de Mercúrio encontra-se no centro do Pentagrama simbolizando que a Síntese da Grande Obra é a elevação da Energia Sagrada da Kundalini. Sem isso, sem o despertar da Kundalini, torna-se IMPOSSÍVEL a auto-realização íntima de nosso Espírito.


TETRAGRAMATON

O Nome Sagrado que não deve ser pronunciado fora de um Ritual Gnóstico Sagrado, pois é um Mantra DE IMENSO PODER SACERDOTAL…


O que o Pentagrama Esotérico Simboliza

O Pentagrama simboliza o domínio do Espírito sobre os elementos da natureza. Com este signo mágico podemos comandar as criaturas elementais que povoam as regiões do fogo, do ar, da água e da terra. Ante este símbolo terrível tremem os demônios, os quais fogem aterrorizados.

O Pentagrama com a ponta superior para cima serve para afugentar os tenebrosos. com a ponta para baixo, serve para chamá-los. Posto no umbral da porta com a ponta superior para dentro e os dois ângulos inferiores para fora ele não permite a passagem aos magos negros. O pentagrama é a Estrela Flamígera, o signo do Verbo feito carne. Segundo a direção de seus raios pode representar Deus ou o diabo; o Cordeiro Imolado ou o Bode de Mendés. Quando o pentagrama eleva ao ar seu raio superior representa o Cristo. Quando eleva ao ar suas duas pontas inferiores representa Satã.

O pentagrama representa o Homem Completo. Com o raio superior para cima é o Mestre. Com o raio superior para baixo, e as duas pontas inferiores para cima, é o anjo caído. Todo Bodhisatva caído é a estrela flamígera invertida. Todo iniciado que se deixa cair converte-se na estrela flamígera invertida.

O melhor Eléctron é uma estrela flamígera com os sete metais que correspondem aos sete planetas astrológicos. Podemos fazer medalhões para colocar no pescoço, anéis para trazermos no dedo anular. É interessante, também, desenhar a estrela flamígera sobre uma pele de cordeiro bem branca para tê-la dentro de casa, sempre no umbral da câmara nupcial. Assim, evitamos que os tenebrosos metam-se em nosso quarto. O Pentagrama também pode ser desenhado nos vidros das janelas a fim de aterrorizar os fantasmas e os demônios.

O Pentagrama é o símbolo do Verbo Universal de Vida. Podemos fazê-Io resplandescer, instantaneamente, com a entoação de certos mantras secretos. Nos “Upanishads Gopalatapani e Krishna” encontramos o mantra que tem o poder de formar instantaneamente, no plano astral, a terrível estrela flamígera, ante a qual fogem aterrorizados os demônios. Este mantra consta de cinco partes, a saber:

KLIM, KRISHNAYA, GOVINDAYA, GOPIJANA, VALLABHAYA SWAHA…

Ao vocalizar-se este mantra, forma-se instantaneamente a estrela flamígera, ante a qual fogem aterrorizados os tenebrosos do Arcano 18. Estes demônios atacam violentamente ao iniciado que está trabalhando na Grande Obra. Os devotos do matrimônio perfeito têm que travar tremendas batalhas contra os tenebrosos. Cada vértebra da espinha dorsal representa acirradas batalhas contra os Magos Negros, os quais lutam para afastar o estudante da Senda do Fio da Navalha.

O poderoso mantra que acabamos de mencionar tem três etapas perfeitamente definidas: Ao recitar o KLIM, que os ocultistas da Índia chamam A Semente de Atração, provocamos um fluxo de Energia Crística que desce instantaneamente do Mundo do Logos Solar, para proteger-nos. Abre-se, então, para baixo, uma porta misteriosa. Depois, por meio das três partes seguintes do mantra, infunde-se a energia crística naquele que o recita e, finalmente, por meio da quinta parte, o que receber a Energia Crística pode irradiá-la com tremenda força, para defender-se dos tenebrosos que fogem aterrorizados.O verbo cristaliza-se sempre em linhas geométricas. Demonstra-se isto através de uma fita magnética, na qual fica gravado, por exemplo, um discurso. Cada letra é cristalizada em figuras geométricas. Basta, depois, fazermos vibrar a fita no gravador para que se repita o discurso.Deus geometriza. A palavra toma formas geométricas. Estes mantras citados por nós tem o poder de formar, instantaneamente, nos mundos suprassensíveis a estrela flamígera. Essa estrela é um veículo de força crística e representa o Verbo. Com este poderoso mantra podem defender-se todos aqueles que estão trabalhando na “Frágua Acesa de Vulcano”. Esse mantra vocaliza-se silabando-o. Com ele devemos conjurar os demônios que controlam os possessos.
É urgente aprendermos a criar instantaneamente a estrela flamígera, e essa possibilidade temo-la quando entoamos o citado mantra, a fim de combatermos os tenebrosos.

A seguir, fala Samael Aun Weor
sobre o Simbolismo do Pentagrama Esotérico

Se analisarmos a fundo a Pentalfa, podemos ver no ângulo superior um quatro, esse é o símbolo de Júpiter, o Pai dos Deuses, o símbolo do Espírito Divino de toda a criatura que vem ao mundo, o símbolo do Eterno Deus Vivente.

Embaixo desse símbolo de Júpiter existem dois Olhos sempre abertos, são os Olhos de Deus, diante deste símbolo de Júpiter, com os Olhos do Espírito Divino sempre abertos, as colunas de Anjos e Demônios tremem, e tal símbolo faz fugir aterrorizados os tenebrosos.

Quando o homem está de pé com suas pernas e braços abertos, cria-se, de forma extraordinária a Pentalfa. Se observarmos cuidadosamente esses braços abertos, veremos o signo de Marte, o planeta da Guerra e sabemos que o Ocultismo Marciano é terrível. Nas Esferas Inferiores de Marte encontramos os terríveis Magos Negros que tremem diante desse signo terrível da Pentalfa.

É claro que, se colocarmos o signo de Marte nos braços da Estrela de cinco pontas (que é o Homem), nos dar uma força incrível, não uma força física, que é de tipo muito inferior, não, ela nos dá a Força do Espírito, para vencer os malvados.

Nos ângulos inferiores, que são as duas pernas de cada um de nós, tem a assinatura de Saturno e sabemos que é o aspecto negativo da esfera de Saturno, que é a terrível Magia Negra, é claro que os tenebrosos entendem isso; se estiver colocado nas pernas esse signo de Saturno, e se colocarmos a Pentalfa com as pernas para baixo, e temos Júpiter em cima com os Olhos do Espírito sempre abertos, é claro que os tenebrosos, vendo isso, se horrorizam, não podem resistir e se retiram…

A lado direito, colocando a imagem frente a frente, vemos Lua e na esquerda vemos o Sol, mas se colocarmos a imagem não de frente a frente, mas sim ao nosso lado, é claro que na direita está o Sol, e na esquerda está a Lua, verdade?

O Sol está representado por um círculo com um ponto no centro, esse Sol radiante do Espírito ilumina o nosso caminho, representando as forças solares, as forças positivas, masculinas. Na esquerda está a Lua que representa as forças negativas, femininas.

No centro aparece o Caduceo de Mercúrio e embaixo desse deste está o símbolo do planeta Mercúrio. É claro que o Mercúrio é o símbolo do Mensageiro dos Deuses, é o planeta que está mais perto do Sol, é o Ministro do Sol, sem Mercúrio seria impossível chegar à autorrealização Íntima do Ser. Tal caduceo está na coluna vertebral do homem, na nossa medula espinal, com o par de cordões, conhecidos no Oriente como “Idá” e “Píngala” que se enroscam entre si numa espiral ascendente, por onde a Energia criadora sobe até ao cérebro.

Nos estenderemos mais pouco mais, bom, aqui temos, nesta Pentalfa, o Báculo dos Patriarcas, a Vara de Aarão, a Cana de Bambu, de sete nós, o Cetro dos Reis, a Vara de José (florescida), que é a Espinha Vertebral.

É claro que pelo canal da medula espinhal (Sushumna) que sobe o Fogo Sagrado até o cérebro, para passar dali ao Templo do Coração.

Também aprece na Pentalfa a Espada Flamígerante, que nada mais é do que o Fogo Sagrado de cada um de nós. Sem a Espada Flamígerante não seríamos discípulos verdadeiros. Quando um Ano perde a sua Espada, esse Anjo cai e se precipita nos Infernos Atômicos…

Aparece também, na parte superior da Pentalfa um Cálice, de maneira que, vemos o Cálice e a Espada, esse cálice, representa a Yoni (o útero), assim como o Báculo representa o Phalus, o princípio masculino, e a Espada, o Fogo Sagrado.

É claro que temos que aprender a manejar o Báculo e a Espada, como também, temos que trabalhar com o Vaso de Hermes, se quisermos realizar a Grande Obra.

A palavra “Tetragrammaton” que aparece na Pentalfa é muito interessante, “Tetra” quer dizer Trindade dentro da Unidade da Vida. É o “Santo Quatro”, ou seja, o Pai é o número Um, o Filho o número Dois e o Espírito Santo é o número Três. Através Deles emanam o Ain-Soph, quer dizer, a “Estrela Atômica Interior”, que sempre nos socorre; e dos Três emanam o Ain-Soph, formando desta forma os “Quatro”: o “Tetragrammaton”, que é um Mantra poderosíssimo, é uma palavra, é mântrica…

Uma vez eu quis experimentar o mantra “Tetragrammaton”, vocalizei-o nos Mundos Superiores da Consciência Cósmica, então muitos inefáveis dos Nove Céus (Lua, Mercúrio, Vênus, Sol, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) apareceram para ver o que se passava e disseram: “Por que estais pronunciando o nome do Eterno em vão?” Eu me senti perplexo e, ao mesmo tempo, confundido…

Se colocarmos o Pentagrama com o ângulo superior para baixo e os dois ângulos para cima, teremos o signo da Magia Negra, em vez de concorrer às nossas invocações, os Anjos, concorrem as colunas dos Demônios.

Quando um Iniciado cai, quando derrama o Vaso de Hermes Trismegisto, então é fulminado pelo Arcano 16 da Kabala, caindo com a cabeça para baixo e a perna para cima, na forma da Pentalfa invertida, assim é quando caem os grandes Iniciados.

Se na entrada da nossa casa pintarmos com carvão o signo da Pentalfa com o ângulo superior para dentro e os dois raios inferiores para fora, não entrarão na nossa casa os tenebrosos.Quando se coloca o Pentagrama no vidro, ou seja, num quadro, espanta terrivelmente os tenebrosos, se também pintarmos no vidro, eles fugirão espavoridos diante do Pentagrama.Se o levarmos no nosso peito, em ouro ou em prata, estaremos protegidos contra as forças das trevas.O Pentagrama tem um poder mágico realmente surpreendente…Nos braços da Pentalfa vemos várias letras hebraicas, aparece IOD-HE-VAU-HE.A palavra “IOD” representa o princípio masculino, a partícula Divina e como Chispa Virginal é terrível.A palavra “HE” representa o princípio feminino-Divino.
A palavra “VAU” representa o princípio masculino-sexual, ou seja o Lingam.

E a palavra “HE” representa o princípio feminino-sexual,a Yoni.

Existe um modo de pronunciar as letras hebraicas “IOD-HE-VAV-HE”, mas é terrivelmente divino esse mantra, que não deve ser pronunciado em vão, porque essas quatro letras fazem vibrar a Divindade Interior (o nome do Eterno)…

Aparecem outras letras hebraicas também, para nos lembrar de certos processos da Divindade, mas guardarei silêncio sobre isso agora… Aparecem números também, para lembrarmos da Trindade dentro da Unidade (o Tetragrammaton) mas não é obrigatório que esses números estejam aí, isso é meramente convencional, o importante é que tenha o Tetragrammaton, que sabemos que é a Trindade dentro da Unidade da Vida, ou seja, o Santo Quatro.

Sem dúvida, meus caros irmãos, o Pentagrama é o ser humano, o Microcosmos, dentro do qual está o Infinito. Temos de trabalhar com esse Caduceu de Mercúrio que aparece na Pentalfa, ou seja, temos de transmutar o esperma em energia, para despertar o Fogo Sagrado e fazê-lo subir pela coluna vertebral até o cérebro! Só assim será possível desenvolver todas as nossas Faculdades e Poderes. Temos que trabalhar com esse Caduceo de Mercúrio na nossa coluna espinhal.

Quando nós soubermos transmutar o esperma em Energia, quando não cometermos o crime de derramar no Vaso de Hermes Trismegisto, então o esperma (não ejaculado) se transformará em Energia Seminal. Essa energia, por sua vez, se bipolariza em átomos solares e lunares de altíssima voltagem que sobem pelos dois cordões nervosos que se enroscam na Coluna vertebral.

Mais tarde, os Átomos Solares e Lunares fazem contato com o “Triveni”, no cóccix, e então por indução, despertará em nós uma terceira força: quero referir-me ao Fogo Sagrado, o Fogo Pentecostal, o Fogo Jeovístico, o Fogo Sexual, que vai ascendendo lentamente, vértebra por vértebra, despertando os nossos Poderes.

Sem dúvida de temos que trabalhar com o Sol e com Lua, os princípios masculinos e femininos, ou seja, o homem com sua mulher, e a sua mulher com o seu homem. Somente assim é possível despertar esse Fogo Sagrado que nos há de transformar radicalmente.

Temos que aprender a manejar o Báculo e a Espada, a manejar o Vaso de Hermes e o Cálice Sagrado, só assim será possível a transformação total.

Em minha aula passada disse que quando um homem se casa com uma mulher que não lhe pertence por esposa, mas que caprichosamente a toma, violando as Leis, é fácil reconhecê-la, porque no dia do casamento, astralmente, ela aparece como calva, como se não tivesse cabelo.

Então se diz que o homem está marcado com uma Estrela fatal na sua teste, ou seja, com a Pentalfa invertida, com o Fogo Luciférico.

Quando também um homem é infiel à sua esposa, a esposa que lhe foi dada pela Grande Lei, então a Pentalfa invertida aparece na sua teste, o símbolo fatal da Estrela de cinco pontas invertida…

Na Idade Média existiram os Grandes Mistérios Esotéricos Gnósticos, aquele neófito que era candidato à Iniciação era conduzido, com os olhos vendados, até a uma grande sala e ali lhe tiravam a venda dos seus olhos e se apresentava ante sua vista o cabrito macho de Mendes, o Diabo…, entretanto, o Diabo trazia na sua testa o Pentagrama com o ângulo Superior para cima e os dois ângulos inferiores para baixo…

Nesse momento ordenavam ao neófito que beijasse o traseiro do Diabo. Se o neófito recusava e não obedecia, voltavam a colocar a venda em seus olhos, e tiravam-no dali por outra porta. Jamais saberia por onde entrou e nem por onde saiu. Mas, se o neófito obedecia, das pernas do Diabo, onde estava sentado sobre um cubo, a Pedra Cúbica, saía uma bela donzela que o recebia com um beijo de paz e de braços abertos, desta forma era recebido por toda a irmandade e aceito como Cavalheiro Gnóstico.

Esses eram os Gnósticos Rosa-cruzes, eles conheciam os mistérios da Rosa e da Cruz. Com isso não quero dizer que foram “Rosacruzes” de verdade, por que só existem Rosa-cruzes lá nos Mundos Superiores, aqui embaixo só existem aspirantes a Rosa-cruzes. Para pertencer à Ordem Rosa-cruz, temos de ser Gnósticos.A Rosa por acaso não é o símbolo do Logos Divino? E a Cruz? Nós sabemos que a Cruz é um símbolo Sexual. O que temos que fazer para que as rosas, o Logos, floresçam em nós? Somente através do trabalho sexual, da Alquimia Sexual, as rosas florescerão em nós e dessa forma seremos Gnóstico-Rosa-cruzes, antes disso só poderemos ser Aspirantes a Rosa-cruz.

Ninguém poderia entrar na Rosa-Cruz de Ouro sem ser Gnóstico, sem o “G” da geração. Um quadro de Khunrath, na Idade Média, é maravilhoso, nele aparece o Cristo crucificado, mas com o grande phalus ereto, como um facho de Luz… Só assim se é possível ser gnóstico-rosa-cruzes.

Na Idade Média, eram aceitos nos Templos Gnósticos os aspirantes a Rosa-cruzes, depois daquela Iniciação, mas o que significava aquele cabrito macho de Mendez? Claro que é o Tiphon Baphometo… “Eu acredito nos Mistérios do Baphometo!”, declara o Gnosticismo Universal, o Baphometo-Lucifer é uma das varias partes do nosso Ser!

Nosso Ser Íntimo tem muitas partículas e uma delas é Lúcifer; reflexo dos Logos, sobra do nosso próprio Logói Íntimo, projeta e dentro de nós mesmos. Temos aqui os “Mistérios do Baphometo e do Abraxas” o Galo de Abraxas é também gnóstico, vale a pena que lembremos que ele representa a ressurreição.

Então, poderia, por acaso ser possível a Ressurreição sem Lúcifer? Impossível! Isto também sabiam os Nahuas: O Lúcifer-Nahua, tão amado no Templo de Chapultepec pelos gnósticos rosa-cruzes, o “Xolotl” que existe dentro de cada um de nós. Esse é o Fogo vivente e filosofal que jaz no profundamente nas nossas Águas Seminais do nosso Caos Metálico sexual, no âmago do esperma…

“INRI”, dizem os gnósticos; esse INRI está colocado sobre a cruz do Salvador do Mundo, mas onde está essa cruz? Volta a repetir que o Lingam-Yoni (Phalus-Útero), conectados sexualmente, fazem a cruz…

Então, carregamos a cruz, e devemos trabalhar na cruz, porque ali está o INRI, que quer dizer: IGNIS NATURA RENOVATUR INTEGRAM (o Fogo renova incessante a natureza).

Assim é que, Lúcifer-Nahua (Xolotl), o Bode de Mendez está escondido no fundo do nosso sistema semina, esse é o Fogo Vivente e Filosofal, mediante o qual poderemos nos transformar radicalmente…

Na Catedral de Notre Dame, em Paris, tem uma estátua muito interessante: “O Corvo” e na sua parte mais alta, tem uma inscrição numa pedra que diz: “A pedra do Centro”, ou “A pedra superior do ângulo”, a “Pedra Mestra”, o Diabo. Mas que curioso é isso, o diabo dentro da Catedral de Notre Dame de Paris; ali onde os fiéis pagam as suas velas depois dos ritos e orações… Se essa é a Pedra Filosofal, realmente…

As antigas Sibilas diziam: “O verdadeiro Filósofo é aquele que sabe preparar o Vaso”. Mas qual vaso? O Vaso de Hermes Trismegisto. Onde está esse vaso? Ele aparece no Pentagrama, é o Cálice Sagrado, que Cristo bebeu durante a última Ceia. É o Santo Graal, sobre o qual há tanta literatura cavalheiresca. Existe um que resplandece lá no Templo de Montserrat, na Cataluña, Espanha. Existe também uma cópia no Templo de Chapultepec.

Esse é o Vaso de Hermes que temos que prepara-lo, pois nele contém a matéria prima da Grande Obra, nele está o Esperma Sagrado, o Ens-Seminis.

Ai daquele que derrama o Vaso de Hermes, porque cairá como uma Pentalfa invertida no fundo do Abismo, e isto é realmente muito doloroso, meus queridos irmãos…

Continuemos agora com o Selo de Salomão, que aparece aqui também, nesse trabalho magistral da Pentalfa, com os triângulos entrelaçados.

É claro que para entender, necessitamos ser alquimistas, sem o que não poderíamos de nenhuma maneira. Vêm à minha memória, nestes momentos, acontecimentos transcendentais da minha presente reencarnação… Eu era muito jovem e ela se chamava Urânia (Infinito) e vivia sempre enamorado da Urânia, nesses céus povoados por inumeráveis Galáxias que se precipitam no abismo sem fim…

Um dia, em estado de Samadhi, abandonei todos os meus veículos para submergir-me no “Paracleto Universal”, além do Bem e do Mal, muito além do corpo e da mente, em estado, diríamos, de supernirvânica felicidade, na ditosa região imaculada do Espírito Universal da Vida, e pude entrar pelas portas do Templo, e abri o Grande Livro da Natureza e estudei as suas Leis…

O êxtase aumentava a cada momento, quando regressei daquele Samadhi e voltei ao corpo físico, pela glândula Pineal, tão citada por Descartes como: “A porta da Alma”. Recebi extraordinárias visitas, eram algumas Damas-Adeptos, que surgiram daquele Paracleto Universal, fazendo-se visíveis para mim, no nosso mundo de forma densa. Uma delas, cheia de extraordinária doçura, colocou no dedo anular da minha mão direita um anel com o Selo de Salomão e exclamou: “Você passou pela Porta do Santuário; pouquíssimos são os seres humanos que conseguem passar por essa terrível prova”… Abençoou-me e foi-se embora, deixando um anel no meu dedo anular direito.

Levantei-me muito feliz e cada vez que eu conseguia escapar deste corpo físico denso, via na minha mão direita o anel prodigioso; formado com aquela substância imaculada, branca e divinal da região do Paracleto Universal, onde o tempo não existe.

Mas existem acontecimentos transcendentais e transcendentes, e numa dessas noites e mistério, depois de achar-me num jardim cheio de flores sublimes, representação alegórica das Virtudes Divinais, tive a ideia de penetrar num Templo de Beleza. Entre o aroma que se escapava das flores de incenso, eu flutuava feliz com o meu veículo sideral. As músicas das esferas faziam vibrar o Cosmos Infinito, e a cada melodia eu estremecia intimamente…

Detendo-me diante da Sacra Ara, diante de um Mahatma, naquele divino lugar, eu olhei o anel na minha direita e o toquei com a minha mão esquerda, então o Mahatma exclamou: “Esse anel já não te serve, porque o tocaste com a mão esquerda; sem dúvida vou consultar sobre isso…”

Depois me deu certas explicações sobre o anel e me disso que tal anel representava o Logos do Sistema Solar e que as Forças Sexuais Masculinas e Femininas trabalham nele; que as seis pontas são masculinas e que as seis entradas, entre as pontas, são femininas. Explicou-me que as seis pontas e as suas entradas entre as pontas formam as 12 Radiações, e mediante a Alquimia Logoica, cristalizamos as 12 Constelações do Zodíaco, que para o nosso Sistema Solar, é uma verdade Matriz Cósmica…

O Mahatma silenciou e retirou-se, passaram então os tempos e nunca mais voltei a ver o anel na minha mão direita. Sempre inquiria, buscava e clamava por aquele anel… De diversos esoteristas escutei comentários, mas nada sobre a face da Terra podia dar-me uma explicação satisfatória.

Quando voltarei a conquistar o prodigioso anel? Passaram-se os anos e no fim entendi…

Meus amigos, o triângulo superior é o Enxofre da Filosofia Secreta, o Fogo Vivente dos Alquimistas e o triângulo inferior, que se enlaça com o superior, é o Mercúrio.

Eu tinha realizado a Grande Obra lá no Continente Mu ou Lemúria (que se afundou entre as ondas enfurecidas do Oceano Pacífico, há uns 18 milhões de anos), onde havia conseguido a integração total com o Enxofre e o Mercúrio; realizei em mim mesmo a Pedra Filosofal, e por tal motivo, entregaram-me o famoso anel, isso foi nos tempos idos, onde havia passado pela Prova do Santuário…

Eu tinha realizado a grande obra que realizou Nicolas Flamel, a mesma que realizou Raimundo Lulio, Jeshua ben Pandirah, Kout Humi, Saint Germain e o enigmático e poderoso Conde Cagliostro, Quetzalcoatl e muitos outros…

Mas, depois de ter realizado a Grande Obra, depois de ter estudado o Grande Livro e de desatar os “Sete Selos”, cometi o grande erro de tocá-lo com a mão esquerda, isso foi há um milhão de anos, mais ou menos, ou seja, depois de ter conseguido a união dos dois triângulos (a integração do Enxofre com o Mercúrio), fiz o seguinte: lancei-me como a Pentalfa invertida, com a cabeça para baixo e as pontas para cima. Eu estava proibido de fazer sexo e cometi o mesmo erro do Conde Zenon Zanoni, voltei ao sexo…

O Conde Zenon Zanoni apaixonou-se por Viola, a grande Napolitana, assim também cometi o erro de apaixonar-me por uma formosa donzela da Primeira Sub-Raça da Quinta Raça-Raíz, no Planalto Central de “Assiah“, hoje Ásia. Foi então, quando perdi o prodigioso anel, foi então que aconteceu dentro de mim a redução metálica, e assim, como um Bodhisatva caído, andei de existência em existência, até que na presente existência resolvi colocar-me de pé outra vez, para servir de instrumento ao Pai, por Ele é o que inicia a Nova Era de Aquários…

Amigos, esse Enxofre é o Fogo Sagrado que temos que despertar, para desatar os Sete Selos do Grande Livro da Sabedoria, o Grande Livro da Natureza, que está citado no Apocalipse através do Vidente de Patmos, isso é verdade!

Quando se desata o primeiro Selo, vem um grande acontecimento; quando desatamos o segundo, o terceiro, o quarto, o quinto, e assim sucessivamente, até romper o Sétimo Selo, então acontecem raios e trovões, granizos e grandes terremotos. Cada um de nós tem a obrigação de desatar os Sete Selos do Grande Livro, mediante o Fogo Sagrado.

Quando a Kundalini vai subindo pela coluna vertebral e começa desatar os Sete Selos, acontece que no primeiro Selo, abre-se a Igreja de Éfeso, o Chakra Muladhára, que nos dá poderes sobre os Gnomos da Terra; quando o Fogo Sagrado sobe até a altura da próstata, e desta o Segundo Selo, o Chakra Swadhisthána, nos dá o poder sobre a Água da Vida; quando o Fogo Sagrado sobe até a altura do plexo Solar, no Chakra Manipura, desatando o terceiro Selo, nos dá poder sobre as criaturas do Fogo; quando sobe até a altura do coração, desatando o quarto Selo, nos dá o poder sobre as criaturas do Ar; quando sobe até altura da laringe Criadora, no Chakra Vishudda, desatando o quinto Selo, nos dá poder sobre o Akasha Puro e a Clarividência; quando chega na altura entre as sobrancelhas, no Ájña Chakra, desatando o sexto Selo, abre-se uma maravilhosa Lótus, que nos permite ver as grandes realidades dos Mundos Superiores, e a Kundaliní chega no sétimo Selo, no Sahásrara Chakra, na glândula Pineal, então adquirimos a Polividência e muitas outras faculdades…

Como isso pertence a Alquimia, vou lhes dar algumas noções sobre isso que é maravilhoso… Dizem, meus caros irmãos, na linguagem alquimista, que devemos passar por “Três Calcinações”, representado através do símbolo vivente da Salamandra.

A Primeira Calcinação pertence à Montanha da Iniciação; o Sal vermelho, que nada mais é que o Fogo petrificado, o Enxofre petrificado, porque o Fogo na Alquimia está representado pelo Enxofre. Esse Sal Vermelho são os elementos inumanos que carregamos dentro de nós e que devem ser reduzidos a cinzas… Essa é a Primeira Calcinação.

A Segunda é mais avançado, pertence à Segunda Montanha, tem que voltar a calcinar as cinzas desse Sal Vermelho para tirar dele os diversos elementos espirituais. Isso é bastante interessante, porque se trabalha nas esferas da Lua, Mercúrio, Vênus, Sol, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.

A Terceira vai mais longe, temos de voltar ao Sal Vermelho, às cinzas que caíram e as recolher, para queimá-las, a fim de extrair, dali, o Sal Metálico, incombustível e forças, ou seja, os Elementos Divinais mais profundos que estavam presos dentro do Ego. Uma vez extraído, se fusionam com a Consciência para que esta resplandeça no Seio do universo.

Só depois da Terceira Calcinação que o Galo da Paixão canta, representando a “Ressurreição”, por isso Cristo disse: “Antes que o galo cante, me negarás três vezes…”

A primeira negação corresponde à Primeira Calcinação da Alquimia, o primeiro cozimento do Sal Vermelho, porque temos que nos fundirmos nos Mundos Infernais (para trabalhar, logicamente), porque esse é o “Palácio da Alquimia”, então se diz que temos negado o Cristo. Nos Mundos Infernais temos que trabalhar e viver com os Demônios destruindo nossos elementos inumanos.

Na Segunda Calcinação, se diz que temos negado o Cristo pela segunda vez, porque temos que voltar aos Mundos Infernais para continuar a trabalhar e desintegrar os nossos defeitos psicológicos que levamos muito submersos dentro de nossas próprias naturezas…
















Mistério Do Pentagrama Parte 3



Provavelmente a imagem do Pentagrama (ou Estrela de Cinco Pontas) é um dos símbolos esotéricos mais conhecidos e reproduzidos no imaginário místico e profano. Reconhecido como símbolo de proteção em diversos rituais imagísticos é também representação da Vontade e do Ser Humano em Perfeição sobre a Natureza, e contém um rico significado que muitas vezes não é devidamente explorado, mesmo diante da rica, centenária (e muitas vezes contraditória) bibliografia sobre o mesmo. Goethe, em seu livro Fausto, usa o Pentagrama de Agrippa, a que chama de “pé do feiticeiro” como instrumento mágico desenhado no chão do laboratório como um poderoso emblema que evita que as forças das trevas invadam o ambiente ou que as mantêm presas no espaço mágico, dependendo da direção do vértice para a porta de entrada no recinto. Tal visão se reflete também no imaginário simplista onde o símbolo com o vértice para cima representa “o bem” e com o vértice para baixo, “o mal”, deixando de lado uma interpretação mais ampla e complexa a que o símbolo se permite. O aspecto imagístico e instrumental do Pentagrama em todas as cerimônias é muito importante, pois, segundo Eliphas Levi, representa o domínio (ou a desordem, dependendo de como é usado) do Espírito sobre os Elementos, “brilhando como uma lanterna na escuridão para as forças astrais, atraindo ou afastando energias positivas ou negativas”, e por isso tendo que ser utilizado com consciência de causa e imenso cuidado e responsabilidade nas cerimônias esotéricas.

Observemos que o uso do pentagrama é muito perigoso para os operadores que não tem completa e perfeita inteligência dele. A direção das pontas não é arbitrária, e pode mudar todo caráter da operação (…). Se perguntarem como um signo pode ter tanto poder sobre os espíritos elementais, perguntaremos, por nossa vez,: por que o mundo cristão se prosternou diante do sinal da cruz? O sinal por si mesmo nada é, e só tem força pelo dogma de que é resumo e verbo. (LEVI: 1976, pp 114/115)

Todo símbolo tem seu sentido e referência no poder de síntese que representa e que transcende o espaço do racional que o “interpreta”. Do ponto de vista esotérico, é uma parte muito maior do que a soma e o todo e é a manifestação de um saber/fazer Universal que não se esgota e que não se pode esgotar. O Pentagrama tem seu poder e significado profundo, como todos os símbolos esotéricos, que também vai além de seu caráter instrumental imagístico ou ritual (por mais fascinante que seja), ao representar o Microcosmo (que É como o Macrocosmo, “para realizar o milagre de uma única coisa”, segundo a tradição hermética):

É também pelo Pentagrama que se medem as proporções exatas do grande e único athanor necessárias à confecção da grande obra. O alambique mais perfeito que possa elaborar a quintessência é conforme esta figura e a própria quintessência é figurada pelo signo do Pentagrama. (LEVI: 1976, p 115)

É no Pentagrama, representando o próprio Homem/Mulher Universal, que se dá a aventura iniciática e o processo de transformação (transmutação) necessário ao crescimento na Senda Real. Suas proporções e simbologias numéricas fascinam desde a antiguidade, especialmente desde a tradição Pitagórica (o símbolo era sinal sagrado de reconhecimento entre seus membros) que se incorpora em tradições filosóficas e iniciáticas posteriores. Do ponto de vista filosófico, os elementos que representam a arkhé (gr., origem, fundamento, autoridade) e a composição das coisas, 4 em Anaxágoras (Terra, Água, Ar e Fogo), constantes em suas pontas inferiores e laterais, e em sua ponta superior se acrescenta o Quinto elemento aristotélico, que é o Aether (Éter), elemento ordenador e unificador que representa a inteligência (e a vontade). Lembramos também que em representações orientais, i.e. China, os elementos que compõem a Natureza e o Homem também são cinco, recordando o Pentagrama.

Em representações esotéricas modernas o Pentagrama tem incorporado vários símbolos de diversas tradições – e o símbolo tem um caráter essencialmente sincrético, importante recordar. Elementos de ordem oriental e ocidental são associados ao seu interior ou às suas pontas: símbolos religiosos; símbolos astrológicos e herméticos (também presentes nos templos maçônicos); nomes e representações divinas ou angelicais; símbolos elementos, tawtas etc, ampliando e aprofundando a possibilidade de compreensão da imagem pentagramática. Por exemplo, a Cabala Cristã insere no nome sagrado divino IEVE a letra Shin, formando foneticamente o nome IESHVE, ou YESHUDA ou JESUS na tradição cristã. É importante lembrar que para a Cabala a letra Shin representa o Fogo e passa a representar, no Pentagrama o fogo espiritual (imaterial) que vivifica e concede a imortalidade.

Para os Pitagóricos os Números eram deuses (segundo alguns comentadores) ou eram representações divinas (segundo outros) e o Pentagrama representava o número importante na construção de seu corpo doutrinário. Tudo é número e cada número tem um significado e expressão esotérica que vai além da mera representação quantitativa. Cada número, representado em símbolos possui um valor e significado ocultos os problemas matemáticos (geométricos) também são representações do caráter humano, natural e divino de tudo no universo. Para a Maçonaria, a relação do Pentagrama com o Número de Ouro ou Proporção Dourada é canônica (BOUCHER: 2010).

Sobre a importância dos números para esta Escola místico-Filosófica reproduzimos:

Os Pitagóricos chegaram à razoável conclusão, em seus estudos, de que “tudo são números”. Essa afirmação parece ter sido fortemente influenciada por uma descoberta importante da Escola Pitagórica, a explicação da harmonia musical através de frações de inteiros.

Os Pitagóricos notaram haver uma relação matemática entre as notas da escala musical e os comprimentos de uma corda vibrante. Uma corda de determinado comprimento daria uma nota. Reduzida a 3/4 do seu comprimento, daria uma nota uma quinta acima. Reduzida à metade de seu comprimento, daria uma nota uma oitava acima. Assim os números 12, 8 e 6, segundo Pitágoras, estariam em “progressão harmônica”, sendo 8 a média harmônica de 12 e 6. A média harmônica de dois números a e b é o número h dado por 1/h = (1/a + 1/b) 2.

Pitágoras dava especial atenção ao número 10, ao qual ele chamava de número divino. Dez era a base de contagem dos gregos, e dez são os vértices da estrela de Pitágoras. (COSTA: 2011)

Ainda sobre o Pentagrama: “A estrela de Pitágoras” é a estrela de cinco pontas formada pelas diagonais de um pentágono regular. O pentágono regular era de grande significação mística para os Pitagóricos e já era conhecido na antiga Babilônia. Figuras de muitos significados para a Matemática e a Filosofia da Escola Pitagórica.

As diagonais do pentágono regular cortam-se em pontos de divisão áurea. O ponto de divisão áurea de um segmento AB é o ponto C desse segmento que o divide de modo que a razão entre a parte menor e a parte maior é igual à razão entre a parte maior e o todo, ou seja, AC/CB = CB/AB. Para os antigos gregos, o retângulo áureo, isto é, de lados proporcionais aos segmentos AC e CB, é o retângulo de maior beleza. (Idem: 2011)

Também sobre a relação dos Pitagóricos com o Pentagrama é importante lembrar que foi seu primeiro contato com os números irracionais, representados pelo Número de Ouro que “é um número irracional misterioso e enigmático que nos surge numa infinidade de elementos da natureza na forma de uma razão, sendo considerada por muitos como uma oferta de Deus ao mundo” (EDUC: 2011).

A história deste enigmático número perde-se na antiguidade. No Egito as pirâmides de Gizé foram construídas tendo em conta a razão áurea : A razão entre a altura de um face e metade do lado da base da grande pirâmide é igual ao número de ouro. O Papiro de Rhind (Egípcio) refere-se a uma “razão sagrada” que se crê ser o número de ouro. Esta razão ou secção áurea surge em muitas estátuas da antiguidade. Construído muitas centenas de anos depois (entre 447 e
433 a. C.) , o Parthenon Grego , templo representativo do século de Péricles contém a razão de Ouro no retângulo que contêm a fachada (Largura / Altura), o que revela a preocupação de realizar uma obra bela e harmoniosa. O escultor e arquiteto encarregado da construção deste templo foi Fídias. A designação adaptada para o número de ouro é a inicial do nome deste arquiteto – a letra grega f (Phi maiúsculo).

Os Pitagóricos usaram também a secção de ouro na construção da estrela pentagonal.

Não conseguiram exprimir como quociente entre dois números inteiros, a razão existente entre o lado do pentágono regular estrelado (pentáculo) e o lado do pentágono regular inscritos numa circunferência. Quando chegaram a esta conclusão ficaram muito espantados, pois tudo isto era muito contrário a toda a lógica que conheciam e defendiam que lhe chamaram irracional.

Foi o primeiro número irracional de que se teve consciência que o era. Este número era o número ou secção de ouro apesar deste nome só lhe ser atribuído uns dois mil anos depois.

Posteriormente, ainda os gregos consideraram que o retângulo cujos lados apresentavam esta relação apresentava uma especial harmonia estética que lhe chamaram retângulo áureo ou retângulo de ouro, considerando esta harmonia como uma virtude excepcional.  (EDUC: 2011)

Para o Maçom, a representação e o simbolismo do Pentagrama, está presente em diversos momentos, nos diversos rituais e nos Templos, mesmo que muitos maçons não percebam sua relação pertinente, presente na simbologia de muitos ritos, do Compasso e Esquadro, da disposição das Luzes e da própria circulação em Loja, por exemplo. É de suma importância a interpretação Pitagórica do Pentagrama como símbolo de aprofundamento iniciático, diretamente essencial aos estudos de aperfeiçoamento moral e espiritual do obreiro. A tradição hermética-pitagórica, salvo a ausência de documentos da própria escola, baseia-se tanto nas informações doxográficas e nos comentários dos diversos filósofos e historiadores da matemática sobre a tradição Pitagórica.

Conta-se que Platão, séculos depois do fim da ordem, comprou à peso de ouro um manuscrito de Filolau de Crotona que divulgou os segredos da ordem. Lenda ou não, a tradição Pitagórica, mística e matemática, influenciou toda a metafísica platônica, refletindo-se em sua interpretação geométrica do universo. Os “segredos” iniciáticos da escola eram transmitidos por uma rígida disciplina e os seus estudos matemáticos faziam parte de uma ascese espiritual, lembrando a frase do pórtico da academia platônica: “não entre aqui quem não for geômetra”. Assim, Pitágoras e seus discípulos, passam a ser associados a uma tradição numerológica essencial para a senda iniciática e que se perpetua nas simbologias, referencias e proporções dos templos maçônicos, inclusive nas persistências do Pentagrama, chamado de SAÚDE pelos Pitagóricos (lembrando que para os Gregos a Saúde estava representada no Equilíbrio e na Harmonia das forças), e símbolo hermético do domínio sobre as forças caóticas do Universo através da Inteligência Sã e da Vontade.

O Pentagrama pode ser desenhado com uma única linha, representando a energia espiritual e mágica que desce desde o vértice superior e circula ao inferior esquerdo e daí ao direito, indo ao esquerdo e ao inferior direito e que novamente ascende o superior, num fluxo e refluxo energético contínuo e dinâmico. Sobre a relação do Pentagrama e o número cinco, considerado positivo e benéfico, com a obra maçônica, reproduzo o seguinte texto, sobre um tema que é rico e continua a oferecer muitos significados, cabendo também, o símbolo, como um elemento de meditação e reflexão sobre o verdadeiro LOCAL DO TEMPLO (e athanor) onde se realiza a Obra do Caminho Real.

O número cinco representa os elementos da natureza: a terra, a Água, o Ar, o Fogo e a Semente ou Germe.
PENTA, em grego, expressa o número cinco e serve de prefixo para diversas palavras, como exemplo, PENTÁGONO, PENTAGRAMA e PENTATEUCO.
Já no misticismo numérico de Saint-Martin, o quinário é o número do princípio maléfico, portanto, diferindo da interpretação maçônica.

O pentagrama é um símbolo muito mais antigo do que se pode pensar. No ocidente alguns afirmam que este símbolo nasceu com Salomão, porém, ele já era usado no Antigo Egito onde há registros em tumbas e sarcófagos.

O pentagrama sempre esteve associado com o mistério e a magia. Ele é a forma mais simples de estrela, que deve ser traçada com uma única linha, sendo consequentemente chamado de “Laço Infinito”.

Quem deu o nome de Estrela Flamejante ao pentagrama foi o teólogo e médico Enrique Cornélio Agrippa de Neteshein – natural de Kholn (Colônia), onde nasceu, no final do século XV – que também era dedicado à magia, à alquimia e à filosofia cabalística.

Em Maçonaria, a Estrela Flamejante só foi introduzida nos meados do século XVIII, na França, pelo barão de Tschoudy, também ligado ao ocultismo. Ela, na Ordem maçônica, é relacionada às escolas pitagóricas, mas não se pode esquecer que Pitágoras também era dedicado à magia, não sendo de admirar o fato de ter adotado esse que é o símbolo máximo da magia. Em resumo, o pentagrama é uma forma geométrica, utilizada por muitos povos, religiões, associações, com os mais diversos significados, não sendo um símbolo puramente maçônico.

Na magia, de acordo com a sua orientação, o pentagrama pode acompanhar operações de magia branca, ou de magia negra. Quando colocada com sua ponta isolada para cima, ela significa teurgia e conclama as influências celestiais, que, por seu poder mágico, virão em apoio ao invocador; com a ponta isolada voltada para baixo, ela significa goécia e, de acordo com as intenções do mago, atrai maléficas influências astrais. Dessa segunda forma, algumas religiões satânicas o utilizam em seus rituais. Aparece dentro desse pentagrama invertido a figura de um bode, representação do mal, o Bode de Mendes. Isso tem servido a opositores da Maçonaria como fundamento à uma prova, falsa diga-se para ficar registrado, de que nossa Ordem serviria a propósitos torpes e de adoração do mal.

A real significação no simbologismo maçônico é o próprio homem, inserido dentro do pentagrama, com cabeça e membros, daí também ser chamada de Estrela Hominal. As pernas ocultam o membro viril, revelado na Estrela de Davi, de seis pontas. Significa ainda a Paz e o Amor Fraterno. Pode também significar os cinco sentidos, um atribuído a cada uma de suas pontas.

Cabe acrescentar que esse símbolo não era conhecido dos primeiros maçons e atualmente somente alguns ritos a utilizam. O Rito York, por exemplo, adota somente a estrela de seis pontas.

Mistério Do Pentagrama Parte 2



A humanidade sempre teve ao seu redor um mundo de forças e energias ocultas que muitas vezes não conseguia compreender nem identificar. Assim sendo, buscou ao longo dos tempos, proteção a esses perigos ou riscos que faziam parte de seu medo ao desconhecido, surgindo aos poucos muitos objetos, imagens e amuletos, criando-se símbolos nas tradições de cada povo.

O pentagrama está entre os principais e mais conhecidos símbolos, pois possui diversas representações e significados, evoluindo ao longo da história. Passou de um símbolo cristão para a atual referência onipresente entre os neopagãos com vasta profundidade mágica.


Origens e difusões

Num dos mais antigos significados do pentagrama, os Hebreus designavam como a Verdade, para os cinco livros do Pentateuco (os cinco livros do Velho Testamento, atribuídos a Moisés). Na Grécia Antiga, era conhecido como Pentalpha, geometricamente composto de cinco As.

O pentagrama também é encontrado na cultura chinesa representando o ciclo da destruição, que é a base filosófica de sua medicina tradicional. Neste caso, cada extremidade do pentagrama simboliza um elemento específico: Terra, Água, Fogo, Madeira e Metal. Cada elemento é gerado por outro, (a Madeira é gerada pela Terra), o que dará origem a um ciclo de geração ou criação. Para que exista equilíbrio é necessário um elemento inibidor, que neste caso é o oposto (a Água inibe o Fogo).

A geometria do pentagrama e suas associações metafísicas foram exploradas por Pitágoras e posteriormente por seus seguidores, que o consideravam um emblema de perfeição. A geometria do pentagrama ficou conhecida como A Proporção Divina, que ao longo da arte pós-helênica, pôde ser observada nos projetos de alguns templos. Era um símbolo divino para os druidas. Para os celtas, representava a deusa Morrighan (deusa ligada ao Amor e a Guerra). Para os egípcios, era o útero da Terra, mantendo uma relação simbólica com as pirâmides.

Os primeiros cristãos tinham o pentagrama como um símbolo das cinco chagas de Cristo. Desse modo, visto como uma representação do misticismo religioso e do trabalho do Criador. Também era usado como símbolo da comemoração anual da visita dos três Reis Magos ao menino Jesus. Ainda, em tempos medievais era usado como amuleto de proteção contra demônios.

Os Templários, uma ordem de monges formada durante as Cruzadas, ganharam grande riqueza e proeminência através das doações de todos aqueles que se juntavam à ordem; além de grandes tesouros trazidos da Terra Santa. Na localização do centro da Ordem dos Templários, ao redor de Rennes du Chatres, na França, é notável observar um pentagrama natural, quase perfeito, formado pelas montanhas que medem vários quilômetros ao redor do centro. Ainda é possível perceber, a profunda influência do símbolo, em algumas Igrejas Templárias em Portugal, que possuem vitrais na forma de Pentagramas.

No entanto, Os Templários  foram dizimados pela mesquinhez da Igreja e pelo fanatismo religioso de Luis IX, em 1303. Iniciou-se assim a Idade das Trevas, onde se queimavam, torturavam e excomungavam qualquer um que se opusesse a Igreja. Durante esse longo tempo de Inquisição, a igreja mergulhou no próprio diabolismo ao qual se opunha. Nessa época o pentagrama simbolizou a cabeça de um bode ou do diabo, na forma de Baphomet, o mesmo que a Igreja acusou os Templários de adorar. Assim sendo, o pentagrama passou de um símbolo de segurança à representação do mal, sendo chamado de Pé da Bruxa. Assim, a perseguição da Igreja fez as religiões antigas se ocultarem na clandestinidade.

Ao fim da era das Trevas, as sociedades secretas começam novamente a realizar seus estudos sem o medo paranóico das punições da Igreja. Ressurge o Hermetismo, e outras ciências misturando filosofia e alquimia. Floresce então, o simbolismo gráfico e geométrico,  emergindo a Renascença numa era de luz e desenvolvimento. O pentagrama agora, significa o Microcosmo, símbolo do Homem de Pitágoras representado através de braços e pernas abertas, parecendo estar disposto em cinco partes em forma de cruz (O Homem Individual).

A mesma representação simboliza também o Macrocosmo, o Homem Universal, um símbolo de ordem e perfeição, a Verdade Divina. Agrippa (Henry Cornelius Von de Agrippa Nettesheim), mostra proporcionalmente a mesma figura, colocando em sua volta os cinco planetas e a Lua no ponto central (genitália) da figura humana. Outras ilustrações do mesmo período foram feitas por Leonardo da Vinci, mostrando as relações geométricas do Homem com o Universo.
Posteriormente, o pentagrama também foi associado aos quatro elementos essenciais (terra, água, ar e fogo) mais o quinto, que simboliza o espírito (A Quinta Essência dos alquimistas e agnósticos)

Na Maçonaria, o Laço Infinito (como também era conhecido o pentagrama, por ser traçado com uma mesma linha) era o emblema da virtude e do dever. O homem microcósmico era associado ao Pentalpha (a estrela de cinco pontas), sendo o símbolo entrelaçado ao trono do mestre da Loja.
Com Eliphas Levi (Alphonse Louis Constant), o pentagrama pela primeira vez, através de uma ilustração, foi associado ao conceito do bem e do mal. Ele ilustra o pentagrama microcósmico ao lado de um pentagrama invertido (formando a cabeça do bode, Baphomet).

O pentagrama voltou a ser usado em rituais pagãos à partir de 1940 com Gerald Gardner. Sendo utilizado nos rituais simbolizando os três aspectos da deusa e os dois do deus, surgindo assim a nova religião Wicca. Desse modo, o pentagrama retoma sua força como poderoso talismã, ajudado pelo aumento do interesse popular pela bruxaria e Wicca, que à partir de 1960, torna-se cada vez mais disseminada e conhecida. Essa ascensão da Wicca, gera uma reação da Igreja da época, chegando ao extremo quando Anton LaVey adota o pentagrama invertido (em alusão a Baphomet de Levi), como emblema da sua Igreja de Satanás, e faz com que a Igreja Católica considere que o pentagrama (invertido ou não) seja sinônimo de símbolo do Diabo, difundindo esse conceito para os cristãos. Assim naquela época, os Wiccanos para se protegerem dos grupos religiosos radicais, chegaram a se opor ao uso do pentagrama.

Até hoje o pentagrama é um símbolo que indica ocultismo, proteção e perfeição. Independente do que tenha sido associado em seu passado, ele se configura como um dos principais e mais utilizados símbolos mágicos da cultura Universal.

Ocultistas têm associado o pentagrama ás crenças das pessoas:

• A Humanidade ou o corpo humano, representando dois braços não desenhados, os dois pés e a cabeça;
• Os cinco sentidos físicos: visão, audição, tacto, cheiro e gosto;
• Os cinco elementos: espírito, fogo, ar, água e terra.
• Os Cinco ciclos da vida


Os ciclos da vida

Nascimento: o início de tudo

Infância: momento onde o indivíduo cria suas próprias bases

Maturidade: fase da comunhão com as outras pessoas

Velhice: fase de reflexão, momento de maior sabedoria

Morte: tempo do término para um novo início

O Pentagrama é o símbolo da Bruxaria. Os Bruxos usam um Pentagrama para representar a sua fé e para se reconhecerem. O Pentagrama é tão importante para um Wiccaniano, assim como uma cruz é importante para um cristão, ou como um Selo de Salomão é importante para um judeu. O Pentagrama representa o homem dentro do círculo, o mais alto símbolo da comunhão total com os Deuses. É o mais alto símbolo da Arte, pois mostra o homem reverenciando a Deusa , já que é a estilização de uma estrela (homem) assentada no círculo da Lua Cheia (Deusa). Cada uma das pontas possui um significado particular:

PONTA 1 - ESPÍRITO: representa os criadores , a Deusa e o Deus, pois eles guiam a nossa vida e nos ajudam na realização dos ritos e trabalhos mágicos. O Deus e a Deusa são detentores dos 4 elementos e estes elementos são as outras 4 pontas.

PONTA 2 - TERRA: representa as forças telúricas e os poderes dos elementais da terra, os Gnomos. É a ponta que simboliza os mistérios, o lado invisível da vida, a força da fertilização e do crescimento.

PONTA 3 - AR: representa as forças aéreas e os poderes dos Silfos. Corresponde à inteligência , ao poder do saber, a força da comunicação e da criatividade.

PONTA 4 - FOGO: representa a energia, a vontade e o poder das Salamandras. Corresponde às mudanças, às transformações. É a força da ativação e da agilidade.

PONTA 5 - ÁGUA: representa as forças aquáticas e aos poderes das Ondinas. Está ligada às emoções, ao entardecer, ao inconsciente. Corresponde às forças da mobilidade e adaptabilidade. Portanto, o Bruxo que detém conhecimento sobre os elementos usa o Pentagrama como símbolo de domínio e poder sobre os mesmos.

Representa também as 5 cores

vermelho para o Fogo, Amarelo para o Ar, Azul para a Águar, Preto para a Terra e Branco para espirito

E os cinco elementos da filosofia Chinesa

(Terra, Metal, Água, Madeira e Fogo).

A união dos opostos

O pentagrama representa, por vezes, a união dos opostos, expressada geralmente como o macho e a fêmea, a fim gerar um inteiro maior. Por exemplo, os Wiccas vêem, por vezes, o pentagrama como a representação do Triple Goddess (como três dos pontos) e do Horned God (com os dois pontos restantes a representar os seus dois chifres ou as suas naturezas claras e escuras). Cornelius Agrippa fala do número cinco que representa geralmente a união do macho e da fêmea como a soma de dois e de três, como os dois que representam a mãe e os três que representam o pai.

Invocações e Evocações: Vozes Entre os Véus

Desde as eras mais remotas da humanidade, o ser humano buscou estabelecer contato com o invisível. As fogueiras dos xamãs, os altares dos ma...