quarta-feira, 1 de junho de 2016

Biografia Geber



Abu Musa Jabir ibn Hayyan (جابر بن حیان; c.721–c.815), também conhecido pelo nome latino Geber, foi um alquimista islâmico proeminente, além de farmacêutico, filósofo, astrônomo, e físico. Ele também foi chamado de “o pai de química” pelos europeus. A origem étnica dele não é clara, embora a maioria das fontes o atribuem a origem árabe ou persa. Geber é responsável pela introdução da experimentação na alquimia, assim como a invenção de vários processos importantes usados na Química moderna, como as sínteses dos ácidos nítrico e clorídrico, a destilação e a cristalização.
Geber nasceu em Tus, no Grande Coração (no Irã atual), então sob o jugo do Califado Omíada. A data do nascimento não é consenso, mas acredita-se que foi em 721 ou 722. Ele era o filho de Hayyan al-Azdi, farmacêutico árabe (ou persa) da tribo de Azd que emigrou do Iêmen para Kufa (no Iraque atual) durante o período omíada. Hayyan apoiava os abássidas, inimigos dos governantes, e foi enviado por eles à província de Coração para conseguir apoio para causa. Ele foi capturado pelos omíadas e executado. A sua família fugiu de volta para o Iêmen, onde Geber cresceu e estudou o Alcorão, matemática e outros assuntos com um mestre chamado Harbi al-Himyari. Assim que os abássidas tomaram o poder, Geber voltou para Kufa onde passou a maior parte de sua carreira.

A profissão do pai teve grande influência no interesse de Geber pela química. Em Kufa, ele se tornou um discípulo do imam Ja’far al-Sadiq, célebre professor islâmico. Acredita-se que ele também estudou com o príncipe omíada Khalid Ibn Yazid. Começou a praticar medicina com o apoio do vizir barmecida califa Harun al-Rashid. Em 776, ele passou a se dedicar à alquimia em Kufa.

Seu contato com os barmecidas antecipou a queda destes. Quando eles caíram, Geber foi posto em prisão domiciliar, onde permaneceu até a morte. Especula-se que teria morrido em 808 ou 815.


Influência

Geber é reconhecido por suas importantes contribuições para a química. Enfatizando a experimentação sistemática, fez muito para separar a alquimia da superstição e transformá-la numa ciência. A ele é creditada a invenção vários equipamentos tidos como básicos nos laboratórios de química modernos, assim como a descoberta e descrição de muitas substâncias químicas agora comuns. Geber abriu caminho para a maioria dos alquimistas islâmicos posteriores como Al-Razi, Tughrai e Al-Iraqi, que viveram nos séculos IX, XI e XIII, respectivamente. Os seus livros também influenciaram os alquimistas europeus medievais, que os usaram como base para a busca da "pedra filosofal".

Apesar de suas tendências ao misticismo – ele era sufi – e à superstição, ele reconheceu a importância da experimentação. "O Primordial na Química", declarou: "é a experimentação. Aquele que não pratica a experimentação nunca dominará a química." Entre os vários instrumentos dos laboratórios de química modernos atribuídos a Geber, podemos citar o alambique, que executa uma destilação fácil, segura e eficiente. Ele também descobriu o ácido clorídrico e o ácido nítrico.

Combinando estes dois ácidos Geber inventou a água régia, uma das poucas substâncias que podem dissolver os metais nobres, como o ouro. Além de sua óbvia aplicação para a extração do ouro e sua purificação, esta descoberta também abasteceria os sonhos e o desespero do alquimistas por mais de um milênio. Foi creditada a ele a descoberta do ácido cítrico (o componente ácido de limões e outras frutas cítricas), o ácido acético (do vinagre) e o ácido tartárico (das uvas e do mosto da preparação de vinhos).

Geber aplicou seu conhecimento químico à melhoria de vários processos industriais como a fundição de aço e outros metais, a prevenção da ferrugem, a gravação em ouro, o tingimento e impermeabilização de tecidos, o curtimento do couro, e a análise química de outras substâncias, como os pigmentos. Ele notou que vinho em ebulição libera um vapor inflamável e desenvolveu um método para que Al-Razi descobrisse o etanol posteriormente.

Obras

Durante a Idade Média foram traduzidos os tratados de Geber sobre química para o latim e eles se tornaram textos de referência para os alquimistas europeus. Entre as obras estão "Kitab al-Kimya" ("Livro da Composição de Alquimia" na Europa), traduzido por Robert de Chester (1144); e o "Kitab al-Sab’een" por Gerardo de Cremona (antes das 1187). Marcellin Berthelot traduziu os seguintes livros: "Livro do Reino", "Livro dos Equilíbrios" e o "Livro do Mercúrio Oriental". Vários termos técnicos introduzidos por Geber, como "alcali", foram adotados pelos idiomas europeus e se tornaram parte de vocabulário científico.

Biografia Jacobus Horcicki


Jacobus Horcicky (1575-1622), também conhecido pelo nome latino Sinapius, era Alquimista tcheco de origem humilde que chegou a ser responsável pela farmácia real de Praga e favorito do Imperador Rodolfo II da Germânia por te-lo curado de uma enfermidade (em 1608), tendo recebido título nobiliárquico “De Tepenecz".

Com a presumida compra pelo Imperador do Manuscrito Voynich, adquirido de um desconhecido, Sinapius tentou sua tradução, mas não há confirmação de que tenha conseguido algum êxito.

Daí em diante foi proprietário do manuscrito desde a morte do Imperador (1612), talvez recebido do colecionador de livros (falecido em 1614), até sua própria morte em 1622, data em que o manuscrito passa a mãos desconhecidas (provavelmente “Georgius Barschius”). Sua assinatura aparece escrita na primeira página em tinta desvanecida pelo tempo, hoje só visível com luz infravermelha.

Esses relatos parecem ser provas de que o Manuscrito Voynich realmente existia naquela época (1608), não sendo uma falsificação moderna que teria sido feita, por exemplo, pelo próprio Wilfrid Michael Voynich em 1911-1912, como chegou a ser pensado recentemente.

Acredita-se que Jacobus tenha amealhado uma fortuna vendendo um elixir “Curatudo” batizado como "Aqua-Sinapius", talvez o mesmo com o qual curou o Imperador Rodolfo II, tendo com isso ganho sua completa confiança.

Fontes

The Voynich Manuscript: An Elegant Enigma. D' Imperio (1978). Aegean Park Press (1980).
The Queen's Conjuror. Benjamin Wollet (2001), Flamingo, Londres.

Biografia Alejandro Jodorowsky

Alejandro Jodorowsky (Tocopilla, 17 de fevereiro de 1929) é um cineasta, poeta, escritor (filmes e histórias em quadrinhos) e psicólogo ("psicomago", como se autodenomina) chileno.
Alejandro Jodorowsky nasceu em Tocopilla, Chile em 17 de Fevereiro de 1929. Em 1949, mudou-se para Santiago para estudar na universidade. Nessa época já trabalhava como palhaço de circo e artista de marionetes.

Em 1953 mudou-se para Paris onde estudou mímica com Marcel Marceau. Trabalhou com Maurice Chevalier e fez seu primeiro filme, "La Cravate", até há pouco tempo dado como perdido. Também em Paris ele conheceu Roland Topor e Fernando Arrabal, e juntos criaram o Moviment Panique em 1962.

O grupo multimídia, que homenageava o deus grego Pan, fazia performances ao vivo misturando teatro de vanguarda, literatura e cinema. Nesse período, Jodorowsky escreveu diversos livros e peças teatrais. No final dos anos 1960, dirigiu peças de vanguarda em Paris e na Cidade do México. Também criou a tira de história em quadrinhos "Fabulas Panicas", e fez seu primeiro filme "de verdade" - Fando y Lis, em 1967, baseado em uma peça de Arrabal.

Em 1970, Jodorowsky lançou "El Topo", um faroeste surrealista criativo e vanguardista. Graças a seu mais ilustre fã, o beatle John Lennon, o filme foi foi muito comentado e distribuído na América, alcançando status de "cult". Em 1973, lança "The Holy Mountain".
Em 1975, retorna à França, onde tenta fazer uma versão cinematográfica do romance "Duna", de Frank Herbert, que teria a participação de Orson Welles e Salvador Dali, trilha sonora de Pink Floyd, e a colaboração visual dos artistas H. R. Giger, Dan O'Bannon e Möebius. O financiamento do filme foi retirado, e o romance acabou sendo filmado nos Estados Unidos por David Lynch.

O próximo filme de Jodorowsky foi Tusk, de 1978, a história da amizade entre uma garota e um elefante.

No início dos anos 1980, Jodorowsky dedica-se a escrever histórias em quadrinhos, em diversas parcerias, a mais famosa delas com Moebius, e também continuou escrevendo livros.

Em 1989 volta ao cinema com "Santa Sangre", que foi muito elogiado pela crítica e teve boa distribuição. Em 1990 dirigiu Omar Shareef e Peter O'Toole em "The Rainbow Thief".


Alejandro Jodorowsky e o escritor espanhol Diego Moldes, Paris, 2008
É casado com a pintora francesa Pascale Montandon em 2010. Tem 4 filhos: Brontis, Cristóbal, Axel e Adan.

Filmografia

1957 – La Cravate
1968 – Fando y Lis
1970 – El Topo
1973 – The Holy Mountain
1980 – Tusk
1989 – Santa Sangre
1990 – The Rainbow Thief
2013 La danza de la realidad /La Danse de la réalité

Livros em espanhol

Cuentos pánicos (1963), ilustrado por Roland Topor
Teatro pánico (1965)
Juegos pánicos (1965)
El Topo, fábula pánica con imágenes (1970), guión original de la película El Topo
Fábulas pánicas (1977), reimpresiones de tiras publicadas en el periódico Heraldo de México
Las ansias carnívoras de la nada (1991) Novela.
La trampa sagrada: Conversaciones con Gilles Farcet (1991)
Donde mejor canta un pájaro (1994) Novela.
Psicomagia, una terapia pánica (1995)
Garra de Ángel (1996) ilustraciones de Moebius
Antología pánica (1996), recopilación de textos por Daniel González-Dueñas
Los Evangelios para sanar (1997) Ensayo.
La sabiduría de los chistes (1997), ilustraciones de George Bess Ensayo.
El niño del jueves negro (1999) Novela.
Albina y los hombres-perro (2000) Novela.
La trampa sagrada (2000) Libro de entrevistas.
No basta decir (2000) Poesía.
La danza de la realidad (2001) Memorias.
El loro de siete lenguas (2001) Novela.
El paso del ganso (2001) Relatos.
La sabiduría de los cuentos (2001) Ensayo.
Ópera pánica (2001) Obra de teatro.
El tesoro de la sombra (2003) Memorias.
Fábulas pánicas (2003), reimpresiones completas de la tira publicada por el Herlado de México
El dedo y la luna (2004) Ensayo.
Piedras del camino (2004) Poesía.
La vía del tarot (2004) Ensayo.
Yo, el tarot (2004) Ensayo y poesía.
El maestro y las magas (2006) Memorias.
Solo de amor (2006) Poesía.
Teatro sin fin (tragedias, comedias y mimodramas) (2007)
Correo terapéutico (2008) Ensayo.
Manual de Psicomagia (consejos para sanar tu vida) (2009)
Pasos en el vacío (2009) Poesía.
Tres cuentos mágicos (para niños mutantes) (2009) Cuentos.
Poesía sin fin (2009) Poesía completa.

Teatro

El minotauro – O Minotauro
Zaratustra
El juego que todos jugamos – O Jogo que Todos Jogamos
El sueño sin fin – Um sonho sem fim
Opera pánica (1993) – Ópera Pânica
Escuela de ventrílocuos – Escola de Ventrílocos. Farsa anárquica e conto filosófico escrito para atores, marionetes.
Las tres viejas (2003) – As Três Velhas. Melodrama grotesco

Alejandro Jodorowsky no Brasil

As Três Velhas foi apresentado no Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto, em 2008, como uma pró-estréia. Com direção de Maria Alice Vergueiro, tem em seu elenco, além da atriz, Luciano Chirolli, Henrique Stroeter, Willian Amaral. Conta a história de duas marquesas gêmeas, de 88 anos, que vivem recolhidas em sua mansão arruinada sob os cuidados da criada, de 100 anos. Assombradas pela imagem de um pai terrível e quase mortas de fome, revolvem a vida e fazem estranhas descobertas. Este espetáculo iconoclasta recebeu duas leituras críticas neste Festival, a primeira, de Alexandre Mate, que afirmava que o espetáculo fora uma surpreendente combinação do riso, do disforme e do poético em busca de um teatro tão intenso quanto efêmero e outra de Robson Camargo que destacava na montagem da diretora a "crítica cáustica à família" e o "bacanal de fraldas geriátricas".

Biografia Johannes Bureus


Johannes Bureus, Johan Bure, Johannes Buræus (1568-1652), também chamado de Johannes Thomæ Buræus Agrivillensis ( Åkerby ,entre 15 e 25 de Março de 1568 † Bondkyrka, 22 de Outubro de 1652) foi antiquariano, polímata, linguista, alquimista, místico, bibliotecário, poeta e erudito sueco. Foi bibliotecário real e conselheiro do rei Gustavo II Adolfo da Suécia. Era primo do astrônomo e matemático sueco Johannes Jacobi Bureus (1672).
Johannes Bureus era filho de um pastor protestante. Teve uma boa educação na cidade de Uppsala (onde existiu o maior e o último dos templos pagãos), depois viajou para Estocolmo e mais tarde estudou na Alemanha e na Itália. Em 1595, ele estuda teologia, e em 1602, tornou-se professor e de 1603 em diante ocupou o cargo de antiquariano real. Bureus morreu aleijado em 1652.

Durante os seus estudos ele aprendeu Latim e Hebraico. Em 1591, ele teve em mãos um livro sobre magia medieval (que ele havia conseguido com o seu sogro Mårten Bång, decapitado em 1601) e começou a se interessar por cabala. Bureus também se interessava por cabala, o que deve ter causado seu interesse por rosacrucianismo. Oleus Wormius (1588-1654), Guillaume Postel (1510-1581), Tycho Brahe (1546-1601) e Johannes Kepler (1571-1630) viram a supernova, e em 1572 um grupo de estudantes alemães se inspiraram para redigirem o famoso manifesto dos rosacruzes. Bureus, Wormius e Brahe estavam fascinados com os manuscritos de Paracelso, que acreditava numa reforma do mundo com base na alquimia e na revolução espiritual.

Em 1593 Bureus se tornou servidor civil e foi nomeado editor de textos religiosos em Estocolmo. Ele foi um dos primeiros a estudar o alfabeto rúnico, chegando a publicar em 1611 o Primeiro Alfabeto no idioma sueco usando textos em latim e caracteres rúnicos. Alguns contemporâneos seus tal como Jakob Böhme estudaram as suas obras.

Obras principais

Monumenta veterum Gothorum in patria, 1602
Runa-ABC-boken, 1611
Ara Foederis Therapici, 1616
FaMa e sCanzIa ReDUX, 1616
Monumenta Sveogothica Hactentus Exculpta, 1624
Adulruna Rediviva

Biografia Ginés de Lara

Dom Ginés da Lara e Montalbán, é tido como um dos últimos Templários do Mosteiro de São Paulo, em Soria, onde viveu por volta de 1317. Incertas são as datas de seu nascimento e morte. Sabe-se que viveu algum tempo no monastério soriano de São Paulo Santo Pólo, onde aprendeu as artes e foi iniciado como Cavaleiro do Graal. Por esta ocasião ele foi assistido pela filha do fundador do monastério que o acompanhou durante seus estudos e estadia. Sabe-se também que o Adytum dos Cavaleiros ou sua sagração ocorreu durante um eclipse lunar.

Ginés era um burgalês,descente da nobre família de Lara e de outras nobres famílias castelhanas, era o filho unigênito do cavaleiro Nuno de Lara e Mencía de Montalbán, cujos antepassados maternos e paternos remontavam a Fernão Gonçalves, cuja notoriedade fez dele o coração e a alma da pátria espanhola e a cuja lenda achava-se esculpida em um escudo da praça de Riaza, onde se lia ’’Potius morri quam foedare’’ ou ‘’Antes morrer que macular-se’’.

Ginés ficou órfão de mãe instantes após seu nascimento e seu pai, tempos depois, desapareceu misteriosamente na Concha de Pinheiral, junto à Serra Mencilla, no trecho entre Barbadillo del Pez, Tañabueyes e Tinieblas e a Serra de la Demanda. Seu pai era um ocultista, pesquisador das ciências naturais ou alquimista. A partir de então ele foi criado pelo ourives Gonzalo Fernández, amigo de seu pai. Ginés aprendeu e praticou a arte da ourivesaria, agregando também aos seus estudos, a alquimia e o ocultismo. Tornou-se assim, a exemplo do pai, um pesquisador e um explorador ao percorrer as regiões desde Moncayo até a fronteira portuguesa. Tornou-se um pesquisador de textos antigos e sagrados dos monastérios (1-2-3-4-5-6-7) que encontrava em suas viagens. Tornou-se assim um bibliófilo, um conhecedor profundo das antigas origens de Castela e Leão e lugares, posteriormente suscitados por Sánchez Moguel, e também estudou as tradições alexandrinas dos ‘’filaleteos’’ ou "amantes da verdade", fundada pelos neoplatônicos Amônio Sacas e Plotino. Travou conhecimento hermético trazido do Líbano para e a Europa pelos cavalheiros cruzados Hugo de Payens e Godofredo Saint-Hilaire.

Pouco depois Ginés emprrendeu uma jornada pelo rio Douro acima partindo de Villaciervos até a Serra de Cabrejas, numa altitude de mil metros na Vinuesa, daí desceu pela Covaleda e Duruelo até onde nasce o rio sagrado, próximo à célebre Lacuna Negra de Urbión, na folclórica e lendária região mencionada como os Sete Infantes de Lara. Dali ele partiu deixando serras nevadas de Cebollera, Urbión e Neila, numa altitude de dois mil metros, adentrando pela embocadura do rio Arlanza. Ginés aprendeu e seguiu a regra do Graal que diz: A história verdadeira do Santo Grial, meu filho, está escrita nas estrelas e tem aqui seu fundamento…

Depois disto Ginés saiu do lago da Demanda e retornou ao monastério de São Paulo onde concluiria seus estudos, e onde, já senhor de uma extrema erudição, tornou-se o Comendador ou Dirigente da Ordem.

Todavia, por esta época, os Templários eram perseguidos por Felipe o Belo, rei francês e pelo papa Clemente V, em cujo pontificado deu-se o Concílio de Viena que suprimiu a Ordem dos Cavaleiros do Templo. As bulas papais, editadas por Clemente V, Regnans in coelis de (12 de agosto de 1308) dá conhecimento aos monarcas cristãos do processo movido contra os Templários, e a Callidi serpentis vigil de (dezembro de 1310) decreta a prisão dos mesmos. O que se pretendia, entretanto, não era de fa(c)to a supressão da Ordem em primeiro plano e sim as riquezas que ela possuía entre tesouros e propriedades. Tudo culminou com a condenação e a morte de Jacques de Molay, o Grande mestre da Ordem, em 1314 em frente à Nova ponte de Paris, junto com outros chefes da Ordem. Na Inglaterra e em outros países dava-se o mesmo: a Ordem era suprimida e os Chefes condenados e mortos, ao passo que em Castela e Portugal eram absolvidos. Porém, em pouco tempo a Ordem foi definitivamente suprimida e seus adeptos se incorporaram a outras Ordens religiosas, priorados e encomendas, como os de Ponferrada, Quintanar, etc.,

Grande parte dos adeptos do monastério de São Paulo, incorporaram-se ao Hospital de Burgos, construído um século antes por Alfonso VIII de Castela, a pedido dos Cavaleiros de Calatrava. Apesar desta (aparente) subordinação exigida pelas leis, Ginés de Lara e os adeptos da Ordem, do Douro, provavelmente permaneceram fieis às regras e ensinamentos da Ordem, agora, de um modo sigiloso inexistente a qualquer suspeição.

Castelos da Ordem dos Cavaleiros do Templo na Espanha

Castelo da Lúa -
Castelo de Ascó - 1173
Castelo de Barberà - 1143
Castelo de Castellote -
Castelo de Chalamera - 1143
Castelo de Granyena - 1131
Castelo de Gardeny -
Castelo de Monreal del Campo -
Castelo de Montesa -
Castelo de Monzón - 1143
Castelo de Peníscola - 1294
Castelo de Ponferrada - 1178
Castelo de Sória - 1128
Castelo de Xivert - 1169

Biografia Maria, a Judia


Maria, a Judia ou Maria, a Profetisa, é uma antiga filósofa grega e famosa alquimista que viveu no Egipto por volta do ano 273 a.C..

Alguns a situam na época de Aristóteles (384–322 a.C.), uma vez que a concepção aristotélica dos quatro elementos formadores do mundo (o fogo, o ar, a terra e a água) condiz bastante com as idéias alquimistas de Maria, como o axioma de Maria: «o Um torna-se Dois, o Dois torna-se Três, e do terceiro nasce o Um como Quatro». Segundo Aristóteles, o enxofre era considerado a expressão do elemento fogo, e Maria o tomou como base para os principais processos que estudou. Ela menciona o enxofre em frases sempre misteriosas, como «uma pedra que não é pedra» e «tão comum que ninguém a consegue identificar». Maria conta que Deus lhe revelou uma maneira de calcinar cobre com enxofre para produzir ouro. Esse enxofre era obtido do disulfeto de arsênico, que é achado em minas de ouro. Talvez tenha sido essa a origem da lenda da transformação de metais menos nobres em ouro.

Dentre as invenções de Maria estão o kerotakis, uma espécie de barril fechado e o banho de vapor : para um aquecimento lento e gradual dos experimentos, em vez de manipular as substâncias diretamente no fogo, ela descobriu que era possível controlar melhor a temperatura se fosse por meio da água - que até hoje chamamos de banho-maria.Para além disso dois equipamentos de destilação (alambique), com duas ou três saídas para destilados — o dibikos e o tribikos — e um aparelho para sublimação, sendo-lhe ainda atribuída a descoberta do ácido clorídrico. A maior parte das suas escrituras foram conservadas por Zósimo de Panópolis (300 d.C.).
Não existem elementos concretos sobre o tempo e lugar de sua vida. Ela é mencionada pelos primeiros alquimistas da história, sempre como uma autoridade e respeito extremo. Os alquimistas do passado acreditava que ela era Miriã, irmã de Moisés e Arão, o profeta, mas a evidências que apoiam que esta reivindicação é falsa.

A menção mais concreta de Maria, a Judia no contexto da alquimia é por Zósimo de Panópolis, que escreveu no século IV os livros alquimistas mais antigos conhecidos. Zósimo descreve vários de seus experimentos e instrumentos. Em seus escritos, Maria é quase sempre citada como tendo vivido no passado e citou-a como uma das "sábias".

Jorge Sincelo, um cronista bizantino do século VIII, apresenta Maria como uma professora de Demócrito, a quem ela conheceu em Memphis, Egito na época de Péricles. No século X Kitab al-Fihrist de Ibn al-Nadim cita-a como uma das cinqüenta e duas mais famosas alquimistas, sabendo da preparação do caput mortuum. O filósofo romano Morieno chamou de "Maria, a profetisa" e os árabes a conheciam como a "Filha de Platão", um nome que em ocidentais textos alquímicos foi reservada para o enxofre branco.No livro de Alexandre (2 ª parte) do poeta persa Nizami, Maria, uma princesa síria, visita o Tribunal de Alexandre, o Grande, e aprende a partir de Aristóteles (384 aC - 322 aC), entre outras coisas, a arte de fazer ouro.

Trabalhos

Escrituras

Sabe-se que Maria escreveu vários textos sobre alquimia. Embora nenhum de seus escritos ter sobrevivido em sua forma original, os seus ensinamentos foram amplamente citados por autores posteriores herméticos. Seu trabalho principal sobrevivente é um extrato feito por um anônimo filósofo cristão, chamado O Diálogo de Maria e Aros sobre o Magistério de Hermes, em que são descritas e nomeadas operações que seriam mais tarde a base da Alquimia, leucose (branqueamento) e xanthosis (amarelecimento). Uma foi feita por moagem e do outro por calcinação. Este trabalho descreve pela primeira vez um sal de ácido e outros ácidos que podem ser identificados com ácido acético. Há também várias receitas para fazer ouro, até mesmo de vegetais de raiz como o Mandragora.[4] Vários enigmáticos preceitos alquímicos têm sido atribuídas a Maria. Ela supostamente disse da união dos opostos:

“ Junta-te à um macho e uma fêmea e encontrarás o que buscas ”
Esta outra vem do Axiom de Maria

“ Um se torna dois. Dois se torna três. E por fora do terceiro vem aquele que se torna quarto. ”

Invenções

Maria era uma trabalhadora respeitada, que inventou aparelhos complicados de laboratório para a destilação e sublimação de materiais químicos. Maria disse ter descoberto o ácido clorídrico, embora isso não seja aceito pela maioria dos textos científicos. Também são atribuídas a ela a invenção dos aparelhos de alquimia conhecidos como tribikos, kerotakis e o banho-maria.

Tribikos
Maria aperfeiçoou a câmara de destilação de três braços. O tribikos era uma espécie de alambique com três braços que foi utilizado para obter as substâncias purificadas por destilação. Ninguém sabe ao certo se Maria, a Judia foi sua inventora, mas Zósimo credita que a primeira descrição deste instrumento para ela. Em seus escritos (citado por Zósimo), ela recomenda que o cobre ou bronze utilizados para criar os tubos sejam da espessura de uma frigideira, e a junção entre estes tubos deve ainda ser selada com farinha de colar na cabeça.

Kerotakis
O kerotakis é a invenção mais importante de Maria, a Judia, um dispositivo usado para aquecer substâncias utilizadas na alquimia e recolher os vapores. É um recipiente hermético com uma folha de cobre suspensa no topo. Quando funciona corretamente, todas as articulações são no vácuo apertado. O uso de tais recipientes fechados nas artes herméticas levaram ao termo "hermeticamente fechada". Maria judia e seus colegas acreditavam que a reação que teve lugar no kerotakis mística era uma reconstituição do processo de formação do ouro que acontecia nas entranhas da terra. Mais tarde, este instrumento foi modificado pelo alemão Franz von Soxhlet em 1879 para criar o extrator que leva seu nome, Soxhlet.

Biografia Leonhard Thurneysser


Leonhard Thurneysser, nascido Leonhart Thurneisser zum Thurn (Basileia, 22 de julho de 1531 – Colônia, 1595 ou 1596) foi um químico, alquimista, botânico, astrólogo, escritor e curandeiro suíço, ativo na corte do príncipe-eleitor João Jorge de Brandemburgo.

Filho de um ourives da Basileia, encantou-se pela química e pela mineralogia quando trabalhava como aprendiz do professor de medicina Johannes Huber, ajudando-o a coletar e preparar ervas e medicamentos. Huber o teria iniciado nas teorias de seu compatriota, Paracelso.

A partir de 1555, ganha a confiança de Fernando I, Sacro Imperador Romano-Germânico, de seus filhos e de personalidades importantes da época (Pietro Paolo Vergerio, Girolamo Cardano e outros) como grande conhecedor de farmácia, química, metalurgia, botânica, matemática, astronomia e medicina. Por algum tempo, Thurneisser exerce a ourivesaria e dirige uma mina de Tarrenz, no Tirol, antes de ser nomeado inspetor de minas do Tirol (1558-1560). Filipina Welser, a esposa morganática de Ferdinando II, conde do Tirol, encarregou-o de realizar múltiplas viagens - das Órcades ao Levante e de Portugal à Etiópia -, que ampliaram seu conhecimento médico, farmacêutico e químico. Nas suas andanças, coletou minerais, plantas e receitas medicinais. Passou assim a interessar-se menos pela metalurgia, voltando sua atenção para a farmácia e a medicina paracelsista.

Em 1570, ao retornar do Oriente, apresenta-se como médico na corte do príncipe-eleitor João Jorge de Brandenburgo e, depois de curar sua mulher, Sabina de Brandenburg-Ansbach, tornou-se médico do príncipe e seu consultor para assuntos de mineração e metalurgia. Graças à proteção de Sabina, ainda na década de 1570, Thurneisser instalou, no Graues Kloster, um antigo claustro franciscano, em Berlim, uma fábrica de produtos químicos, com mais de 200 empregados. Ali se produziam salitre, ácidos minerais, alúmen, vidros coloridos, medicamentos e diversas essências. Por essa razão, Leonhard Thurneisser é considerado como o primeiro fabricante de produtos da química fina. Na sua prática médica, substituía os repulsivos remédios galenistas pelos medicamentos de Paracelso, que batizava com nomes pomposos como ouro potável, tintura de ouro e magistério do sol. No mesmo convento onde funcionava a fábrica, instalou também uma tipografia e editora, contando com representantes comerciais em várias cidades da alemãs e da polonesas.Também no mosteiro, criou um jardim botânico e um gabinete de curiosidades de ciências naturais. Thurneisser foi também um dos pioneiros no desenvolvimento de técnicas de análise química de águas minerais.

Notável poliglota (o que lhe valeu a acusação de bruxaria), Thurneisser também deixou uma reputação de aventureiro e charlatão que teria enriquecido não só através da falsificação, mas também graças à prática de agiotagem na sua casa de penhores, venda de horóscopos, talismãs e remédios secretos(dentre os quais uma "poção de ouro medicinal"), além de alegar conhecer o segredo da transmutação do chumbo em ouro.

Seus detratores também o acusaram de participação no assassinato do alquimista Sebastian Siebenfreund com a finalidade de roubar-lhe o segredo da pedra filosofal. Em razão do escândalo provocado pelo caso e das várias acusações de fraude que pesavam sobre ele, Thurneisser foi obrigado a deixar Berlim em 1584, regressando a Basileia, levando grande parte de sua fortuna. Lá se casou pela terceira vez em 1579. O casamento acabou mal e Thurneysser retornou a Berlim, mas a maior parte de suas propriedades foi confiscada e ficou com a ex-mulher. Em 1584, ele deixou Berlim definitivamente e se fez batizar na Igreja Católica. Por um breve período viveu na Itália, onde teria feito, diante da corte do Grão-Duque da Toscana, uma demonstração parcial da transmutação de um prego de ferro em ouro.

Thurneisser morreu em 1595, em um monastério dominicano, perto de Colônia, em circunstâncias não explicadas. Em 8 de julho de 1596, foi sepultado no monastério, ao lado do sábio e alquimista medieval Alberto Magno, conforme era seu desejo.

Principais obras

Archidoxa (Münster, 1569; Berlim, 1575)
Quinta essentia (Münster, 1570)
Prokatalepsis (Frankfurt an der Oder, 1571)
Pison (Frankfurt an der Oder, 1572)
Chermeneia (Berlim, 1574)
Onomasticon polyglosson (Berlim, 1574)
Eyporadelosis (Berlim, 1575)
Bebaiosis agonismoy (Berlim, 1576)
Historia sive descriptio plantarum... (Berlim, 1578)
Historia und Beschreibung influentischer, elementarische und natürlicher Wirkungen (Berlin, 1583)
Megale chymia (Berlim, 1583)
Melisath (Berlim, 1583)
De transmutatione veneris in Solem (1585)
Attisholtz oder Attiswalder Badordnung (Colônia, 1590)
Reise und kriegs Apotecken (Leipzig, 1602)
Zehn Bücher von kalten (warmen) mineralischen und metallischen Wassern (Strasbourg, 1612).
Em 1945, dois manuscritos inéditos e várias cartas teriam sido encontrados na Biblioteca Estatal de Berlim.

Invocações e Evocações: Vozes Entre os Véus

Desde as eras mais remotas da humanidade, o ser humano buscou estabelecer contato com o invisível. As fogueiras dos xamãs, os altares dos ma...