segunda-feira, 9 de maio de 2016
domingo, 8 de maio de 2016
quarta-feira, 4 de maio de 2016
Astrologia, Uma Ciência Espiritual Manly P.Hall
A Astrologia e a Alquimia são as mais antigas ciencias conhecidas pelo homem. Segundo as tradições dos Hindus, as artes astrológicas eram praticadas pelos Atlantes, e descendem dos povos dos continentes perdidos da Atlantida que foram os progenitores dos Arianos. A Astrologia tem sido cultivada por todas as nações civilizadas do mundo. Richard Procter observou que nenhuma civilização atingiu um alto grau de cultura sem incluir a astrologia em seu repertório de aprendizagem.
Os efeitos dos corpos celestes sobre os assuntos terrestres tem sido observados e registrados por milhares de anos. Evidencia-se que nenhum sistema de conhecimento poderia ter sobrevivido as vicissitudes de centenas de eras se não estivesse fundamentado numa verdade demonstravel. Os antigos estavam convencidos por incontáveis observações que os corpos celestes não apenas influenciam os assuntos do mundo, mas também que tal influencia é periódica e consistente, e os elementos envolvidos podem ser representados numa Ciência Exata - a única Ciência Profética Exata que o Homem preservou.
A Astrologia não deve ser confundida com os astrólogos, assim como as leis em relação aos advogados, a medicina com os médicos, e a religião em relação aos teólogos. O homem , como um interprete das verdades universais, está limitado em suas interpretações pelas inevitáveis imperfeições de si mesmo. Em mãos competentes, a Astrologia , em seu presente estado de desenvolvimento, compara-se favoravelmente com a medicina em termos de precisão. O médico não pode diagnosticar uma doença infalivelmente, da mesma forma o astrólogo não pode predizer infalivelmente. Seria inteiramente irracional rejeitar a medicina porque os médicos podem cometer erros, e é igualmente irracional exigir que os astrólogos sejam infalíveis quando nenhuma ciência pode exibir infalibilidade seja em sua teoria ou em sua prática. Qualquer um trabalhando honestamente com a astrologia pode provar a si próprio que a Ciência Astrológica está fundamentada sobre princípios precisos e demonstraveis. Ele pode também provar que ela funciona, e as inconsistencias ou exceções que ocorrem, somente lhe estimula a um maior aprofundamento no manejo dos elementos constituintes desta ciencia.
Existem inúmeras predições registradas na história que evidenciam o valor da astrologia.Muitíssimas pessoas tiveram seu carácter corretamente analizado , e os eventos futuros de suas vidas corretamente preditos. O mero fato que a Ciencia materialista moderna deprecia a Astrologia - sem um adequado exame - nada significa. Cientistas materialistas exibem notoriamente uma atitude extremamente negativa e crítica em relação a todas as matérias ocultistas e metafísicas. A Ciência , todavia, nunca pode refutar a Astrologia e jamais poderá. A maturidade do pensamento científico finalmente iluminará todas as formas de conhecimento material promovendo uma retomada dos fundamentos metafísicos que foram perdidos nas primeiras eras do mundo.
Traduzido de "Questions and Answers-Fundamentals of the Esoteric Sciences", de Manly P. Hall
Mensagem de Manly P. Hall Pelo Quinqüagésimo Aniversário da Fraternidade Rosacruz
Permitam-me juntar apenas umas poucas palavras de apreciação e de felicitação, às muitas que vocês receberão nesta data festiva. Nestes tempos confusos e opressivos é bom saber que, a Fraternidade Rosacruz completa hoje cinqüenta anos de liderança construtiva no campo do cristianismo místico e olha para frente, rumo a um futurofarto de oportunidades de serviço à humanidade carente.
Vemos que o mundo reúne seus recursos para fazer face ao desafio da era atômica; porém, tristemente, ele tem que depender de valores espirituais que lhe dêem coragem e consolação. Temos observado essa tendência em muitas partes do mundo e isto inspira a dedicar-nos mais ainda a vida e os ensinamentos de Cristo e por todas as boas e santas almas que nos outorgaram uma herança de fraternidade e compreensão.
Sinto imensamente que não me é possível estar convosco pessoalmente desta vez mas os anos passaram rapidamente, trazendo consigo, não apenas preciosas oportunidades, senão também sérias responsabilidades. Os anos passam e enquanto o espírito é sempre jovem, o corpo é menos compreensivo às necessidades do mundo.
Parece que foi somente ontem, quando pela primeira vez visitei vossa adorável e hospitaleira Sede Mundial. Minha mãe era médica praticante em Fairbank, Alasca. Ela fez os Cursos por correspondência e tornou-se membro da Fraternidade. Logo após a Primeira Guerra Mundial, mudou-se para Oceanside onde eu reuní-me com ela. Naturalmente, ela tinha um anseio de visitar a Fraternidade, assim fomos juntos. Fomos recebidos cordialmente, com as boas vindas de um cavalheiro muito atencioso, o Sr. Adams, que nos apresentou a vários membros do Conselho. Naquele dia fiz amizade com o cãozinho do Sr. Heindel.
A atmosfera de paz e dedicação impressionou-me profundamente e resolvi aproveitar o generoso convite da Sra Augusta Foss-Heindel para retornar quando pudesse. Foram dias aprazíveis e maravilhosos. Por muitos anos visitei-os constantemente e pude conhecer melhor essas excelentes pessoas que iniciaram com Max Heindel o trabalho pioneiro nesta Sede Mundial. Quando a Sra. Augusta Foss-Heindel examinou meu tema astrológico disse que eu tinha aptidão natural para as artes gráficas, assim, associei-me informalmente às atividades impressoras e fiz o máximo que pude, para ser útil. Às noites havia freqüentes reuniões no apartamento da Sra. Coens, onde debatíamos a Filosofia Rosacruz. Participavam dessas reuniões as Sras. Latham e Roberts e o Sr. Durrel, que era o campeão de tênis, do grupo.
Com o tempo vim a sentir sincera afeição pela Sra. Heindel, e como era mútua, passávamos considerável tempo juntos. Nessas ocasiões, ela me contava cousas acerca da vida de seu marido, e do sacrifício que ele fez para difundir os Ensinamentos Rosacruzes e estabelecer a Sede Mundial. Nessa ocasião eu era ministro de uma grande Igreja em Los Angeles. A custo persuadí D. Augusta a fazer uma exceção e proferir uma conferência pública. Era um acontecimento afortunado. D. Augusta discursou para um entusiástico auditório de aproximadamente oitocentas pessoas.
Quando nos tornamos mais velhos, temos a tendência para a nostalgia. Lembro-me especialmente daqueles dias serenos e felizes em Mount Ecclesia. Como mulheres que criam com cuidado a infância com seu vigoroso caráter, aprofundam o discernimento e ajuda-nos a ser sempre sinceros aos ditames do coração e da consciência. Elas também dão a esperança que, num futuro próximo, possamos retornar a este agradável jardim, no declive da existência.
Além deste esplêndido jubileu de ouro estão os amanhãs desconhecidos. O mundo que conhecemos está mudando rapidamente. Novas nações vão surgindo, e velhos meios de vida vão sendo superados. Por todo o mundo os homens lutam para romper as cadeias da ignorância, da superstição e do medo. As núvens da guerra juntam-se de novo, ameaçadoramente, no horizonte. O incrível avanço da ciência trouxe-nos ao limiar do desastre universal. A mente de milhões de nossos semelhantes estão tomando consciência da geração sem Deus, rica em conhecimentos e pobre em compreensão. Há pouco a ganhar na exploração do espaço, a menos que isso nos leve à descoberta do poder Divino residindo no espaço. Há pouco a ganhar na exploração do mistério da humanidade em si, a não ser que isso conduza à descoberta de um espírito imortal no homem, o único que pode conceder segurança nestes tempos confusos.
Mesmo que as realizações até agora foram impressionantes, o maior trabalho da Fraternidade está por vir. Mais e mais chegarão à procura de vossa ajuda e guia, e serão legiões de nomes.. Tentarão toda oportunidade e esgotarão todos os recursos, porém a necessidade do homem é a oportunidade de Deus. O misticismo é a única resposta ao materialismo. Isto foi claramente demonstrado por gerações. Com nossas mentes dedicadas à verdade; com nossos corações fortalecidos pela fé simples e nossas mãos ocupadas num trabalho útil, pregamos, não apenas por palavras, mas por meio do exemplo.
Quando um arquiteto planeja uma formosa catedral, primeiramente constrói o modelo, não apenas para testar seus planos como também para revelar mais claramente suas idéias aos outros. Centros de cultura espiritual, semelhantemente, são estabelecidos conforme a especificação traçada pelo dedo do Grande Arquiteto do Universo. No solo nativo da Califórnia, foi edificada Mt. Ecclesia, este Centro Público, uma miniatura de um mundo melhor, da aspiração espiritual humana.
Seus amigos e membros mandam de todas as partes do mundo seus pensamentos carinhosos e suas esperanças à Mt. Ecclesia. Suas justas homenagens, expressam o fato de que eles se voltam para vós nas horas de aflição, como crianças que vêem em vós os pais todo- poderosos. Com as bençãos de Deus, vosso trabalho floresceu e prosperou por cinqüenta anos, portanto, pode agora suster-se firmemente nas horas de maior necessidade. Quão abençoado é aquele que se pode incluir entre os que saíram vitoriosos da prova do tempo, o que registra o valor daqueles neste mundo. Cada um de nós, em seu caminho, tem compromisso com o destino. Tudo o que decorreu antes, prepara-nos para o que virá. Os antigos Templos de Iniciação ruíram-se nos escombros do Mundo Antigo, mas todos os que aspiram à vida santa, tem de ser ainda testados na sombria passagem da existência mortal. Ser assim provado e avançar vitorioso, é a maior honra que pode ser conferida a um homem. Um a um, estes vanguardeiros humanos, unir-se-ão aos Irmãos Maiores da Humanidade, para o trabalho de aperfeiçoamento e redenção da Raça Humana.
Eis o radiante hospedeiro dos céus, armado com a brilhante espada da justa causa. Os decretos celestes são simples, porém todo-poderosos. Ordena-se que a luz dissipe as trevas, que o amor supere o ódio, que a fé se sobreponha ao medo e o bem triunfe sobre o mal. Cada um de nós, segundo seu próprio discernimento, está procurando avançar neste propósito destinado, e é justo e apropriado que rejubilemo-nos com a realização de todos nós, pois tal realização nada mais , nada menos é, que o testemunho de trabalho de Deus no coração do homem.
Sou um observador atento dos movimentos religiosos na sociedade. Estou entusiasmado com a tremenda ressurreição das atividades religiosas em todo o mundo e entre todas as crenças. Sou, também, zeloso quando acredito que esta revivificação da crença constitui a prova da convicção que a humanidade possui em comum.
A Fraternidade Rosacruz contribuiu em grande parte, para a renascença espiritual por seus dedicados anos de ministério, e o tempo da colheita está aproximando rapidamente. O místico sonhou com a verdade, pois compreendeu as leis universais que operam continuamente, em toda parte, na criação inteira.
Minhas bençãos estão sempre convosco, e espero que por estes dias possa visitar de novo o vosso meio. Até lá, que todos os bons labores se levam numa farta colheita, e
QUE AS ROSAS FLORESÇAM SOBRE A VOSSA CRUZ!
Manly Palmer Hall
Publicado na Revista Serviço Rosacruz, traduzido da Revista Rays from the Rose Cross , 1959.
Introdução ao Livro "Blavatsky e a Doutrina Secreta " de Max Heindel por Manly Palmer Hall
Teria sido uma perda real para todos os estudantes de misticismo e metafísica se este pequeno ensaio sobre H.P. Blavastsky e a Doutrina Secreta não chegasse a ser impresso.
Max Heindel, o místico cristão, tributa uma homenagem à madame Blavatsky, a ocultista oriental. Ele vê acima das pequenas diferenças que separam o ocidente do oriente e gratifica-se com a grande sabedoria que floresceu na Ásia, frutificando-se no pensamento do mundo. Grande é a mente que reconhece a grandeza de outras mentes. O tributo de Max Heindel à memória de Blavatsky e seus Mestres é verdadeiramente um belo gesto num mundo em que se torna cada vez mais raro tão gentis impulsos.
Vive-se num código de críticas e condenações com poucas apreciações aos trabalhos dos outros. Seitas e credos constroem muralhas em torno de si, e somente almas heroicas em suas percepções espirituais estão verdadeiramente capacitadas à sobrepor-se a tais imaginárias limitações. Volte seus pensamentos para os livros que você tem lido e note quão raro é algum escritor falar bem de outro. Cada homem, firme em suas próprias opiniões são raramente cortezes com as opiniões dos demais. Há muitos mestres neste mundo que instruem com palavras, porém apenas poucos que instruem com o nobre exemplo de atos generosos.
Em seu tratado de metafísica cristã, The Rosicrucian Cosmo-Concepion (O Conceito Rosacruz do Cosmos), Max Heindel refere-se à madame Blavastky como "uma fiel discípula dos Mestres Orientais" e no mesmo parágrafo ele qualifica a Doutrina Secreta, o grande livro de H.P. Blavatsky como "Um excelente trabalho". Com sua apreciação de profundo valor espiritual, Max Heindel estava eminentemente capacitado para reconhecer o mérito fundamental do trabalho de madame Blavatsky. O místico cristão é aqui revelado como um sincero estudante do ocultismo oriental. Seu sumário da Doutrina Secreta, na última parte deste livro revela um notável conhecimento dos relevantes princípios das monumentais tradições espirituais da Ásia.
Em poucas, breves e simples palavras o Sr. Heindel aborda a cosmogenese, a criação do mundo e a antropogenese, a criação do homem. Ambos, rosacrucianos e teosofistas, de fato, todos os sinceros estudantes de ciências ocultas, farão proveito em considerar este sumário.
O manuscrito do presente livro pode ser provavelmente considerado como a primeira produção literária de Max Heindel. Foi o começo de uma considerável literatura metafísica dedicada à aplicação do idealismo místico aos problemas vitais de uma humanidade sofredora e aflita. Tem sido escrito que "o primeiro será o último". Este pequeno livro constitui o único manuscrito remanescente não publicado de Max Heindel. O manuscrito original consistia das notas de duas conferências pronunciadas na Sociedade Teosófica em Los Angeles. Nos anos que sucederam a preparação destas palestras Max Heindel ampliou grandiosamente seu acervo de conhecimento místico e tem sido reconhecido justamente como o mais famoso mistico cristão da América. Sua admiração e respeito por madame Blavastsky não se alterou, todavia, sendo que até o dia de sua morte física ele sempre se referiu a ela em termos da mais elevada admiração. Foi através dos escritos de Blavastsky que Max Heindel recebeu em sua vida seus primeiros conhecimentos de ciencias ocultas. Ele reconhecia a gratidão como a primeira lei no ocultismo e sua refinada alma preservou até o final de sua existencia terrena um belo espírito de gratidão pela inspiração e instrução obtida na Doutrina Secreta.
Ambos, madame Blavatsky e Max Heindel, dedicaram suas vidas ao serviço pela humanidade. Cada um devotou-se à disseminação do conhecimento espiritual. ambos receberam em troca na maioria dos casos, ingratidão, perseguição e inconpreensão. Ambos sofreram pela falsidade de amigos e aprenderam quão cruel pode ser o mundo para aqueles que se esforçam para educá-lo e impulsioná-lo. Somente o líder de um movimento espiritual pode compreender quão pesada uma responsabilidade de liderança pode se tornar. Madame Blavatsky já havia passado ao mundo invisível antes de Max Heindel iniciar seu ministério. Eles nunca se encontraram no plano físico. Mas Max Heindel veio a compreender a grande ocultista oriental com íntimo conhecimento de causa, através de similar serviço dedicado à elevados ideias. Ele veio a compreendê-la como somente um místico pode. Sua apreciação da lealdade e paciência de Blavatsky foi aprofundada pelas adversidades que ele próprio sofreu.
Ambos H.P. Blavatsky e Max Heindel deram suas vidas num bele serviço pelas necessidades espirituais da raça humana. Ambos se foram precocemente, desgastados por responsabilidades e perseguições. Cada qual legou uma incalculável herança espiritual para as gerações futuras, uma literatura metafísica que sobreviverá as vicissitudes do tempo.
Os verdadeiros propósitos do misticismo são: perpetuar, interpretar e atualizar o idealismo da raça. Os homens tomam a religião como direção, encorajamento e alívio. Buscamos a religião para nos elevarmos vivendo com honestidade as nossas vidas. Reconhecemos existirem grupos de pessoas em várias partes do planêta cultivando valores espirituais, num mundo dominado por manifestações materiais. Buscamos ideais, um propósito digno para nos unir em ação. Desejamos estabelecer neste vale de lágrimas uma estrutura espiritual que nos elevará acima da rotina. Queremos expandir a vida e reconhecemos nossas instituições espirituais como oáses num deserto de materialismo.
A civilização vive a agonia de um grande período de reconstrução. Como nunca se viu na história, os homens estão buscando soluções para iminentes problemas. A incompatibilidade entre a Igreja e o Estado cede à compreensão da demanda de cooperação em favor da humanidade.
Em toda parte do mundo civilizado há homens e mulheres dedicados à interpretação mística da vida. Estes homens e mulheres estão dedicados a um código de ética espiritual que tem como fundamento dois grandes princípios : a paternidade de Deus e a fraternidade dos Homens. Estes estudantes estão na maior parte organizados em vários grupos,grandes e pequenos para o expresso propósito de auto-melhoramento e aperfeiçoamento social. Tais grupos podem ser classificados sob duas ordens: primeiro, aqueles cuja inspiração é fundamentalmente cristã; segundo, aqueles de inspiração fundamentalmente oriental. Mesmos que estes grupos estejam essencialmente divididos, por ênfase, o propósito fundamental que aspiram alcançar é idêntico . como iluminados movimentos espirituais tem como meta e propósito, a regeneração do homem, individual e coletivamente.
Max Heindel foi um pioneiro em cristianismo místico e madame Blavatsky foi uma pioneira em ocultismo oriental. ambos estabeleceram sistemas de pensamento que se propagaram rapidamente através de uma humanidade animicamente faminta. Não legaram apenas suas próprias organizações, mas sementes que plantadas nos corações dos homens tem gerado muitos frutos em várias partes do mundo, onde outras organizações tem sido estabelecidas segundo linhas semelhantes. Há um considerável corpo de místicos e ocultistas na América e seu número é incrementado a cada dia por diligentes homens e mulheres cujos corações e mentes estão aspirando por alguma explanação racional para as mudanças que estão ocorrendo na sociedade.
Quase todos os estudantes de ciencias ocultas na América conhecem o trabalho que madame Blavastky e Max Heindel estabeleceram. As vidas destes dois fundadores espiritualistas são exemplos da grandeza do esforço espiritual e da mais altruista devoção. Se admiramos estes grandes líderes, desejaremos promover seus trabalhos para a continuidade inteligente de seus ensinamentos através da palavra e da ação. Durante o período da Grande Guerra Mundial, a metafísica perdeu uma grande oportunidade em contribuir de forma efetiva em prol da raça humana, permitindo-se divisões por discrepancias e controvérsias. Organizações que deveriam ter se dedicado a um generoso serviço pela humanidade desperdiçaram suas energias em vãs disputas acerca de temas pessoais de pequena ou nenhuma importância.
Nossa presente crise ( Hall se refere à chamada grande depressão economica de 1929) difere das condições da Grande Guerra Mundial. Todo o mundo civilizado está lutando contra o egoísmo e a corrupção. Uma nova e grande oportunidade está a mão para a aplicação de soluções espirituais aos problemas materiais. É dever de todos os individuos espiritualmente iluminados e de suas organizações esquecer todas as diferenças, sacrificar todas as ambições pessoais, e dedicar-se novamente aos grandes ideais que dizeram nascer tais ordens e sociedades.
Durante o grande "boom", período de expansão imediatamente precedente a presente crise econômica, até as organizações místicas foram infectadas pelo "bacilo" da opulência, ambição pessoal e exploração.Personalidades eclipsaram princípios e indivíduos e organizações se afastaram das verdades simples que constituem a essencia de uma existência inteligente. Então veio o colapso. Valores materiais comprometeram o promissor desenvolvimento. Ambições provocaram dispersões aos ventos e a raça humana foi confrontada com problemas que somente poderiam ser resolvidos através da restituição dos valores espirituais e da rededicação dos homens e organizações aos princípios do altruismo e da verdade.
Suponha que H.P.Blavatsky, a leoa da Sociedade Teosófica, retornasse dos planos invisíveis demandando contas aos membros da Sociedade que fundou. Quem poderia levantar-se ante ela e dizer honestamente, " amada mestra, temos feito o melhor que podemos; temos seguido com fidelidade a ti e aos mestres pelos quais falaste." Quantos poderiam dizer, " temos sido honestos, bons, justos e impessoais; respondendo fielmente à sabedoria que recebemos; temos propagado a tua mensagem; temos permanecido absolutamente livres, como tu nos orientastes de toda controversia. Quantos poderiam dizer, "aqui está a nossa sociedade tão pura quanto nos deixaste." Poderia os teosofistas proclamar tais palavras ou ficariam cabisbaixos e envergonhados em encarar o grande semblante e os luminosos olhas da primeira e maior teosofista? Poderia madame Blavatsky caminhar através dos corredores de Adyar e voltar-se àqueles que a representaram no século XX e dizer, " bem fizeste bons e fieis servos?" Se não pudessem dizer isso, por que seria? Teriam lembrado seu nome e esquecido o seu trabalho? Seria porque fracos e débeis, homens e mulheres, estariam esquecendo o grandioso bem ao elevarem-se a si mesmos ao poder a partir do enfraquecimento dos ideais? Teosofistas de todo o mundo, dediquem-se novamente ao nobre espírito que esteve presente entre vós, cujos trabalhos constituem a vossa riqueza, cujos ideais constituem o vosso propósito e cujo generoso e desprendido sacrifício vem a ser a pedra angular da vossa organização!
Suponha do mesmo modo, que Max Heindel retornasse aos campos de seu trabalho na Terra e num simples gabardine caminhasse no meio de seus seguidores. Suponha que ele perguntasse: "Irmãos e irmãs, tem vocês cultivado o amor uns aos outros? Eu plantei um roseiral de virtudes; tem vocês o cultivado com dedicação? Meu nome está em seus lábios, porém está meu trabalho também em seus corações? Tem sido verdadeiros uns com os outros? Estão trabalhando com generosidade, impessoalmente? Tem amado tão grandiosamente nosso Pai celeste a ponto de abranger no amor todos os seres humanos? " Como poderiam responder a ele os rosacrucianos? Poderiam dizer, "amado irmão, nossa constante inspiração, temos cumprido o trabalho, que iniciaste, com simpatia e bondade. Entre nós não há orgulho, egoísmo, personalismo, nem pequenas ambições. Aqui está a Fraternidade que tu nos confiaste com cuidado, tão pura, tão formosa e tão unida em santo propósito como tu te esforçaste que fosse. Não observamos títulos que distinguem ou discriminam. Não estamos unidos por coisas insignificantes, mas por grandes coisas. Nestes quinze anos, desde que você foi chamado à vida superior temos procurado realizar o trabalho que você iniciou. Somos como você desejou: homens e mulheres desprovidos de todo engano." Seriam verdadeiras estas palavras? Se não, por que não seriam verdadeiras? É o homem tão débil para empreender um bom trabalho? É sua pequenês tão grande e sua grandeza tão pequena?
Se aspiramos sentir o chamado de nossos líderes poderemos retomá-los novamente e reconhecer que temos falhado com eles. Vamos então novamente rededicar-nos à eles. Que o espírito de H.P. Blavatsky possa renascer no coração de cada teosofista e que o espírito de Max Heindel vibre novamente no coração de cada estudante rosacruz. Quando chegar esse tempo e ele pode chegar, os místicos e os ocultistas do mundo inteiro poderão estreitar suas mãos ultrapassando o abismo de suas diferenças e unidos em propósito, se tornarão soldados da reconstrução espiritual marchando como os antigos profetas na vanguarda do progresso.
MANLY P. HALL
Em 1933
Desconcentração e Evolução da Astrologia
Paracelso realizando o experimento de Palengenesis
A astrologia era uma das sete ciências sagradas cultivadas pelos iniciados do mundo antigo. Era estudada e praticada por todas as grandes nações da antiguidade. As origens da pesquisa astrológica são inteiramente obscurecidas pela noite do tempo precedeu a alvorada da história. Segundo as tradições, a ciência astrológica foi aperfeiçoada pelos filósofos magos da época atlante. Uma coisa é evidente: a astrologia provém daqueles remotos dias, adornada com as descobertas e os embelezamentos de milhares de culturas. A história da astrologia é na verdade a história do pensamento e das aspirações humanas. As leituras dos planetas, como representadas nos tabletes cuneiformes de Sargon, são ainda usadas pelos astrólogos desta geração. Somente modificações tem sido feitas, na medida em que os fundamentos culturais se impõem.
Duas escolas distintas de astrologia têm sido reconhecidas desde o começo do período histórico. Com o declínio dos últimos atlantes e o surgimento do primitivo sacerdócio ariano e a profanação dos mistérios que agora são chamados de ciências, as quais foram separadas de suas antepassadas tradições religiosas, a astrologia e a medicina foram as primeiras a proclamarem-se instituições independentes. Os sacerdotes do Estado Religioso não mais exerceram o monopólio sobre as artes proféticas e médicas. Começando com Hipócrates, novas categorias de adivinhos e curadores surgiram inteiramente ignorantes da fundamental unidade entre as ciências físicas e espirituais.
A divisão do aprendizado da essência do conhecimento em fragmentos competitivos ( ou, pelo menos, não cooperativos), acabou por destruir a síntese . Frustrada pela divisão e discórdia, a total estrutura da educação rompeu-se em inumeráveis partes discordantes. A ciência médica dividida de sua fonte espiritual deteriorou-se na Idade Média em charlatanismo. A situação era tão penalizante, que levou o nobre médico Paracelso a dizer: "Feliz do homem que não venha a perecer pelas mãos de seu médico." A astrologia vinha sendo igualmente corrompida pela comercialização de horóscopos . Separada de seu divino propósito, ficou sujeita à ação de um trabalho indiferente e insubstancial de emitir predições terríveis ou compondo emplastros planetários para coceiras.
Entretanto, um pequeno grupo de homens cultos e iluminados, preservou os segredos esotéricos da medicina e da astrologia, em meio àqueles séculos de superstições e ambiguidades, que ora chamamos de Idade Média. Os Rosacruzes se incluiam entre esses grupos de homens de elevada estatura mental. Eles honraram Paracelso como lider e mentor. Graças a ele e à Rosacruz os segredos espirituais da natureza foram restaurados, vindo a ocupar o lugar primordial do conhecimento. O conhecimento foi interpretado misticamente. As ciências profanas refletiram meramente como formas exteriores dos mistérios internos. Mas os segredos da interpretação mística eram ocultados do vulgo e dados somente àqueles que anelavam pelas coisas do espírito. A "Divindade Mística", atribuída à Dionísio - o Aeropagita, tornou-se o livro-texto de um sempre crescente número de homens e mulheres devotos e amantes de Deus, que viam em todas as formas e instituições externas, as sombras e as semelhanças da verdade interior.(1)
O mundo moderno, que tanto se sacrificou pelo direito de pensar, em seu próprio conceito cresceu em sabedoria. Educadores ignoravam aqueles valores espirituais que constituem os ingredientes inestimáveis da composição química que chamamos civilização. A ciência material tornou-se uma instituição orgulhosa, um agrupamento de pedagogos e demagogos. Não deixaram lugar para o misticismo, nos cânones de seus superescolásticos . Hipnotizados pela estranha fascinação que a matéria exercia sobre os materialistas, os sábios modernos ignoram a alma, aquela realidade invisível na qual se apoiam as ilusões de todo o mundo.
Foi Lord Francis Bacon quem disse: - "Um pouco de conhecimento inclina as mentes dos homens para o ateísmo, porém a grandeza de conhecimentos devolve-os a Deus." Esta maravilhosa frase expressa a cadência da idade moderna: - um mundo desiludido, abatido pela insignificância das coisas materiais , que está clamando por aquelas verdades místicas que, por si só, explicam e satisfazem. A volta ao misticismo traz consigo um interesse renovado pela Astrologia e Cura.
O misticismo traz um novo padrão interpretativo. Mas, para corresponder à exata exigência de interpretação mística, todos os ramos de aprendizado devem ser purificados e restabelecidos. Para o místico, a astrologia não é, meramente, predição ou fonte de conselhos, é a chave para atingir filosoficamente as verdades espirituais para ser estudada pelo que ela é em si.
Embora a ciência tenha classificado, catalogado e denominado todas as partes e funções do corpo, não pode descrever nem explicar o que o homem realmente é, de onde veio, porque está aqui, ou para onde irá. Em face da ignorância concernente a estes assuntos vitais, é difícil apreciar um conhecimento elaborado em matérias secundárias.
Os iniciados da antiguidade estavam primeiramente interessados com o aspecto universal ou cósmico do homem, mesmo porque para alguém viver bem, deve orientar-se, deve conhecer, pelo menos em parte, o plano de viver. Com este conhecimento pode, então, cooperar com "o plano". A vida filosófica recomendada por Pitágoras consistia meramente em conhecer a verdade e vivê-la.
Os cientistas procuraram as causas daquelas energias que motivam e sustentam o mundo; decidiram, por meio de um processo de eliminação, que essas causas devem estar numa estrutura subjetiva do universo, a esfera invisível de vibrações. Assim, a moderna tendência é atribuir à vibração, tudo aquilo que não pode ser explicado de outro modo. No momento em que reconhecemos estar o universo mantido por uma energia invisível que se manifesta através da lei de vibração, a física passa a tornar-se suprafísica; a fisiologia se torna psicologia; e a astronomia se torna astrologia. A astrologia nada mais é que o estudo dos corpos celestes, em termos de energias que deles irradiam e não apenas uma mera apreciação de suas aparências e estruturas.
Os Rosacruzes cultivavam a teoria geralmente rejeitada pelos homens de ciência e agora conhecida como teoria microcósmica. Paracelso foi o mais destacado expoente deste conceito de ordem e relação universal. Ele disse: "Assim como existem estrelas nos céus, assim também há estrelas dentro do homem. Portanto, nada existe no universo que não tenha seu equivalente no microcosmo ( o corpo humano )." Em outra ocasião ele disse: "O espírito do homem deriva das constelações (estrelas fixas) ; sua alma, dos planetas; e seu corpo, dos elementos."
É completamente impossível, mesmo para o mais altamente treinado cientista, examinar e apreciar devidamente os valores da infinita difusão do cosmos, com suas ilhas, galáxias, e incompreensíveis aspectos do espaço incomensuráve, embora a total aparência dos mundos é evidentemente dominada por leis todo-suficientes. O homem mesmo é menos difuso, ainda que, de outra maneira, não menos difícil de analisar. As células do corpo humano são incontáveis como as estrelas do céu. Inumeráveis categorias de coisas vivas, espécies, tipos, gêneros, estão se desenvolvendo na carne, músculos, ossos e tendões da constituição corpórea humana. A dignidade do microcosmos dá ao cientista alguma idéia da sublimidade do macrocosmos. Pelo uso da astrologia é possível descobrir a inter-relação das forças celestiais entre o macrocosmos e o microcosmos. Os centros do corpo físico, por onde penetram as energias siderais foram descobertos e classificados pelos antigos gregos, egípcios, hindus e chineses. Existe uma grande oportunidade no trabalho de examinar não somente o corpo físico, como também as auras que se estendem do corpo, formando um esplêndido traje de luz cósmica.
Os últimos anos testemunharam um excepcional progresso no ramo da ciência médica chamada endocrinologia, ou seja, o estudo da estrutura e funções das glândulas de secreção interna, com a pesquisa de métodos terapeuticos para tratamento de suas anomalias. Estas glândulas são agora aceitas como reguladoras de função física; governadoras e diretoras da estrutura corporal, profundamente significante, não somente em suas reações físicas, mas também sobre a mentalidade, emoções, reflexos sensoriais, e ainda sobre a chamada função espiritual ou metafísica. Quase todos os endocrinologistas admitem que a glândula pineal, é a mais difícil de ser tratada e de ser entendida. ( A ciência, hoje, sabe, que o corpo pineal atua até certo ponto, na regulagem de desenvolvimento sexual; ajuda a sincronizar as mudanças rítmicas do corpo, bem como atua no misterioso mecanismo do acordar, por intermédio de seus hormônios.) A glandula pineal pode ser geralmente atingida, agora, somente através do tratamento de outras glândulas sobre as quais ela atua com capacidade de um "generalíssimo". As funções físicas das glândulas já estão razoavelmente bem classificadas. Todavia, as presentes opiniões ainda serão revistas e ampliadas. Os médicos estão propensos a admitir que as funções das glândulas não terminam meramente com seus efeitos sobre o corpo. Doutra parte, os cientistas ainda não estão preparados para fazer qualque pronunciamento, além do campo da reação material. (Sabe-se, hoje, que o corpo pineal funciona, em anfíbios e peixes, como um órgão sensorial, sofrendo reações à luz).
No entanto, é assaz significativo afirmar que, através da combinação da clarividência e da astrologia, é possível examinar as glândulas endócrinas e descobrir os elementos metafísicos de seus funcionamentos. O moderno clarividente usa para seu trabalho o mesmo método que usavam os sacerdotes iniciados do mundo antigo, e como os velhos adeptos ele dá sua contribuição para a soma de conhecimentos que somente agora estão sendo considerados pelo cientista-materialista, depois de séculos de experiências.
O trabalho apresentado a seguir é um registro espiritual das funções do corpo pituitário e da glândula pineal. Sinto que as pesquisas levadas a efeito pela Sra. Augusta Foss Heindel são uma contribuição decisiva à matéria endocrinológica e deveria ser reservada para uso de todos os estudantes de medicina e ciências ocultas.
- Manly Palmer Hall
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