domingo, 8 de novembro de 2015

Biografia Friedrich Ludwig Schröder


Friedrich Ludwig Schröder (03 de novembro de 1744 – 3 de setembro de 1816) foi um ator alemão, gestor e dramaturgo. Schroder foi um dos reformadores da Maçonaria Alemã, que sofria forte decadência, e submeteu sua obra dos graus simbólicos aos Mestres de Hamburgo em 29 de junho de 1801, que a adotaram por unanimidade. Logo, o rito conquistou numerosas Lojas em toda a Alemanha, e com os anos recebeu o nome de seu fundador, RITO SCHRÖDER.
Ele nasceu em Schwerin. Depois da morte de seu padastro, em 1771, Schröder e sua mãe assumiram a gestão do teatro de Hamburgo, e ele começou a escrever peças de teatro, principalmente adaptações do Inglês. Em 1780 ele deixou de Hamburgo, e depois de uma turnê com sua esposa e um ex-aluno, aceitou um contrato no Teatro da Corte de Viena. Em 1785, Schröder assumiu novamente sua gestão no Teatro de Hamburgo. Ele morreu em 1816.
Como ator, Schröder foi o primeiro a afastar-se do estilo das antigas tragédias. Como gerente, ele elevou o padrão das peças apresentadas e foi o primeiro a apresentar Shakespeare perante a opinião pública alemã.


Biografia Mário Marinho de Carvalho Behring

Mário Marinho de Carvalho Behring, mineiro de nascimento, nascido aos 27 dias do mês de janeiro do ano de 1876, aos 22 anos iniciou na Loja Maçônica “União Cosmopolita” onde mais tarde veio a empunhar o Malhete da Sabedoria.
Em 1901, transferiu-se para a cidade do Rio de Janeiro. Foi eleito em 1906, Grande Secretário Adjunto do GOB, até então única Obediência Maçônica no Brasil.
Mário Behring aceitou a sua eleição, em 1907 para Membro Efetivo do então Supremo Conselho do Grau 33 para os Estados Unidos do Brasil. A interinidade do seu Grão-Mestrado de 10/08/20 a 19/11/20 e de 25/12/20 a 22/04/21 valeu-lhe a experiência da efetividade do seu mandato no período de 28/06/22 a 13/07/25 vez que, lutando em todas as frentes pela regularidade da maçonaria brasileira, inclusive junta ao Congresso Internacional de Lausanne, em 1921, reconhecia a necessidade de não confundir as administrações do Simbolismo com o chamado “Filosofismo”.
Isso, entretanto, não vingou por muito tempo, eis que forças e interesses se levantaram a ponto de levar o Grão-Mestre Fonseca Hermes à renúncia, instalando-se em seu lugar Octavio Kelly, o qual, desrespeitando todo esforço anteriormente feito e toda a Legislação Maçônica Internacional, passou a exercer, de modo hostil, os cargos de Grão-Mestre e Soberano Grande Comendador, mesmo não tendo sido eleito para este último cargo mas se auto-proclamando como tal.
Mário Behring, em 20/06/27, vendo-se espoliado na legitimidade e regularidade do seu cargo, e, sentindo a responsabilidade dos compromissos assumidos no exterior, uma vez que somente quando deu ao Supremo Conselho do Brasil personalidade jurídica distinta do GOB é que foi admitido no Congresso de Lausanne, retirou-se do Grande Oriente do Brasil e promoveu a fundação das Grandes Lojas Brasileiras.
Mário Behring, considerado o “pai das Grandes Lojas brasileiras”, faleceu em 14 de Junho de 1933.

Biografia James Anderson

James Anderson (1679-1739) nasceu e foi educado em Aberdeen, na Escócia. Ordenado ministro de Igreja da Escócia em 1707, deslocou-se para Londres, onde ministrou a congregação de “Glass House Street” até 1710, e a Igreja Presbiteriana na Swallow Street até 1734, terminando em Lisle Street Chapel até à data da sua morte.
Na reunião da Grande Loja de Londres em 29/09/1721, onde 16 Lojas estiveram representadas, o Irmão James Anderson foi encarregado de estudar as cópias das antigas constituições góticas, consideradas falhas, e fundi-las numa Carta Magna mais concisa e clara.
Anderson deve ter trabalhado com incrível rapidez ou já tinha feito alguns estudos preliminares sobre o assunto, pois em 21/12/1721 ele apresentou o projeto de manuscrito, que foi entregue à uma comissão de 14 Irmãos, e essa comissão, após realizar as emendas consideradas necessárias, aprovou a nova Constituição em 25/03/1722.
Em 17/01/1723 a Grande Loja aprovou a Constituição já impressa e nomeou Anderson como Grande Primeiro Vigilante.
A Constituição foi também editada e reproduzida por Benjamin Franklin em Filadélfia em 1734, sendo o primeiro livro maçônico impresso na América.
A autorização da impressão e venda da Constituição criou uma crise dentro da Grande Loja e desde então Anderson se manteve afastado da Maçonaria. Esse afastamento durou cerca de 10 anos, quando em 24/02/1735 Anderson solicitou autorização para apresentar uma edição aumentada da Constituição, a qual foi aprovada em 25/01/1738 em uma sessão com 56 Lojas representadas.
Em 01/06/1739 Anderson faleceu, tendo sido sepultado com as devidas honras maçônicas no cemitério de Bunhills Fields.

Biografia William Preston


William Preston (1742 -1818) era um escocês nascido em Edimburgo. Em 1760 mudou-se para Londres e dois ou três anos depois iniciou na Maçonaria. Fascinado pela Ordem,  Preston começou a se aprofundar nos estudos maçônicos, visitando inúmeras Lojas, pesquisando antigos documentos, estatutos, manuscritos e livros, e trocando correspondências com os maiores estudiosos de maçonaria da época.
Em 1772, Preston publicou um livro com o entendimento de uma década inteira de estudos, sua verdadeira obra-prima, intitulado “Ilustrações de Maçonaria” (Ilustrações no sentido de “esclarecimentos”). Essa obra serviu de base para que Thomas Smith Webb desenvolvesse os graus simbólicos do Rito de York. Se Webb é considerado o “pai do Rito de York” então, com certeza, Preston é o avô.  
Em 1774, Preston se tornou Venerável Mestre da “Lodge of Antiquity #1” a mais antiga das quatro Lojas fundadoras da Primeira Grande Loja da Inglaterra.  Em 1777, Preston promoveu uma visita dos membros de sua Loja devidamente paramentados a uma Igreja, localizada próxima à Loja. Essa atitude não foi bem vista pela Grande Loja, que tratou de expulsá-lo. Por conta disso, a Loja número 01 da Grande Loja desligou-se da mesma, promovendo então a fundação de uma “pequena Grande Loja”. A repercussão negativa e a pressão de vários ilustres irmãos a favor de Preston fizeram com que, 10 anos depois, a Grande Loja voltasse atrás e promovesse o retorno de Preston, sem qualquer prejuízo dos títulos e honrarias que ele possuía anteriormente.
Alguns poucos dias antes de sua morte, Preston concedeu à Grande Loja uma verba para ser destinada ao desenvolvimento de leituras anuais sobre o sistema de graus simbólicos adotado pela “Lodge of Antiquity #1” e que ele havia organizado e publicado, essas leituras foram chamadas de “Leituras Prestonianas”. Seu desejo foi cumprido até 1862, quando o projeto foi paralisado. Quando revivido em 1924, foi-se retirada a obrigação do conteúdo ser relativo às obras de Preston, podendo ser qualquer tema maçônico escolhido pelo escritor indicado. As “Leituras Prestonianas” ou “Palestras Prestonianas”, como alguns preferem, permanecem populares no meio maçônico até os dias de hoje.  

Biografia William Schaw

O rei James VI é tido por muitos como o primeiro monarca maçom. Seu “Mestre de Obras” era William Schaw, o qual foi escolhido por James VI para liderar os maçons da Escócia, presidindo suas cerimônias sagradas. Isso mesmo: No final do século XVI, mais de cem anos antes do surgimento da Primeira Grande Loja, a Grande Loja da Inglaterra, os maçons escoceses já possuíam “cerimônias sagradas”, o que mostra que não eram apenas simples pedreiros.
Schaw publicou no dia 28 de Dezembro de 1598 um Estatuto a ser observado por todos os maçons e Lojas do reino, o qual foi devidamente aprovado em assembleia. Exatamente um ano depois, Schaw publicou um 2o Estatuto.
Alguns dos pontos mais interessantes dos Estatutos de Schaw são sobre a “arte da memória”, o uso de luvas, e a existência de banquetes maçônicos, pontos esses que sobreviveram na Maçonaria até os dias de hoje.

Biografia Prince Hall

Prince Hall foi um escravo africano em solo norte-americano que, ao completar 21 anos de idade, recebeu de seu patrão, William Hall, sua carta de alforria. Daí em diante, Prince Hall se tornou um ativista da liberdade, tendo como uma de suas primeiras iniciativas a reunião de um grupo de homens negros livres para iniciarem na Maçonaria. Ele alcançou esse intento no dia 06 de Março de 1775, sendo iniciado com outros 14 negros numa Loja militar irlandesa. Os graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre foram concedidos em apenas um dia, e Prince Hall conseguiu uma permissão para fundar uma Loja com aqueles membros: a “African Lodge”, funcionando em Boston, Massachusetts.

No ano seguinte, estoura a Guerra de Independência dos EUA e Prince Hall, junto da maioria dos irmãos da “African Lodge”, aderem à guerra pela liberdade de seu país. Ao final da guerra, a “African Lodge” encontra-se com 33 membros. A Maçonaria norte-americana começa, em cada Estado, seus esforços para se organizar, já que as Lojas na época possuíam cartas constitutivas expedidas pelas Grandes Lojas dos Antigos, dos Modernos, da Irlanda e da Escócia. Em alguns Estados norte-americanos duas Grandes Lojas surgiram, uma seguindo o sistema dos Antigos e outra dos Modernos.

É nesse cenário que Prince Hall, crendo no princípio de igualdade preconizado pela Ordem Maçônica, tenta filiação da “African Lodge” na nova Grande Loja de Massachusetts. Porém, os maçons brancos ainda não haviam interiorizado os ensinamentos maçônicos, e recusaram-se a filiar a Loja.  A Loja então solicitou a carta à Grande Loja da Inglaterra (Modernos), que, em 06 de Maio de 1787, acabou atendendo ao pedido, passando a “African Lodge” a adotar o número “459” daquela Grande Loja.

Em 1792, após receber visitas de grupos de maçons negros da Pensilvânia e de Rhode Island, a “African Lodge” concedeu a esses grupos permissão para criarem Lojas para negros em seus Estados. Nessa época, ela ainda se encontrava sob os auspícios da Grande Loja da Inglaterra (Modernos). Em 1813, quando da fusão das duas Grandes Lojas Inglesas, a “African Lodge” foi retirada da lista de Lojas da agora Grande Loja Unida da Inglaterra, a qual alegou falta do envio da anuidade.

A “African Lodge” tentou reestabelecer a filiação à GLUI até 1827, tendo todas as suas correspondências sido ignoradas ao longo dos anos. Foi quando a “African Lodge” se uniu às duas Lojas que havia colaborado para a fundação, uma da Pensilvânia e a outra de Rhode Island, e criaram sua própria Grande Loja. Em homenagem ao seu fundador, Prince Hall, que havia falecido em 04 de Dezembro de 1807, adotaram o nome de “Grande Loja Prince Hall”.

Atualmente, há 45 Grandes Lojas Prince Hall que, juntas, somam mais de 4.000 Lojas e de 250.000 membros. Isso é mais do que a GLUI, mais do que a soma da Maçonaria Regular Brasileira.

Biografia Laurence Dermott

Lendário Grande Secretário da Grande Loja dos Antigos da Inglaterra de 1752 a 1771, Dermott nasceu na Irlanda, em 1720, e morreu em Londres, em 1791. Ele iniciou na Maçonaria em 1740 e se tornou Mestre Instalado em 1746, em Dublin. Em 1748, morando em Londres, Dermott filiou-se numa Loja jurisdicionada àquela que em pouco tempo ele iria apelidar de “Grande Loja dos Modernos”. Ele se uniu a vários outros maçons ingleses e principalmente irlandeses vivendo na Inglaterra que, descontentes com as mudanças e modernizações que estavam ocorrendo no âmbito da Grande Loja da Inglaterra, resolveram criar uma nova Grande Loja que pudesse preservar os antigos costumes e tradições maçônicas. Em 1751 nascia a Grande Loja dos Antigos, tendo Dermott como seu Grande Secretário.

Laurence Dermott foi Grande Secretário por quase 20 anos, deixando o cargo em 1771 para assumir como Grão-Mestre Adjunto. Permaneceu no cargo até 1777, quando William Dickey assumiu, mas retornou à posição de Grão-Mestre Adjunto em 1783, até 1787. Ele serviu a Grande Loja dos Antigos até 1789, enquanto sua saúde permitiu.

Uma vida dedicada à Maçonaria dos Antigos e a severas críticas aos Modernos, sua obra, Ahiman Rezon, o Livro de Constituições da Grande Loja dos Antigos, foi rapidamente copiada pela Grande Loja da Irlanda que, até então, se baseava na Constituição de Anderson. Dermott era conhecido por ser extremamente rígido, disciplinado, um administrador habilidoso, e um escritor sarcástico quando se tratava dos Modernos.

Um interessante aspecto a se observar sobre Dermott é quanto ao respeitado William Preston. Preston se tornou maçom pelos Antigos, sob a tutela de Dermott, optando depois pelos Modernos, mais precisamente pela Lodge of Antiquity, para qual foi convidado a ser Venerável Mestre, e que era filiada aos Modernos. Dermott, mesmo sendo tão ativo em seus ataques contra os Modernos, nunca atacou Preston. Alguns anos depois, Preston foi expulso da Grande Loja dos Modernos, e por 10 anos fez coro com os Antigos contra os Modernos. Seu respeito entre os maçons era tamanho e seu discurso tão bem formulado que a Grande Loja dos Modernos acabou cedendo às pressões e “desexpulsando” Preston, acompanhado de um pedido de desculpas.

Os fatos levam a crer que havia um grande respeito entre Preston e Dermott que, apesar de militarem em lados opostos administrativamente e de criticarem veementemente seus opositores, nunca se atacaram. E ambos acabaram formando, sem saberem, a base sobre a qual foi construída a Maçonaria Norte-Americana.

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