Jacob Boheme nasceu em 1575 na pequena cidade de Alt Seidenburg, distante uma légua e meia de Gorlitz, na Alemanha. Seus pais, Jacob e Ursula, eram luteranos, simples e honestos. O primeiro emprego do pequeno Jacob foi de pastor de ovelhas em Lands-Krone, uma montanha nos arredores de Gorlitz. A única espécie de educação que teve foi recebida na escola da cidade de Seidenberg, que ficava a uma milha de sua casa. Aos catorze anos aprendeu o ofício de sapateiro. Em seguida, viajou pela Alemanha como artífice, sempre no mesmo ramo. Por volta de 1599, retornou a Gorlitz onde veio a ser um mestre em sua profissão. Casou-se com Katherine Kuntzschmann, com quem teve quatro filhos, a um dos quais ensinou seu ofício.
Relatou a um amigo que, durante o tempo de seu aprendizado, quando seu mestre estava ausente, viu entrar na sapataria onde trabalhava, uma figura de aspecto venerável, um estranho vestido de forma simples, querendo comprar um par de sapatos que já havia escolhido. Julgando-se incapaz de lidar com vendas, Böehme fez-lhe um preço muito alto, crendo que o estranho recusaria e ele não seria repreendido pelo dono, seu mestre. O comprador, entretanto, pagou o preço estipulado e se afastou. Após ter dado alguns passos para fora da oficina, chamou com voz alta e firme: " Jacob! Venha cá! ". O jovem, a princípio assustou-se ao ouvir aquele desconhecido chamá-lo pelo nome de batismo, depois, decidiu atendê-lo. O forasteiro, com ar sério mas amável, disse-lhe: "Jacob, você é ainda muito pequeno, mas será grande e se tornará outro homem, e será objeto da admiração de todos. Isto porque é piedoso, crê em Deus e reverencia sua Palavra, acima de tudo. Leia cuidadosamente as Santas Escrituras, nas quais encontrará consolo e instrução, pois sofrerá muito; terá de suportar a pobreza, a miséria e as perseguições; mas seja corajoso e perseverante, pois Deus o ama". Em seguida, fixando-o bem nos olhos, apertou-lhe a mão e se foi, sem deixar qualquer indício.
Voltando a si do espanto, Böehme renunciou os prazeres da juventude folgazã e nunca mais abandonou a leitura das Santas Escrituras, tornando-se mais austero e mais atento em todos os seus atos. Böehme era de natureza humilde, sensível e contemplativa. Além da Bíblia, estudou as obras de Paracelso e os tratados místicos de Kaspar Schwenkfeld e de Valentin Weigel. Schwenkfeld e Weigel foram dois teólogos luteranos que romperam com a ortodoxia luterana para se dedicarem a uma doutrina mística. O primeiro foi fundador da seita dos Schwenkfelders que posteriormente veio a adotar as idéias de Böehme. Weigel, que havia sido influenciado pelas obras de Eckartausen, Teuler, Paracelso e do pseudo Dionísio, divulgava uma doutrina gnóstica de caráter panteísta.
Desde cedo, Jacob Böehme entregara-se à crença em Deus com toda a simplicidade e humildade de seu coração. Ao mesmo tempo em que era combatido, lutava, inconformado, porque os outros não podiam conhecer a verdade. Seu coração simples solicitava e procurava, fervorosamente, praticar e aplicar-se ao amor pela verdadeira piedade, pela virtude, e a levar uma vida reclusa e honesta, privando-se de todos os prazeres da vida social. Por ser isto absolutamente contrário aos costumes de então, ele adquiriu vários inimigos.
Depois de ganhar a vida com o suor de seu rosto, como um laborioso trabalhador, no ano de 1600, quando tinha 25 anos, Böehme sentiu-se envolvido pela luz Divina. Estava sentado em seu quarto, quando seus olhos caíram sobre o prato de estanho polido que refletia a luz do sol com um esplendor maravilhoso. Isso levou Böehme a um êxtase inesperado e pareceu-lhe que a partir daquele momento podia contemplar as coisas na profundidade de seus fundamentos. Pensou que fosse apenas uma ilusão e, para expulsá-la de sua mente, saiu para o jardim. Mas aí observou que contemplava o verdadeiro coração das coisas, a autêntica grama, a verdadeira harmonia da natureza que havia sentido interiormente. Percebeu a sua essência, uso e propriedades, que lhe eram reveladas através das linhas e formas. Desta maneira compreendeu toda a criação e mais tarde escreveu um livro sobre os fundamentos daquela revelação, intitulado "De Signatura Rerum". Böehme encontrou alegria no conteúdo daqueles mistérios, voltou para casa e cuidou de sua família, vivendo em paz e silêncio sem revelar a ninguém as coisas que lhe haviam sucedido.
Dez anos mais tarde, no ano de 1610 viu-se novamente invadido por aquela luz. Todavia, aquilo que nas visões anteriores lhe havia aparecido de modo caótico e multifacético, pode agora ser reconhecido como uma unidade, tal como uma harpa em que cada uma de suas cordas fosse, por si só, um instrumento separado, enquanto que o todo constitui a harpa. Agora reconhecia a ordem divina da natureza. Sentiu necessidade de por em palavras o que havia visto, para preservar suas recordações. Descreveu, então, o fato da seguinte maneira:
"Abriu-se para mim um largo portão e em um quarto da hora vi e aprendi mais do que veria e aprenderia em muitos anos de universidade. Por essa razão, estou profundamente admirado e dirijo a Deus minhas orações, agradecendo-lhe por isto. Porque vi e compreendi o Ser dos seres, o Abismo dos abismos e a geração eterna da Santíssima Trindade, o descendente e origem do mundo de todas as criaturas, pela divina sabedoria: Soube e vi por mim mesmo os três mundos, ou seja, o divino (angelical e paradisíaco), o das sombras (que deu origem e natureza ao fogo) e o mundo exterior e visível (sendo à procriação ou o nascimento exterior tanto do mundo interior como do espiritual). Vi e conheci toda a essência do trabalho o mal e o bem original e a existência de cada um deles; e também como frutificou com vigor a semente da eternidade. E isso de tal forma que dela fiquei desejoso e rejubilei-me".
Para não esquecer a grande graça que acabara de receber e para não desobedecer a um mestre tão santo e consolador, decidiu escrever em 1612, embora sua situação, financeira não fosse boa e não possuísse um livro sequer, com exceção da Bíblia. Surgiu então seu primeiro livro: "Die Morgenrotte im Aufgang" (O vermelho Matutino), que foi posteriormente chamado por um de seus seguidores, o Dr. Balthazar Walter, de "Aurora". Este livro não foi mostrado a ninguém, a não ser a um cavalheiro muito conhecido, Karl von Endern, que se encontrava por acaso em sua casa. Era desejo de Böehme que este livro jamais fosse impresso. Todavia, acabou por ceder à insistência de Endern, e lhe emprestou o livro. Mas este, desejando possuir esse tesouro oculto, separou e distribuiu as folhas a alguns amigos que se puseram a copiá-lo. Deste modo começaram a correr rumores que acabaram por chegar aos ouvidos do pastor de Gorlitz, Gregor Richers. Este, mesmo sem ter lido ou examinado o livro, condenou-o do púlpito quando pregava e, esquecendo completamente a caridade cristã, caluniou e injuriou seu autor, a ponto de o magistrado de Gorlitz ser forçado a intimar Böehme a comparecer com o manuscrito.
Böehme compareceu, e perante os magistrados recebeu ordem de deixar a cidade imediatamente, sem mesmo ver a família e colocar os negócios em ordem. Submeteu-se a essa determinação, porém, desejava saber o que havia de errado com ele. Em resposta o pastor declarou que desejava vê-lo preso e longe da cidade. Posteriormente, a ordem do magistrado foi revogada e notificaram Böehme de que poderia morar em Gorlitz e trabalhar em sua profissão, contanto que não escrevesse mais sobre assuntos teológicos, acrescentando: "Sutor ne ultra crepidam", isto é "O sapateiro não vai além das sandálias".
Böehme esperou pacientemente que cessassem as denúncias (de 1613 a 1618), o que não aconteceu; muito pelo contrário, recrudesceram; mas nem por isso deixou de orar por aqueles que o condenaram. Sentia-se infeliz em seu silêncio forçado. Tempos depois, referindo-se a esse período diria que se comparava a uma semente que, oculta no seio da terra, desenvolvia-se apesar do mau tempo e das tempestades.
Santa e pacientemente, submeteu-se ao veredicto que recebeu e permaneceu sete anos sem escrever. Entretanto, um novo impulso de seu interior veio despertá-lo. Além disso, pessoas crentes e versadas nas ciências da natureza estimularam-no a continuar sua obra e a "não esconder a lâmpada debaixo da cama". Decidiu-se, então, a recomeçar a escrever e muitas obras surgiram: "Von der Drei Principien Gottliches Wesens" (Os Três Princípios da Natureza de Deus) em 1619; "Vom Dreifachem Lebem des Menchen" (A Vida Tríplice do Homem), "Vierzig Fragen von der Seele" (Quarenta Questões da Alma), "Von der Menschwerdug Jesu Christi" (A Encarnação de Jesus Cristo), "Von Sechs Theosophischen Punkten" (Seis Pontos Teosóficos), "Grundlicher Bericht von dem Irdischen und Himmlischen Mysterio" (Relato Metódico do Mistério Terrestre e Celeste) em 1620; "Von der Geburt und Bezeichnung Aller Wesen" (O Nascimento e a Marca de Todas as Coisas), mais conhecido como "Signatura Rerum", em 1621; "Von der Gnadenwahl" (A Escolha da graça) em 1623; "Betrachtung Gottlicher Offenbarung" (Os Três Princípios da Revelação Divina) e "Der Wegzu Christo" ( O Caminho Para o Cristo) em 1624.
Cada livro que Böehme escreveu marcou nele, segundo suas próprias palavras, o crescimento do "lírio espiritual", ou seja, o amadurecimento da vida, sempre para a Luz do Espírito, o "novo nascimento de Cristo". O "crescimento do lírio" está acontecendo sempre, é a triunfante auto-realização da perfeição de Deus; Böehme via o universo como um grande processo alquímico, uma retorta destilando perpetuamente os metais para transmutá-los em ouro celestial.
O Dr. Balthazar Walter, que fez numerosas viagens durante sua vida, permanecendo inclusive seis anos entre os árabes, os sírios e os egípcios, para aprender com eles a verdadeira sabedoria oculta, sustentava que havia encontrado alguns fragmentos dessa ciência aqui e ali, mas em nenhuma parte ela era tão profunda, tão pura, como a de Jacob Böehme, este homem simples, esta pedra angular rejeitada pelos sábios dialéticos e pelos doutores metafísicos da Igreja. Por isso deu-lhe o nome de "Philosophus Teutonicus" (Filósofo Alemão) tanto para distingui-lo das outras nações, como para evidenciar suas eminentes qualidades entre seus compatriotas, tendo em vista que fora sempre muito austero em sua conduta e sempre levara uma vida cristã, humilde e resignada.
A morte de Böehme ocorreu em um domingo, 20 de novembro de 1624. Antes de uma hora, Böehme chamou Tobias, seu filho, e perguntou-lhe se não havia escutado uma maravilhosa música. Pediu-lhe, então que abrisse a porta do quarto, para que a canção celestial pudesse ser melhor ouvida. Mais tarde perguntou que horas eram, e quando lhe responderam que o relógio havia soado as duas horas disse: "Ainda não chegou a minha hora, mas dentro de três horas será a minha vez". Depois de uma pausa, falou de novo: "Ó Deus poderoso, salva-me, de acordo com Tua Vontade". E outra vez disse: "Tu Cristo crucificado, tem piedade de mim e leva-me contigo ao teu reino". Deu então, à sua esposa certas instruções com referência a seus livros e outros assuntos temporais, dizendo-lhe também, que ela não sobreviveria por muito tempo (como de fato ocorreu e, despedindo-se de seus filhos, disse: "Agora entrarei no Paraíso". Então pediu a seu filho mais velho, cujos olhos pareciam prender Böehme a seu corpo, que se virasse de costas e, com um profundo suspiro, sua alma abandonou o corpo, indo para a terra à qual pertencia; entrando naquele estado que só é conhecido por aqueles que fizeram da Iniciação, o motivo de sua existência.
FONTE: Sociedade das Ciências Antigas - Biografias: Jacob Boheme
domingo, 1 de novembro de 2015
Biografia H. P. Lovecraft Parte 2
Howard Phillips Lovecraft (Providence, Rhode Island, 20 de agosto de 1890 — Providence, Rhode Island, 15 de março de 1937) foi um escritor estadunidense que revolucionou o gênero de terror, atribuindo-lhe elementos fantásticos que são típicos dos gêneros de fantasia e ficção científica.
O princípio literário de Lovecraft era o que ele chamava de "Cosmicismo" ou "Terror Cósmico", que se resume à ideia de que a vida é incompreensível ao ser humano, e de que o universo é infinitamente hostil aos interesses do homem. Isto posto, as suas obras expressam uma profunda indiferença às crenças e atividades humanas. H.P Lovecraft originou o ciclo de histórias que posteriormente passaram a ser categorizadas no denominado Cthulhu Mythos e também desenvolveu o fictício grimório Necronomicon, supostamente vinculado ao astrônomo e ocultista britânico do século XVI, John Dee. Ao decorrer de suas criações, Lovecraft produziu um panteão de entidades extremamente anti-humanas com as quais, nas suas histórias, geralmente os seres humanos se podem comunicar através do Necronomicon.
Os seus trabalhos expressam uma atitude profundamente pessimista e cínica, muitas vezes desafiando os valores do Iluminismo, do Romantismo, do Cristianismo e do Humanismo . Os protagonistas de Lovecraft eram o oposto dos tradicionais gnose e misticismo por momentaneamente anteverem o horror da última realidade e do abismo.
Era assumidamente conservador e anglófilo (o que pode ser observado em seu poema An American To Mother England , publicado em janeiro de 1916 ), o que explica o porquê de ter sido habitual no seu estilo o emprego de arcaísmos e a utilização de vocabulário e ortografia marcadamente britânicos - fato que contribui para aumentar a atmosfera dos seus contos, pois muitos deles (por exemplo, O caso de Charles Dexter Ward) contêm referências a personagens que viveram antes da independência das Treze Colónias, bem como a estabelecimentos comerciais existentes entre os séculos XVII e XVIII.
Durante a sua vida, dispôs de um número relativamente pequeno de leitores, no entanto sua reputação verificou uma elevada gratificação com o passar das décadas, e ele, agora, é considerado um dos escritores de terror mais influentes do século XX. De acordo com Joyce Carol Oates, Lovecraft, como aconteceu com Edgar Allan Poe no século XIX, tem exercido "uma influência incalculável sobre sucessivas gerações de escritores de ficção de horror" , Stephen King chamou Lovecraft de "o maior praticante do século XX do conto de horror clássico."
Lovecraft era o único filho de Winfield Scott Lovecraft, negociante de jóias e metais preciosos, e Sarah Susan Phillips, vinda de uma família notória que podia traçar suas origens directamente aos primeiros colonizadores americanos, casados numa idade relativamente avançada para a época. Quando contava três anos, seu pai sofreu uma aguda crise nervosa que deixou sequelas profundas, obrigando-o a passar o resto de sua vida em clínicas de repouso.
Assim, ele foi criado pela mãe, Sarah, por duas tias, e por seu avô, Whipple van Buren Phillips. Lovecraft era um jovem prodígio que recitava poesia aos dois anos e já escrevia seus próprios poemas aos seis. Seu avô encorajou os hábitos de leitura, tendo arranjado para ele versões infantis da Ilíada e da Odisseia, de Homero, e introduzindo-o à literatura de terror, ao apresentar-lhe clássicas histórias de terror gótico.
Lovecraft era uma criança constantemente doente. Seu biógrafo, L. Sprague de Camp, afirmou que o jovem Howard sofria de poiquilotermia, uma raríssima doença que fazia com que sua pele fosse sempre gelada ao toque. Devido aos seus problemas de saúde, ele frequentou a escola apenas esporadicamente mas lia bastante.
O seu avô morreu em 1904, o que levou a família a um estado de pobreza, devido à incapacidade das filhas de gerirem os seus bens. Foram obrigados a mudar-se para acomodações muito menores e insalubres, o que prejudicou ainda mais a já débil saúde de Lovecraft. Em 1908, ele sofreu um colapso nervoso, acontecimento que o impediu de receber seu diploma de graduação no ensino médio e, consequentemente, complicou sua entrada numa universidade. Esse fracasso pessoal marcaria Lovecraft pelo resto dos seus dias.
Nos seus dias de juventude, Lovecraft dedicou-se a escrever poesia, mergulhando na ficção de terror apenas a partir de 1917. Em 1923, ele publicou seu primeiro trabalho profissional, Dagon, na revista Weird Tales. Lovecraft junto de Clifford Martin Eddy, Jr., foi um ghostwriter do magazine Weird Tales, inclusive escrevendo uma história, "Sob as Pirâmides" (Under the Pyramids, também conhecida como Imprisoned with the Pharaohs), para o famoso mágico Harry Houdini.
A sua mãe nunca chegou a ver nenhum trabalho do filho publicado, tendo morrido em 1921, após complicações numa cirurgia.
Lovecraft trabalhou como jornalista por um curto período, durante o qual conheceu Sonia Greene, com quem viria a casar. Ela era judia natural da Ucrânia, oito anos mais velha que ele, o que fez com que sua tias protestassem contra o casamento. O casal mudou-se para o Brooklyn, na cidade de Nova Iorque, cidade de que Lovecraft nunca gostou . O casamento durou poucos anos e, após o divórcio amigável, Lovecraft regressou a Providence, onde moraria até morrer.
O período imediatamente após seu divórcio foi o mais prolífico de Lovecraft, no qual ele se correspondia com vários escritores estreantes de horror, ficção e aventura. Entre eles, seu mais ávido correspondente era Robert E. Howard, criador de Conan o Bárbaro. Algumas das suas mais extensas obras, Nas Montanhas da Loucura e O Caso de Charles Dexter Ward - seu único romance -, foram escritas nessa época.
Os seus últimos anos de vida foram bastante difíceis. Em 1932, a sua amada tia Lillian Clark, com quem ele vivia, faleceu. Lovecraft mudou-se para uma pequena casa alugada com sua tia e companhia remanescente, Annie Gamwell, situada bem atrás da biblioteca John Hay. Para sobreviver, considerando-se que seus próprios textos aumentavam em complexidade e número de palavras (dificultando as vendas), Lovecraft apoiava-se como podia em revisões e "ghost-writing" de textos assinados por outros, inclusive poemas e não-ficção. Em 1936, a notícia do suicídio do seu amigo Robert E. Howard deixou-o profundamente entristecido e abalado. Nesse ano, a doença que o mataria (cancro no intestino) já avançara o bastante para que pouco se pudesse fazer contra ela. Lovecraft suportou dores sempre crescentes pelos meses seguintes, até que a 10 de março de 1937 se viu obrigado a internar-se no Hospital Memorial Jane Brown. Ali morreria cinco dias depois. Contava então 46 anos de idade.
Howard Phillips Lovecraft foi enterrado no dia 18 de março de 1937, no cemitério Swan Point, em Providence, no jazigo da família Phillips. O seu túmulo é o mais visitado do local, mas passaram-se décadas sem que o seu túmulo fosse demarcado de forma exclusiva. No centenário do seu nascimento, fãs norte-americanos cotizaram-se para inaugurar uma lápide definitiva, que exibe a frase "Eu sou Providence", extraída de uma das suas cartas.
Obra
Muitos dos trabalhos de Lovecraft foram directamente inspirados por seus constantes pesadelos, o que contribuiu para a criação de uma obra marcada pelo subconsciente e pelo simbolismo. As suas maiores influências foram Edgar Allan Poe, por quem Lovecraft nutria profunda afeição, e Lord Dunsany, cujas narrativas de fantasia inspiraram as suas histórias em terras de sonho. Suas constantes referências, em seus textos, a horrores antigos e a monstros e divindades ancestrais acabaram por gerar algo análogo a uma mitologia, hoje vulgarmente chamada Cthulhu Mythos, contendo vários panteões de seres extra-dimensionais tão poderosos que eram ou podiam ser considerados deuses, e que reinaram sobre a Terra milhões de anos atrás. Entre outras coisas, alguns dos seres teriam sido os responsáveis pela criação da raça humana e teriam uma intervenção directa em toda a história do universo.
Lovecraft é talvez um dos poucos autores cuja obra literária não tem meio-termo: volta-se única e exclusivamente para o horror, tendo como finalidade perturbar o leitor, depois de atraí-lo para a atmosfera, o ambiente, o clima daquilo que lê. Ele parte de uma situação muitas vezes aparentemente banal: De um asilo particular situado em Providence desapareceu um jovem pesquisador… É assim que começa o seu único romance, O caso de Charles Dexter Ward - para ir mostrando, aos poucos, o resultado da pesquisa que o citado Charles fizera tentando encontrar um seu antepassado que havia sido obscurecido propositadamente…
Quando o livro termina, ficamos sabendo o porquê do desaparecimento do pesquisador, além de descobrir que este seu antepassado, Joseph Curven, também se dedicava a pesquisas, estas de magia negra, necromancia e ressurreição de seres inomináveis, entre os quais ele próprio.
Um dos ingredientes da fórmula lovecraftniana para seduzir o leitor é o uso da primeira pessoa: a maior parte de seus contos, entre eles as obras-primas primordiais O chamado de Cthulhu, Um sussurro nas trevas, A cor que caiu do céu, Sombras perdidas no tempo e Nas montanhas da loucura. Algumas vezes, todos os acontecimentos são vividos pelo narrador, como em Sombras perdidas no tempo; outras vezes, o narrador convive com algumas personagens e toma parte dos fatos (em geral, a pior delas).
A expressão Cthulhu Mythos foi criada, após a morte de Lovecraft, pelo escritor August Derleth, um dos muitos escritores a basearem suas histórias nos mitos deste. Lovecraft criou também um dos mais famosos e explorados artefactos das histórias de terror, o Necronomicon, um fictício livro de invocação de demónios escrito pelo, também fictício, Abdul Alhazred, sendo até hoje popular o mito da existência real deste livro, fomentado especialmente pela publicação de vários falsos Necronomicons e por um texto, da autoria do próprio Lovecraft, explicando a sua origem e percurso histórico.
É importante salientar que Lovecraft foi o autor de "O horror sobrenatural na literatura", que ainda é o mais importante ensaio sobre o género, mesmo tendo se passado mais de setenta anos da sua publicação; o surgimento, posteriormente, de autores como Robert Bloch e Stephen King não alteram este fato.
Influencia nos dias de hoje
História em Quadrinho
Conan
Lovecraft foi amigo de Robert Howard. criador de Conan e Kull. Quando foram lançados, essas personagens eram publicadas apenas em forma de contos nas pulp magazines. A popularização de Conan a partir do lançamento do filme Conan, o bárbaro, impulsionou as suas publicações em banda desenhada (história em quadrinho no Brasil). Muitas das melhores histórias de Conan contêm inúmeras referências a personagens criados por Lovecraft, em algumas, chega mesmo a aparece uma personagem, meio Deus meio Demónio, referência à série Cthulhu Mythos.
Martin Mystère
Criado por Sergio Bonelli, esta personagem é denominada "O Detective do impossível". Arqueólogo nada convencional, tem um assistente de nome Java, membro de uma tribo de homens de Neanderthal que sobreviveu na Mongólia e usa uma "arma de raios" que teria sido forjada na Atlântida. No Brasil, a editora globo publicou 13 edições com Martin Mystère. Nas edições 4 - A Estirpe Maldita; 5 - A Casa nos Confins do Mundo e 6 - Crime na Pré-história, as personagens de Bonelli enfrentam situações descritas em dois contos lovecraftnianos (Os sonhos da casa das bruxas e Nas montanhas da loucura), a tal casa no fim do mundo teria sido habitada pelo próprio Lovecraft, e Martin Mystère e seus amigos conhecem um pintor de nome Pickmann (protagonista de "O modelo de Pickman").
Kishin Houkou Demonbane
O anime desenvolvido pela Nitroplus e exibido no Japão em 2006 utiliza elementos das histórias lovecraftianas em seu enredo como o necronomicon que é interpretado pela personagem Al Azif além de vários mecha(robôs gigantes onde é preciso que pessoas o pilotem dentro dele) baseados nos monstros de cthulhu.Na verdade esse anime tem grandes influências das obras de H.P Lovecraft.
Neonomicon
Por muito tempo sussurrou-se sobre a nova história de terror que Alan Moore estaria escrevendo. A história é uma obra-tributo à H.P. Lovecraft. No encadernado, misteriosos assassinatos atraem a atenção do FBI e, durante a investigação, revelações indicam coincidências muito estranhas. Para chegar à verdade, um expert na revolucionária Teoria da Anomalia envolve-se em uma missão sob disfarce que o leva a um clube que abriga uma seita suspeita possivelmente envolvida com os crimes. Mas o rumo sobrenatural dos acontecimentos exige a presença de dois outros investigadores que serão levados ao extremo do horror e aos limites da realidade como a conhecemos. Com roteiro do mestre Alan Moore e arte do artista favorito do inglês, Jacen Burrow, Neonomicon é um pesadelo lovecraftiano que o deixará com medo de fechar os olhos, mas com mais medo ainda de abri-los. Lançado no Brasil pela Editora Panini em agosto/2012
Biografia Howard Philips Lovecraft Parte 1
Filho de Sarah Susan Phillips Lovecraft e Winfield Scott Lovecraft, Howard Phillips Lovecraft nasceu em 20 de agosto de 1890 na cidade de Providence, Rhode Island, Nova Inglaterra, Estados Unidos.
O seu pai era um vendedor viajante que morreu em 19 de Julho de 1989 após cinco anos internado no Butler Hosital em Boston, nessa data Lovecraft tinha apenas três anos.
Após a morte de seu pai Lovecraft começou a ter muito contato com o seu avô, o homem de negócios Whipple Van Buren Phillips.Na biblioteca do velho senhor Lovecraft se deparou com o que mais influênciou sua obra, As Mil e Uma Noites e a mitologia greco-romana. Foi lendo "As Mil e Uma Noites" que ele inventou o pseudonimo de Abdul Alhazred, segundo Lovecraft ele costumava quando criança andar pela casa com um turbante na cabeça se dizendo ser Abdul Alhazred, esse nome se tornou mais tarde o nome do árabe louco autor do Necronomicon.
Também na biblioteca de seu avô HPL se deparou com a obra de Edgar Allan Poe, autor que o influênciou imensamente.
A infância e juventude de Lovecraft foram difíceis, por causa de sua frágil saúde ele raramente saia de sua casa e não podia freqüentar a escola, o que o entristecia muito.
Sua educação então foi garantida por tutores particulares que visitavam sua casa. Sempre interessado por ciência ele foi um ótimo estudante de Química e Astrologia, publicando folhetos que distribuia pela cidade de Providence em sua bicicleta .
Em 1904 seu avô morreu e a antes rica família de Lovecraft entrou em declínio. Ele e sua mãe tiveram de mudar da antiga casa no estilo Vitoriano para uma mais simples, Lovecraft deprimido com o estado de sua família a perda da casa que trazia tantas lembranças pedalou até o rio Barrigton e pensou em se suicidar, mas esses pensamentos sairam de sua mente e ele voltou para a casa salvo.
Em 1908 quando ele não conseguiu graduar no segundo grau por problemas de saúde e falhou em entrar na Brown University mais uma vez ficou muito deprimido.De 1908 até 1913 ele viveu sozinho e isolado escrevendo muito pouco e em grande depressão.
Em 1914 ele saiu do estado vegetativo em que se encontrava, se filiou a United Amateur Press Association (UAPA) e National Amateur Press Association (NAPA), uma vez em seu meio ele começou a escrever muito mais, e finalmente podia mostrar aos outros seus trabalhos.
Nessa época Lovecraft escreveu "The Beast in The Cave", "The Alchemist", "The Tomb" e "Dagon".
Em 1919 a mãe de Lovecraft, Sarah Lovecraft foi internada no Butler Hospital onde morreu dois anos depois em 1921.
Em 1922 Lovecraft se mudou para Nova York e casou-se com a júdia russa Sonia Haft Greene. Durante esse tempo ele trabalhou na revista Weird Tales. Mas o casamento não deu certo, uma das razões foram os problemas de saúde mental de sua esposa.
Então em 1927 Lovecraft voltou para sua cidade natal, Providence, apesar de tudo que o tinha acontecido ele conseguiu superar seus problemas e entrou em seu apogeu, viajou por várias cidades e locais,(Quebec, New England, Philadelphia, Charleston, St. Augustine), escreveu "The Call of Cthulhu", "The Shadow out of Time" e "At the Mountains of Madness" entre outros. Conheceu os primeiros escritores a compartilharem o interesse pelo horror cósmico, August Derleth, Donald Wandrei, Robert Bloch, Fritz Leiber, dando início então ao círculo de Lovecraft, ou seja, os escritores de Cthulhu Mythos. Com a Grande Depressão ele comecou a simpatizar pelo socialismo e continou sempre um auto-ditata, estudando história, literatura e arquitetura.
Mas a tristeza voltou a vida de Lovecraft, em 1932 sua tia Mrs. Clark morreu e mais tarde em 1936 seu grande amigo Robert E. Howard (o criador de Conan o Bárbaro) se suicidou.
Então de 1936 até 1937 o cancer intestinal que Lovecraft tinha se desenvolveu muito levando a morte.
Entretanto a obra de Lovecraft, que quando ele era vivo nunca foi muito conhecida, hoje é amplamente divulgada através de várias publicações de seus livros e outros meios de comunicação.
Texto de Conformitatis Osor.
O seu pai era um vendedor viajante que morreu em 19 de Julho de 1989 após cinco anos internado no Butler Hosital em Boston, nessa data Lovecraft tinha apenas três anos.
Após a morte de seu pai Lovecraft começou a ter muito contato com o seu avô, o homem de negócios Whipple Van Buren Phillips.Na biblioteca do velho senhor Lovecraft se deparou com o que mais influênciou sua obra, As Mil e Uma Noites e a mitologia greco-romana. Foi lendo "As Mil e Uma Noites" que ele inventou o pseudonimo de Abdul Alhazred, segundo Lovecraft ele costumava quando criança andar pela casa com um turbante na cabeça se dizendo ser Abdul Alhazred, esse nome se tornou mais tarde o nome do árabe louco autor do Necronomicon.
Também na biblioteca de seu avô HPL se deparou com a obra de Edgar Allan Poe, autor que o influênciou imensamente.
A infância e juventude de Lovecraft foram difíceis, por causa de sua frágil saúde ele raramente saia de sua casa e não podia freqüentar a escola, o que o entristecia muito.
Sua educação então foi garantida por tutores particulares que visitavam sua casa. Sempre interessado por ciência ele foi um ótimo estudante de Química e Astrologia, publicando folhetos que distribuia pela cidade de Providence em sua bicicleta .
Em 1904 seu avô morreu e a antes rica família de Lovecraft entrou em declínio. Ele e sua mãe tiveram de mudar da antiga casa no estilo Vitoriano para uma mais simples, Lovecraft deprimido com o estado de sua família a perda da casa que trazia tantas lembranças pedalou até o rio Barrigton e pensou em se suicidar, mas esses pensamentos sairam de sua mente e ele voltou para a casa salvo.
Em 1908 quando ele não conseguiu graduar no segundo grau por problemas de saúde e falhou em entrar na Brown University mais uma vez ficou muito deprimido.De 1908 até 1913 ele viveu sozinho e isolado escrevendo muito pouco e em grande depressão.
Em 1914 ele saiu do estado vegetativo em que se encontrava, se filiou a United Amateur Press Association (UAPA) e National Amateur Press Association (NAPA), uma vez em seu meio ele começou a escrever muito mais, e finalmente podia mostrar aos outros seus trabalhos.
Nessa época Lovecraft escreveu "The Beast in The Cave", "The Alchemist", "The Tomb" e "Dagon".
Em 1919 a mãe de Lovecraft, Sarah Lovecraft foi internada no Butler Hospital onde morreu dois anos depois em 1921.
Em 1922 Lovecraft se mudou para Nova York e casou-se com a júdia russa Sonia Haft Greene. Durante esse tempo ele trabalhou na revista Weird Tales. Mas o casamento não deu certo, uma das razões foram os problemas de saúde mental de sua esposa.
Então em 1927 Lovecraft voltou para sua cidade natal, Providence, apesar de tudo que o tinha acontecido ele conseguiu superar seus problemas e entrou em seu apogeu, viajou por várias cidades e locais,(Quebec, New England, Philadelphia, Charleston, St. Augustine), escreveu "The Call of Cthulhu", "The Shadow out of Time" e "At the Mountains of Madness" entre outros. Conheceu os primeiros escritores a compartilharem o interesse pelo horror cósmico, August Derleth, Donald Wandrei, Robert Bloch, Fritz Leiber, dando início então ao círculo de Lovecraft, ou seja, os escritores de Cthulhu Mythos. Com a Grande Depressão ele comecou a simpatizar pelo socialismo e continou sempre um auto-ditata, estudando história, literatura e arquitetura.
Mas a tristeza voltou a vida de Lovecraft, em 1932 sua tia Mrs. Clark morreu e mais tarde em 1936 seu grande amigo Robert E. Howard (o criador de Conan o Bárbaro) se suicidou.
Então de 1936 até 1937 o cancer intestinal que Lovecraft tinha se desenvolveu muito levando a morte.
Entretanto a obra de Lovecraft, que quando ele era vivo nunca foi muito conhecida, hoje é amplamente divulgada através de várias publicações de seus livros e outros meios de comunicação.
Texto de Conformitatis Osor.
Biografia Elsa M. Glover
Elsa M. Glover graduou-se na Universidade de Rochester com um bacharelado em Física. Posteriormente foi estudar na Universidade de Pardue onde tornou-se mestre e doutora, PhD. em Física.
Dedicou sua vida à pesquisa e ao ensino universitário dessa matéria, lecionando na Universidade Stillman. Escreveu A physics course without constraints e Learning physics with total quality.
A Dra. Glover também foi uma grande estudiosa em astrologia e misticismo cristão, por várias décadas, tornando-se discípula da The Rosicrucian Fellowship, onde ministrou conferências magistrais sobre astrodiagnose e solução de conflitos por métodos aquarianos. Foi redatora da revista Rays from the Rose Cross e a partir de 1974 tornou-se instrutora na Escola de Verão de Mount Ecclesia. Em 1988 publicou dois livros entitulados Science and Religion (Ciencia e Religião) e The Aquarian Age (A Era Aquariana) , fazendo uma verdadeira ponte entre as linguagens mística e científica.
Em Ciência e Religião aborda as relações entre os campos científico e religioso, um tema de interesse permanente para todo estudante de Ciencias Ocultas.A sede de conhecimento e de paz do Ocidente necessita de suas obras, onde o místico se relaciona com o científico sob uma perspectiva esotérica e cristã. A unidade que nos mostra na criação permite ver as diversas fontes de conhecimento da humanidade como complementares. Diferentes fenômenos naturais e circunstancias da vida que nos passam ordinariamente desapercebidos são tratados neste livro com precisão e clareza dignas de uma experiente docente universitária e assim os conceitos científicos tornam-se acessíveis a pessoas sem profundos conhecimentos nestas matérias. De forma semelhante o saber místico é apresentado de forma compreensivel, sob uma nova luz. Em ambos campos a autora se sente como em sua casa e pode apresentar uma síntese com precisão.
Max Heindel declarou que "A Fraternidade Rosacruz foi encarregada pelos Irmãos Maiores com a missão de promulgar o Evangelho da Era Aquariana". Em A Era Aquariana, a Dra. Elsa M. Glover, descreve a A Era Aquariana como uma época na qual se desenvorá a Luz Interna, a qual permitirá a cada pessoa dirigir sua própria vida e aprender a resolver seus conflitos por meio da razão e da comunicação. Elsa M. Glover trabalhou discretamente durante várias décadas contribuindo para o avanço da Fraternidade Rosacruz na direção do cumprimento mais efetivo de sua missão, promovendo maior comunicação e diálogo entre os companheiros, grupos e centros de estudo.
Discretamente, como sempre viveu, a Dra. Elsa M. Glover passou aos planos cósmicos superiores em 26 de junho de 2003
Biografia AUGUSTA FOSS HEINDEL
27 de janeiro de 1865 - 29 de Agosto de 1990
Augusta Foss nasceu em Mansfield, Ohio, USA, filha de William Foss e Anna Richt . William Foss veio de Mogendorf, ao este de Koblenz, Alemanha, onde nasceu em 6 de março de 1831. Ele veio para a América quando tinha 22 anos de idade, em 1853. Seu nome era originalmente Vosz. Anna Marie Richt nasceu em Neuwied, norte de Koblenz, em 4 de Junho de 1827. Casaram-se em 6 de junho de 1855 e tiveram sete filhos, todos nascidos em Mansfield, Ohio. Augusta foi a segunda filha mais jovem. A família Foss mudou-se para Los Angeles nos anos de 1880 e construiu sua residência em Bunker Hill em 1885.
Augusta Foss, que procedia de uma família luterana, começou a estudar filosofia oculta e astrologia em 1898. Inicialmente esteve associada a Ordem dos Hermetistas e posteriormente a Sociedade Teosófica, servindo como bibliotecária.
Foi no outono de 1903 durante uma conferência de C.W. Leadbeater no Blanchard Hall, em Los Angeles, que Max Heindel conheceu Augusta Foss, a mulher que nos anos seguintes se tornaria sua inspiração espiritual, e quefoi instrumental no interesse de Max Heindel pela ciência da Astrologia, na qual foi mais tarde reconhecido como um dos maiores astrólogos esotéricos do século XX, e um dos responsáveis pelo renascimento desta ciência no mundo ocidental.
Augusta Foss Heindel ensinou Astrologia a Max Heindel , antes de se casarem em 1910. Liderou o movimento rosacruz na California ao lado de seu marido, assumindo a direção da The Rosicrucian Fellowship após a transição de Max Heindel aos planos superiores em 1919.
Escreveu A Mensagem das Estrelas e Astrodiagnose com Max Heindel, e outros livros como A Evolução do Homem segundo a Filosofia Rosacruz, Memórias de Max Heindel e da Fraternidade Rosacruz e A Astrologia e as Glandulas Endócrinas, prefaciado por Manly P. Hall, que também iniciou seus estudos em Astrologia sob a direção desta iluminada e competente instrutora.
Prefaciou a edição rosacruz da obra "The Secret Teachings of All Ages", de Manly P. Hall, o mais prolixo escritor ocultista do século XIX.
Textos en castellano
1918 - El mensaje de las estrellas [A Mensagem das Estrelas] Junto a Max Heindel
1923 - El nacimiento de la Fraternidad Rosacruz [O Nascimento da Fraternidade Rosacruz. A história de sua criação]
1928 - Astrodiagnosis [Astrodiagnosis - Um guia para a cura] con Max Heindel
1930 - Una lección sobre curacion [Carta a los estudiantes. Sin datos sobre el título original]
1936 - Astrología y glándulas endócrinas [Astrologia e as glândulas endócrinas]
1997 - Memorias de Max Heindel y la Fraternidad Rosacruz [Memórias sobre Max Heindel ea Fraternidade Rosacruz] Escrito en 1941
Textos en portugués
1923 - O nascimento da Fraternidade Rosacruz [O Nascimento da Fraternidade Rosacruz. A história de sua criação]
1926 - Evolução soluço o punto de vista rosacruz
Augusta Foss nasceu em Mansfield, Ohio, USA, filha de William Foss e Anna Richt . William Foss veio de Mogendorf, ao este de Koblenz, Alemanha, onde nasceu em 6 de março de 1831. Ele veio para a América quando tinha 22 anos de idade, em 1853. Seu nome era originalmente Vosz. Anna Marie Richt nasceu em Neuwied, norte de Koblenz, em 4 de Junho de 1827. Casaram-se em 6 de junho de 1855 e tiveram sete filhos, todos nascidos em Mansfield, Ohio. Augusta foi a segunda filha mais jovem. A família Foss mudou-se para Los Angeles nos anos de 1880 e construiu sua residência em Bunker Hill em 1885.
Augusta Foss, que procedia de uma família luterana, começou a estudar filosofia oculta e astrologia em 1898. Inicialmente esteve associada a Ordem dos Hermetistas e posteriormente a Sociedade Teosófica, servindo como bibliotecária.
Foi no outono de 1903 durante uma conferência de C.W. Leadbeater no Blanchard Hall, em Los Angeles, que Max Heindel conheceu Augusta Foss, a mulher que nos anos seguintes se tornaria sua inspiração espiritual, e quefoi instrumental no interesse de Max Heindel pela ciência da Astrologia, na qual foi mais tarde reconhecido como um dos maiores astrólogos esotéricos do século XX, e um dos responsáveis pelo renascimento desta ciência no mundo ocidental.
Augusta Foss Heindel ensinou Astrologia a Max Heindel , antes de se casarem em 1910. Liderou o movimento rosacruz na California ao lado de seu marido, assumindo a direção da The Rosicrucian Fellowship após a transição de Max Heindel aos planos superiores em 1919.
Escreveu A Mensagem das Estrelas e Astrodiagnose com Max Heindel, e outros livros como A Evolução do Homem segundo a Filosofia Rosacruz, Memórias de Max Heindel e da Fraternidade Rosacruz e A Astrologia e as Glandulas Endócrinas, prefaciado por Manly P. Hall, que também iniciou seus estudos em Astrologia sob a direção desta iluminada e competente instrutora.
Prefaciou a edição rosacruz da obra "The Secret Teachings of All Ages", de Manly P. Hall, o mais prolixo escritor ocultista do século XIX.
Textos en castellano
1918 - El mensaje de las estrellas [A Mensagem das Estrelas] Junto a Max Heindel
1923 - El nacimiento de la Fraternidad Rosacruz [O Nascimento da Fraternidade Rosacruz. A história de sua criação]
1928 - Astrodiagnosis [Astrodiagnosis - Um guia para a cura] con Max Heindel
1930 - Una lección sobre curacion [Carta a los estudiantes. Sin datos sobre el título original]
1936 - Astrología y glándulas endócrinas [Astrologia e as glândulas endócrinas]
1997 - Memorias de Max Heindel y la Fraternidad Rosacruz [Memórias sobre Max Heindel ea Fraternidade Rosacruz] Escrito en 1941
Textos en portugués
1923 - O nascimento da Fraternidade Rosacruz [O Nascimento da Fraternidade Rosacruz. A história de sua criação]
1926 - Evolução soluço o punto de vista rosacruz
Biografia Lourival Camargo Pereira
Lourival Camargo Pereira (São Paulo, 1910 — agosto de 1990) foi um ocultista brasileiro.
Dedicou a maior parte de sua vida aos estudos das doutrinas rosacruzes e cabalísticas, tendo como referência autores como Max Heindel e Eliphas Levi. Em agosto de 1929 fundou a Fraternidade Rosacruciana São Paulo, escola de mistérios chamada inicialmente de Tattwa São Paulo, a qual presidiu até a data de sua morte, sendo então sucedido pelo professor Ennio Dinucci.
São de sua autoria algumas exegeses dos Evangelhos sob a óptica esotérica, tais como O Evangelho Redivivo, publicado em 1957 bem como a composição de todo o material didático, distribuido gratuitamente à todos estudantes inscritos na Fraternidade Rosacruciana São Paulo.
É tido como um grande empreendedor na area do esoterismo, tendo sido efetuadas no periodo da sua gestão, todas as aquisições patrimoniais da Fraternidade Rosacruciana São Paulo, inclusive o imóvel da atual sede situada na capital de São Paulo no bairro de Barra Funda.
Dedicou a maior parte de sua vida aos estudos das doutrinas rosacruzes e cabalísticas, tendo como referência autores como Max Heindel e Eliphas Levi. Em agosto de 1929 fundou a Fraternidade Rosacruciana São Paulo, escola de mistérios chamada inicialmente de Tattwa São Paulo, a qual presidiu até a data de sua morte, sendo então sucedido pelo professor Ennio Dinucci.
São de sua autoria algumas exegeses dos Evangelhos sob a óptica esotérica, tais como O Evangelho Redivivo, publicado em 1957 bem como a composição de todo o material didático, distribuido gratuitamente à todos estudantes inscritos na Fraternidade Rosacruciana São Paulo.
É tido como um grande empreendedor na area do esoterismo, tendo sido efetuadas no periodo da sua gestão, todas as aquisições patrimoniais da Fraternidade Rosacruciana São Paulo, inclusive o imóvel da atual sede situada na capital de São Paulo no bairro de Barra Funda.
Biografia J. van Rijckenborgh
J. van Rijckenborgh (pseudônimo de Jan Leene) nasceu em 16 de outubro de 1896 em Haarlem, Holanda, tendo entrado para a Fraternidade Rosacruz (Het Rozekruisers Genootschap), divisão holandesa da Rosicrucian Fellowship (movimento fundado por Max Heindel por volta de 1909), em 1924. Este grupo rosacruz se tornaria independente da Rosicrucian Fellowship em 1935.
J. van Rijckenborgh é fundador e líder espiritual (grão-mestre) do Lectorium Rosicrucianum ou Escola Espiritual da Rosacruz Áurea.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o trabalho foi proibido pelas forças de ocupação nazista. Com o final da guerra em 1945, o trabalho exterior foi retomado e passou a adotar o nome Lectorium Rosicrucianum, ou Escola Internacional da Rosacruz Áurea, apresentando-se cada vez mais como uma escola gnóstica, "Gnosis" significando aqui o conhecimento direto de Deus, resultado de um caminho de desenvolvimento espiritual.
Dos anos 1930 aos anos 1960, Rijckenborgh publicou extensos comentários do Corpus Hermeticum (atribuído a Hermes Trismegisto), do Evangelho Gnóstico da Pistis Sophia, dos Manifestos Rosacruzes (Fama Fraternitatis, Confessio Fraternitatis e Núpcias Alquímicas de Christian Rozenkreuz), do livro Cristianópolis (de Johann Valentin Andreae), do Tao Te King e vários outros, além de diversas outras obras.
Zwier Willem Leene foi co-fundador do movimento, tendo se unido aos dois em 1930 a Sra. Catharose de Petri (pseudônimo de H. Stok-Huyser).
J. van Rijckenborgh viria a falecer em 1968, quando as atividades do Lectorium Rosicrucianum já haviam se espalhado por vários países da Europa e da América.
Livros publicados em português
O Chamado da Fraternidade da Rosacruz (análise esotérica da Fama Fraternitatis R.C. , um manifesto dos rosacruzes do século XVII, publicado em 1614)
A Confissão da Fraternidade da Rosacruz (análise esotérica da Confessio Fraternitatis R.C. , um manifesto dos rosacruzes do século XVII, publicado em 1615)
As núpcias alquímicas de Christian Rosenkreuz (Obra em dois tomos - análise esotérica do texto rosacruz publicado em 1616)
Christianopolis (comentários sobre a obra de Johann Valentin Andreae)
A arquignosis egípcia (Obra em quatro tomos - baseada na Tabula Smaragdina e no Corpus Hermeticum de Hermes Trismegisto)
Os mistérios gnósticos da Pistis Sophia (Comentários do Livro I da Pistis Sophia)
A Gnosis em sua atual manifestação
A Luz do mundo
O mistério iniciático cristão - Dei gloria intacta
Desmascaramento
Filosofia elementar da Rosacruz moderna
Não há espaço vazio
O advento do novo homem
O mistério das bem-aventuranças
O novo sinal
O Nuctemeron de Apolônio de Tiana
Um novo chamado
O remédio universal
Com Catharose de Petri
A Gnosis Chinesa (comentários sobre os 33 primeiros aforismos do Tao Te King)
A Fraternidade de Shamballa
O caminho universal
A Gnosis universal
A grande revolução
Reveille
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