O Caoísmo é um paradigma ou uma visão de mundo que considera que existe — e sempre existiu — um plano disforme e que contém tudo em sua forma latente, chamado Caos. Este seria o universo “real” e intangível a partir do qual são formados um ou mais universos físicos, estes feitos de matéria e energia comuns.
Porém, no Caos, as informações são armazenadas de uma forma extremamente complexa, e as ideias possuem conexões entre si, compartilhando alguns aspectos e se opondo em outros. Quando estas ideias são manifestadas no mundo físico, ou precisam ser explicadas por meio da linguagem, decaem para apenas uma das formas possíveis, e essa dualidade exclui as outras possibilidades de explicação. Assim, são criados panteões de deuses, bibliotecas simbólicas e conjuntos de elementos da natureza, que podem parecer diferentes entre si para cada cultura, quando na verdade trata-se de formas diferentes de se explicar o mesmo Universo.
A Magia do Caos descende diretamente do Caoísmo, e é sua aplicação no campo mágico. Nesta vertente mágica, estudam-se as estruturas gerais e as classificações globais dos elementos de magia, para isto muitas vezes utilizando termos de sistemas mágicos já existentes, ou criando-se novos termos para evitar a confusão com elementos já consagrados.
Os princípios do Caoísmo se assemelham muito aos do Platonismo, do Gnosticismo, da Psicanálise Junguiana (de Carl Gustav Jung), entre outras filosofias. Além disso, o conceito de Caos é muito similar ao do Vácuo Quântico.
Símbolo do Caos
O Símbolo do Caos origina-se das histórias de Eternal Champion do autor Michael Moorcock e a sua dicotomia da Lei e Caos. Neles, o símbolo do caos é composto por oito setas em um padrão radial. Em contraste, o símbolo da Lei é uma única flecha vertical. É também chamado de Braços do Caos, as Flechas do Caos, a Estrela do Caos, a Cruz do Caos, a Caosfera (quando representada como uma esfera tridimensional), ou o Símbolo dos Oito .
Os símbolos alternativos do caos (não devendo nada a Moorcock) incluem O Sagrado Chao do Discordianismo e A Mão de Cinco Dedos de Eris .
Moorcock declarou que ele concebeu este símbolo enquanto escrevia as primeiras histórias Elric de Melniboné no início dos anos 1960. Posteriormente adotado no mainstream pop-cultural, surgindo em lugares como tradições ocultistas modernas e jogos de RPGs .
Há um número de símbolos tradicionais que têm o mesmo padrão geométrico do símbolo do Caos de Moorcock, como qualquer uma das várias estrelas de oito pontas, a estrela de Ishtar/Vênus, o Dharmacakra indiano e a Roda do Ano, mas nenhuma delas eram símbolos do caos e seus membros não são flechas.
O '8' de Wands no baralho do Tarot de Thoth criado por Aleister Crowley, apresenta proeminentemente uma estrela de oito pontas com flechas nas extremidades. Crowley descreveu a carta como representando dispersão de "energia" em "alta velocidade" que conseguiu criar a figura de oito pontas representada.