sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Biografia Samuel Liddell Mac Gregor Mathers (Especial)



"A história completa e verdadeira de qualquer Adepto só poderia ser escrita pelo próprio Adepto, e ainda assim, se a expusesse ante a vista do público em geral, quantas pessoas dariam crédito?"

S.L. Mac Gregor Mathers - "A Magia Sagrada de Abramelin o Mago" (introdução)

Filho de William M. Mathers e Miss Collins. Nasceu em 08 de Janeiro de 1854 e no nº11 da Rua De Beauvior Place, Hackney. Seu pai morreu mu ito cedo e ele viveu com sua mãe viúva em Bournemouth até a morte da mesma em 1885.

Em 1877, Mathers foi iniciado na maçonaria, na Loja Hengist Nº195 de Bournemouth. Foi apadrinhado por E.L.V. Rebbeck, um conhecido agente de propriedades. Mathers progrediu através dos graus de Aprendiz, Companheiro e finalmente Mestre Maçon; o conseguiu em menos de 18 meses, ainda que nunca tenha chegado a ser um Mestre de Loja Maçon (grau mencionado na coleção do Cônsul Francês Lemanceau). Em 1882, Mathers renunciou à Loja.

Mathers logo foi apresentado ao Dr. Wynn Westcott e ao Dr. William Woodman. Ambos eram maçons de alto grau, e Woodman era além disso Magus da S.R.I.A.1.. A história diz que foram Westcott e Woodman que apresentaram a Mathers a S.R.I.A.. A foi e é uma Sociedade Rosacruciana aberta somente a Mestres Maçons (não confundir a S.R.I.A. em Londres com a atual S.R.I.A. nos Estados Unidos).

Durante esse período, Mathers também se fez amigo de Fredrick Hockley. Hockley era um metalúrgico, alquimista e intrépido consultor de cristais. Não há dúvidas que Mathers e Hockley fizeram algum trabalho juntos e de que Hockley teve uma influência definitiva sobre Mathers e seus ensinamentos ao referir-se à observação na Visão do Espírito (Mathers logo aperfeiçoaria essa técnica: Viajando na Visão Espiritual com o uso de símbolos específicos e cores ofuscantes, etc.).



Com a ajuda do Dr. William Wynn Westcott, Mathers fez a primeira tradução inglesa da Kabbala Denudata de Knorr Von Rosenroth. Um trabalho que teve inúmeras edições e lhe outorgou uma reconhecida posição no ocultismo.

Após a morte de sua mãe, viu-se em circunstâncias muito pobres e mudou-se para Londres, onde viveu em modestas pensões em Great Percy Street, King´s Cross, disfrutando da hospitalidade do Dr. Westcott por muitos anos. Mathers também fez algo militar. Uniu-se aos Primeiros Voluntários de Infantaria de Hamshire. Traduziu um manual militar do francês para o inglês. Deve fazer-se notar nesse ponto que Mathers ganhava a vida fazendo uma variedade de trabalhos. O ocultismo era sua vida e o dinheiro era um mal necessário para a sobrevivência.



Em 1887, a Kabbala Denudata estava acabada e um trabalho maior estava para começar: o de criar uma Fraternidade para aqueles que estivessem famintos pelo Conhecimento Oculto, que se chamaria Ordem Hermética da Golden Dawn. Foi em 1886 ou 1887 que Mathers recebeu os Manuscritos Cifrados para traduzir. O código era simples e era um código do séc. XV criado pelo Abade Trithemius. A história registra que foi Westcott quem encarregou Mathers de traduzir os manuscritos e usá-los como esqueleto para o que logo se conheceria como as Iniciações da Golden Dawn. Acredita-se que Mathers e Westcott já tinham sido iniciados nos Mistérios Rosacruzes e que os Manuscritos Cifrados eram um método de proteger seu próprio juramento de segredo.

Westcott, Mathers e Woodman integrariam o primeiro corpo diretivo da recém formada Ordem Hermética da Golden Dawn. Os três estavam acostumados a trabalhar juntos, pois também eram o corpo diretivo da S.R.I.A. com Westcott como Magus Supremo.

Muitos ocultistas estão fascinados pelo movimento, a poesia e a efetividade das iniciações da Golden Dawn compiladas e escritas por Mathers. Inclusive William Butler Yeats não pode evitar pegar imagens dos rituais que Mathers compôs.

A tarefa então era admitir sérios estudantes na nova Ordem. Mathers estava muito influenciado pela Dra. Anna Kingsford e seu associado, Edward Maitland. Eles eram os fundadores da Sociedade Hermética e amigos muito próximos de Mathers. Ele absorveu muito de suas crenças de Anna Kingsford e insistiu em que uma dessas crenças fosse incorporada na Golden Dawn; que as mulheres fossem aceitas na Ordem, sobre bases completamente equitativas com os homens. Mathers era insistente neste ponto e até que Woodman e Westcott não aceitassem, não prosseguiria.

Todos concordaram com Mathers e as mulheres foram aceitas na Ordem equitativamente. Mathers e a nova Ordem estavam a ponto de fazer história, história que mudaria o mundo do oculto para sempre. Mathers conheceu sua futura esposa, Mina Bergson, pela primeira vez no Museu Britânico. Ela era companheira de estudos da filha do Sr. Horniman, e uma talentosa artista da Escola de Slade. Encontrava-se no Museu estudando a arte Egípcia.



Dali tiveram um breve compromisso e uniram-se em matrimônio na Igreja Chacombe, próxima de Bandury, pelo reverendo W.A. Ayton, que era um proeminente estudioso do misticismo, investigador de Alquimia e membro de numerosas sociedades ocultas.

Logo após a Ordem operar por um tempo, Mathers percebeu a necessidade de uma Segunda Ordem, ou Ordem -Interna-. Enquanto aparentemente vista do exterior pode ter se assemelhado ao acréscimo de uma Ordem Externa, de fato, sempre houve uma Segunda Ordem Interna, e sob a direção de Mathers sempre esteve aberta aos membros da Golden Dawn. Junto com Moina, e sob a direção dos contatos da Terceira Ordem, a Segunda Ordem foi criada.

Como comentário exterior, podemos ver agora que embora um dos erros que Mathers cometeu na direção da Segunda Ordem foi a admissão de candidatos inaceitáveis. O crescimento do ego de uma pessoa é suficientemente grande enquanto atravessa os graus da Ordem Externa, e se essa pessoa não está estabilizada suficientemente como um bom vinho e se lhe permite ascender demasiado cedo à Segunda Ordem, os resultados podem ser desastrosos. O ego está então completamente incontido e tomando uma corrente muito mais forte que aquela da Ordem Externa. Condutas como a criação de rumores, separações e auto-engrandecimentos são o resultado. Isto é parcialmente o que acontecia na Segunda Ordem da Golden Dawn no final do século, quando a Ordem atravessaria uma desastrosa revolta por Adeptos que quiçá nunca deveriam ter alcançado a Segunda Ordem. Em 1891, Mathers e sua esposa se mudaram para Paris, onde Mathers realizou extensas investigações literárias na Librarie d´Arsenal, uma instituição notável, por sua riqueza em literatura oculta, e no Museu Guimet, de onde derivou muito de seu conhecimento da antiga sabedoria mística oriental.

Mathers também publicou uma tradução para o inglês de um manual militar francês, um Ensaio sobre as Cartas do Tarot, e um volume de Poemas. Durante sua residência em Paris, adotou o mote escocês de -S’Rioghail mo Dhream- (Régia é minha Tribo). Enquanto alguns historiadores acreditam que esse mote era uma reafirmação de sua história anterior escocesa (é o mote do clã MacGregor), é claro ao iniciado nos Mistérios Avançados. A Raça Real é o pequeno número de verdadeiros buscadores dedicados à evolução espiritual da humanidade. A Raça Real é essa augusta linhagem de Mestres iniciados que mantiveram os Mistérios vivos através de toda a antiguidade.

Também declarou sua sucessão ao título Jacobita de Conde de Glen Strae, o qual alegou haver sido outorgado a um ancestral seu pelo Rei James II. Mathers foi conhecido popularmente no distrito de Auteuil como -o inglês louco-.

Em Paris, inicialmente, Mathers e Mina viveram numa pobreza extrema. Sua principal fonte de renda era Annie Horniman, que vivia em Londres, sendo amiga de Moina e membro da Ordem. Foi dois anos após sua mudança para Paris que Mathers estabeleceu um Templo operativo nesta cidade. O Templo foi chamado Ahathor, e se encontra ativo atualmente. Devido a seus meios limitados, Mathers perdeu em Paris muita de sua sua reputação como estudante de boa fé e mestre, e caiu em práticas questionáveis que não foram vistas com bons olhos por alguns alunos antigos.

Mathers também foi vítima da fraude de Madame Horos e seu esposo, dois aventureiros que pouco tempo depois foram processados e convictos em Londres por ofensas abomináveis. Assistido por sua esposa Moina, Mathers obteve em Paris uma noteriedade passageira com a intenção de reviver a adoração da deusa egípcia Ísis.

Mathers fez freqüentes viagens a Londres para lidar com assuntos da Ordem. Uma de suas mais dolorosas tarefas fois a suspensão de Annie Horniman em 1896.



Horniman era uma das mulheres mais ricas da Inglaterra. Ela era benfeitora de Mathers, o que lhe permitiu desse modo continuar seu trabalho e investigar para a Ordem. Sem dúvida, não considerando suas necessidades pessoais e consciente de que expulsá-la da Ordem lhe causaria difíceis problemas econômicos, procedeu sem hesitação. Foi demitida da Ordem por intrometimento e geração de desordem em assuntos da organização; um problema comum que deveria ser enfrentado por qualquer bom Chefe de uma Ordem. A mudança de século trouxe tempos duros e difíceis para Mathers. Uma cisão na Segunda Ordem do Ísis-Urânia começou. Há vários motivos dados para a cisão, mas nenhuma razão é válida. Uma das acusações lançadas e freqüentemente citada por aqueles que favoreceram a revolta era que Mathers era um líder autocrático. Nada podia estar mais longe da verdade. Um líder autocrático não outorga a outros uma posição alta ou posto como Mathers fez.

Um líder autocrático quer ter decisão direta sobre tudo. Mathers, ao contrário, mudou-se para Paris e deu orientações a seus Adeptos em Londres, mas lhes outorgou o poder de liderança. Foi apenas após constantes abusos de poder e uma falta geral de respeito pela Tradição, à Ordem e ao Chefe dela, que Mathers escreveu seu famoso manifesto.

Em qualquer caso, os animais agora estavam soltos no zoológico, e em gratidão aos 15 anos de dedicação a sua aprendizagem (virtualmente todos os ensinamentos da Ordem surgiram de Mathers), se separaram e começaram sua própria corrente e Ordem.

Em 1903, Aleister Crowley, que então acreditava ser o -Menino Dourado-, por assim dizer, e o novo Chefe da Ordem, se separou de Mathers. Seria nos depois, em 1910, que Crowley ofenderia a seu antigo Mestre em vários volumes de uma publicação bienal chamada -The Equinox-. Nesta publicação, Crowley tornou públicos uma grande quantidade de documentos de instrução ritualística que havia recebido sob o juramento de segredo, e este procedimento o levou a ações legais que nunca terminaram satisfatoriamente.

Nessa época, Mathers regressou a Londres e permaneceu ali por dois anos. Não se sabe se Moina esteve com ele nesse período. A razão primeira de seu retorno a Londres era investigação. Sem dúvida, ainda tinha alguns Adeptos leais em Londres. Em 1912, Mathers retorna a Paris. Investigaria e logo brindaria o público com uma tradução aceitável do -Grimório de Armadel-. Mathers também era responsável pela -Chave Maior de Salomão-, quiçá o documento mais importante da Magia Cerimonial.

A Primeira Guerra Mundial chegou e Mathers viveu o suficiente para ver a vitória dos aliados no outono de 1918. Desde então, as coisas se voltaram obscuras. Nos ensinam que Mathers morreu em seu apartamento na Rue Rivera em 20 de novembro de 1918. Depois, Dion Fortune nos diz que Moina lhe informou que ele havia falecido de uma epidemia de gripe nesse ano, mas não se encontrou nenhuma Certidão de Óbito de Mathers, nem sua tumba.

Ainda que Moina possuísse uma Certidão de Óbito, não há registros cartorários.

Mathers foi um ser humano especial que aportou um sentido de dedicação e trabalho intenso aos Mistérios. Acreditava no potencial humano e na possibilidade de o ser humano passar mais além e eventualmente -tornar-se mais que humano-.



Livros e textos de autoria de Mathers

Introdução Prática sobre o Exercício da Campanha de Infantaria 1884 - em Francês
O Tarot: Um Breve Tratado sobre a Leitura das Cartas Em Francês
A Queda de Granada: Um Poema em Seis Partes 1885 - em Francês
A Kabbalah Revelada 1888 - Originalmente em Caldeu, mas ele traduziu a versão do séc. XVII da Kabbala Denudata por Knorr Von Rosenroth, em Latim.
Simbolismo Egípcio Publicado em Paris
O Grimório de Armadel Em Francês
O Tarot, seu Significado Oculto e Métodos de Jogo 1888
A Chave do Rei Salomão: Clavícula Salomonis 1889 - em Hebraico
A Magia Sagrada de Abramelin o Mago 1896 - em Francês
Magia Ritual de Projeção Astral e Alquimia Escritos Originais da Golden Dawn - Volume I

Graus da Golden Dawn

Como já nos é conhecido, a Golden Dawn foi fundada, na Inglaterra, por um mestre-maçom chamado Willian Wynn Westcott em conjunto com mais dois homens no ano de 1888.

Muitas confusões circundam a criação e o desenvolvimento da referida ordem, o que dificulta um trabalho mais minucioso no que tange a sua história. Mas o foco dos trabalhos futuramente apresentados aqui será puramente cognitivo sobre Magia.

Cabe ao momento mencionar que Crowley fez parte da G.D., onde alcançou o grau mais alto no ínfimo período de um ano. Deve-se notar, pois, que Crowley não era nem um pouco negligente em seus trabalhos mágicos. A Grande Besta teve sua escalada rápida devido, tão somente, a sua inquestionável competência e labor.

Sobre os graus, a Golden Dawn divide-se em A Segunda Ordem, e sobre esta nada se fala externamente, somente encontram-se documentos sobre rituais, lições e afins do grau de Adeptus Minor 5º=6, o primeiro grau da Segunda Ordem.

No entanto há a chamada Primeira Ordem, que compreende cinco graus: Neófito, Zelator, Theoricus, Practicus e Phiolosophus. Todos relacionados à Árvore da Vida.

O Neófito (semelhante ao Probacionista da Astrvm Argentvm) estaria em um período unicamente de provas para mostrar-se merecedor do ingresso na Ordem. O Zelator estaria na Sephirah de Malkhut, o Theoricus em Yesod, o Practicus em Hod e o Philosophus em Netzach.

Após tais graus há a Cripta dos Adeptos, bem como na Árvore da Vida há o Véu de Paroketh. E é somente aí que o conteúdo mais prático da Ordem será mostrado, pois até então era mínima parte não-teórica. Entretanto, após a Cripta é que há o início da Segunda Ordem, então, deter-me-ei a expor somente dados dos graus de Neófito a Philosophus.

Manuscritos Cifrados

Os Manuscritos Cifrados são uma coleção de 60 fólios contendo o esboço estrutural de uma série de rituais de iniciação mágica correspondendo aos elementos espirituais de Terra, Ar, Água e Fogo. Os materiais "ocultos" nos Manuscritos são um compêndio da teoria mágica clássica e o simbolismo conhecido no mundo Ocidental por volta do século XIX, combinados para criar um modelo abrangente da Tradição do Mistério Ocidental, e arranjado em um plano de estudos de um curso dividido em graus de instrução em simbolismo mágico. Era usado como a estrutura da Hermetic Order of the Golden Dawn.


O 13º fólio do Manuscrito Cifrado.


A cifra usada nestes manuscritos, mostrada em uma edição de Polygraphia (Trithemius) de 1561. Outra cifra conhecida como "Alfabeto Thebano" é dada acima dela.


Os fólios estão escritos em tinta preta sobre papel de algodão com marca d'água de 1809. O texto é escrito em inglês plano escrito da direita para a esquerda em uma simples substituição por criptograma conhecido como a cifra de Trithemius. Numerais estão substituídos por letras hebraicas, onde Aleph = 1, Beth = 2, etc. Os desenhos toscos de diagramas, implementos mágicos e cartas do tarô estão intercalados com o texto. Uma página final traduz para o francês e latim.

As cifras contem o esboço de uma série de rituais graduados e o plano de estudos de um curso de instrução em Qabalah e magia hermética, incluindo Astrologia, Tarô, Geomancia e Alquimia. Ele também contém uma série de diagramas e desenhos toscos de vários implementos ritualísticos. Os Manuscritos Cifrados são a fonte original sobre a qual os rituais e as leituras da Hermetic Order of the Golden Dawn estão baseados.

O material atual descrito no Manuscrito é de origens conhecidas. Hermetismo, Alquimia, Qabalah, Astrologia e Tarô era, certamente não eram desconhecidos para estudantes das artes mágicas no século XIX; a Cifra é um compêndio das previosamente conhecidas tradições mágicas. A estrutura básica dos rituais e os nomes de Graus são similares àqueles da Societas Rosicruciana in Anglia e a 'Gold und Rosekreuzes'.

Hekas hekas este Bebeloi

Hekas Hekas, este Bebeloi é o grito dos Mistérios Eleusianos e significa "Longe, ficai longe, profanos!".

É um termo usado nas cerimônias da Golden Dawn (i.e. McGregor Mathers) que foi tirado dos Ritos de Eleusis. Esse era o "comando", em Grego, para todos os profanos ou não iniciados deixarem a área preparatória para as Cerimônias Mágicas que se seguiriam. Hekas é também um Deus Egípcio que governa a Magia.

Crowley preferia usar uma versão da mesma frase em Latim: "Procul, o procul este, profani!". Ambas possuem a mesma tradução. Esta fora usada por Virgílio na epopeia Eneida de 6.258 a.c.

Origem Remota

A primeira notícia do uso da frase "Procul, O procul este profani" foi no poema épico em Latim de Publius Vergilius Maro, A Eneida. O épico explica que Virgílio coloca essas palavras na boca da Sibila de Cuma que está se preparando para proferir uma grande profecia e exatamente com essa fala, afugenta os estranhos dizendo: "Afastai, ficai longe, ó impuros!"

Profanus em Latim significa literalmente aquele que está condenado a fica "fora (latim, pro) do templo (latim, fanum)". Originalmente profani eram os pagão (escória) que não eram autorizados a estarem dentro de lugares sagrados do santuário interno (Sanctum Sanctorum) porque não eram fiéis ou porque tinham sidos envenedados por outros pagãos trapaceiros. O tipo de linguagem baixa que esses rufiões provávelmente falavam eram, é claro, blasfêmias, profanação, da mesma maneira que esses que a usavam eram profanos.

Hierofante (Golden Dawn)

O Hierofante (ou a Hierophantissa) no Ritual do Neófito da Golden Dawn representa o sacerdote iniciador, aquele que ensina matérias espirituais, especialmente no que diz respeito às adorações e sacrifícios.

Descrição

É o expositor dos Mistérios na Sala da Manifestação Dual da deusa da Verdade. Dentre os símbolos e insígnias do Hierofante estão o Trono do Leste, o manto vermelho (capa externa) que leva uma cruz branca no peito esquerdo, um colar branco do qual se pendura um lámen vermelho e verde desenhado uma cruz circular, o cetro com uma coroa na ponta e a Bandeira do Leste.

Hiereus (Golden Dawn)

O Hiereus (ou a Hiereia) no Ritual do Neófito da Golden Dawn é aquele que realiza sacrifícios no templo.

Descrição

Hiereia é a vingadora dos deuses, Guardiã dos Mistérios Sagrados. Dentre os símbolos e insígnias do Hiereus estão o trono do Oeste, o manto negro levando uma cruz branca sobre o peito esquerdo, um colar vermelho que leva pendurado um lámen branco e preto desenhado um triângulo, a Espada da Força e Severidade e a Bandeira do Oeste.

Hegemon (Golden Dawn)

O Hegemon (ou a Hegemone) no Ritual do Neófito da Golden Dawn é o líder, aquele que primeiro procede sobre um caminho.

Descrição

Guardião do limiar da Entrada e Preparador do Caminho para o Entrante. Dentre os símbolos e insígnias do Hegemon estão o manto branco portando uma cruz vermelha sobre o peito esquerdo, um colar preto no qual se pendura um lámen branco e preto desenhado uma cruz e o cetro com cabeça de mitra.

Kerux (Golden Dawn)

O Kerux (ou a Kerykissa) no Ritual do Neófito da Golden Dawn é aquele que anuncia, chama a reunião à ordem e entrega mensagens.

Descrição

Vigia para os deuses. O Observador dentro do templo. Os símbolos e insígnias do Kerux são a lâmpada vermelha, um colar branco no qual se pendura um lámen branco e preto desenhado um caduceu e a vara Caduceus.

Stolistes (Golden Dawn)

O Stolistes (ou a Stolistes, da mesma forma) no Ritual do Neófito da Golden Dawn é aquele que verifica que tudo no ritual, roupas e ornamentações, estão em ordem.

Descrição

O Afirmador dos poderes da Água. A Luz brilhando através das Águas sobre a Terra. Os símbolos e insígnias do Stolistes são um colar preto no qual se pendura um lámen branco e preto desenhado uma copa e um Cálice de água.

Dadouchos (Golden Dawn)

O Dadouchos (ou a Dadouche) no Ritual do Neófito da Golden Dawn é aquele que, como a Mulher nos Mistérios Eleusianos, porta a tocha como um símbolo do caminho pelo qual Deméter buscava por sua filha.

Descrição

O Afirmador dos poderes do Fogo. Perfeição através do Fogo manifesto na Terra. Os símbolos e insígnias do Dadouchos são um colar preto no qual se pendura um lámen branco e preto desenhado uma suástica e o Incensário.

Phylax (Golden Dawn)

O Phylax (ou a Phylakissa) no Ritual do Neófito da Golden Dawn é o sentinela ou guarda.

Descrição

O Observador fora do templo. Os símbolos e insígnias do Phylax são um colar preto no qual se pendura um lámen branco e preto desenhado um olho e uma espada em suas mãos.