sábado, 14 de outubro de 2017

El aciago demiurgo

El aciago demiurgo, libro de Émile Cioran publicado en Francia por Editorial Gallimard (Le mauvais demiurge) en 1969 y en España en 1974 con traducción de Fernando Savater.

Es un breve libro (la versión española tiene 140 páginas), al que el autor divide en cinco partes:

El aciago demiurgo: referencia al gnosticismo: en la cima de los seres existe un Dios, un ser perfecto e inmanente cuya propia perfección hace que no tenga relación alguna con el resto de seres imperfectos. Es inmutable e inaccesible. Descendiendo en una escala de seres emanados de aquel llegamos finalmente al Demiurgo, antítesis y culmen de la degeneración progresiva de los seres espirituales, y origen del mal. En su maldad, el Demiurgo crea el mundo, la materia, encadenando la esencia espiritual de los hombres a la prisión de la carne.
Los nuevos dioses: reflexión sobre el conflicto monoteismo/politeismo.
Paleontología: La casualidad de una visita al museo le lleva a meditar sobre la existencia: se ve uno tal como será: una lección, no; un acceso de modestia, un buen uso del esqueleto.
Encuentros con el suicidio.
El no liberado.
Pensamientos estrangulados. Concebir un pensamiento, un sólo y único pensamiento, pero que hiciese pedazos el universo.

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Bruxaria

A palavra bruxaria, segundo o uso corrente da língua portuguesa, designa o uso de poderes de cunho sobrenatural, sendo também utilizada como sinônimo de feitiçaria. Conforme proposto pelo historiador norte-americano Jeffrey B. Russell existem três pontos de vista principais sobre o que é bruxaria: o primeiro ponto de vista é o antropológico e demonstra que bruxaria é sinônimo de feitiçaria; o segundo é o histórico, que através de documentos escritos coloca qualquer tipo de bruxaria como uma prática ligada ao culto ao diabo; o terceiro é o da bruxaria moderna ou hodierna, que defende a bruxaria como religião pagã (ou neo-pagã).

É importante ressaltar que determinadas ramificações modernas (como a Wicca) não reconhecem o diabo ou outros elementos judaico-cristãos em suas práticas. Segundo a leitura do fundador da Wicca (uma vertente da bruxaria moderna), Gerald Gardner[2], em consonância com fontes de outras vertentes, muitas ramificações hodiernas da bruxaria praticam o culto à Deusa e/ou ao Deus em sistemas que variam de uma deidade única hermafrodita ou feminina à pluralidade de panteões antigos, mais notadamente os panteões celta, egípcio, assírio, greco-romano e normando (viking). Grande parte dos grupos de praticantes hodiernos considera, inclusive, que diversas deusas antigas são diferentes faces de uma única Deusa.

A reintegração do ser humano à natureza é parte fundamental das crenças vinculadas à Wicca, o que se evidencia na celebração do fluir das estações do ano em até oito festividades chamadas sabás, sendo dois nos equinócios, dois nos solstícios e quatro em datas fixas. O fluxo de um curso completo de tais eventos chama-se comumente de Roda do Ano.

Paralelamente aos sabás, muitas vertentes modernas contam com os esbás, que celebram as lunações. Aqui, todavia, há grandes diferenças entre vertentes, com alguns grupos comemorando todas as quatro fases, outros comemorando apenas o plenilúnio.

Tipos de Bruxaria

A confusão entre bruxaria e magia levou muitos praticantes e leigos a criarem equivocadamente a dicotomia "bruxos brancos" e "bruxos negros", supondo que os que praticassem apenas o "bem" seriam bruxos brancos, e os que praticassem apenas o "mal" seriam bruxos negros. Porém, praticantes de bruxaria, em seu sentido mais lato, não se pautam pelos conceitos vulgares de bem e mal, considerando toda e qualquer magia como cinzenta (um misto da dualidade expressa metaforicamente de várias formas, e.g. luz e escuridão, positivo e negativo, "bem" e "mal"). A grande divisão que se pode fazer atualmente entre grandes grupos na bruxaria é entre a tradicional e a moderna.

Bruxaria Moderna

Bruxaria moderna é considerada pela maioria das tradições feiticeirais como um sinônimo para as surgidas embasadas ou a partir da fundada por Gerald B. Gardner, por vezes considerada sinônimo de Wicca, muito embora Raven Grimassi, referência mais conhecida da stregheria (bruxaria italiana), considere Charles Leland o pai da bruxaria moderna.

Ainda que supostamente iniciado por bruxas tradicionais, Gardner juntou, junto aos conhecimentos que elas teriam lhe passado, simbólicas e práticas ritualísticas de Alta Magia, bem como o princípio ético formulado pelo controverso ocultista Aleister Crowley ("faze o que tu queres, há de ser o todo da Lei"), ligeiramente modificado como "se a ninguém prejudicares, faze o que desejares", firmando assim as bases de uma nova crença.

Bruxaria Tradicional

Bruxaria Tradicional é aquela anterior às tradições wiccanas e/ou o reconstrucionismo religioso de práticas pagãs ligadas a uma tradição específica. Bruxaria Tradicional é uma expressão cunhada por Roy Bowers (pseudônimo de Robert Cochrane) para diferenciar as práticas de bruxaria pré-gardnerianas (isto é, da Wicca criada por Gardner.)

Ao contrário do que se possa supor, os grupos de bruxaria tradicional não-reconstrucionistas vieram ao longo do tempo absorvendo conhecimentos e conceitos de diversas expressões de religiosidade e, como não se submeteram à separação entre ciência e religião, também vieram modificando sua compreensão cosmológica e suas práticas com o avanço científico, em muitos casos não podendo (com muitos praticantes também não querendo) ser considerados uma religião per se.

Tradições de Bruxaria

Tradições de bruxaria ou feiticeirais são conjuntos de crenças e práticas de bruxaria específicas e independentes, estabelecidas a partir da influência de culturas locais ou pela criação de novas linhas iniciáticas, geralmente a partir de um iniciado de grau elevado em outra tradição.

Como a bruxaria em si não é uma religião nem é fundada em estrutura dogmática rígida, com o uso de tecnologias de informação modernas, grupos de praticantes (chamados "covens" quando em vertentes modernas) puderam se expandir para além de fronteiras geográficas locais, o que levou a uma considerável multiplicação de tradições de bruxaria entre fins do século XX e início do século XXI.

Bruxaria Ancestral

Tradição de bruxaria que venera deuses anteriores ao período histórico, tendo entre suas crenças principais a de que o ser humano não é superior aos demais animais e que tudo no universo segue o mesmo fluxo, por eles chamado de "Dança da Deusa". Seu fundador, G.L.Taliesin, foi iniciado e membro do Conselho de Anciãos da Tradição Ibérica, entretanto as experiências místicas pelas quais passou desde o início o levaram a desenvolver ainda dentro da Tradição Ibérica uma veneração à parte, voltada a deidades mais antigas que as lusitanas, veneradas em seu conventículo de origem. Acumulando-se divergências ideológicas e filosóficas, o cisma que deu origem à nova tradição foi natural e inevitável, com a criação da Ordem Sagrada de Bennu, sediada no Brasil.

Stregheria

Tradição de bruxaria natural da região onde hoje é a Itália, tendo suas raízes nos cultos neolíticos a uma deusa-mãe naturais da região do Mediterrâneo e do Egeu e construída sobre mitos de diversos povos, dentre eles os micênicos e etruscos. A veneração da stregheria é centrada na Deusa Diana Nemorensis e, segundo sua tradição, a linhagem formal das streghe teve início com uma sacerdotisa da Deusa Diana chamada Arádia.

Tradição Alexandrina

Contemporâneo de Gerald Gardner, Alex Sanders fundou a Tradição Alexandrina, bastante similar à Wicca, porém pertencente a outra linha iniciática e mais liberal quanto à exigência de nudez ritual.

Tradição Diânica

Caracterizada pela supremacia do culto à Deusa, em relação ao culto ao Deus, a Tradição Diânica é considerada a linha feminista da bruxaria, sendo que alguns de seus grupos só admitem membros do sexo feminino.

Tradição Ibérica

Tradição de bruxaria que cultua antigos deuses da Península Ibérica, em especial da Lusitânia. A origem de tal linhagem se perde no tempo. Apesar de os registros mais antigos de linha inciática da Tradição Ibérica datarem de fins do século XVIII, cogita-se que por motivos de perseguição religiosa não eram tomados registros antes do início do século XX, sendo provável que tal tradição tenha sido fundada pelas bruxas de aldeia da região onde hoje é Portugal em cima de práticas e conhecimentos da cultura celtibera, anteriores à conquista romana.

Wicca Tradicional ou Tradição Gardneriana

Mãe de diversas tradições de bruxaria modernas, a Wicca tradicional foi fundada por Gerald Gardner em meados do século XX, a partir do sincretismo entre a bruxaria tradicional inglesa e a alta magia ensinada na Ordem Hermética da Aurora Dourada. Diversos iniciados por Gardner deram origem a outras tradições, ainda assim consideradas wiccanas, motivo pelo qual passou a se chamar a bruxaria ensinada por Gardner de Wicca tradicional.

Referências

Russell, Jeffrey Burton (2008). História da Bruxaria. [S.l.: s.n.] ISBN 9788576570448
Gardner, Gerald B., A Bruxaria Hoje. Madras, São Paulo, SP, 2003 - ISBN 8573747293
Grimassi, Raven. Bruxaria Hereditária: Segredos da Antiga Religião. Gaia
Buckland, Raymond. O Livro Completo de Bruxaria do Buckland. Gaia - ISBN 8575550045
Farrar, Janet; Farrar, Stewart. Oito Sabás para Bruxas. Anubis - ISBN 8586453064
«website oficial da Ordem Sagrada de Bennu». Consultado em 9 de dezembro de 2016
Grimassi, Raven (2003). Bruxaria Hereditária: segredos da antiga religião. [S.l.]: Gaia. pp. 30 – 31. ISBN 8575550071

Bruxaria Ancestral

Bruxaria Ancestral é a tradição bruxa que venera Deuses Ancestrais, ou seja, Deuses anteriores ao surgimento das religiões modernas e cujo culto precede o surgimento da atual civilização. A única instituição viva que segue e professa a Bruxaria Ancestral é a Ordem Sagrada de Bennu. Achados paleoarqueológicos como as estátuas da Vênus de Willendorf, Vênus de Lespugue, Vênus de Laussel e outras do gênero, como a antiquíssima Vênus de Tan-Tan são indícios da existência de cultos a uma só Deusa Mãe durante a Era Glacial Würm III (até aproximadamente 10.500 A.E.C. - Antes da Era Comum). Conforme as crenças dos bruxos ancestrais, tais cultos seriam remanescentes de uma religião global anterior a todas as surgidas durante esta civilização (6.500 A.E.C. até os dias atuais). Seja esta religião ancestral atávica e inerente ao ser humano ou tradicional, passada de geração em geração, ela é a base da Bruxaria Ancestral.

Muito embora a maioria das tradições bruxas, sobretudo as modernas, pareçam se basear na bruxaria medieval, há menção de práticas e crenças bruxas em documentos cujos originais são anteriores à Idade Média, dentre eles diversos épicos gregos, contos árabes, papiros egípcios, sagas celtas e escandinavas e o Antigo Testamento cristão. As Deusas Κίρκη (Circe) dos gregos, Ceridwen dos Celtas e ocasionalmente a Ísis dos Egípcios, por exemplo, eram tidas como Feiticeiras. Estas práticas e cultos referidos por estes povos seriam remanescentes de práticas e crenças da Bruxaria Ancestral anteriores à Era Glacial Würm III.

A Bruxaria Ancestral seria, portanto, a base mais antiga das fontes da tese de Margaret Murray, segundo a qual a bruxaria teria tido uma existência contemporânea aos cultos greco-romanos.

É fundamental, entretanto, não confundir Bruxaria Ancestral com Bruxaria Familiar, que se refere às tradições bruxas passadas por linhagem de sangue, ou seja, de pai para filho (geralmente de mãe para filha). Ao contrário disso, a Bruxaria Ancestral é passada por linhagem bruxa pela via iniciática, ou seja, de mestre para peregrino, não havendo necessidade de sangue bruxo.

Crenças

Panteão

As bruxas ancestrais veneram um panteão próprio, todavia ele só é divulgado a iniciados. O único Casal Sagrado de seu panteão que divulgam a não membros é Kher-Nun e Hator, que não é sinônimo da antiga Deusa egípcia Hathor, muito embora seja subsidiariamente representada da mesma forma.

A Dança da Deusa

Numa visão própria de uma das sete leis do hermetismo (O Princípio do Ritmo)[8], a Bruxaria Ancestral considera que tudo no universo flui harmoniosamente conforme um só ritmo a que chamam de "A Dança da Deusa". Em um de seus múltiplos aspectos, a Dança da Deusa seria causa e consequência dos ciclos de tudo o que existe, do microcosmos ao macrocosmo.

A Posição do Homem no Universo

Para o bruxo ancestral, o homem faz parte da natureza, não sendo este mais ou menos importante que nenhuma das demais partes da natureza. A meta pessoal do bruxo ancestral é a reintegração do homem ao universo, rompendo de vez com o modelo antropocêntrico geralmente presente na base das mais diversas formas de expressão de religiosidade.

Festivais

Assim como em outras vertentes da bruxaria, as celebrações principais da Bruxaria Ancestral remetem aos ciclos lunar e solar, denominando-se respectivamente de esbates e sabates.

Esbates

Os esbates da Bruxaria Ancestral são celebrados a cada plenilúnio, sendo num máximo anual de treze (quando houver Lua Azul) e num mínimo de doze. Note-se que as demais fases da Lua não são celebradas pelos bruxos ancestrais, ao contrário do que se verifica em diversas outras tradições bruxas.

Sabates

Os sabates marcam as quatro posições de mudança de estação (solstícios e equinócios) e quatro datas fixas (1° de maio, 1° de agosto, 31 de outubro e 2 de fevereiro) que se encontram próximas ao meio de cada uma delas, sendo portanto oito por ano. Sabates são celebrados com o intuito de propiciar aos participantes se ambientarem no momento vivido pela natureza, aderindo assim ao fluxo da Roda do Ano.

Tempo dos Idos

1º/mai no hemisfério sul e 31/out no hemisfério norte - Fim do "Ano Bruxo", ou "Roda do Ano", como costumam chamar, que ocorre no meio do outono. O nome deste sabate deriva do fato de em tal evento celebrarem os antepassados e da crença que nesta data a Roda do Ano se encerra mas só recomeça seu movimento três dias após, de forma que durante tal interstício as portas entre o mundo dos vivos e dos mortos permaneçam abertas, permitindo que fantasmas circulem livremente. Esta crença levou à tradição de esculpir boca, olhos e nariz primeiramente em nabos e posteriormente em abóboras ocas e manter pelos três dias em seu interior uma vela acesa, de forma que a sombra projetada sobre paredes afugente o espírito de mortos. As abóboras enfeitadas e fantasmas passaram a ser o tema principal da decoração das celebrações abertas (a não iniciados) do Tempo dos Idos.

Festa do Inverno

Solstício de inverno - O "natal" dos bruxos. Momento em que os bruxos ancestrais se reúnem em família e celebram o nascimento do Sol ou de Kher-Nun (seu deus solar). Assim como no natal, é comum a troca de presentes, entretanto estes costumam ser modestos e feitos pela própria pessoa que os oferece. A decoração da Festa do Inverno é em muito semelhante à do natal cristão, com a árvore enfeitada, a predominância das cores verde (representando o Deus) e vermelha (representando a Deusa), a lareira acesa e a figura mitológica de uma bruxa velha e feia que chega montada numa vassoura e presenteia as crianças comportadas com guloseimas.

Festa das Candelárias

1º/ago no hemisfério sul e 2/fev no hemisfério norte - Celebração de renovação das esperanças. O nome Candelárias vem da prática de, nesta celebração, os bruxos carregarem velas acesas à noite em procissão, representando o poder do Sol que, ainda fraco, começa a ganhar força no meio do inverno, como velas na escuridão.

Festa da Primavera

Equinócio de primavera - Celebração do retorno do Sol e da fertilidade, "páscoa dos bruxos". A lebre, por sua fertilidade, e o ovo, por representar a vida ainda em vias de se manifestar, são as principais decorações e referências na Festa da Primavera.

Beltane

31/out no hemisfério sul e 1º/mai no hemisfério norte - Celebração da energia da vida. Este é o único sabate em que tanto bruxas ancestrais quanto não iniciados que participam da celebração queimam pedidos anotados em um pedaço de papel em uma fogueira, dentro de um caldeirão ou numa lareira. Beltane é marcado pela plenitude do poder solar, sobretudo no que se refere à fertilidade, com festividades que duram desde o nascer do Sol até altas horas da noite. Uma das atividades diurnas típicas de Beltane é a dança com fitas ao redor do "mastro de maio", geralmente com a participação de crianças. O fogo é aceso apenas à noite e após a queima dos pedidos o evento se torna exclusivo a adultos.

Festa do Sol

Solstício de verão - A priori, os bruxos ancestrais comemoram nesta data a plenitude do Sol, entretanto a festa é marcada pela preocupação com o declínio do Sol que se seque a seu ápice. Na Festa do Sol não se queimam pedidos, mas uma ou mais fogueiras costumam ser acesas e em sua fumaça se queima simbolicamente tudo o que quer se deixar para trás. Neste sentido, casais (bruxos e seus convidados) passam de mãos dadas pela fumaça (por vezes pulando a fogueira) para não mais discutirem durante aquela Roda do Ano. Um elemento comum na decoração deste sabate são as flores de girassol.

Festa da Cornucópia

2/fev no hemisfério sul e 1º/ago no hemisfério norte - Festa caracterizada pela abundância, remetendo à principal colheita do ano. Na cornucópia se celebra o que a terra (e os deuses) propiciaram, com celebrações de mesa farta e muitos convidados. Tanto nas refeições da Cornucópia quanto na decoração, predominam os grãos, em especial o milho.

Festa das Graças

Equinócio de outono - Comemoração da última colheita e partilha com os que não tem provisões para o frio que se aproxima. Como último sabate da Roda, os bruxos ancestrais agradecem pelo que os deuses lhes propiciaram ao longo de todo o período. A tônica da Festa das Graças é o sentimento de solidariedade, muito embora seja raro alguém da comunidade efetivamente precisar de provisões.

Graus Iniciáticos

A Bruxaria Ancestral, assim como a maior parte das vertentes de bruxaria tradicionais, apresenta única e exclusivamente três graus iniciáticos, sejam eles:

alcoviteiro/a - 1º grau, alcançado através da iniciação e assim chamado porque uma vez recebido tal grau, passa-se a ser membro efetivo do coventículo (grupo de bruxos), ganhando autorização para participar de rituais e reuniões reservadas;
feiticeiro/a - 2° grau, obtido por elevação. Os membros de segundo grau aprendem e passam a praticar feitiços;
bruxo/a - 3° e mais elevado grau da bruxaria ancestral. O membro de terceiro grau recebe todos os demais ensinamentos da Ordem, podendo criar seu próprio coventículo ou permanecer no coventículo de origem auxiliando em sua administração.
Ao ser aceito na Ordem Sagrada de Bennu o aprendiz é chamado peregrino. Durante este período de preparação e teste ele tem contato com alguns princípios e conceitos da cosmologia bruxa e principalmente se desfaz de credos tipicamente cristãos como o pecado e a dicotomia bem/mal. Um peregrino só se tornará efetivamente um membro do coventículo através da iniciação, ascendendo então ao 1° grau.

Alcoviteiros (membros de 1° grau), por outro lado, como membros do grupo, se ocupam mais do aprendizado de rituais coventiculares, enquanto se aprofundam na cosmologia bruxa.

Ser aceito na Ordem é muito difícil e uma fração muito pequena destes chega a ser indicado à iniciação. Muitos menos tem a persistência e o talento necessários para chegar ao segundo grau. Feiticeiros aprendem e efetivamente realizam feitiços como parte de seu aprendizado, portanto se todo o cuidado na escolha de membros da Ordem era grande, a indicação de quem será elevado ao grau de feiticeiro é feita com ainda mais cautela.

O sucesso na fase de feiticeiro é coroado com a elevação ao terceiro e último grau da bruxaria, o verdadeiro nível de sacerdócio bruxo. Membros de terceiro grau aprendem tudo o mais que pode-se ensinar sobre a cosmologia bruxa e passam a assumir responsabilidades executivas na Ordem. Podem permanecer no coventículo de origem ou optar pela criação de seu próprio coventículo, recebendo neste caso o título de Bennu-Kher, equivalente a sumo-sacerdote, mas tal título não constitui um quarto grau.

Stregheria

Stregheria é um termo usados para a antiga Bruxaria italiana, como também para se referir a um movimento moderno neopagão surgido na Itália e nos Estados Unidos a fim de resgatá-la. Na língua italiana, "Stregoneria" significa simplesmente Feitiçaria. Portanto para se falar de tradições mágico populares italianas, o que em inglês se chama de italian folk magic, se usa o termo stregoneria italiana. Como em italiano se usa Stregoneria tradizionale para se falar da Bruxaria Tradicional; Stregoneria Tedesca para se falar da Feitiçaria Germânica; stregoneria inglese para se falar da Feitiçaria inglesa, etc.

Para algumas pessoas, a Bruxaria Italiana é tida como a "Velha Crença" (Vecchia Credenza em italiano), culto pagão italiano com origens nos velhos mistérios Egeu-Mediterrâneos, no Cultus Deorum Romanorum (Culto Imperial ou Religio Romana, reconstruido pelos pontífices da Nova Roma), no século IV EC, e resgatada dentre os séculos X ao XV, principalmente no século XIV com as peregrinações de Arádia, morta no XVI e reconstruida do século XVII em diante. A stregheria é uma religião iniciática imposta por diversos clãs, na maioria hereditários e extremamente herméticos.

Já para outras, a Stregoneria é simplesmente a prática de feitiçaria de influências italianas, desvinculada de religião, já que para Bruxaria Tradicional a mesma não é considerada uma 'Religião' per se, mas sim um Ofício, uma prática de feitiçaria independente da religiosidade.

Cultos

O Culto das Streghe Neo-Pagãs centra-se na figura da Deusa Diana. Mas este Culto, deve-se deixar claro, é aquele mantido por praticantes modernos, e não correspondem a Bruxaria Italiana como um todo. Deve-se dizer ainda, como demonstrativo da variedade de práticas e pensamentos ligados a 'Stregoneria' que há muitos Stregoni e Streghe que focalizam sua prática em Numis, ou Deuses da "Mitologia" Romana (Politeísmo Romano), Santos Católicos, enquanto há outros grupos e praticantes que se focam na figura do Diabo e demônios menores. Portanto, não é possível generalizar a 'Stregoneria' como uma prática única, ou como um único Culto.

Quando feito dentro de famílias ou em grupos de práticas, os rituais da Feitiçaria Italiana também buscam a cura, a fertilidade e a prevenção ou quebra do mal olhado, também conhecido como malocchio ou jetattura, bem como o amaldiçoamento de seus inimigos e feitiçaria para diversos fins, sejam benéficos ou maléficos.

Dentro das tradições das streghe ocorrem também ritos solares, obedecendo tanto às estações do ano, quanto à ciclos de plantio e colheitas nas diferentes regiões da Itália.

Segredos e práticas

Os streghe ou feiticeiros se reúnem às noites de lua, dependendo de seu crescente ou declínio, e nos dias de sol intenso. À lua cheia são revelados os mistérios da tradição, enquanto os rituais solares são voltados para a adoração e a iluminação, e ainda o contato com a natureza, tão importante para nós. Os elementos têm muita importância para os streghe, e uma das práticas secretas é a Arte das Transmutações, em que se utiliza o magnetismo do olhar para impregnar pessoas e coisas, como os benzedeiros chamam de "Luz nos Olhos" ou "Olhar de Fogo", para os bruxos. O Brilho do olhar pode ser usado para o bem ou mal, mas a maioria dos streghe utilizam o fogo (para libertaçao) e a água (para purificação), visualizando o corpo em questão cheio destes elementos. A stregaria também mantém contato com espíritos familiares, elementais, anjos e devas, etc., mas tudo com objetivos definidos, sejam materiais ou de desenvolvimento espiritual. Muitas tradições que se voltaram para o cristianismo mantiveram o simbolismo strega pelas gerações, e hoje constituem alguns dos principais grupos mantenedores da stregaria no Brasil. Apesar de misturada e muitas vezes enraizada no Cristianismo esotérico e no hermetismo, a stregaria mantém suas antigas tradições e rituais mediterrâneos, que morrem com os membros, mas cedo ou tarde retornam na família, através de sonhos, inspirações e até mesmo uma curiosidade.

Stregheria revelada

A Stregheria passou a ser conhecida graças ao folclorista Charles G. Leland, que no final do século XIX escreveu obras sobre o tema, entre as quais se incluem Aradia, Il Vangelo delle Streghe Italiane e Etruscan and Roman Remains in Popular Tradition. Leland conseguiu este material na Florença, onde mantinha contato com mulheres que se intitulavam Strege (Bruxas em Italiano).

A maioria dos Clãs de Stregoneria são Politeístas, tendo um Panteão cheio de Deuses, Semi-Deuses e Raças de Espíritos, todos eles criados das deidades supremas que são Diana. Alguns praticantes, no entanto, mantém seu culto firmado em algumas deidades, criando com elas uma espécie de aliança, não necessariamente sendo Diana, embora, indubitavelmente ela seja a mais cultuada.

As bases dos mistérios Stregonesci vieram principalmente de influências Etruscas. É importante lembrar, porém, que os romanos e assim, os ítalos tiveram muito contato com outros povos, dado à posição comercial e geográfica que os privilegiou em muitos momentos da história. Desta forma, desde os celtas que viveram no norte da Itália aos cultos e tradições trazidos pelos gregos que se instalaram na Magna Grécia, na Sicilia, influenciaram muito os modos, tradições e crenças das streghe, das fazedoras de magia, de curas.

Hoje, muitos praticantes de Bruxaria Italiana têm seus cultos e crenças enraizados também no Cristianismo e na cultura judaico-cristã, pois com a conversão dos romanos, muitos deuses e seus templos e cultos ganharam esse caráter, embora não tenham perdido sua essência e importância entre os praticantes recém-convertidos. Estes são atualmente aqueles que fazem suas curas em nome de Santa Luzia, São Miguel ou São Pedro, mas com magias e rezas, além do uso de ervas, plantas e especiarias.

Animulare, Tanara, Janare, Strie, Strighe, Borde, Magare, Majare, Cogas, Masche, Basure são palavras sinônimas para "strege" em diversos dialetos italianos. Foram erroneamentes tidas como 'Tradições de Bruxaria', mas na verdade são apenas palavras de diversos dialetos.

Clãs e tradições de Stregheria

A Stregheria contém em si várias ramificações que são chamadas de Clãs ou Tradições. Um Clã é formado por um conjunto de regras, liturgias, mitos e práticas em comum, onde os Stregoni e Strege estão ligados entre si pela linhagem.

Outros grupos ainda, não tem um nome específico porque se desenvolvem em regiões, como resultado das vilas daqueles locais, ou em famílias. Nem sempre as famílias abrem ou mesmo assumem suas práticas mágicas, religiosas ou espirituais, por isso são muito pouco conhecidas.

Bibliografia

Leland, Charles G., Aradia o evangelho das Bruxas
Ginzburg, Carlo, Os Andarilhos do Bem
Grimassi, Raven, Italian WItchcraft
STREGA, Mandrágora, Grimório de Štrigova. Gornji Tkalec Village - Croátia.

Dianismo

O dianismo é uma vertente do neopaganismo onde a deusa é cultuada com exclusividade ou predominância. Geralmente pode ser dividido em duas sub-categorias: 1) Dianismo feminista - mais historicamente inserido e inspirado pela segunda e terceira onda do feminismo - particularmente por sua repercussão no campo religioso - com participação reservada às mulheres e culto dedicado exclusivamente à deusa ou, 2) Dianismo misto - mais historicamente inserido no movimento neopagão - particularmente a Wicca - com a participação de homens e mulheres e a veneração da deusa e do deus, com predominância do culto à deusa em sua ritualística.

Dianismo feminista

São exemplos de tradições mais marcadamente feministas, com atuação política nessa área assim como na área do meio-ambiente e do pacifismo, as tradições diânicas que surgem do ramo fundado por Zsuzsanna Budapest, no início dos anos 70, centradas nas mulheres e na Terra. Essas tradições - ou tradição, como também é chamada - dedicam seus ritos especificamente às mulheres, pois são focadas no compartilhar e na vivência do sagrado feminino pelas mulheres na sociedade contemporânea e nos "mistérios da mulher" ou "mistérios do sangue" (nascer mulher, menarca, gerar, menopausa, morrer mulher, etc). As tradições diânicas feministas raramente trabalham com o conceito de polaridade, dedicando-se especificamente à veneração da deusa - encarada como toda a natureza, completa em si mesma - e de suas várias faces. Por estas características, muitas vezes não são consideradas tradições wiccanas, quer por suas próprias praticantes, quer por outros pagãos . Segundo Z. Budapest, não é necessário linhagem ligada a ela ou sacerdotisa iniciada por ela para ser parte desta tradição. Qualquer mulher que venere o sagrado feminino e adote os princípios da tradição diânica feminista é diânica femista. De fato, o movimento se expandiu para muito além dos grupos formados por Z.Budapest e a maior parte das diânicas feministas, hoje em dia, não possuem qualquer vínculo formal com a espiritualista e, muitas vezes, escolhem a auto-iniciação como forma de empoderamento.

Ao contrário de crença comumente difundida em alguns meios neopagãos, as diânicas feministas não são separatistas. Seu objetivo não é separar as mulheres dos homens, criar uma "sociedade só de mulheres" ou fomentar uma "guerra entre os gêneros", mas criar um mundo melhor a partir do oferecimento de oportunidades, rituais e ambientes em que as mulheres possam redescobrir sua própria sacralidade e assim interagir de forma mais plena na sociedade em que vivem, superando as dificuldades impostas pelo patriarcado. Não negam a existência do sagrado masculino, tampouco ignoram a necessidade de direitos iguais entre homens e mulheres. Muito pelo contrário, elas defendem uma organização menos hierárquica ou não hierárquica das sociedades, em que diferenças como sexo, cor, idade, orientação sexual, etc, não sejam razão para discriminação ou opressão. De modo geral, organizam-se em covens, grupos ou "círculos de mulheres". Tais organizações são mais informais do que aquelas apresentadas na maior parte das Tradições wiccanas e um de seus principais objetivos é serem pontos de encontro em que as mulheres podem compartilhar suas experiências de vida e religiosidade livremente.

Embora os rituais e celebrações das tradições diânicas feministas sejam reservados especificamente às mulheres, as diânicas feministas podem participar de outras Tradições pagãs, inclusive Tradições que cultuam o sagrado masculino. Muitas delas também desenvolvem práticas ecléticas pessoais ou em grupo para celebrar com homens, como filhos, pais, companheiros, irmãos e amigos. A tradição diânica conforme fundada por Z. Budapest tem uma tradição irmã, reservada a homens - a tradição dos Kouretes.

Dianismo misto

Exemplo das muitas as tradições diânicas que aceitam homens e mulheres são a Old Dianic, a Tradição Diânica do Brasil, a Tradição Diânica Nemorensis, a McFarland Dianic e a Tradição Diânica Éfeso. Essas tradições consideram que ser diânico é um modo de compreender o equilíbrio da divindade, não sendo de nenhuma maneira um incentivo ao desequilíbrio das polaridades, muito menos a uma guerra entre gêneros.

Bruxaria Ibérica

A denominada bruxaria ibérica é um ramo da bruxaria tradicional cujas origens estão vinculadas aos antigos povos da Península Ibérica.

Remontando à pré-história, conforme ocorre também com outros ramos da bruxaria tradicional, os praticantes da bruxaria na Península Ibérica absorveram, durante a antigüidade, elementos de diversas culturas e povos que agregaram harmonicamente a suas próprias práticas e crenças.

Posteriormente, em função da intolerância religiosa, em particular após a Reconquista, tiveram de se ocultar, o que dificultou sobremaneira a troca de informações entre membros de coventículos distintos, resultando na redução de adeptos a poucas famílias e levando à decadência do cabedal de informações do qual dispunham antes da ascensão do cristianismo.

Como em outros ramos da bruxaria tradicional, os adeptos da Tradição Ibérica preferem manter o anonimato e não comungam com o uso do nome da magia para a exaltação de egos.

Lista de termos wiccanos

Esta é uma lista de termos usados ou derivados da religião Wicca, normalmente usados em suas línguas de origem. O propósito principal desta lista é desambiguar grafias diferentes, definir o conceito em uma ou duas linhas, tornar fácil a localização do conceito que o utilizador esteja procurando e prover um guia centralizado para os conceitos Wiccanos.

Em alguns casos, pode ser difícil separar os conceitos Wiccanos de conceitos específicos da cultura celta, de outras formas de Neopaganismo ou magia ritual. Muitos desses conceitos têm um significado específico quando utilizados em relação à Wicca.

Utilizadores devem notar que a língua gaélica (de onde vêm muitos dos termos Wiccanos) não possuía alfabeto próprio e que sua transliteração para o alfabeto romano pode gerar grafias diferentes para o mesmo conceito.

Foram também incluídos nesta lista termos utilizados por religiões próximas à Wicca, como o Druidismo, e que comumente podem ser confundidas com práticas wiccanas.

A
Amuleto - objeto natural que visa atrair sorte ao seu portador.
Akasha- a essencia primodial.
Athame - Instrumento mágico, constitui-se numa pequena adaga ou punhal, quase sempre de dois gumes, normalmente utilizado para representação do elemento Ar, ou do princípio masculino. Algumas tradições utilizam o Athame como representação do elemento Fogo.

B
Banir - mandar embora, retirar.
Bastão - Instrumento mágico, normalmente utilizado para representação do elemento Fogo, ou do princípio masculino. Algumas tradições utilizam o Bastão como representação do elemento Ar.
Beltane - Sabbat comemorativo do auge da Primavera, união da Deusa com o Deus
Bolline - Instrumento mágico, constitui-se em uma faca ou pequena foice, normalmente utilizada para o corte de substâncias utilizadas em feitiços e encantamentos.

C
Caldeirão - Instrumento mágico, normalmente utilizado para concocção de poções ou infusões, para a queima de substâncias ou como representação do princípio feminino. Neste último caso, alguns bruxos usam um caldeirão de três pés, representando as três faces da Deusa.
Cálice - Instrumento mágico, normalmente utilizado para representação da elemento Água, e do princípio feminino.
Cornífero, Deus - Representação do Deus, cultuada em alguns ritos wiccanos. "Cornífero" significa "portador de chifres" em latim.
Cone de Poder - energia mágica elevada e dirigida a um objetivo dentro dos rituais.
Consagração - ato de tornar algo abençoado, sagrado.
Corpo Astral - a contraparte espiritual do corpo físico.
Coven - Grupo organizado para a prática da Wicca, normalmente com ritos próprios ao Coven.
Coventículo - o mesmo que Coven.

D
Dianismo, Tradição - Tradição cujo culto é, em algum grau, mais focado na Deusa que no Deus.
Druidismo - A visão tradicional mostra os druidas como sacerdotes, mas isso na verdade não é comprovado pelos textos clássicos, que os apresentam na qualidade de filósofos (embora presidissem cerimônias religiosas, o que pode soar conflitante). Se levarmos em conta que o druidismo era uma religião natural, da terra, e não uma religião revelada (como o Islamismo ou o Cristianismo), os druidas assumem então o papel de diretores espirituais do ritual, conduzindo a realização dos ritos, e não de mediadores entre Deus e o homem.
Deus, O - O Deus Cornífero é o Deus fálico da fertilidade. Geralmente é representado como um homem de barba com casco e chifres. Ele é o guardião das entradas e do círculo mágico que é traçado para o ritual começar. É o Deus pagão dos bosques, o rei do carvalho e do azevinho e senhor das matas. É o Deus que morre e sempre renasce. Seus ciclos de morte e vida representam nossa própria existência.
Deusa, A - A Deusa é a energia Geradora do Universo, é associada aos poderes noturnos, a Lua, à intuição, aos lado inconsciente, a tudo aquilo que deve ser desvendado, daí o mito da eterna Ísis com o véu que jamais deve ser desvelado. A Lua jamais morre, mas muda de fase a cada 7 dias, representando os mistérios da eternidade e mutação. Por isso a Deusa é chamada de a "DEUSA TRÍPLICE DO CÍRCULO DO RENASCIMENTO", pois também muda de face, assim como a Lua, e se mostra aos homens de três diferentes formas como: A VIRGEM, A MÃE e A ANCIÃ. Isso não difícil de se entender, pois dentro de Wicca todos os vários Deuses e as múltiplas faces e aspectos da Deusa, nada mais são do que a personificação e atributos da Grande Divindade Universal.
Dragões - Entidades a que alguns praticantes de Wicca atribuem poderes sobre determinadas áreas de atuação mágica ou natural.

E
Elders - cargo dentro de um coven.
Esbat - Rituais em honra à Deusa, normalmente nas noites de Lua Cheia. Algumas tradições chamam também de Esbat rituais realizados nas demais fases da lua.
Eneagrama- A palavra Eneagrama origina-se do grego, "enneas", que significa "nove" e "grammos" que significa "pontos". É representado por um símbolo que tem uma circunferência com nove pontos e linhas que se interligam, formando uma estrela.
Equinócios - (de primavera / Ostara e outono / Mabon), o dia e a noite têm a mesma duração, ambos com 12 horas exatas de claridade e escuridão.
Espada - Pertencente ao elemento ar tem função semelhante ao Athame.

F
Fadas - Entidades a que alguns praticantes Wiccanos atribuem poderes sobre determinadas áreas de atuação mágica ou natural.
Faery Wicca - Nome de uma Tradição, traduzida normalmente como Wicca das Fadas. Além disso, diz-se de toda prática Wiccana conectada a Fadas.

G
Grove - Grupo organizado de Covens
Gardnerianismo

I
Imbolc - Sabbat comemorativo do fim do Inverno e início da primavera

L
Lammas - Outro nome para o Lughnasadh
Livro das Sombras - Diário usado por praticantes de magia ritual para registrar rituais, feitiços, e seus resultados, bem como outras informações mágicas.
Litha - Sabbat comemorativo do solstício de Verão
Lughnasadh - Sabbat comemorativo do auge do Verão

M
Mabon - Sabbat comemorativo do equinócio de Outono
May Pole - (Do Inglês - Mastro de Maio) O May pole é um tronco que é utilizado em Beltane, no qual se prendem fitas coloridas e simbólicas da celebração e realizam danças em torno do mesmo (geralmente mulheres num sentido e homens no oposto), trançando assim as fitas nele. O mastro torna-se um símbolo masculino (o falo) enquanto as fitas o símbolo feminino (vulva), pode-se observar noutras culturas simbologias paralelas como o hexagrama (Estrela de seis pontas, os dois triângulos que mostra o feminino e masculino unidos). Representa deste modo a união do deus e da deusa no auge de Beltane. Durante a dança alem da simbologia da mesma os seus praticantes costumam realizar os seus pedidos.

N
Neófito - um novato nos conceitos wiccans, aquele que se apenas é adepto ou se está a preparar para a iniciação.
Neopaganismo - Nome dado ao conjunto de religiões que buscam recriar, reinstaurar ou reproduzir as antigas religiões pagãs

O
Ostara - Sabbat comemorativo do equinócio da Primavera

P
Pantáculo - Símbolos que funcionam como emissores fluídicos de desejos aos planos sutis. Formas ou desenhos sintetizadores de votos ou desejos.
Pentáculo - Símbolo usado como instrumento mágico, podendo ser usado também como emblema de fé pela maioria dos praticantes da Wicca. Consiste de um pentagrama inscrito em um círculo.
Pentagrama - É uma estrela de 5 pontas entrelaçadas.
Politeísmo - Sistema de crença baseado em muitas Divindades.
Postulante - Um Neófito.

R
Rede Wicca - Código de ética fundamental da Wicca, também designado por Conselho Wicca
Roda do Ano - Ciclo natural das estações, comemorado nos Sabbats.

S
Sabbat - Festivais sazonais, em honra ao Deus, comemorativos da Roda do Ano.
Samhain - Sabbat comemorativo do auge do Outono. (Também conhecido como Halloween)
Solitário - Praticante solitário. (fora de um coven)
Stregheria- Stregheria, Stregoneria ou Bruxaria Italiana são os nomes dados a Velha Religião (Vecchia Religione) da região da Itália. Culto Pagão com origens nos velhos Mistérios Egeu-Mediterrâneos, a Stregheria é uma Religião Iniciática composta de diversos Clãs (Tradições), na maioria Hereditários e extremamente herméticos. Vale ressaltar que Stregheria, ao contrário do que muitos erroneamente pensam, não é Tradição de Wicca.
Solstícios - são os dias em que começam as estações do ano, e estas existem graças à inclinação do eixo da Terra e do movimento dela ao redor do sol. O solstício de verão (Litha) é o dia mais longo do ano, quando temos um período de claridade muito maior do que de escuridão; o solstício de inverno (Yule) é o dia mais curto do ano, quando temos um período de escuridão muito maior do que de claridade.
Sacerdote/Sacerdotisa - Pessoa que foi iniciada na Arte, mas não necessariamente possui todos os graus, e caso não os possua, não poderá iniciar outros.
Alto Sacerdote/Alta Sacerdotisa - Sacerdote (isa) que possui todos os níveis ou graus de iniciação e que preside os rituais de um coven, tendo o direito de iniciar outros.

T
Tradição - Grupo organizado para a prática da Wicca, normalmente com ritos próprios à Tradição. Pode englobar vários Groves, Covens, Círculos e/ou praticantes solitários.
Trivia - Tradição Wiccana que acredita no Deus e na Deusa com três faces e com uma mesma importância.

V
Vanatru - Religião que cultua o Panteão Vanir.
Vassoura - Vassoura comum ou especial, consagrada ao uso mágico
Vestuário - Vestimentas utilizadas ritualmente

W
Wicca - nome da religião vivificada por Gerald B. Gardner. Não confundir com Neopaganismo, tronco cultural/religioso que abrange, dentre outras religiões, a Wicca.

X
Xandrianismo

Y
Yule - Sabbat comemorativo do solstício de Inverno