Para a teologia cristã há uma ascética, com um sentido amplo, e uma ascese, com sentido mais restrito.
A Ascética consiste no esforço metódico e continuado, com a ajuda da graça, para favorecer o pleno desenvolvimento da vida espiritual, aplicando meios e superando obstáculos. Aqui actuam e organizam-se os grandes meios e práticas da vida espiritual: oração, penitência, retiro, exame de consciência, direcção espiritual, sacramentos. Como também uso de métodos, projectos, disciplina interior, para um maior aproveitamento da graça e dos meios. Este sentido amplo é o que normalmente tem a palavra, quando se encontra em títulos de manuais, ou se contrapõe a Mística. Ascese, em sentido mais restrito, é o conjunto dos exercícios mortificantes, aplicados directamente a eliminar vícios, dominar e reorientar tendências desordenadas, robustecer a liberdade. É o que normalmente se expressa em termos como abnegação, mortificação, penitência, renúncia.
O filósofo Platão aprofundou a diferença entre corpo e alma. O corpo para ele era uma sede dos desejos e paixões que desvia o homem do caminho para o bem. Desta forma, Platão defendia o ascetismo como meio de purificação do mundo para alcançar o bem.